Brasília
Terapia online: os benefícios e os cuidados dessa nova tendência
No período em que as novas regras de atendimento psicológico a distância entram em vigor, especialistas debatem prós e contras da terapia online
Se vivesse hoje no Brasil, o pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), provavelmente estaria às voltas com um dilema: aderir à modalidade do atendimento online, por meio de mensagens, e-mails e videochamadas por computador e celular, ou continuar fazendo sessões presenciais, com o bom e velho divã? Difícil dizer. O que se sabe é que, desde o dia 14 de novembro, os 323,7 mil profissionais cadastrados no site do Conselho Federal de Psicologia (CFP) foram autorizados a usar plataformas virtuais — como Skype, WhatsApp e Hangouts — para atender seus pacientes. E sem restrição de assunto ou limite de tempo e sessões.
A resolução anterior, de 2012, liberava apenas “orientações”, e não “consultas ou atendimentos” pra valer. “Mais do que vantagens, vejo facilidades com essa medida: quando estiver doente, viajando ou morando em um lugar distante ou com carência de profissionais, o usuário poderá recorrer ao atendimento online”, explica a psicóloga Rosane Granzotto, do CFP.
Ainda que amplifique o acesso, a psicoterapia virtual provoca uma dúvida: será que ela é tão eficaz quanto a ao vivo e em cores? Maria Adélia Minghelli Pieta, doutora em psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, assegura que sim.
Autora de um estudo sobre o tema, ela coordenou uma equipe de oito psicólogas que, entre junho e novembro de 2012, atendeu 24 pacientes: 12 deles via Skype e 12 em sessões presenciais. Dois anos depois, comparou os resultados e constatou que a terapia online nada ficou a dever ao modelo convencional.
“Diante do grande número de evidências, sou a favor do atendimento psicológico a distância. Em certa medida, ele reproduz o que acontece nos encontros presenciais”, afirma Maria Adélia.
A terapia virtual chega ao Brasil depois de ser regulamentada em diversos países, como Canadá, Austrália e Reino Unido. Nos Estados Unidos, um trabalho da Universidade de Minnesota revela que, além de ser tão eficiente quanto, ainda sai mais barato, tanto para terapeutas quanto para pacientes.
Considerando os gastos com combustível e o valor das sessões, entre outras despesas, as portadoras de transtorno alimentar que aderiram ao tratamento remoto economizaram o equivalente a 8 mil reais quando comparadas às mulheres que participaram de 20 encontros cara a cara durante quatro meses.
No Brasil, os valores das consultas virtuais também tendem a ser mais baixos. A título de comparação: uma consulta presencial, segundo tabela de honorários do CFP, sai, em média, por 226,38 reais. O valor mais em conta cobrado por uma sessão online é de 70 reais.
A discussão, na verdade, é mais antiga do que aparenta. Teve início em 1994, quando o uso do telefone para fins de atendimento psicológico foi debatido. E ganhou força em 2005, ano em que o serviço por computador foi autorizado em caráter experimental. Sete anos depois, passou a ser permitido, desde que o psicólogo tivesse site próprio.
Um dos adeptos da terapia online é o psiquiatra Wagner Gattaz, diretor do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Em 2014, ele desenvolveu um estudo envolvendo 107 pacientes com depressão. Desses, 52 foram tratados via Skype e 55 pelo método tradicional. Em relação à evolução clínica, não houve diferença: os dois modelos se mostraram similares.
Gattaz, no entanto, verificou maior adesão ao tratamento entre os usuários da internet. “Muitas vezes, o atendimento a distância é o preferido porque torna o tratamento mais acessível. Em um país de dimensões continentais, há inúmeros rincões sem um serviço de saúde mental por perto”, avalia o médico.
Os números do CFP confirmam essa disparidade: enquanto Roraima, na Região Norte, tem 677 psicólogos, São Paulo, no Sudeste, registra a maior concentração do país: 97 614, ou seja, 145 vezes mais. Não é por acaso que a quantidade de sites que oferecem atendimento psicológico vem crescendo no Brasil.
Robô que faz terapia?
A inteligência artificial é a mais recente aliada da medicina no combate à depressão. Batizado de Deprexis, o programa de computador criado na Alemanha com base na terapia cognitivo-comportamental (TCC) tira as dúvidas do usuário e avalia suas oscilações de humor. Além disso, ajuda a reconhecer os sintomas da doença, propõe soluções para problemas do dia a dia e ensina a lidar com pensamentos negativos.
Seu uso é recomendado de uma a duas vezes por semana, por pelo menos 30 minutos. Para ter acesso à ferramenta digital, que conta com aprovação no Brasil, o paciente precisa informar o registro de seu médico no Conselho Federal de Medicina (CFM) e pagar uma taxa única de 990 reais. Essa terapia coadjuvante dura três meses.
Veja alguns serviços brasileiros que oferecem atendimento psicoterápico virtual
Telavita: O valor da consulta varia de 80 a 250 reais. Caso o usuário não se identifique com o psicólogo que o atendeu, pode agendar com outros profissionais credenciados.
Oriente me: O usuário escolhe entre quatro planos: semanal (70 reais), quinzenal (120 reais), mensal (199 reais) e trimestral (540 reais). O terapeuta responde pelo menos uma vez ao dia de segunda a sexta.
99psico: Disponibiliza vídeos temáticos sobre ansiedade e depressão e atende crianças e adolescentes desde que haja autorização do responsável. O valor recomendado por consulta é 99 reais.
Fala Freud: Oferece avaliação grátis e planos a partir de 159,99 reais mensais. A exemplo de outros, todas as mensagens trocadas entre paciente e psicólogo são criptografadas por segurança.
Zenklub: O valor mínimo é de 80 reais por sessão. Fornece testes para depressão, sono, ansiedade e síndrome do pânico. E atendimento com coach, psicólogo, psicanalista e terapeuta.
O crescimento da terapia online e os cuidados a serem tomados
Veja só: em 2012, o total de plataformas cadastradas no site do CFP era de “apenas” 224. Em 2018 saltou para 854. Um aumento de 381%. Bruno Haidar é o CEO de uma dessas plataformas, a Oriente Me. Ele atribui o sucesso da terapia virtual à quebra simultânea de quatro barreiras: preço, acesso, compatibilidade e estigma.
“Por meio de um aplicativo, o paciente pode falar com um psicólogo escolhido com base no seu perfil, sempre que quiser, por até 6 reais por dia e podendo se identificar por um apelido de sua escolha”, conta Haidar. “Dos mais de 14 mil pacientes atendidos, 77% nunca tinham se consultado com um psicólogo antes. Estamos atingindo um público que não tinha acesso à terapia.”
Alguns passos são recomendáveis na hora de escolher o “webterapeuta”. O primeiro é certificar-se de que o psicólogo está inscrito no Cadastro Nacional de Psicólogos, do CFP.
Checada essa informação, vale apurar se existem queixas contra o aplicativo em sites de reclamações contra empresas, caso do Reclame Aqui e do Proteste. “Para muitos empresários, essa resolução pode significar apenas uma boa oportunidade para ganhar dinheiro”, alerta a psicóloga Milene Rosenthal, fundadora da TelaVita.
Outra precaução a ser tomada é escolher uma plataforma que zele pelo sigilo dos dados do paciente. “Todas as sessões devem ser criptografadas para garantir o máximo em segurança ao usuário”, ressalta o médico Rui Brandão, CEO da Zenklub.
As ponderações sobre o divã digital
Apesar das vantagens oferecidas, a resolução que amplia o atendimento a distância suscita críticas e pontos de atenção. A psicóloga Débora Piovezan Gayoso, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, cita, entre outras dificuldades, que, caso o atendimento seja por chats ou trocas de mensagens, “perde-se a entonação da voz com que o paciente se expressa”.
“Fora que erros de ortografia e ambiguidades podem motivar divergências de sentido.” Outro inconveniente, segundo Débora, é o paciente precisar cortar a comunicação repentinamente — porque alguém chegou em casa ou o telefone tocou —, o que pode atrapalhar o desenvolvimento da sessão.
A psicanalista Luciana Carvalho, da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro (SBPRJ), engrossa o coro. Para ela, a principal desvantagem é a perda da observação gestual do paciente. “Durante a sessão, o analista fica atento tanto às manifestações do inconsciente quanto à linguagem não verbal. Tudo isso fica prejudicado quando analista e paciente se comunicam pela tela de um computador”, observa.
Já o psicanalista Christian Dunker, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, adota um tom mais conciliador. Na opinião dele, o atendimento virtual não deve ser visto como um substituto, e sim como um complemento do presencial. “Nas situações mais graves, de risco para suicídio, de adicções ou de angústia extrema, não se recomenda tratamento a distância”, pondera Dunker.
Atento a esses e outros casos, o CFP alerta que o atendimento de pessoas e grupos em situação de urgência e emergência — surto psicótico, ataque de pânico ou depressão profunda, por exemplo — é considerado inadequado. Em situação de violação de direitos ou de violência (estupros e ataques racistas ou homofóbicos) ou de desastres (incêndio, enchente ou acidente de avião), permanece proibido.
“Se um profissional for procurado para atendimento online e avaliar que se trata de um caso de urgência e emergência, deverá fazer contato com a rede de assistência mais próxima ao usuário e encaminhá-lo para o serviço presencial”, orienta Rosane.
No fim das contas, é bem provável que, se vivo estivesse, Freud não precisasse aposentar o famoso divã que ganhou de presente de uma de suas pacientes. Daria para aliar seu uso com a tela do celular.
Cuidados e medidas que garantem uma boa consulta
O profissional: Certifique-se de que ele está registrado no Cadastro Nacional de Psicólogos. Pesquise pelo nome completo ou número no conselho.
O serviço: Investigue se há queixas contra o aplicativo em sites de reclamações como o Reclame Aqui e o Proteste.
O meio: Por segurança, evite locais públicos, como cafés, bibliotecas ou coworkings. Use, se possível, computador ou celular pessoal.
A internet: Para evitar que o sinal caia durante a sessão, invista em um provedor de qualidade. Também capriche no antivírus.
O local: No dia e horário marcados, procure um ambiente privado e tranquilo. Evite ser interrompido durante a sessão.
Médico a distância
Será que algum dia a consulta médica também será virtual? A julgar pelo Código de Ética Médica, a resposta é não. Ele postula que é vedado ao profissional “prescrever tratamento sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência”.
O Conselho Federal de Medicina ressalva que “o médico pode, porém, orientar por telefone pacientes que já conheça, para esclarecer dúvidas”. Fora as experiências de telemedicina, em que o atendimento remoto é mediado por um profissional, a consulta a distância individual não é endossada por aqui.
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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