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Brasília

Projeto leva conforto e aconchego a bebês prematuros internados

O Polvo de Amor distribui mensalmente cerca de 330 polvinhos feitos de crochê em hospitais públicos e privados

Acalentar e levar conforto aos recém-nascidos prematuros internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (Utins) do Distrito Federal. Esse é o objetivo do projeto Polvo de Amor, em que pequenos polvinhos feitos de crochê são colocados nos berços dos bebês internados.

Os polvinhos são higienizados e esterilizados corretamente antes de serem doados aos bebês prematuros, para evitar riscos de infecções | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

A coordenadora médica da Utin do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Sandra Lins, informa que o polvinho de amor contribui para acalmar o recém-nascido prematuro. Ela ressalta que no Hmib há uma grande quantidade de bebês prematuros extremos e de recém-nascidos cirúrgicos, pois o hospital é referência nesses casos.

“A simbologia do polvinho de amor é muito grande e tem função terapêutica, porque o recém-nascido precisa de alguma coisa para se encostar e segurar, então os tentáculos servem para ele segurar e ficar mais tranquilo, com isso puxa menos o acesso venoso e a sonda da boquinha”Sandra Lins. coordenadora médica da Utin do Hmib

Todas essas crianças recebem o polvinho de amor quando estão clinicamente estáveis. A cabeça do animalzinho relembra a placenta da mãe e os tentáculos fazem referência ao cordão umbilical. Quando em contato com o polvo, a criança sente a aproximação do útero materno, ajudando a mantê-la mais calma.

“A simbologia do polvinho de amor é muito grande e tem função terapêutica, porque o recém-nascido precisa de alguma coisa para se encostar e segurar, então os tentáculos servem para ele segurar e ficar mais tranquilo, com isso puxa menos o acesso venoso e a sonda da boquinha”, afirma Sandra Lins.

A médica explica que os bebês têm necessidade de se agarrar em alguma coisa. “Ao invés de puxar a sonda e o catéter, colocamos ele para pegar no tentáculo. Além do aconchego de ter o polvinho encostado nele, seja nas costas ou na cabecinha, sempre se sentirá em um lugar de acolhimento, pois ainda tem o ninho em que eles são colocados.”

Todos os polvinhos de amor são fruto de doação, tanto dos materiais utilizados para confecção como do trabalho realizado pelas voluntárias, como Rutiene Dantas

Sandra relata que para a mãe o polvinho de amor também tem sua função, pois ela se sente lembrada, importante, compreendida, no sentido em que o filho recebeu um presente da equipe que foi dado por tantas outras pessoas.

“Essa mãe se sente acolhida em sua angústia e dor. Já para a equipe que trabalha na Utin o polvinho de amor tem seu valor, colore a unidade, sensibiliza e permite que aquele lugar, que necessita de condutas tão difíceis, tenha na simbologia do animal a doçura da infância e da cor. Isso também tem um significado para nós enquanto equipe”, avalia.

70voluntárias de todo o DF participam atualmente do projeto Polvo de Amor

Neste mês de maio, o projeto Polvo de Amor doou 60 polvinhos para o Hmib. Todos eles são higienizados e esterilizados corretamente antes de serem doados aos bebês prematuros. Esses cuidados asseguram que os recém-nascidos não corram risco de infecções.

A coordenadora médica da Utin do Hmib diz que uma parceria com uma lavanderia do DF possibilita a esterilização dos polvinhos por um valor menor. Em contrapartida, o hospital compra e entrega os sacos plásticos para os polvos serem embalados. É assim que os animaizinhos de crochê são doados às mães dos recém-nascidos.

“A partir de então, é a mãe que assume o protocolo de higiene, fizemos um manual ensinando como deve ser feita a limpeza. Quando a mãe não tem condições de levar para casa e fazer essa higienização, trocamos por outro polvinho e encaminhamos para a lavanderia o que precisa ser limpo. Existe a doação de amor e todo um cuidado técnico de higiene para que esse bebê tenha segurança. Após a alta hospitalar, o bebê leva seu polvinho de amor para casa como uma lembrança”, informa Sandra.

O Projeto Octo começou na Dinamarca, em 2013. Foi criado por uma blogueira com o propósito de ajudar na recuperação dos bebês prematuros nascidos em Utins do país

Iniciativa voluntária

Hoje, o Polvo de Amor possui cerca de 70 artesãs voluntárias de todo o DF e entorno. As doações são entregues nos hospitais regionais de Sobradinho (HRS), Santa Maria (HRSM), Ceilândia (HRC), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) e nos hospitais privados Santa Marta, Santa Lúcia, Santa Helena, São Francisco, Santa Luzia e Maternidade Brasília. Quando tem algum bebê prematuro na Utin do Hospital Anchieta, a equipe de lá entra em contato para solicitar o artesanato.

“Procuramos atender todas as Utins do DF. As de maior rotatividade e demanda são a Maternidade Brasília e o Hmib. Quem vê este polvinho simples não imagina a dimensão do projeto. São muitas pessoas e muitas histórias”, explica a voluntária Rutiene Dantas. Todos os polvinhos de amor são fruto de doação, tanto dos materiais utilizados para confecção como do trabalho realizado pelas voluntárias.

O Projeto Octo começou na Dinamarca, em 2013. Foi criado por uma blogueira com o propósito de ajudar na recuperação dos bebês prematuros nascidos em Utins do país. A ação se expandiu após observada a recuperação mais rápida dos recém-nascidos e os benefícios para eles.

Quem quiser participar do projeto, seja doando material, dinheiro ou mão de obra, basta entrar em contato pelo telefone (61) 98210-5949.

*Com informações da Secretaria de Saúde do DF

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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