Tecnologia
Review: LG G7 ThinQ
Com câmera dupla, visual à la iPhone X e melhorias em relação ao LG G6, do ano passado, o novo smartphone Android tem recursos de inteligência artificial
São Paulo – O LG G7 ThinQ é o smartphone Android topo de linha da marca em 2018, uma evolução visível em relação ao LG G6, do ano passado. O visual é a principal mudança: ele ganhou uma tela que aproveita melhor a área frontal do produto e, assim como o iPhone Xs, o Motorola One e o Asus Zenfone 5, coloca um recorte preto na parte superior central do celular. Outra característica que está em linha com a aparência dos rivais é o posicionamento da câmera dupla na vertical, em vez de na horizontal–uma alteração estética.
O nome longo do novo smartphone da LG passa a impressão de unidade entre os aparelhos de outras linhas, como as TVs, que usam a plataforma de inteligência artificial chamada ThinQ AI. A ideia é que o nome deixe claro que o produto tem recursos com essa tecnologia. A empresa traz uma integração nativa com o Google Assistente, o rival da Siri que funciona em smartphones Android. Não é possível dar uma função diferente para o botão dedicado do Assistente. O mesmo foi feito pela Samsung, que tem um botão dedicado para a sua assistente pessoal, chamada BixBy, e isso é algo que, em ambos os casos, tira uma liberdade interessante do consumidor controlar um componente importante do seu smartphone. É possível somente desligá-lo, o que pode ajudar a evitar acionamentos por acidente, na hora de reduzir o volume.
A memória interna do smartphone é um ponto que poderia ser melhor. Ele oferece 64 GB para armazenamento (46 GB realmente livres), enquanto o rival da Samsung tem somente opções com 128 GB–o que o torna um produto mais caro, mas dá mais espaço para fotos, vídeos e apps. Já a memória RAM do aparelho está na média de mercado, com 4 GB.
A câmera do produto também conta com recursos de inteligência artificial. Ele tem integração com o Google Lens, que é um aplicativo gratuito do Google para realizar atividades como pesquisas a partir de imagens, digitalizar documentos e ler códigos de barras. De tecnologia própria da LG, há a função chamada Câmera AI. Por meio de uma rápida análise das imagens encontradas na área de captura da foto, o software realiza ajustes como ISO e velocidade e captura para deixar a cena com o que o algoritmo indica ser o melhor para a fotografia. testes Pudemos constatar que nem sempre isso funciona, especialmente para oferecer fidelidade de cores. No entanto, o trabalho feito pela inteligência artificial da LG é interessante na maioria dos casos. A qualidade das fotografias, feitas com suas câmeras de 16 megapixels cada, é boa. Há baixo registro de ruído e as cores costumam estar em linha com a realidade. Ainda assim, com o avanço das câmeras nos smartphones, o LG G7 ThinQ tem dificuldade de ser melhor do que os rivais Galaxy S9+, iPhone X ou iPhone Xr. Tanto é que eles sequer aparecem entre os dez celulares com melhores câmeras do ranking da DxOMark, empresa que testa câmeras mobile.
A câmera frontal registra boas imagens e esse pode ser um dos principais pontos fortes do G7 ThinQ. Há um modo retrato que deixa as suas fotos com o fundo desfocado e você pode escolher o quando quer que ele esteja borrado–mas só antes da foto, não depois, como no iPhone Xr.
Para fotos em baixa iluminação, a câmera principal tem abertura de f/1.6 e a secundária tem f/1.9, que é mais indicada para fotografia de paisagens. É por isso que essa câmera é wideangle, ou seja, consegue capturar uma grande área na foto, em vez de oferecer uma câmera de retrato, como fazem Samsung e Apple. Isso é bom para quem tira muitas fotos em viagens.
Tela
Ao contrário da tendência, o LG G7 ThinQ não tem uma tela com tecnologia Oled, como no iPhone Xs ou no Galaxy S9+. Em vez disso, o painel é LCD. Segundo uma mensuração técnica do site especializado em informações do Android, chamado Androidpit, a cor azul pode ser representada com mais intensidade na tela de 6,1 polegadas, que tem resolução de 3.120 x 1.440 pixels (padrão conhecido como Quad HD).
Vale notar que o recorte na parte superior da tela, área que acomoda a câmera frontal do dispositivo, pode ser escondido via software no menu de configurações, no item “tela”. Nesse caso, o visual fica mais parecido com o do G6, do ano passado.
Bateria
A bateria de 3.000 mAh do LG G7 ThinQ não permite que o smartphone seja colocado em pé de igualdade com rivais no segmento Android topo de linha. Enquanto o Galaxy S9+, com bateria de 3.500 mAh, conseguiu 10 horas no teste padrão. (reprodução de vídeo), o G7 marcou sete horas e dez minutos. Com isso, no fim do dia, é provável que você precise de uma bateria portátil ou de uma tomada para recarregar o smartphone, caso você use muito o aparelho.
Vale a pena?
O LG G7 THinQ tem poucos itens que o tornam especialmente diferentes da concorrência. O que pode ser atrativo para o consumidor, no longo prazo, é o preço. De acordo com dados dos comparadores de preços de lojas online Buscapé e Zoom, o preço do dispositivo passou de 4 mil reais (valor sugerido pela marca) para cerca de 2.500 reais atualmente. A geração passada, G6, também lançada a 4 mil reais, chegou a custa 1.600 reais neste ano. Quando a competição, em nível de preço, coloca o G7 lado a lado com smartphones Android intermediários, ele passa a ser uma escolha óbvia para o consumidor. Pode ser que você não considere comprar um G7 agora, mas, se esperar algum tempo, ele pode se tornar uma barganha por todo o conjunto de recursos premium que oferece ao consumidor. Fonte: Portal Exame
Tecnologia
“Brainrot”, você tem isso? Conheça esse efeito colateral da vida digital
Termo descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido
Se você leu meu texto sobre a slopficação da internet, talvez agora você fique um pouco mais assustado. Senta que lá vem a história…
Se você é millennial, como eu, e tinha uma certa esperança que a próxima geração seria melhor e daria conta de um monte de coisas que não conseguimos, bem… nascer e crescer imerso em redes sociais parece que não está fazendo muito bem, pelo menos na construção de gosto e o que se escolhe consumir online.
Entender minimamente a GenZ (Geração Z) e a Geração Alpha tem consumido boa parte do tempo das minhas pesquisas online. Sacar os movimentos e tentar entrar na cabeça dos jovens é interessante e surpreendente, já que os valores e gostos são completamente diferentes. E olha que pra muita coisa eu sou mais Z que Y.
Mas vamos para o que interessa. Você já ouviu ou viu, em algum lugar, termos como:
- Skibidi Toilet
- Level Five Gyat
- Rizz
- Fanum Tax
- Only in Ohio
- Sigma Looksmaxxing
- Grimace Shake
Parece erro, palavras sem sentido, mas eles têm aparecido com frequência em uma série de conteúdos virais, mais especificamente memes, e que têm sido atribuídos ao tal do “brainrot”. Se você perguntar para o Google Tradutor, não vai conseguir nada. Já para o ChatGPT, ele traz uma luz. Olha só:
Acho que, com isso, você já consegue ir sacando o que é “brainrot”. Apesar desse termo ser antigo (usado desde 2004), é agora que ele está bombando em redes sociais muito usadas por jovens da GenZ, como o TikTok.
E não é pouco dizer que esses jovens internautas estão obcecados com a tal “brain rot” ou “brainrot”. Tanto que a própria viralização do termo explica muito o que estamos vivendo nos tempos atuais: “doomscrolling“, essa rolagem infinita nos nossos feeds, e também nosso estado online crônico.
Traduzido por “podridão cerebral”, “apodrecimento do cérebro” ou até “cérebro apodrecido”, o termo, ou condição, descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido, que podem afetar negativamente as habilidades cognitivas e a capacidade de pensar criticamente.
Longe de ser um termo médico ou científico, é simplesmente um efeito colateral do nosso comportamento online, principalmente em redes sociais, frequentemente motivado por um desejo compulsivo de se manter atualizado, principalmente com eventos negativos, mesmo quando isso pode ser emocionalmente desgastante ou prejudicial para a saúde mental.
Basicamente, estamos gastando mais tempo e literalmente nos entregando e absorvendo grandes quantidades de informações irrelevantes e de baixa qualidade.
Sem entrar nas questões neurodegenerativas, não precisamos de muito para entendermos que, ao consumirmos conteúdos piores, ficaremos piores. Ou seja, nossos cérebros vão trabalhar com o que recebem. Se consumimos porcarias, vamos pensar em porcarias. Simples assim.
E tem muita gente online falando que já está com “brainrot” só de ter recebido ou passado por certos conteúdos, justamente porque estão muitos expostos a eles. E assim como os “slops” causam uma certa confusão mental, os conteúdos associados ao brainrot também, desassociando imagens ou conceitos de seus contextos reais.
Um exemplo é a imagem de um soldado da Segunda Guerra Mundial com um olhar atordoado, que faz parte da pintura de Tom Lea “That 2,000 Yard Stare“, que é usado em muitos conteúdos meméticos, e que TikTokers dizem ser brainrot.
Popularização e perigos
Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, percebemos que tivemos uma procura maior do termo em 2005 e 2010, mas, a partir da segunda metade de 2023 até agora, o termo explodiu. E é interessante notar que esses picos estão muito associados à cultura gamer e a jogos que contribuíram com seu uso ao longo da década de 2010.
Inclusive, “brainrot” é uma doença que os jogadores podem contrair no jogo de “2011 The Elder Scrolls V: Skyrim“. Em 2007, ano que muita gente considera o surgimento do termo, ele aparece em posts no X, nos quais os usuários descreviam reality shows de namoro, videogames e certos comportamentos, como brainrot.
Um artigo recente do NYT, Jessica Roy relata como alguns usuários do TikTok até começaram a criar paródias de pessoas que parecem “ter” essa condição, ajudando, assim, na popularização, ridicularização e adoção do termo. E, apesar de não ser um elogio falar que alguém tem brainrot, algumas pessoas demonstram um leve orgulho ao admitir a condição.
Em um quiz recente do BuzzFeed, dava até pra saber se “o seu cérebro está 1000% cozido”. Outra leva de vídeos fala que quanto mais gírias da internet uma pessoa usa, mais brainrot ela tem.
E apesar do humor que tudo isso traz, existe um lado bem ruim. Sabe quando a gente fica obcecado por algo e vê aquilo em todo lugar, ou quando gostamos tanto de um personagem ou uma celebridade e começamos a ficar parecidos com elas? Bem, consumir conteúdos de baixa qualidade pode nos deixar menos preparados a certaz situações e “menos inteligentes”, como colocam os jovens com brainrot. Muitos compartilham nas redes seu medo de ficaram “burros”.
Há muitos pesquisadores que estão se debruçando nesse tema, como o neurocientista Michel Desmurget, que tem um livro bastante controverso, assim como outros que se adentram nesse tema, “A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças”.
Esse medo de ficarmos piores cognitivamente é real, porque somos o que comemos e consumimos. A “Geração Touch” e as “crianças de iPad” certamente carregam consequências disso, tanto pela tela e o aumento de miopia, muita quantidade de luz azul, que traz alterações no sono, e por aí vai, até o que é visto, assistido e lido.
Em toda a história da humanidade, acompanhamos as consequências boas e ruins das mais diversas tecnologias que foram sendo introduzidas nas nossas vidas, e se tratando de internet, hoje e sempre, independente da tecnologia em si, sabemos que “gostamos” de certos conteúdos justamente pelo modo como nosso próprio cérebro funciona.
Nem vou entrar nessa discussão, porque isso daria um outro texto, mas, no caso dos memes, eles são divertidos, rola uma conexão emocional positiva com eles, e isso dá uma ajudinha na disponibilidade de dopamina no nosso cérebro. É entretenimento puro e viciante.
Por isso mesmo, existem muitos pesquisadores interessados no assunto, tanto que, nos Estados Unidos, diversas instituições de saúde já estão estudando isso como um distúrbio. No artigo no NYT, é citada a pesquisa do Hospital Infantil de Boston, que chama essa condição de “Uso Problemático de Mídia Interativa”. E ela mostra que, conforme passamos muito tempo online, mudamos nossa percepção do espaço físico para o online, e isso tem consequências.
E a GenAI nessa história?
Brainrot está na moda hoje em dia, assim como a GenAI (inteligência artificial generativa). Mas será que a IA está ajudando a nos levar a um estado de brainrot generalizado?
Se o uso preguiçoso da GenAI pode nos fazer desenvolver menos algumas habilidades ao longo do tempo, não há dúvida. É como foi com a nossa memória, tanto que hoje não guardamos o número do celular de quase ninguém. Claro que nesse cas,o é reversível, podemos treinar e melhorar, graças a neuroplasticidade cerebral.
Mas, assim como a internet está se “slopificando”, ou seja, sendo tomada por conteúdos sem valor sendo gerados sinteticamente, nós também poderemos acabar nos deparando cada vez mais com esse conteúdo, e (por que não?) aumentando o brainrot, assim como nos enganando cada vez mais por conteúdos falsos. As consequências de longo prazo não sabemos, e muito estudo ainda será feito, mas, com certeza, uma coisa pode alimentar a outra.
Deveríamos nos preocupar com o “brainrot”?
Em certo sentido, sim, embora devamos ser cautelosos ao soar o alarme sobre o que impulsiona ou leva ao “brainrot”. É muito fácil referir-se a praticamente qualquer coisa como causadora de “brainrot”, se formos pensar.
A cultura da internet sempre traz questões e termos interessantíssimos que podem nos fazer pensar e desenvolver muitas teorias e conceitos. Brainrot ainda é uma expressão que carece de rigor científico, principalmente para descrever ou quantificar a saúde mental real. Mesmo assim, não significa que devemos ignorar ou minimizar as preocupações que estão no cerne desse termo.
Tecnologia
Tik Tok planeja lançar o Whee, plataforma de fotos ‘cópia’ do Instagram
Na plataforma, será possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos
O TikTok está trabalhando em seu próprio Instagram, afirmou o site Android Police na terça-feira, 18. O aplicativo, chamado Whee, tem como objetivo o compartilhamento de fotos com melhores amigos – uma mistura da rede de Mark Zuckerberg com o BeReal, de fotos instantâneas e não editadas. O app, que já pode ser utilizado em alguns países, ainda não chegou ao Brasil.
De acordo com as imagens vistas pelo Android Police, o Whee é um app separado do TikTok, mas também mantido pela ByteDance. Na plataforma, é possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos.
Configurações básicas como curtidas e comentários também estão presentes, em um layout bastante parecido com o do Instagram.
“Capture e compartilhe fotos da vida real que somente seus amigos podem ver, permitindo que você seja mais autêntico”, afirma a descrição do Whee no Google Play, loja de apps do Android. “Whee é o melhor lugar para amigos próximos compartilharem momentos da vida”, completam.
O TikTok e a ByteDance ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aplicativo, mas já é possível encontrar a nova rede social em alguns países em celulares com sistema operacional Android.
Tecnologia
YouTube testa recurso que introduz “notas” de contexto em vídeos
Testes começarão nos Estados Unidos e serão feitos, inicialmente, com usuários e criadores selecionados
O YouTube anunciou, nesta segunda-feira (17), que permitirá em breve que os usuários adicionem “notas” que fornecerão contexto sobre alguns de seus vídeos. Os testes fazem parte de um novo recurso que inicialmente será lançado nos Estados Unidos.
A plataforma convidará alguns usuários e criadores de conteúdo, como parte da fase inicial de teste, para escrever notas destinadas a fornecer “contexto relevante, oportuno e fácil de entender” sobre os vídeos.
As notas, por exemplo, poderão esclarecer quando uma música é uma paródia, apontar quando uma nova versão de um produto que está sendo analisado estiver disponível ou informar aos espectadores quando imagens antigas são erroneamente apresentadas como eventos atuais.
A rede social X, antigo Twitter, possui um recurso semelhante chamado Notas da Comunidade, que permite que colaboradores selecionados adicionem contexto às publicações, incluindo tags como “enganoso” e “fora de contexto”.
O recurso de notas no YouTube será, inicialmente, disponibilizado em dispositivos móveis para usuários nos Estados Unidos e em inglês. Nessa fase, avaliadores externos classificarão a utilidade das notas, o que ajudará a treinar os sistemas, antes de um possível lançamento mais amplo, disse o YouTube.
*Com reportagem de Yuvraj Malik, em Bengaluru
CNN Brasil
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