Brasília
Relação entre consumidores e operadoras de internet se complica
Consumidores passaram a atualizar mais a rede mundial de computadores em casa e a enfrentar problemas com a conexão. Especialistas oferecem dicas sobre o que fazer em caso de problemas com as operadoras
Devido à pandemia da covid-19, o home office, ou trabalho remoto, e a educação a distância passaram a fazer parte do cotidiano das pessoas, e, com isso, a internet se tornou cada vez mais necessária. O consumidor precisa que o serviço prestado pela operadora seja de qualidade. No entanto, problemas com a conexão ficaram mais recorrentes.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou, entre janeiro e maio deste ano, 268.097 reclamações de consumidores contra as prestadoras de internet, um volume 16% inferior às 320.026 queixas apresentadas em igual período de 2020. Porém, segundo a agência, foram 764.075 reclamações contra empresas de banda larga fixa ao longo de 2020, primeiro ano de pandemia, contra 580.680 em 2019. O número corresponde a um aumento de 32%. O crescimento se deu especialmente após o mês de março do ano passado, quando tiveram início as medidas de isolamento social.
A assistente administrativa Fernanda Carvalho, 33 anos, teve de trabalhar presencialmente em seu dia de home office após ficar sem internet em casa. “No dia em que eu precisei foi quando caiu o sinal”, afirma. Ela relata que ficou três dias intercalados sem o serviço, e que a empresa responsável não a avisou previamente, além de não apresentar justificativa. “Apenas falaram que estavam com problema na região”, conta Fernanda.
A assistente administrativa procurou a Anatel para solucionar a falha no serviço. “O problema foi resolvido quando registrei uma reclamação na ouvidoria da Anatel”, exclama. A empresa responsável entrou em contato com a consumidora para explicar o ocorrido e para saber se o problema persistia. Fernanda conta que, ao questionar a operadora sobre os dias e
m que ficou sem internet, foi oferecido um desconto na mensalidade e o problema foi resolvido.
Assim como Fernanda, vários brasileiros enfrentam problemas com o serviço de internet. No entanto, nem todos sabem o que fazer nesses casos e quais são os direitos que possuem. Segundo o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Sindec), do Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF), as principais queixas das empresas de banda larga estão relacionadas ao serviço com vício de qualidade ou não fornecido, à cobrança indevida/abusiva e ao Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).
Entenda os direitos
A advogada Simone Magalhães, especialista em direito do consumidor, alerta que, em caso de descumprimento da oferta veiculada pelas empresas, o consumidor pode exigir o cumprimento do serviço ou rescindir o contrato. “O Código de Defesa do Consumidor (CDC) também traz o dever da operadora de prestar os serviços com qualidade e segurança, devendo reparar todos os danos que o consumidor sofrer em virtude de falhas, a exemplo de interrupções do serviço, ‘quedas da internet’ ou oferta de velocidade abaixo da contratada”, destaca.
Uma recomendação destacada pela advogada é em relação a problemas na velocidade da internet fixa. “É importante fazer acompanhamento em sites de medição. Se constatar falha no serviço ou velocidade abaixo da contratada, considerando as variações permitidas pela Anatel, é recomendável documentar a redução e solicitar à operadora o abatimento proporcional no valor a ser pago”, recomenda.
A advogada também afirma que, quando ocorre interrupção no serviço, a empresa deve descontar o valor proporcional ao tempo interrompido, como foi o caso da Fernanda. “As prestadoras deverão realizar o ressarcimento aos consumidores prejudicados por interrupções dos serviços até o segundo mês subsequente ao evento”, enfatiza.
Para o advogado especialista em direito do consumidor Welder Rodrigues, é importante que o cliente seja informado com clareza sobre o pacote que está contratando, a fim de evitar problemas futuros. “O consumidor deve ser informado de forma clara a respeito das características do serviço, tais como a velocidade de navegação e o canal para acionamento de eventual chamado técnico para reparos”, esclarece.
Saiba o que fazer
A especialista Simone Magalhães destaca que, ao surgir um problema, o consumidor deve procurar primeiro a operadora para informar o defeito. Além disso, ela ressalta a importância de anotar o número do protocolo de atendimento.
Ambos especialistas explicam que, quando a empresa não solucionar o problema ou a solução for incompleta ou insatisfatória, o consumidor poderá também registrar reclamação na Anatel ou no Procon de sua cidade ou estado. Se ainda assim o problema persistir, é possível entrar com uma ação judicial. Para isso, é importante que o consumidor tenha juntado provas dos problemas que ele sofreu.
O especialista Welder Rodrigues afirma que os consumidores podem recorrer à Justiça em alguns casos para obter reparações de danos causados pela operadora em questão. “Na hipótese de ter sofrido prejuízos de qualquer natureza, seja patrimonial ou moral, o consumidor pode ingressar com uma ação judicial pleiteando as devidas reparações cíveis”, esclarece.
Como resolver
» Entre em contato com o canal de atendimento da operadora de banda larga;
» Informe o problema e tente solucionar diretamente com o prestador de serviço;
» Caso a queixa persistir, entre em contato com a Anatel ou o Procon para as devidas providências.
Grita do consumidor
PEÇA COM DEFEITO
DECATHLON
José Romeu Martins
Park Way
O bancário José Romeu Martins, 53 anos, morador do Park Way, procurou a coluna do Grita do Consumidor para reclamar da troca de uma peça relativa a um produto, comprado na loja da Decathlon, que deu defeito com pouco tempo de uso. “Comprei um caiaque inflável em 24 de abril de 2021 na loja da Decathlon, do Shopping Venâncio. Com um mês e dois dias de uso, o produto apresentou defeito. Uma parte interna da câmara de ar estourou, o que inviabilizou a utilização do caiaque. Compareci até a loja, após orientação do atendimento por e-mail. As vendedoras que me atenderam quiseram repassar o ônus do defeito para mim, sem aceitar que o produto com pouquíssimo uso tivesse defeito. Disseram que solicitaram uma nova peça para mim, no entanto não me deram nenhum comprovante e disseram que eu teria de pagar pela peça. Após reclamar e dizer que eu tomaria todas as medidas cabíveis, o atendimento da Decathlon me disse que entregaria a peça sem custo e em determinado prazo. O atendimento é feito apenas por e-mail e por um formulário, sem possibilidade de contato com alguém”, exclama.
Resposta da empresa
A Decathlon informou que o problema foi resolvido. “A peça do produto que apresentou defeito foi substituída e entregue, no dia 16 de junho, diretamente na casa do cliente, que foi auxiliado pela liderança da loja na operação do equipamento”, esclarece.
Resposta do consumidor
“A peça foi entregue logo após eles terem o conhecimento de que a coluna Grita do Consumidor foi informada do problema. No entanto, houve uma demora na comunicação de quando isso seria feito”.
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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