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Região Sul tem rodovia congelada e clima de -3,9°C. Veja até quando vai durar o frio extremo

Nova massa de origem polar avança sobre os estados do Sul e Sudeste do país; previsão é de geadas fortes e moderadas em várias regiões

(Agência Brasil/Marcelo Camargo)

Uma nova onda de frio derrubou as temperaturas na Região Sul do país neste fim de semana. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até às 8h da manhã de hoje cidades como São Joaquim (SC), São José dos Ausentes (RS) e Bom Jardim da Serra (SC) tinham registrado, respectivamente, -3,9°C, -3,6°C e -3,0°C.

De acordo com o Inmet, este sábado, 11, será gelado em toda a Região Sul. As temperaturas mínimas chegarão a menos 5 graus Celsius (°C), nas serras gaúcha e catarinense. A culpada pela nova onda intensa de frio é uma massa de origem polar que está avançando sobre os estados do Sul e Sudeste do país e deve durar até a próxima segunda-feira, 13, com previsão de geadas.

Pista congelada em Santa Catarina

Na tarde deste sábado, um vídeo mostrando pistas congeladas na estrada da serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, viralizou nas redes sociais. Segundo o perfil que compartilhou as imagens, foi preciso que as equipes utilizassem sal para derreter o gelo na rodovia, enquanto dezenas de carros se enfileiravam sem poder atravessar.

 

Além do Sul, o frio deve atingir também Mato Grosso do Sul, áreas de Mato Grosso, São Paulo e no extremo sul de Goiás, favorecendo a diminuição das temperaturas máximas. De acordo com o Inmet, o ar frio também pode causar um novo episódio de friagem em áreas das regiões Centro-Oeste e Norte.

No domingo, o ar frio avança para o Mato Grosso do Sul, São Paulo e Mato Grosso. Nesse dia, as temperaturas deverão variar entre 4°C e 20°C em Ponta Porã (MS), entre 5°C e 15°C em Campos do Jordão (SP) e entre 10°C e 20°C na capital paulista.

Ainda há previsão de geada ampla e de intensidade moderada a forte em áreas do oeste, norte e Serras do Rio Grande do Sul, sul do Paraná e em praticamente todo o estado de Santa Catarina, com exceção apenas do litoral. Também há previsão de geada, de menor intensidade, no centro e norte do Paraná e no sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.

O instituto emitiu ainda um aviso de perigo potencial de ventos costeiros que podem atingir a Grande Florianópolis, o Sul Catarinense, o Sudeste do Rio Grande do Sul e a região metropolitana de Porto Alegre.

Para a segunda-feira (13), a previsão do Inmet é de temperaturas ainda abaixo de zero nas serras gaúcha e catarinense, com possibilidade de geadas para a Região Sul, além de áreas do sul do Mato Grosso do Sul e de São Paulo e da Serra da Mantiqueira.

Rio tem chuvas e ressaca

A cidade do Rio de Janeiro está em estágio de mobilização desde as 18h dessa sexta-feira (10), devido à previsão de chuva moderada. O estágio de mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco, e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na capital fluminense. 

A aproximação da frente fria manterá o tempo instável na cidade neste fim de semana, com previsão de chuva fraca a moderada, em pontos isolados, até o período da manhã. A Marinha do Brasil informa que ondas de 2,5 a 3 metros de altura podem atingir a orla do Rio do meio-dia deste domingo (12) até 21h de terça-feira (14).

A recomendação é que os banhistas evitem o banho e não permaneçam em mirantes na orla ou em locais próximos ao mar durante o período de ressaca. Frequentadores das praias devem seguir as orientações das equipes do Corpo de Bombeiros.

Os pescadores também estão sendo orientados a evitar deixar o cais durante o período de ressaca. O alerta vale também para as pessoas que andam de bicicleta na orla, caso as ondas estejam atingindo as ciclovias. No caso de banhistas, em situação de risco de afogamento, acione imediatamente as equipes do Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

De acordo com o Sistema Alerta Rio, a partir da tarde de hoje (11), há possibilidade de pancadas de chuva moderada a forte, acompanhadas de ventos moderados (18,5 a 51,9 quilômetros horários (km/h) a fortes (de 52 km/h a 76 km/h).

O meteorologista chefe do Alerta Rio, Nilton Moraes, informou que a chuva poderá ser pontualmente forte. Neste sábado, segundo ele, a previsão é da “passagem da frente fria e o posterior transporte de umidade, a previsão é de chuva fraca a moderada durante a madrugada e manhã, passando a fraca a partir da tarde”.

A possibilidade é que chova 10 milímetros (mm), hoje, média válida para toda a cidade. Em relação às temperaturas, haverá acentuado declínio, com máxima prevista de 22 graus Celsius (ºC) e mínima de 16ºC.

Entre domingo (12) e segunda-feira (13), o céu irá variar de nublado a parcialmente nublado e sem previsão de chuva. As temperaturas se manterão amenas e os ventos estarão moderados a fortes.

Confira as regiões com previsão de geada entre hoje, 11, até segunda, 13:

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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