Economia
RJ precisa de R$6,4 bi para pagar salários de servidores, diz secretário
À frente da Secretaria de Fazenda, Guilherme Mercês disse que só há dinheiro para pagar os vencimentos até setembro (referentes a agosto)
Nomeado secretário estadual de Fazenda há 13 dias, o economista Guilherme Mercês afirma que o estado só tem dinheiro em caixa para pagar o salário de servidores até agosto (quantia que será depositada em setembro). A partir desta data, o governo precisará angariar R$ 6,4 bilhões em rendas extras para conseguir arcar com a folha de pagamento e manter a prestação de serviços públicos em 2020. Em entrevista ao GLOBO, Mercês disse também “não considerar a hipótese” de o governo federal retirar o estado, em setembro, do Regime de Recuperação Fiscal. A manutenção do acordo daria ao Palácio Guanabara mais três anos de adiamento para pagar a dívida com a União. Segundo o colunista Lauro Jardim, um parecer do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal que será divulgado este mês é favorável ao rompimento do regime, uma vez que o estado não tem conseguido cumprir metas pré-estipuladas.
Deputados estaduais pleiteiam a sua saída da Secretaria de Fazenda. Alegam que o senhor foi indicado pelo ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão, desafeto de boa parte da Assembleia Legislativa. Witzel lhe garantiu permanência no cargo?
Comecei no governo tem menos de quatro meses, após uma sabatina de quase três horas com o governador Wlson Witzel. No que diz respeito ao relacionamento com a Alerj, tenho uma excelente relação com o parlamento desde quando fui economista-chefe da Firjan. Como secretário, apresentei ontem as contas do governo na Alerj. Só ratificou essa relação que está sendo construída. Não fui indicado pelo Tristão. Sou profissional do mercado. Foi o governador que me chamou.
Após um impasse, a Justiça acabou liberando o afrouxamento de regras e permitindo a volta gradual de serviços não essenciais. Qual o impacto da retomada do comércio para o orçamento estadual?
Essa decisão da Justiça é bastante importante pra arrecadação. Vai trazer a reboque R$ 2 bilhões a mais com ICMS na projeção para 2020 feita quando a pandemia surgiu. Também há um impacto positivo de outros R$ 2 bilhões com alta do barril de petróleo. Logo no começo do Covid, teve uma crise envolvendo a Arábia Saudita e Russia que jogou o barril pra cerca de US$ 20. Agora, com o apaziguamento e a retomada suave da economia com medidas de estímulo, o petróleo se recuperou e está superior a US$ 40.
Qual a situação do caixa do governo hoje?
Há uma queda de arrecadação de R$ 10 bilhões. Tomamos medidas que acumulam um fôlego de R$ 4 bilhões, como a negociação da operação Delaware, que reduz o aporte do Rio Previdência, e um acordo com o Tribunal de Justiça suspendendo o pagamento de precatórios. E temos aí um desafio de R$ 6,4 bilhões no nosso caixa projeto até o final do ano, com medidas .
Isso significa que o salário do funcionalismo não está garantido e que são necessários mais de R$ 6,4 bilhões para arcar com a folha de pagamento?
Sim. Temos o desafio de arrumar receitas extras para o pagamentos dos salários. Temos de estruturar as finanças do estado para conseguir efetuar o pagamento do salário de agosto (que será pago em setembro) e manter saudável a prestação de serviços públicos. Precisamos, nesses três meses, construir uma parceria do governo com a Assembleia Legislativa e a sociedade para que possamos equilibrar as contas e passar esse período mais difícil de queda de arrecadação. Na Assembleia, tem a votação do Repetro. Importante falar que estamos encarado esse desafio com muita seriedade. Montamos, nessas duas semanas, um time de profissionais de carreira. Um corpo técnico fantástico. Estamos valorizando esses profissionais.
Um relatório do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal deste mês aponta que o estado não conseguirá privatizar a Cedae até o fim do ano. Com isso, a estatal teria que ser federalizada para que a União, como garantidora, quite o empréstimo de R$ 2,9 bilhões obtidos pelo Palácio Guanabara em 2017 junto a um banco internacional. O governo estadual tem alguma carta na manga, já que a Cedae vale mais que o valor do empréstimo?
Não sou o responsável pela privatização, mas estamos imbuídos em fazer essa privatização ainda este ano. É uma orientação do governador Wilson Witzel. A missãoprinicipal é renovar o Regime de Recuperação Fiscal em setembro, que permitirá o adiamento do pagamento das dívidas com a União por mais três anos. Estamos debruçados nisso.
O colunista do GLOBO Lauro Jardim informou que, em junho, o Conselho de Supervisão emitirá um parecer favorável à retirada do estado do Regime de Recuperação Fiscal, pelo descumprimento de metas previstas no contrato. Confirmada a saída, isso teria uma proporção catastrófica para o estado?
Na verdade, essa lista (de metas) que traz o acordo é uma lista de proposições. Então você pode lançar mão de medidas alternativas compensatórias de forma que se chegue ao valor esperado pelo regime. Esse decreto de bloqueio de cargos que o governador publicou hoje, por exemplo, é uma dessas medidas compensatórias que atendem ao regime. Além disso, foi aprovada a lei complementar federal 173 este ano, que suspende juros e amortização da divida para todos os estados (em 2020). Então, mesmo que o regime não seja renovado, tem o projeto.Mas o regime vai ser renovado. Falo diariamente com o Conselho de Supervisão. Meu contato como Conselho é diário.
Mas a lei federal possibilita o adiamento do pagamento em 2020, enquanto a permanência no Regime de Recuperação Fiscal daria mais três anos de alívio. É uma diferença grande. O estado quebra se não houver a renovação?
Tem diferença grande, mas não é efeito imediato. E não considero essa hipótese de não renovar. Nem eu nem o governador consideramos essa hipótese. Vamos tomar as medidas necessárias. Acho importante dar perenidade em mais três anos pra o estado ganhar fôlego e equilibrar as contas.
A briga entre o governador Wilson Witzel e o presidente Jair Bolsonaro atrapalha a sua tarefa de reorganizar o caixa do estado e negociar com a União?
Não vejo interferência no nosso trabalho. O trato com o Conselho de Supervisão é absolutamente técnico. O governador está imbuído em atender aos requisitos do conselho, e a relação que a Secretaria de Fazenda tem com o conselho é absolutamente técnica e republicana. O Rio de Janeiro recebeu ontem da União R$ 500 millhões (pagos no escopo do pacote de ajuda financeira do governo federal a estados, por conta da pandemia de coronavírus)
Economia
Carteira de dividendos: veja os papéis mais recomendados para julho
A Petrobras foi a empresa mais indicada pelas instituições financeiras consultadas pela CNN para compor a carteira de melhores pagadoras de dividendos em julho.
O levantamento considerou as avaliações de Santander, Empiricus, XP, Guide, Ativa e BTG Pactual.
Os papéis mais recomendados foram:
- 5 recomendações: Petrobras;
- 4 recomendações: Banco do Brasil, CPFL e Vale;
- 3 recomendações: BB Seguridade, Eletrobras e Itaú.
Após um impasse sobre o pagamento ou não de dividendos extraordinários, o conselho de administração da Petrobras aprovou em abril o repasse de 50% do valor total, referente ao exercício de 2023.
Com a distribuição, a equipe de analistas do Santander avalia manter o peso dos papéis da estatal em sua carteira. Já o BTG, optou por ampliar sua exposição à estatal.
“Embora a companhia esteja sinalizando maiores investimentos, a verdadeira questão para nós é se esse aumento em potencial poderia sacrificar a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais, e acreditamos que não”, aponta a equipe do BTG em relatório.
Momento de incertezas
O Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (28), o último de junho, em queda de 0,32% no dia. Apesar de ter acumulado alta de 1,47% no mês, o índice caiu 7,66% no primeiro semestre deste ano.
O que se avalia é que as incertezas se mantém e o mercado seguirá se pautando por elas.
“O cenário local segue girando em torno da dificuldade do governo em convencer o mercado quanto ao seu comprometimento fiscal”, aponta a Ativa Investimentos em relatório.
O governo trabalha com a meta de zerar o déficit neste ano e no próximo — após alterar a meta de 2025, o que não foi favorável para a imagem de responsabilidade fiscal.
Apesar de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assegurar que o arcabouço será cumprido, o mercado vê o déficit primário em 0,7% do Produto Interno Bruto neste ano.
Lula se reuniu nesta quarta-feira (3) com ministros da área econômica do governo. Após o encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o presidente mantém seu compromisso com as contas públicas.
“A primeira coisa que o presidente determinou é ‘cumpra-se o arcabouço fiscal’. Não há discussão sobre esse respeito. Em 2024, 2025, 2026, o compromisso nosso é de cumprimento das leis complementares de finanças públicas”, comentou Haddad.
Segundo o chefe da equipe econômica, o governo realiza desde março um estudo entre os ministérios buscando despesas que podem ser cortadas. De acordo com Haddad, foram identificados R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias, cujo corte, segundo o ministro, já foi autorizado pelo presidente.
O economista-chefe da XP Inc., Caio Megale, apontou em entrevista ao WW de terça-feira (2) que além da questão fiscal, outro imbróglio do cenário doméstico também segue na mira do mercado: a questão monetária.
“Essa transição para o próximo presidente [do BC] é uma espada, de fato, na cabeça. A gente não sabe exatamente quem vai ser a próxima ou o próximo presidente, qual vai ser a visão de política monetária que essa pessoa vai ter na hora de conduzir a taxa de juros, de tomar as decisões”, pontuou Megale.
“Acho que dar uma clareza e maior transparência de como vai ser a gestão da política monetária depois da transição do Roberto Campos e medidas efetivas no sentido de controlar as despesas do lado fiscal, eu acho que é o que vai trazer uma tranquilidade [para o mercado].”
Economia
Venda de veículos eletrificados cresce 146% no primeiro semestre de 2024
Entre janeiro e junho, comercialização de automóveis registrou cerca de 79 mil vendas, de acordo com relatório da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE)
O comércio de automóveis movidos a eletricidade segue em crescimento no Brasil. No primeiro semestre de 2024, a venda de veículos leves eletrificados alcançou um total de 79.304 unidades em todo o país. Somente no último mês de junho, foram registrados 14.396 novos emplacamentos, o que representa a terceira melhor marca para um mês de toda a série histórica.
O número maior de vendas na metade inicial do ano indica um crescimento de 146% em relação ao primeiro semestre de 2023, e de 288% na comparação com o mesmo período de 2022. Além dos automóveis totalmente elétricos, também são incluídos na estatística os veículos parcialmente eletrificados – ou híbridos. Os dados foram levantados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e divulgados nesta quarta-feira (3/7).
Com o avanço do número de vendas, a ABVE estima que o Brasil já atingiu a marca de 300 mil veículos comercializados desde o início da série histórica do levantamento, em 2012. Além disso, a previsão da associação para 2023 é que mais de 150 mil automóveis desta categoria sejam vendidos até o fim do ano em todo o território nacional, o que indica um crescimento de cerca de 60%.
No Brasil, ainda predominam os veículos elétricos plug-in, que se consolidaram no mercado nacional e representaram 69% de todas as vendas no primeiro semestre. Dentro desta categoria, estão incluídos os tipos BEV (totalmente elétricos) e PHEV (elétricos híbridos). Na sequência, os HEV convencionais (elétricos não plug-in a gasolina ou diesel) ficaram com 9,3% da parcela total de eletrificados vendidos.
Preocupação para o setor
Mesmo diante de um aumento das vendas, o setor de veículos elétricos está preocupado com o reajuste da tributação dos produtos. Desde a última segunda-feira (1º/7), passou a vigorar uma resolução que aumenta a alíquota para a importação de elétricos importados, de 10% para 18%. Em julho de 2025, sobe para 25%, até atingir 35% no ano seguinte.
“Temos ouvido notícias preocupantes sobre a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação de veículos elétricos, que estava prevista pelo Governo Federal somente para julho de 2026. Entendemos que, a se confirmar, essa antecipação configuraria uma lamentável quebra das regras estabelecidas há apenas seis meses pelo próprio governo”, avalia o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.
Além disso, a associação teme a inclusão dos veículos elétricos no Imposto Seletivo, que é chamado popularmente de “imposto do pecado”. A lei foi estabelecida pela emenda constitucional da reforma tributária, aprovada no ano passado, com o objetivo de sobretaxar bens considerados danosos à saúde e ao meio ambiente.
Na avaliação da ABVE, a inclusão dos veículos eletrificados no IS “não faria sentido”, visto que esse tipo de automóvel emite menos gases de efeito estufa e reduz o nível de ruído nas cidades do país. “Eles são fatores decisivos para melhorar a qualidade de vida e diminuir as mortes associadas à poluição nas grandes cidades”. “Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”, conclui o presidente da associação.
Economia
Produção industrial cai 0,9% em maio, diz IBGE
No acumulado do ano, houve avanço de 2,5%
A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio em relação a abril. É o segundo recuo consecutivo, apontando retração de 1,7% no período. Com o resultado, o setor perdeu o ganho acumulado entre fevereiro e março deste ano (1,1%).
No acumulado nos últimos 12 meses, houve crescimento de 1,3%, o que acabou por reduzir a intensidade no ritmo de evolução se comparado ao resultado do mês anterior. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo órgão, que mostrou ainda avanço de 2,5% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Influências
Nessa comparação, entre as atividades, as principais influências positivas na totalidade da indústria foram anotadas por produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,1%), indústrias extrativas (2,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%).
O gerente da pesquisa, André Macedo, disse que, em maio de 2024, a indústria apresentou “predominância de resultados negativos de forma geral”, com recuo na margem e na comparação com maio de 2023.
Houve, ainda, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores.
Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e entre os fatores que explicam esse resultado, estão as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país, informou o texto publicado pelo IBGE.
Conforme a pesquisa, 16 das 25 atividades investigadas tiveram recuo em maio de 2024. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) foram as duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria em maio.
O gerente afirmou, também, que esses dois setores foram prejudicados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. No setor de veículos automotores, a paralisação das plantas industriais locais provocou impactos diretos e indiretos. Por causa do mau tempo, tanto as montadoras de veículos, quanto as fábricas de autopeças pararam com as produções e isso afetou também o abastecimento para a produção de bens finais no restante do país.
“Houve, por exemplo, a concessão de férias coletivas em uma planta industrial em São Paulo como forma de mitigar os efeitos das paralisações ocorridas em unidades produtoras de peças no Rio Grande do Sul”, completou.
Greve
Macedo acrescentou que a paralisação decorrente de greve em outra montadora e a base de comparação elevada também contribuíram para a queda de dois dígitos na atividade. Em abril, o setor de veículos registrou crescimento de 13,8%.
A atividade de produtos alimentícios, que responde por cerca de 15% da produção industrial do país, teve em maio o segundo mês seguido de queda. A perda acumulada no período é de 4,7%.
“A retração no processamento da cana-de-açúcar, por conta da condição climática menos favorável na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção do açúcar. Já entre os impactos negativos que podem ter a ver com as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja, que são produtos que têm grande peso no setor”, explicou.
Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).
Os principais impactos positivos no resultado geral da indústria foram as indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). De acordo com Macedo, esses segmentos têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado da indústria.
“O crescimento do setor extrativo veio após uma queda no mês anterior, ou seja, tem o efeito de uma base de comparação mais negativa. Também houve aumento na extração dos dois principais produtos, o petróleo e o minério de ferro”, afirmou.
As atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e de material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%) também tiveram desempenho favorável.
“Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%)”, pontuou o IBGE.
O recuo de 1,0% na comparação de maio de 2024 com maio do ano anterior teve influência dos resultados negativos de duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados, finalizou o IBGE.
Agência Brasil
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