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Relógio do Juízo Final marca dois minutos para meia-noite em 2019

Ajustado” pelo Conselho de Ciência e Segurança dos Cientistas Atômicos, nos EUA, relógio mostra quão próximos estamos de destruir o Planeta e a nós mesmos

Riscos: nuvem gigantesca é vista no céu do Texas (EUA) como uma explosão de bomba atômica em 11 de abril de 2015. (Darin Kuntz / Barcroft Media/Getty Images)

São Paulo – Todos os anos, um grupo de cientistas americanos decide se ajusta ou não o icônico Relógio do Juízo Final (“Doomsday Clock”, em inglês), que de real não tem nada, é apenas uma forte metáfora que mostra quão próximos estamos de destruir o Planeta e, por tabela, aniquilar nossa civilização “com tecnologias perigosas criadas por nós mesmos”. Quanto mais perto da meia-noite estamos, mais perigos corremos.

Em 2019, o Relógio do Juízo Final marca dois minutos para a meia-noite (23h58), devido a duas ameaças existenciais simultâneas: os perigos das mudanças climáticas e a falta de progresso dos governos na redução de riscos nucleares, segundo anúncio dos cientistas realizado no dia 24 de janeiro em Washington.

A decisão de mudar ou não a marcação do relógio é tomada por um grupo de pesquisadores e intelectuais, que incluem membros do Conselho de Ciência e Segurança dos Cientistas Atômicos e um grupo de 14 ganhadores do prêmio Nobel. O resultado é publicado no Bulletin of Atomic Scientists, uma publicação sobre segurança global da Universidade de Chicago.

O Relógio do Juízo Final foi criado em 1947, marcando sete minutos para meia noite, num tempo em que o maior perigo para a humanidade vinha das armas nucleares, em particular da perspectiva de que os Estados Unidos e a União Soviética se encaminhassem para uma corrida armamentista nuclear.

Ele foi alterado 23 vezes desde então, com diversos altos e baixos, chegando a marcar 17 minutos para a meia-noite em 1991, melhor ponto já registrado, quando EUA e União Soviética assinaram acordo histórico de desarmamento, que parecia prenunciar o fim da confrontação atômica entre as potências.

Em 2018, o Conselho de Ciência e Segurança fixou o tempo em dois minutos para a meia-noite (mesmo horário deste ano), em grande parte devido ao risco nuclear de uma guerra potencial incitada por trocas de declarações beligerantes entre Estados Unidos e Coreia do Norte, bem como declarações do governo americano contrárias aos compromissos de combate às mudanças climáticas.

A única outra vez em que o horário chegou tão perto assim foi em 1953, quando o ponteiro dos minutos foi movido para 23h58 depois que os EUA e a União Soviética testaram suas primeiras armas termonucleares a menos de seis meses uma da outra.

De acordo com o documento Declaração do Relógio do Juízo Final:

A humanidade enfrenta agora duas ameaças existenciais simultâneas, sendo que ambas seriam motivo de extrema preocupação e atenção imediata. Essas grandes ameaças – armas nucleares e mudanças climáticas – foram exacerbadas no ano passado pelo aumento do uso da guerra de informações para minar a democracia em todo o mundo, ampliando o risco dessas e de outras ameaças e colocando o futuro da civilização em perigo extraordinário.

O texto continua ressaltando que esse “novo anormal” é insustentável e extremamente perigoso, mas mesmo assim o poder de melhorar a gravidade da situação continua nas mãos dos líderes mundiais. O relógio pode se “afastar” da catástrofe se os líderes agirem sob pressão da sociedade civil.

“Não há nada de normal na complexa e assustadora realidade que acabamos de descrever”, disse em comunicado Rachel Bronson, presidente e CEO do  Boletim dos Cientistas Atômicos. “Apesar de inalterado desde 2018, esse cenário deve ser tomado não como um sinal de estabilidade, mas como um alerta severo para líderes e cidadãos em todo o mundo”, declarou Bronson.

A declaração de 2019 enfatiza que é possível mudar o ponteiro do relógio e recomenda várias ações. Entre elas, a de que americanos e russos resolvam suas divergências em relação ao Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), adotando medidas para prevenir incidentes militares em tempo de paz nas fronteiras da OTAN, e que o governo Trump revise sua decisão de sair do plano de limitar o programa nuclear iraniano.

Também recomenda que os países do mundo todo reduzam as emissões de gases do efeito estufa para alcançar a meta de temperatura do acordo climático de Paris, limitando o aquecimento do Planeta em 2 graus Celsius até 2100, e que, principalmente, os cidadãos americanos cobrem ação climática de seu governo.

“Os seres humanos inventaram armas nucleares e as máquinas movidas a combustíveis fósseis que contribuem para as mudanças climáticas. Sabemos como eles funcionam, então, presumivelmente, podemos encontrar maneiras de reduzir ou eliminar o dano. Mas precisamos de cooperação em todo o mundo para evitar calamidades”, conclui o Boletim.

Fonte Exame

 

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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