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Sistema imunológico: como mantê-lo funcionando a pleno vapor

Confira os grandes aliados para o organismo e mantenha o seu corpo livre de doenças

Em geral, quase não nos lembramos dele. Afinal, só nos damos conta de que o sistema imunológico existe quando ele falha em sua missão primordial. “Ao identificar uma possível agressão para o organismo, as células produzem substâncias que ajudam a eliminá-la”, resume o imunologista Niels Olsen Câmara, professor da Universidade de São Paulo (USP).

Por seu protagonismo, não param de surgir estudos sobre o que é capaz de fortalecer esse sistema. Uma hipótese recente, segundo o infectologista Paulo Olzon, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é que passar períodos de seis horas, no mínimo, sem comer o beneficiaria.

A tese se baseia nas pesquisas de um Nobel da Medicina, o japonês Yoshinori Ohsumi, que desvendou o mecanismo da autofagia, espécie de autolimpeza das células. Como não é um processo que ocorre sempre, os jejuns seriam uma forma de estimulá-lo.

Antes de aderir à medida, que ainda gera polêmica, Olzon indica buscar orientação médica. Mas, se preferir esperar novos estudos endossando a descoberta, você pode adotar já outras quatro medidas que, com certeza, dão a maior força para a imunidade.

Confira quais são elas:

1. Probióticos

POR QUÊ? Eles combatem o acúmulo de toxinas no corpo e contribuem para equilibrar a microbiota.

Mas o que é isso? Microbiota é o nome que se dá a um grupo de micro-organismos que vivem no intestino – órgão que, justamente por causa deles, tem grande relação com o sistema imunológico.

“Estudos associam alterações na microbiota com o aparecimento de doenças como diabetes, asma, câncer e distúrbios autoimunes”, diz o médico Niels. Nesse contexto, os probióticos são preparados ricos em bactérias benéficas, capazes de manter em harmonia os micro-organismos presentes em nosso corpo, ajudando a eliminar toxinas e a prevenir diferentes males.

O kefir, feito com bactérias vivas comumente fermentadas em leite, é um probiótico. Outro é o rejuvelac, novidade vegana obtida com a fermentação de grãos (em geral trigo, mas pode ser cevada, aveia, arroz integral). “Tem sabor amargo e é rico em lactobacilos e vitaminas B, C e E”, descreve a nutróloga Marcela Voris, de São Paulo.

Ambos devem ser cultivados em casa. Há grupos na internet que auxiliam na busca de doador do substrato de kefir para iniciar uma produção. Para preparar o rejuvelac bastam grão e água filtrada.

Vale lembrar que, além dos probióticos, existem os alimentos prebióticos, ricos em fibras solúveis, que estimulam o crescimento das bactérias do bem existentes na microbiota. Alguns exemplos são alho, cebola, maçã, banana, semente de linhaça e aveia.

2. Suplementos

POR QUÊ? Nem sempre a dieta garante os nutrientes necessários e em quantidades suficientes.

E, se falta algum deles, o sistema imunológico pode funcionar mal. Ingerir cápsulas de vitaminas, minerais e outros nutrientes (como ômegas 3 e 6) pode ser uma alternativa para quem não consegue manter uma alimentação equilibrada. “De fato, elas compensam dietas restritivas, mas, antes de tomar, é preciso passar por avaliação médica para diagnosticar a real necessidade de reposição”, diz Paulo Camiz, professor da Faculdade de Medicina da USP.

A ideia de que “se não faz bem, mal não faz” não se aplica aqui. Pelo contrário. “Existem estudos mostrando que a ingestão de suplementos sem necessidade até aumenta a mortalidade”, alerta o médico.

De forma geral, mais vale comer alimentos ricos em vitaminas e minerais do que apelar para as cápsulas. A exceção é a vitamina D. Essencial para a modulação de células imunológicas, está presente em uma quantidade reduzida de alimentos (como ovo e fígado bovino) e seu principal fornecedor é o sol.

“Nem todo mundo consegue ficar exposto 15 minutos por dia, antes das 10 ou depois das 16 horas, e sem protetor solar, que diminui a conversão da vitamina no organismo”, observa o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo.

3. Acupuntura

POR QUÊ? Estudos indicam que a técnica milenar fortalece o corpo de maneira geral.

Ramo da medicina tradicional chinesa, a acupuntura pode impulsionar a função de certas células de defesa. O médico Hong Jin Pai, especialista que atua no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, realizou, em 2014, um estudo com 74 pacientes que tinham diagnóstico de asma leve a moderada.

Ao final de 20 sessões de acupuntura, não houve apenas diminuição dos sintomas e do uso da chamada medicação de resgate (a famosa bombinha) como se verificou o aumento dos macrófagos, células envolvidas na resposta imunitária do organismo. Não é só isso. “Alguns autores acreditam que a estimulação de um dos pontos de inserção de agulha tenha efeito antialérgico, em função da interação de substâncias produzidas pelo hipotálamo com as secretadas pelas células do sistema imune”, diz Hong.

4. Controle do stress

POR QUÊ? O stress em si é uma reação natural do organismo a tudo que é percebido como perigo.

Isso significa que não dá para evitá-lo, e o segredo é aprender a administrar nossa reação aos eventos desfavoráveis. Fases de preocupação, correria e insatisfação fazem o corpo produzir adrenalina e cortisol, hormônios que diminuem a liberação de substâncias importantes para nossa imunidade. “Estudos mostram que, enquanto momentos de alegria e de bem-estar otimizam o sistema imunológico, estimulando a produção de células de defesa por até 48 horas, momentos de tristeza, ansiedade e frustração diminuem os anticorpos por até 24 horas”, avisa Jean.

Um recurso que ajuda a lidar com o stress é a técnica de mindfulness, definida como o estado mental que privilegia o ficar presente no aqui e agora, sem julgamentos e com atitude gentil. Participantes de um estudo de 2017 da Universidade de Georgetown, em Washington, nos Estados Unidos, após frequentarem um curso de oito semanas de mindfulness, apresentaram uma queda considerável nos níveis de cortisol e de substâncias inflamatórias quando submetidos a situações estressantes.

“Pode-se começar fazendo pausas de três minutos. Vale no carro, ao acordar, no trabalho, nas refeições”, ensina o médico Marcelo Demarzo, coordenador do Mente Aberta, centro de estudos e promoção da prática ligado à Universidade Federal de São Paulo. “Deve-se parar o que estiver fazendo e observar pensamentos, sensações físicas, barulhos e a respiração.” Pesquisas revelam que três pausas dessas por dia já trazem benefícios.

 

 

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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