Tecnologia
Por que a Samsung criou um refrigerador bivolt só para o Brasil
Com tecnologias que ficam nos bastidores, o dispositivo chamado Evolution RT46 pode ajudar a multinacional a dobrar sua participação em pontos de venda brasileiros
A multinacional de origem sul-coreana Samsung tem presença forte em setores como celulares e TVs no mundo, sendo líder em ambas categorias no ano de 2020, segundo as consultorias de mercado Counterpoint Research e Omdia, respectivamente. Em sua estratégia de casa conectada, a empresa tem criado aparelhos compatíveis com aplicativos para celular, como a lavadora QDrive, a geladeira Family Hub, o ar condicionado WindFree, o aspirador-robô PowerBot e o notebook Galaxy Book S. A plataforma que integra todos os dispositivos é chamada SmartThings e está disponível para smartphones com sistemas operacionais Android e iOS. Por que, então, a Samsung resolveu lançar um refrigerador desenvolvido para o Brasil que vem sem conectividade integrada?
Vendido a 3.999 reais, o produto em questão é chamado Evolution RT46. Além de tamanho generoso em relação a geladeiras de entrada, o aparelho possui funções como o resfriamento rápido no congelador para deixar bebidas, sorvetes e carnes resfriadas rapidamente. Apesar de bastante útil no dia a dia, a função não é o principal diferencial do produto no mercado.
A Evolution é uma geladeira compatível tanto com tomadas 100V quanto 200V, e isso muda o jogo para a fabricante e para o setor no Brasil. Segundo Helbert Oliveira, diretor da divisão de eletrodomésticos para a Samsung no Brasil, esse ponto é crucial para a estratégia da empresa: dobrar a presença nos pontos de venda brasileiros em 2021. Na faixa de preço do produto, por volta de 3.500 reais, concorrentes, como Brastemp e Consul, não vendem refrigeradores bivolt no Brasil.
A vantagem do aparelho ser bivolt pode não ser tão óbvia, mas vai além da possibilidade de plugar o produto em qualquer tomada brasileira. O produto tem uma tecnologia chamada Powervolt, que o torna mais resistente a picos de energia que podem acontecer nas redes elétricas de casas e apartamentos brasileiros, especialmente durante tempestades. Mas o benefício para os negócios não é apenas esse. As varejistas saem ganhando também. Com a presença de tomadas de voltagens distintas em diferentes regiões do Brasil, o custo operacional logístico das empresas pode ser reduzido com um produto bivolt, o que é especialmente importante em um país com dimensões continentais.
O mercado de refrigeradores no Brasil em 2020 teve um crescimento de 27% em faturamento, 16% em unidades e 10% de preços em relação ao ano de 2019. Ou seja, a quarentena ajudou a impulsionar o mercado, mesmo em um ano de home office e fechamentos em escolas e estabelecimentos comerciais.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra com Helbert Oliveira, da Samsung.
Por que a Samsung criou um produto exclusivo para o mercado brasileiro?
Helbert Oliveira: O mercado brasileiro é um dos cinco maiores do mundo para dispositivos para casa. Estudamos as necessidades dos consumidores e os desafios enfrentados no país e criamos o produto para o Brasil.
O lançamento ocorre em meio a uma alta no mercado de geladeiras no Brasil. A ideia é aproveitar esse movimento de mercado para impulsionar o novo produto?
O mercado de refrigeradores cresceu quase 20% no Brasil no ano passado. A Samsung cresceu 50% mais do que o mercado, segundo dados da GFK. A linha Evolution ajudará a manter o mercado aquecido tanto para o consumidor quanto para o varejo. Com as pessoas mais tempo em casa, há um aumento de procura por dispositivos para casa. Estamos em um novo ciclo de linha branca após dez anos, que é o ciclo de vida aproximado desses aparelhos. O parque instalado começará a ser renovado. A Eletros prevê a recuperação do mercado, voltando ao patamar de 2019.
Quais são os principais diferenciais do refrigerador Evolution?
A linha Evolution traz a tecnologia chamada Powervolt, que torna o produto mais resistente a picos de energia, como pode acontecer em caso de raios. O consumidor não precisa ficar preocupado com essas adversidades. A tecnologia também permite que as geladeiras funcionem automaticamente em tomadas 110 ou 220V. Isso traz mais segurança ao consumidor. Por ser bivolt, o ganho logístico operacional para o varejo é grande. As varejistas podem tornar suas operações muito mais fáceis no Brasil. Com isso, temos a ambição de dobrar a nossa presença em pontos de vendas no Brasil neste ano.
A economia de energia é um fator de compra muito importante para o consumidor brasileiro. E a nossa tecnologia de compressão chamada digital inverter proporciona essa redução do gasto de energia em relação a produtos que não têm essa tecnologia. O design também tem peso no lançamento por ser o primeiro a vir na versão preta no nosso portfólio de produtos à venda. Vale notar que o consumidor que compra um produto que dura, em média, 10 anos quer fazer uma compra certeira. Para garantir isso, temos garantia de 10 anos no motor digital inverter.
O novo refrigerador não tem conectividade, presente em diversos outros produtos. Ela pode ser conectada ao aplicativo Smart Things de alguma forma?
Não. O negócio de refrigeradores nos permite uma ampla atuação de mercado, de produtos conectados aos mais simples e comuns no mercado brasileiro. A linha Evolution vem para dar acesso à tecnologia em um segmento de mercado que tem pouca inovação. O produto traz atributos de tecnologias de outras linhas, como o Power Cooling, que permite a refrigeração rápida para comidas e bebidas no congelador. Temos objetivos audaciosos que estão ligados ao desenvolvimento da linha Evolution no mercado brasileiro. Essa será a área que mais irá crescer na divisão de Consumer Electronics no Brasil em 2021.
A geladeira é montada no Brasil?
Apesar de ter sido criado no Brasil, ela é montada na Ásia e trazida para o Brasil.
Qual é a expectativa de aceitação da linha Evolution no mercado brasileiro?
As expectativas são bem altas. Vivemos um novo ciclo de consumo e trazemos um produto mais completo que, tradicionalmente, é uma categoria simples no Brasil. Os produtos têm a tecnologia Powervolt, que é exclusivo no Brasil, e, devido às suas inovações e às facilidades que traz ao varejo, esperamos levar o negócio de refrigeradores a um novo patamar.
Review – Evolution RT46 e suas tecnologias porta a dentro
Muito se engana que a Evolution não tem tecnologias só por não estar conectada ao celular. A RT46 tem como tecnologia mais visível o recurso de resfriamento rápido do congelador. Em um painel discreto posicionado na porta do freezer, é possível ajustar facilmente a temperatura e acionar a função que é chamada de Power Cooling.
Por dentro, a Evolution RT46 tem o motor digital inverter, usado em outros produtos de linha branca da marca. Seu diferencial é evitar o liga/desliga do motor que pode causar picos de energia e barulhos. Com isso, a RT46 é consideravelmente silenciosa.
Na esteira das tecnologias voltadas ao consumo moderado de energia elétrica, a RT46 utiliza luzes LED para iluminação interna, como fazem muitos produtos sofisticados do mercado. Segundo o InMetro, o consumo mensal da RT46 é de 41,6 kWh ao mês, abaixo da média dos concorrentes da mesma categoria, como o Consul CRM55A (56) e o Brastemp BRM56AK (56).
Uma tecnologia invisível é o filtro desodorizador, que permite o armazenamento de alimentos de odor tipicamente forte, como peixes, em um compartimento dedicado. Com ele, o cheiro do alimento não se espalha pela geladeira, apesar de o produto possuir uma tecnologia de distribuição de fluxo de ar em todos os seus níveis. No ponto design, além do refinamento visual externo do aparelho, que tem versão em branco, preto e inox, o RT46 conta com prateleiras de vidro temperado que podem suportar o peso típico de alimentos do dia a dia, com limite de 150 kgs cada. A primeira prateleira desliza para fora para ajudar a aproveitar todo o espaço sem sufoco, o que é bastante útil. No total, o produto tem capacidade de armazenamento de 460 litros. O Moveable Ice Maker ajuda a fazer e tirar facilmente cubos de gelo das formas com apenas um giro. No entanto, ele ocupa um espaço considerável no freezer de 112 litros e o consumidor pode precisar retirá-lo para usar o congelador em sua totalidade para armazenar alimentos.
Considerando todos os pontos, a Evolution RT46 é um refrigerador espaçoso e refinado, e é especialmente interessante para quem mora de aluguel e faz mudanças constantes ao longo da vida. Fora isso, a resistência extra a picos de energia é um ponto de segurança interessante para quem mora em regiões com muitas chuvas com raios, principalmente por funcionar entre 90V e 310V. O refrigerador pode não ser conectado, ao menos por enquanto, mas oferece uma experiência de uso com tecnologias que ficam nos bastidores e funcionam como a internet ou a eletricidade: você não necessariamente precisa vê-las para aproveitar seus benefícios no dia a dia.
Tecnologia
“Brainrot”, você tem isso? Conheça esse efeito colateral da vida digital
Termo descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido
Se você leu meu texto sobre a slopficação da internet, talvez agora você fique um pouco mais assustado. Senta que lá vem a história…
Se você é millennial, como eu, e tinha uma certa esperança que a próxima geração seria melhor e daria conta de um monte de coisas que não conseguimos, bem… nascer e crescer imerso em redes sociais parece que não está fazendo muito bem, pelo menos na construção de gosto e o que se escolhe consumir online.
Entender minimamente a GenZ (Geração Z) e a Geração Alpha tem consumido boa parte do tempo das minhas pesquisas online. Sacar os movimentos e tentar entrar na cabeça dos jovens é interessante e surpreendente, já que os valores e gostos são completamente diferentes. E olha que pra muita coisa eu sou mais Z que Y.
Mas vamos para o que interessa. Você já ouviu ou viu, em algum lugar, termos como:
- Skibidi Toilet
- Level Five Gyat
- Rizz
- Fanum Tax
- Only in Ohio
- Sigma Looksmaxxing
- Grimace Shake
Parece erro, palavras sem sentido, mas eles têm aparecido com frequência em uma série de conteúdos virais, mais especificamente memes, e que têm sido atribuídos ao tal do “brainrot”. Se você perguntar para o Google Tradutor, não vai conseguir nada. Já para o ChatGPT, ele traz uma luz. Olha só:
Acho que, com isso, você já consegue ir sacando o que é “brainrot”. Apesar desse termo ser antigo (usado desde 2004), é agora que ele está bombando em redes sociais muito usadas por jovens da GenZ, como o TikTok.
E não é pouco dizer que esses jovens internautas estão obcecados com a tal “brain rot” ou “brainrot”. Tanto que a própria viralização do termo explica muito o que estamos vivendo nos tempos atuais: “doomscrolling“, essa rolagem infinita nos nossos feeds, e também nosso estado online crônico.
Traduzido por “podridão cerebral”, “apodrecimento do cérebro” ou até “cérebro apodrecido”, o termo, ou condição, descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido, que podem afetar negativamente as habilidades cognitivas e a capacidade de pensar criticamente.
Longe de ser um termo médico ou científico, é simplesmente um efeito colateral do nosso comportamento online, principalmente em redes sociais, frequentemente motivado por um desejo compulsivo de se manter atualizado, principalmente com eventos negativos, mesmo quando isso pode ser emocionalmente desgastante ou prejudicial para a saúde mental.
Basicamente, estamos gastando mais tempo e literalmente nos entregando e absorvendo grandes quantidades de informações irrelevantes e de baixa qualidade.
Sem entrar nas questões neurodegenerativas, não precisamos de muito para entendermos que, ao consumirmos conteúdos piores, ficaremos piores. Ou seja, nossos cérebros vão trabalhar com o que recebem. Se consumimos porcarias, vamos pensar em porcarias. Simples assim.
E tem muita gente online falando que já está com “brainrot” só de ter recebido ou passado por certos conteúdos, justamente porque estão muitos expostos a eles. E assim como os “slops” causam uma certa confusão mental, os conteúdos associados ao brainrot também, desassociando imagens ou conceitos de seus contextos reais.
Um exemplo é a imagem de um soldado da Segunda Guerra Mundial com um olhar atordoado, que faz parte da pintura de Tom Lea “That 2,000 Yard Stare“, que é usado em muitos conteúdos meméticos, e que TikTokers dizem ser brainrot.
Popularização e perigos
Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, percebemos que tivemos uma procura maior do termo em 2005 e 2010, mas, a partir da segunda metade de 2023 até agora, o termo explodiu. E é interessante notar que esses picos estão muito associados à cultura gamer e a jogos que contribuíram com seu uso ao longo da década de 2010.
Inclusive, “brainrot” é uma doença que os jogadores podem contrair no jogo de “2011 The Elder Scrolls V: Skyrim“. Em 2007, ano que muita gente considera o surgimento do termo, ele aparece em posts no X, nos quais os usuários descreviam reality shows de namoro, videogames e certos comportamentos, como brainrot.
Um artigo recente do NYT, Jessica Roy relata como alguns usuários do TikTok até começaram a criar paródias de pessoas que parecem “ter” essa condição, ajudando, assim, na popularização, ridicularização e adoção do termo. E, apesar de não ser um elogio falar que alguém tem brainrot, algumas pessoas demonstram um leve orgulho ao admitir a condição.
Em um quiz recente do BuzzFeed, dava até pra saber se “o seu cérebro está 1000% cozido”. Outra leva de vídeos fala que quanto mais gírias da internet uma pessoa usa, mais brainrot ela tem.
E apesar do humor que tudo isso traz, existe um lado bem ruim. Sabe quando a gente fica obcecado por algo e vê aquilo em todo lugar, ou quando gostamos tanto de um personagem ou uma celebridade e começamos a ficar parecidos com elas? Bem, consumir conteúdos de baixa qualidade pode nos deixar menos preparados a certaz situações e “menos inteligentes”, como colocam os jovens com brainrot. Muitos compartilham nas redes seu medo de ficaram “burros”.
Há muitos pesquisadores que estão se debruçando nesse tema, como o neurocientista Michel Desmurget, que tem um livro bastante controverso, assim como outros que se adentram nesse tema, “A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças”.
Esse medo de ficarmos piores cognitivamente é real, porque somos o que comemos e consumimos. A “Geração Touch” e as “crianças de iPad” certamente carregam consequências disso, tanto pela tela e o aumento de miopia, muita quantidade de luz azul, que traz alterações no sono, e por aí vai, até o que é visto, assistido e lido.
Em toda a história da humanidade, acompanhamos as consequências boas e ruins das mais diversas tecnologias que foram sendo introduzidas nas nossas vidas, e se tratando de internet, hoje e sempre, independente da tecnologia em si, sabemos que “gostamos” de certos conteúdos justamente pelo modo como nosso próprio cérebro funciona.
Nem vou entrar nessa discussão, porque isso daria um outro texto, mas, no caso dos memes, eles são divertidos, rola uma conexão emocional positiva com eles, e isso dá uma ajudinha na disponibilidade de dopamina no nosso cérebro. É entretenimento puro e viciante.
Por isso mesmo, existem muitos pesquisadores interessados no assunto, tanto que, nos Estados Unidos, diversas instituições de saúde já estão estudando isso como um distúrbio. No artigo no NYT, é citada a pesquisa do Hospital Infantil de Boston, que chama essa condição de “Uso Problemático de Mídia Interativa”. E ela mostra que, conforme passamos muito tempo online, mudamos nossa percepção do espaço físico para o online, e isso tem consequências.
E a GenAI nessa história?
Brainrot está na moda hoje em dia, assim como a GenAI (inteligência artificial generativa). Mas será que a IA está ajudando a nos levar a um estado de brainrot generalizado?
Se o uso preguiçoso da GenAI pode nos fazer desenvolver menos algumas habilidades ao longo do tempo, não há dúvida. É como foi com a nossa memória, tanto que hoje não guardamos o número do celular de quase ninguém. Claro que nesse cas,o é reversível, podemos treinar e melhorar, graças a neuroplasticidade cerebral.
Mas, assim como a internet está se “slopificando”, ou seja, sendo tomada por conteúdos sem valor sendo gerados sinteticamente, nós também poderemos acabar nos deparando cada vez mais com esse conteúdo, e (por que não?) aumentando o brainrot, assim como nos enganando cada vez mais por conteúdos falsos. As consequências de longo prazo não sabemos, e muito estudo ainda será feito, mas, com certeza, uma coisa pode alimentar a outra.
Deveríamos nos preocupar com o “brainrot”?
Em certo sentido, sim, embora devamos ser cautelosos ao soar o alarme sobre o que impulsiona ou leva ao “brainrot”. É muito fácil referir-se a praticamente qualquer coisa como causadora de “brainrot”, se formos pensar.
A cultura da internet sempre traz questões e termos interessantíssimos que podem nos fazer pensar e desenvolver muitas teorias e conceitos. Brainrot ainda é uma expressão que carece de rigor científico, principalmente para descrever ou quantificar a saúde mental real. Mesmo assim, não significa que devemos ignorar ou minimizar as preocupações que estão no cerne desse termo.
Tecnologia
Tik Tok planeja lançar o Whee, plataforma de fotos ‘cópia’ do Instagram
Na plataforma, será possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos
O TikTok está trabalhando em seu próprio Instagram, afirmou o site Android Police na terça-feira, 18. O aplicativo, chamado Whee, tem como objetivo o compartilhamento de fotos com melhores amigos – uma mistura da rede de Mark Zuckerberg com o BeReal, de fotos instantâneas e não editadas. O app, que já pode ser utilizado em alguns países, ainda não chegou ao Brasil.
De acordo com as imagens vistas pelo Android Police, o Whee é um app separado do TikTok, mas também mantido pela ByteDance. Na plataforma, é possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos.
Configurações básicas como curtidas e comentários também estão presentes, em um layout bastante parecido com o do Instagram.
“Capture e compartilhe fotos da vida real que somente seus amigos podem ver, permitindo que você seja mais autêntico”, afirma a descrição do Whee no Google Play, loja de apps do Android. “Whee é o melhor lugar para amigos próximos compartilharem momentos da vida”, completam.
O TikTok e a ByteDance ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aplicativo, mas já é possível encontrar a nova rede social em alguns países em celulares com sistema operacional Android.
Tecnologia
YouTube testa recurso que introduz “notas” de contexto em vídeos
Testes começarão nos Estados Unidos e serão feitos, inicialmente, com usuários e criadores selecionados
O YouTube anunciou, nesta segunda-feira (17), que permitirá em breve que os usuários adicionem “notas” que fornecerão contexto sobre alguns de seus vídeos. Os testes fazem parte de um novo recurso que inicialmente será lançado nos Estados Unidos.
A plataforma convidará alguns usuários e criadores de conteúdo, como parte da fase inicial de teste, para escrever notas destinadas a fornecer “contexto relevante, oportuno e fácil de entender” sobre os vídeos.
As notas, por exemplo, poderão esclarecer quando uma música é uma paródia, apontar quando uma nova versão de um produto que está sendo analisado estiver disponível ou informar aos espectadores quando imagens antigas são erroneamente apresentadas como eventos atuais.
A rede social X, antigo Twitter, possui um recurso semelhante chamado Notas da Comunidade, que permite que colaboradores selecionados adicionem contexto às publicações, incluindo tags como “enganoso” e “fora de contexto”.
O recurso de notas no YouTube será, inicialmente, disponibilizado em dispositivos móveis para usuários nos Estados Unidos e em inglês. Nessa fase, avaliadores externos classificarão a utilidade das notas, o que ajudará a treinar os sistemas, antes de um possível lançamento mais amplo, disse o YouTube.
*Com reportagem de Yuvraj Malik, em Bengaluru
CNN Brasil
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