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Resgates milagrosos acontecem na Turquia e Síria uma semana após terremoto

No total, 33.186 pessoas morreram, 29.605 na Turquia e 3.581 na Síria, após o terremoto de 7,8 graus de magnitude

 

 

(AFP/AFP Photo)

As equipes de emergência conseguiram resgatar mais sobreviventes dos escombros uma semana após o terremoto que deixou mais de 33.000 mortos na Turquia e na Síria.

No total, 33.186 pessoas morreram, 29.605 na Turquia e 3.581 na Síria, após o terremoto de 7,8 graus de magnitude, de acordo com fontes médicas e dos governos dos dois países.Uma criança e uma mulher de 62 anos foram os mais recentes casos de resgates milagrosos, depois de quase sete dias presos entre os escombros de imóveis que desabaram no terremoto devastador de 6 de fevereiro.

Mustafa, de sete anos, foi resgatado na província turca de Hatay, enquanto Nafize Yilmaz foi encontrada com vida em Nurdagi, também em Hatay, informou nesta segunda-feira a agência estatal de notícias Anadolu. Ambos passaram 163 horas presos nos escombros antes dos resgates no domingo à noite.

Mais de 32.000 pessoas de organizações locais trabalham nos esforços de busca e resgate, ao lado de 8.294 voluntários do exterior, informou a Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD).

Um integrante de uma equipe britânica de resgate publicou no domingo no Twitter um vídeo que mostra um voluntário descendo por um túnel aberto nos escombros em Hatay, onde ele encontrou um turco que permaneceu preso por cinco dias entre a destruição.

As equipes trabalham contra o tempo, pois os especialistas advertem que a possibilidade de encontrar pessoas com vida diminui a cada dia.

Na cidade turca destruída de Kahramanmaras, próxima ao epicentro do terremoto, os voluntários cavaram entre montanhas de escombros e encontraram um corpo.

Mas as equipes de resgate reclamam da falta de sensores e equipamentos de busca avançados, o que significa que precisam cavar de maneira cuidadosamente entre os escombros com pás ou com as mãos.

“Se tivéssemos este tipo de equipamento, nós teríamos salvado centenas de vidas, ou mais”, disse Alaa Moubarak, chefe da Defesa Civil em Jableh, no noroeste da Síria.

 Falta ajuda na Síria –

Parentes se emocionam depois de reconhecer o corpo de uma criança encontrado entre os escombros em Kahramanmaras, Turquia
A ONU denunciou que não foi enviada toda a ajuda a Síria necessita de maneira desesperada.

Um comboio com suprimentos para o noroeste da Síria chegou via Turquia, mas o diretor de de emergências da ONU, Martin Griffiths, destacou que muito mais é necessário para milhões de pessoas que tiveram suas casas destruídas.

“Até agora falhamos com as pessoas do noroeste da Síria. Elas se sentem abandonadas. Buscam a ajuda internacional que não chega”, afirmou Griffiths no Twitter.

Ao avaliar os danos no sábado no sul da Turquia, quando o balanço era de 28.000 mortos, Griffiths disse que o número poderia “dobrar ou ainda mais”, porque a possibilidade de encontrar sobreviventes é cada vez menor.

A ajuda demorou a chegar à Síria, um país que enfrenta anos de guerra civil, um conflito que destruiu seu sistema de saúde. Algumas partes do país permanecem sob controle de rebeldes que lutam contra o o governo do presidente Bashar al Assad.

Um comboio de 10 caminhões da ONU entrou no noroeste da Síria pela passagem de fronteira de Bab al Hawa, segundo um correspondente da AFP.

Bab al Hawa é o único ponto através do qual a ajuda internacional pode entrar em áreas da Síria sob controle rebelde após quase 12 anos de guerra civil. Outros pontos foram fechados por pressão da China e da Rússia.

O diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, se reuniu no domingo com Assad em Damasco e disse que o presidente sírio afirmou estar disposto a abrir mais passagens de fronteira para permitir a entrada de ajuda nas zonas sob controle dos rebeldes.

– Conflito, covid, cólera –

“As crises combinadas de conflito, covid, cólera, declínio econômico e, agora, o terremoto, têm um custo insuportável”, afirmou Tedros depois de visitar a cidade síria de Aleppo.

Damasco aprovou a entrada dos comboios de ajuda a partir de áreas sob controle do governo, mas Tedros disse que a OMS aguarda a autorização das áreas controladas por rebeldes para entrar em algumas regiões.

Assad espera mais “cooperação eficiente” com a agência da ONU para solucionar a falta de suprimentos, equipamentos e remédios, indicou a presidência síria.

Mas as preocupações de segurança na Turquia provocaram a suspensão de algumas operações de resgate. Muitas pessoas foram detidas por saques e por tentativas de fraudar as vítimas do terremoto, segundo a imprensa estatal.

Uma organização israelense de emergências anunciou no domingo que suspende as tarefas de resgate na Turquia por uma “significativa” ameaça para a segurança de sua equipe.

– Irritação –

Na Turquia aumenta a irritação com a qualidade ruim dos edifícios e com a resposta governamental ao maior desastre em quase um século no país.

Um total de 12.141 edifícios desabaram ou ficaram gravemente danificados no país.

Dez pessoas foram detidas como parte das investigações, incluindo duas que tentaram fugira para a Geórgia.

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Corte japonesa ordena que governo pague indenização por esterilizações forçadas

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Cerca de 25 mil japoneses foram vítimas de lei que tinha objetivo de “prevenir aumento dos descendentes inferiores”

 

Vista aérea de Tóquio
Getty Images

 

Numa decisão histórica, o Supremo Tribunal do Japão ordenou ao governo que pagasse indenizações às pessoas que foram esterilizadas à força ao abrigo de uma lei de eugenia agora extinta, decidindo que a prática era inconstitucional e violava os seus direitos.

A Lei de Proteção Eugênica, em vigor entre 1948 e 1996, permitiu às autoridades esterilizar à força pessoas com deficiência, incluindo aquelas com perturbações mentais, doenças hereditárias ou deformidades físicas e lepra. Também permitia abortos forçados se um dos pais tivesse essas condições.

A lei tinha como objetivo “prevenir o aumento dos descendentes inferiores do ponto de vista eugênico e também proteger a vida e a saúde da mãe”, segundo uma cópia da lei – que listava “notável desejo sexual anormal” e “notável inclinação clínica” entre as condições visadas.

Cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas sem consentimento durante esse período, de acordo com a decisão do tribunal, citando dados do ministério.

Embora o governo tenha oferecido compensar cada vítima em 3,2 milhões de ienes (cerca de US$ 19,8 mil) em 2019, ao abrigo de uma lei de assistência, as vítimas e os seus apoiadores argumentaram que isso estava longe de ser suficiente.

A decisão de quarta-feira (3) abordou cinco ações desse tipo, movidas por demandantes de todo o país em tribunais inferiores, que depois avançaram para a Suprema Corte.

Em quatro desses casos, os tribunais inferiores decidiram a favor dos demandantes – o que o Supremo Tribunal confirmou na quarta-feira, ordenando ao governo que pagasse 16,5 milhões de ienes (cerca de US$ 102 mil) aos atingidos e 2,2 milhões de ienes (US$13 mil) aos seus cônjuges.

No quinto caso, o tribunal de primeira instância decidiu contra os demandantes e rejeitou o caso, citando o prazo de prescrição de 20 anos. O Supremo Tribunal anulou esta decisão na quarta-feira, qualificando o estatuto de “inaceitável” e “extremamente contrário aos princípios de justiça e equidade”.

O caso agora é enviado de volta ao tribunal de primeira instância para determinar quanto o governo deve pagar.

“A intenção legislativa da antiga Lei de Proteção Eugênica não pode ser justificada à luz das condições sociais da época”, disse o juiz Saburo Tokura ao proferir a sentença, segundo a emissora pública NHK.

“A lei impõe um grave sacrifício sob a forma de perda da capacidade reprodutiva, o que é extremamente contrário ao espírito de respeito pela dignidade e personalidade individuais, e viola o artigo 13º da Constituição”, acrescentou – referindo-se ao direito de cada pessoa à vida, liberdade e a busca pela felicidade.

Após a decisão de quarta-feira, os manifestantes do fora do tribunal – homens e mulheres idosos, muitos em cadeiras de rodas – celebraram com os seus advogados e apoiadores, erguendo faixas onde se lia “vitória”.

Eles estão entre o total de 39 demandantes que entraram com ações judiciais nos últimos anos – seis deles morreram desde então, de acordo com a NHK, destacando a urgência desses casos à medida que as vítimas chegam aos seus anos finais.

Numa conferência de imprensa após a decisão do tribunal, o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressou o remorso e o pedido de desculpas do governo às vítimas, informou a NHK. O governo pagará prontamente a compensação e considerará outras medidas, como uma reunião entre os demandantes e o primeiro-ministro Fumio Kishida, disse ele.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Polícia desmobiliza protesto pró-Palestina no parlamento australiano

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Manifestantes carregavam faixa em que denunciavam Israel por crimes de guerra

 

Polícia desmantela protesto pró-Palestina no Parlamento Australiano
Reuters

 

Quatro manifestantes pró-Palestina foram levados sob custódia policial nesta quinta-feira (4) depois de escalarem o telhado do parlamento australiano em Canberra.

Os manifestantes, vestidos com roupas escuras, permaneceram no telhado do prédio por cerca de uma hora. Eles estenderam faixas pretas, incluindo uma que dizia “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, um refrão comum dos manifestantes pró-Palestina, e entoaram slogans.

Os manifestantes empacotaram suas faixas antes de serem levados pela polícia que os aguardava por volta das 11h30, horário local.

CNN

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Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

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País se prepara para entrar em uma nova era política com provável derrota do grupo há 14 anos no comando

 

Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

 

Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em uma votação histórica para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais indicam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, vai perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.

A eleição é um referendo sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia.

Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.

Como funcionam as eleições?

O parlamento britânico tem 650 assentos. Para ter maioria, é preciso conseguir 326 assentos.

Após uma campanha de semanas, as urnas serão abertas às 7h, no horário local, desta quinta-feira (3h, horário de Brasília), e permanecerão abertas até às 22h.

Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área.

O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.

Se não houver maioria, eles precisam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.

O monarca tem um papel importante, embora simbólico. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.

A votação antecipada desta quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, mas a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.

O evento, contudo, provavelmente inaugurará um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.

Rei Charles recebe Rishi Sunak no Palácio de Buckingham / Reprodução/ Palácio Buckingham

Quem é Keir Starmer?

O rival de Rishi Sunak é o líder trabalhista Keir Starmer, que é amplamente favorito para se tornar o novo primeiro-ministro britânico.

Ex-advogado de direitos humanos muito respeitado que então atuou como o promotor mais sênior do Reino Unido, Starmer entrou na política tarde na vida.

Líder trabalhista Keir Starmer em Blackpool / 3/5/2024 REUTERS/Phil Noble

Starmer se tornou um parlamentar trabalhista em 2015 e menos de cinco anos depois era o líder do partido, após uma passagem como secretário do Brexit no Gabinete Paralelo durante a saída prolongada do Reino Unido da União Europeia.

O britânico herdou um partido que se recuperava de sua pior derrota eleitoral em gerações, mas priorizou uma reformulação da cultura, se desculpando publicamente por um escândalo de antissemitismo de longa data que manchou a posição do grupo com o público.

Starmer tentou reivindicar o centro político do Reino Unido e é descrito por seus apoiadores como um líder sério e de princípios. Mas seus oponentes, tanto na esquerda de seu próprio partido quanto na direita do espectro político, dizem que ele não tem carisma e ideias, e o acusam de não ter conseguido estabelecer uma visão ambiciosa e ampla para a nação.

Quando saíram os resultados?

Após a abertura das urnas nesta quinta-feira (3), a mídia britânica estará proibida de discutir qualquer coisa que possa afetar a votação.

Mas no momento que a votação acabar, uma pesquisa de boca de urna será divulgada e definirá o curso da noite. A pesquisa, feita pela Ipsos para a BBC, ITV e Sky, projeta a distribuição de assentos do novo parlamento, e historicamente tem sido muito precisa.

Os resultados reais são contados ao longo da noite; o escopo do resultado da noite geralmente fica claro por volta das 3 da manhã, horário local (23h, horário de Brasília), e o novo primeiro-ministro geralmente assume o cargo ao meio-dia.

Mas as coisas podem demorar mais se o resultado for apertado ou se as vagas principais forem decididas na reta final.

De qualquer forma, a transferência de poder acontecerá no fim de semana, dando ao novo governo algumas semanas para trabalhar em legislações importantes antes do recesso parlamentar de verão.

CNN

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