Cidades
Putin ameaça usar bombas de fragmentação na Ucrânia
Líder russo diz ter reservas dessa munição para uso caso Kiev faça o mesmo. No início do mês, EUA decidiram enviar à Ucrânia o armamento, banido por 111 países. Na prática, bomba já vem sendo usada, dizem entidades.
O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou usar bombas de fragmentação na guerra da Ucrânia se Kiev utilizar as munições desse tipo enviadas pelos EUA, segundo trecho de uma entrevista divulgado pela televisão estatal russa neste domingo (16/07).
“Gostaria de dizer que a Rússia tem reservas suficientes de vários tipos de munições de fragmentação”, disse Putin em um videoclipe divulgado pela TV estatal russa. Ele afirmou que não gostaria de usar esse recurso, “mas é claro que, se for usado contra nós, nos reservamos o direito de tomar medidas congruentes.”
No início do mês, a Casa Branca anunciou que forneceria essas bombas à Ucrânia, atendendo a um pedido de Kiev. Na quinta-feira, o Pentágono disse que essas munições já haviam chegado à Ucrânia.
Tanto russos quanto ucranianos têm usado bombas de fragmentação, sendo que a Rússia, segundo observadores internacionais, usou esse tipo de armamento indiscriminadamente contra alvos civis ainda no início da invasão, em meados de 2022, segundo investigação da Anistia Internacional.
A ONG Cluster Monitor Coalition aponta que depois que a guerra começou, pelo menos 689 ucranianos foram mortos por bombas de fragmentação apenas no primeiro semestre do ano passado.
O que são bombas de fragmentação
Uma vez lançadas, as bombas de fragmentação, também conhecidas como cluster bombs, liberam uma quantidade de projéteis ou fragmentos menores que se espalham sobre uma grande área, ampliando seu potencial destrutivo.
Como nem toda submunição liberada após a explosão é detonada, entidades de defesa dos direitos humanos reprovam o uso desse tipo de arsenal, já que fragmentos “adormecidos” expõem civis a riscos mesmo quando já não há mais conflito militar numa região, tornando essas áreas verdadeiros campos-minados.
Por esse motivo, o uso desse tipo de armamento foi banido em tratado de 2008 assinado por 111 países – Rússia, Ucrânia e Estados Unidos, porém, não são signatários do acordo internacional. O Brasil, que fabrica essas bombas, também não é signatário.
Como EUA justificaram sua decisão
A jornalistas, um membro das Forças Armadas norte-americanas declarou que as bombas de fragmentação poderiam ajudar a Ucrânia a furar linhas de blindados russos e atingir uma multiplicidade de alvos a até 300 quilômetros de distância. “Os ucranianos pediram, outros países europeus forneceram, os russos estão usando”, justificou o general Mark Milley.
O conselheiro de segurança Jake Sullivan também defendeu o envio. “A Ucrânia se comprometeu com os esforços de desminagem pós-conflito para mitigar qualquer dano potencial aos civis e isso será necessário independentemente de os Estados Unidos fornecerem essas munições ou não por causa do seu uso generalizado pela Rússia”.
Sullivan ainda argumentou que o uso desse tipo de munição pela Ucrânia também é diferente do que a Rússia vem fazendo. “A Ucrânia não usaria essas munições em terras estrangeiras”. “Este é o país que eles estão defendendo.”
“Reconhecemos que as munições de fragmentação criam um risco de danos a civis devido a munições não detonadas. É por isso que adiamos a decisão o máximo que pudemos. [Mas] há também um enorme risco de danos civis se tropas e tanques russos romperem as posições ucranianas e tomarem mais território ucraniano e subjugarem mais civis ucranianos porque a Ucrânia não tem artilharia suficiente. Isso é intolerável para nós”, disse.
O presidente Joe Biden disse em entrevista à CNN que o fornecimento dessas bombas foi uma “decisão difícil”, mas que ele acabou convencido a enviar as armas porque Kiev precisa de munição em sua contraofensiva. “Os ucranianos estão ficando sem munição”, disse. “Ou eles têm as armas para parar os russos agora – impedi-los de parar a ofensiva ucraniana nessas áreas – ou não têm. E eu acho que eles precisavam delas.”
A parlamentar ucraniana Oleksandra Ustinova argumenta que os militares já têm que desarmar minas em boa parte do território retomado da Rússia, e que nesse processo eles teriam como recolher eventuais munições não-detonadas provenientes de bombas de fragmentação usadas contra as tropas russas.
Reações da Otan e da Alemanha
Secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg afirmou no início do mês que a aliança militar não tem posição sobre bombas de fragmentação – mais de dois terços dos 30 países-membros assinaram a convenção internacional para banir o uso desse tipo de armamento. Segundo Stoltenberg, a decisão sobre usá-las ou não cabe a cada país da aliança, individualmente. “Estamos diante de uma guerra brutal”, declarou Stoltenberg, ressaltando que ambos os lados já usam bombas do tipo, mas que a Ucrânia é a única a fazer isso em defesa própria.
A Alemanha, também signatária do tratado, deixou claro que não fornecerá munições do tipo à Ucrânia, mas evitou antagonizar abertamente com a decisão americana. A ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, reforçou que a Alemanha mantém sua adesão ao acordo.
Cidades
OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira
O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.
Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.
Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.
Cidades
Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef
A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.
O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.
Cidades
PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.
O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.
Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.
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