Brasília
Quatro tratamentos para combater o estresse
Hoje, é difícil imaginar passar alguns momentos em total quietude. Porém, o relaxamento dos sentidos pode ter efeito terapêutico no controle do estresse
Esqueça aquela imagem clássica dos monges lacônicos. Atualmente, a procura pelo estado contemplativo tem mais a ver com o profano mesmo. Vivemos em uma era de hipercomunicação – nunca se falou, leu e assistiu em tantas plataformas diferentes.
A grande quantidade de estímulos muda a noção do tempo e nos atinge fundo em forma de cansaço mental. Não à toa, nos últimos anos, os relatórios de tendências especializados em bem-estar apontam para a mesma direção e retomam o básico: a necessidade da pausa e, sobretudo, do silêncio.
A contemporaneidade do assunto ainda é tema de estudo. Um dos mais recentes é da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos. Em 2013, pesquisadores fizeram um experimento com camundongos e identificaram que bastam duas horas de silêncio por dia para incitar o desenvolvimento celular no hipocampo, região do cérebro responsável pela memória e aprendizagem.
Não foi o barulho, mas a ausência dele que criou novas células cerebrais. A comunidade científica se animou. Caso uma ligação entre silêncio e geração de neurônios puder ser estabelecida também em humanos, ele poderia virar prescrição médica para condições degenerativas e até psicológicas.
Enquanto se espera por isso, a recomendação é baseada nos efeitos empíricos de manejo do estresse. Afinal, as consequências nocivas não são novidade. “Dá para listar a fadiga, o desânimo, a queda da libido, as alterações nos hábitos intestinais e até problemas de pele”, afirma a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR (International Stress Management Association no Brasil).
Encontrar caminhos no dia a dia é fundamental para evitar que a sensação de nervos à flor da pele entre em estado crônico. “O silêncio não é apenas sonoro; é também a abstenção de estímulos. E isso, vale lembrar, pode ser desconfortável e até angustiante. Nem todo mundo está preparado para ouvir os próprios pensamentos”, explica Ana Maria.
O segredo está no treino e na consistência. Em um mundo ideal, nem é necessário que você esteja em lugares específicos para conseguir aliviar a tensão. “O básico é treinar a respiração. Três minutos inspirando e expirando têm efeito reparador”, afirma a nutróloga Esthela Conde, especialista em medicina preventiva, de São Paulo.
Mas nem sempre é fácil. Que tal um empurrãozinho? A equipe de CLAUDIA experimentou quatro técnicas focadas em relaxamento que têm como base o silêncio dos sentidos. Nós compartilhamos as impressões a seguir.
Retiro de concentração
“Cheguei ao Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi curiosa sobre o que me aguardava. A promessa era de um retiro urbano para aumentar o poder de concentração. Ao entrar, fui guiada por uma voluntária, que me orientou a tirar os sapatos e me acomodar em uma cadeira.
As placas na porta pediam silêncio. A dinâmica era de sala de aula, com um professor à frente, que falava ao microfone. Com o auxílio de um livro, ele explicou o conceito de meditação para a religião budista, que consiste em ‘se concentrar em algo virtuoso’. Em seguida, apresentou técnicas para não se deixar ser interrompido por pensamentos – o segredo, segundo ele, é deixar que eles passem, feito um rio.
O segundo ato da atividade foi uma meditação coletiva. Para mim, a parte mais bacana. Fiquei muito mais concentrada na atividade em grupo do que quando estou sozinha em casa. Entrei num estado de relaxamento profundo, mas sem sono ou torpor.
Ao final de quase meia hora, a sensação era de ter corrido vários quilômetros – um misto de satisfação e bem-estar. Não indico para quem tem resistência a conhecer outras culturas ou religiões. Apesar de não ser budista, me considero mente aberta e topo experiências diferentes. Achei muito interessante.”*
Shiatsu na água
“Minha última experiência com o shiatsu havia sido um pouco traumática. Saí dolorida e assim permaneci por dias – culpa do excesso de tensão? Talvez. Fato é que cheguei receosa para testar a versão aquática do protocolo.
A ideia da piscina aquecida e do silêncio é reproduzir o ambiente do útero materno (será?) e induzir o corpo ao estado meditativo. Demorei alguns minutos para relaxar e perder o receio diante da vivência inédita. Aos poucos, fui me soltando.
A palavra de ordem era que eu me movimentasse o mínimo possível. No meio do processo já estava totalmente relaxada. A ausência de estímulos de todo tipo, exceto o toque, me fez ficar concentrada no momento presente e em cada parte do meu corpo. Foi transformador me submeter a algo de tamanha vulnerabilidade. Segui para a redação completamente descansada e sem qualquer dor. Farei mais vezes!”*
*Isabella Marinelli, editora de beleza, experimentou o retiro de concentração (55 reais pelas atividades do período da tarde), no Centro de Meditação Kadampa Mahabodhi, e o watsu (250 reais), na Clínica Integrada Simmm, ambos em São Paulo
Sono reparador
“A primeira dica: não vá pensando só em dormir. Fui muito focada nisso e acho que perdi de curtir os primeiros dez, 15 minutos do procedimento. Depois que encarei a experiência como ‘uma pausa para relaxar’, tudo fluiu.
No início, a massoterapeuta me passou exercícios de respiração e fez um escalda-pés com uma mistura especial de óleos essenciais da Provence. A ideia é desligar a mente e recuperar o corpo do cansaço acumulado.
Assim, o astral da sala, à meia-luz, e o perfume do lugar começaram a me fazer relaxar. A massagem não chega a ser muito diferente das mais usuais, mas é como se juntasse em um combo só várias técnicas: massagem facial, no couro cabeludo, toque nas pernas que estimula a circulação… O restante, confesso, não lembro bem porque, sim, dormi muito!
Acordei no final do procedimento, quando recebia uma massagem um pouco mais forte nas costas, para tirar pontos de tensão. Como bônus, passei o dia bem relaxada e tive uma noite de sono tranquila, fruto de corpo e mente menos estressados.”*
*Bárbara dos Anjos Lima, editora de comportamento, testou a terapia do sono reparador (422 reais), do Spa L’Occitane, em São Paulo
Cápsula de flutuação
“Ao chegar para a experiência, me deparei com uma sala à meia-luz com chuveiro, toalhas e uma grande cápsula branca no maior estilo futurista. Dentro dela, havia água a 35ºC com sal. Segundo o protocolo, além de promover a flutuação, o magnésio nele contido diminui a tensão muscular e melhora a circulação sanguínea.
Vestindo um biquíni, entrei no tanque e me deitei para boiar. Fechei a tampa e os olhos. Passei os primeiros dez minutos com a cromoterapia ativada e depois segui para a total privação sensorial por 45 minutos.
Quando veio o escuro, a música também pausou e foi silêncio total. Naquele momento, tudo o que ouvia eram meus pensamentos. Parece loucura, mas, por alguns segundos, cheguei a me esquecer de onde estava! Acredito que até dormi por alguns minutos.
A luz, então, voltou a acender sinalizando que a sessão estava chegando ao fim. Ao sair da cápsula, segui para o banho. Recomendo lavar os cabelos, porque tudo fica coberto de sal. Achei maravilhoso. É, de fato, terapêutico.”*
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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