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Por que a empresa de tecnologia mais odiada da China resolveu jogar limpo

A popularidade da Tencent pode ajudar a empresa a fugir da mão forte do governo chinês, mas o poder dela ainda pode sufocar a inovação no país

A popularidade da Tencent pode ajudar a empresa a fugir da mão forte do governo chinês, mas o poder dela ainda pode sufocar inovação no país (Jialun Deng/The New York Times)

Alguns meses depois que Wang Xing fundou um serviço de comércio eletrônico semelhante ao Groupon chamado Meituan, ele descobriu que a maior empresa de internet da China, a Tencent, havia iniciado um empreendimento semelhante. “Há algum negócio que a Tencent não faria?”, perguntou ele.

A frase de Wang levou a um artigo em uma revista em 2010 sobre a Tencent, com uma manchete tão profana que dois editores importantes foram demitidos logo depois de sua publicação. A capa mostrava a mascote da Tencent, um pinguim gordinho usando um cachecol vermelho, esfaqueado, com sangue escorrendo no chão.

Dramático, talvez, mas naquela época a indústria tecnológica chinesa considerava a Tencent o inimigo público número um. Esta não hesitaria em copiar a ideia de outra pessoa e tirar sua startup do mercado. Seus principais executivos foram confrontados em conferências do setor e em entrevistas à imprensa. Os empresários a chamavam de a imitadora mais descarada da indústria.

Mais de uma década depois, o governo chinês está finalmente interferindo nas empresas de tecnologia mais poderosas do país – mas não, pelo menos por enquanto, na Tencent. Embora a empresa tenha sido levemente penalizada, o governo concentrou a maior parte de sua atenção no arquirrival da Tencent, o império Alibaba de Jack Ma. O próximo alvo do governo? Talvez a rival da Tencent, a Meituan.

Dramático, talvez, mas naquela época a indústria tecnológica chinesa considerava a Tencent o inimigo público número um. Esta não hesitaria em copiar a ideia de outra pessoa e tirar sua startup do mercado. Seus principais executivos foram confrontados em conferências do setor e em entrevistas à imprensa. Os empresários a chamavam de a imitadora mais descarada da indústria.

Mais de uma década depois, o governo chinês está finalmente interferindo nas empresas de tecnologia mais poderosas do país – mas não, pelo menos por enquanto, na Tencent. Embora a empresa tenha sido levemente penalizada, o governo concentrou a maior parte de sua atenção no arquirrival da Tencent, o império Alibaba de Jack Ma. O próximo alvo do governo? Talvez a rival da Tencent, a Meituan.

As relações tranquilas da Tencent com muitos atores do setor podem ser boas para a empresa, mas talvez ainda dificultem a vida da concorrência e acabem prejudicando o bilhão de usuários de internet que há na China.

“Tanto o Alibaba quanto a Tencent controlam muitos recursos on-line. Ambos podem causar um tremendo dano à nossa sociedade se decidirem fazer o mal”, apontou Yin Sheng, consultor de tecnologia em Pequim.

A Tencent não quis comentar para esta coluna. No passado, declarou que investe em empresas inovadoras de alta qualidade e que abraça a concorrência justa.

Poucos investidores e executivos de tecnologia falam publicamente sobre qualquer empresa. Contudo, mesmo confidencialmente, quando paro de escrever e guardo meu caderno, ouço um monte de queixas sobre como o Alibaba trata as empresas em que investe e os comerciantes que usam suas plataformas – reclamações que a empresa contesta veementemente. Em contraste, essas mesmas pessoas costumam descrever a Tencent e seus fundadores como decentes, humildes e bem comportados.

Parte dessa gentileza vem da necessidade dos negócios. Os bons relacionamentos ajudam a consolidar o poder da Tencent na China. Não há empresa no mundo como ela: verdadeiro monopólio em muitos níveis, exerce o tipo de influência na China com o qual sonham o Facebook, a Amazon, a Apple e o Google.

A Tencent é uma megaplataforma de entretenimento. É a maior empresa de jogos on-line do mundo, possuindo participações na Riot Games e na Epic Games. Possui também os maiores negócios de vídeo, música e literatura on-line da China. Além disso, também é investidora de capital de risco. Em 2020, ultrapassou a Sequoia Capital, empresa de investimentos do Vale do Silício, em número de unicórnios – startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão – nos quais investiu, de acordo com a Hurun Report, firma de pesquisa em Xangai. Por conta própria, apostou em mais de 800 empresas, incluindo uma participação de 12 por cento na Snap e de cinco por cento na Tesla. Em comparação, a GV, anteriormente Google Ventures e o braço de capital de risco corporativo mais ativo dos Estados Unidos, investiu em cerca de 500 empresas.

O mais importante: a Tencent é uma operadora de plataforma, responsável pelo WeChat, aplicativo de mensagens móvel com características de mídia social e serviços financeiros. O negócio do WeChat é que faz com que seja importante para a empresa ter amigos.

O WeChat precisa que outras empresas mantenham seu bilhão de usuários colados ao aplicativo. Sistema operacional e loja de aplicativos por si só, o WeChat permite que os usuários executem miniprogramas criados por outros. Esses usuários podem fazer compras usando seu sistema de pagamento. A Tesla, o Airbnb e a Starbucks têm miniprogramas WeChat próprios, assim como a maioria dos principais sites chineses – exceto aqueles que o aplicativo proíbe.

É aí que as boas relações da Tencent na indústria se tornam importantes. Empresas amigáveis desenvolvem miniprogramas para o WeChat. A Tencent investiu nas empresas chinesas de compartilhamento de carona e compartilhamento de bicicletas porque seus usuários pagam com frequência, e a Tencent queria que usassem o WeChat Pay.

O executivo-chefe da Tencent, Pony Ma, gosta de dizer que metade da vida da Tencent está nas mãos de suas empresas do portfólio e parceiras. “Quando você cresce, crescemos juntos. Quando você falha, também falhamos como plataforma”, afirmou em um talk show de TV em 2016.

Não importa quão decente ou humilde a Tencent seja, ela ainda é um conglomerado gigante que lucrou US$ 24 bilhões no ano passado e que gasta grande parte em investimentos. Escolhe vencedores e perdedores, mas os vencedores nem sempre serão os melhores, prejudicando assim a inovação e a eficiência.

A empresa limita o acesso do usuário a outros produtos e serviços. Seu aplicativo WeChat não permite que as pessoas compartilhem links de produtos do mercado on-line Taobao, do Alibaba, ou vídeos curtos do Douyin, empresa chinesa irmã do TikTok. (Outras plataformas bloqueiam os serviços da Tencent.) Quando três aplicativos sociais de mensagens foram lançados em janeiro de 2019, acabaram imediatamente bloqueados no WeChat.

A empresa mãe da Douyin, a ByteDance, mostra as possibilidades de atuar sozinha. Em seus primeiros dias, seu fundador, Zhang Yiming, aceitou um pequeno investimento da Tencent, mas resistiu a laços mais estreitos. Em resposta aos rumores de que esta investiria na ByteDance em 2016, Zhang escreveu que não começou sua empresa para se tornar um funcionário da Tencent. Ele apostou em tudo ou nada.

A independência da ByteDance valeu a pena. Agora está avaliada em quase US$ 400 bilhões, com alguns aplicativos de conteúdo on-line extremamente populares, incluindo o TikTok, o primeiro produto chinês da internet que se tornou um fenômeno global.

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Tecnologia

“Brainrot”, você tem isso? Conheça esse efeito colateral da vida digital

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Termo descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido

 

“Brainrot” pode afetar negativamente as habilidades cognitivas das pessoas
Unsplash/Taylor Deas-Melesh

 

Se você leu meu texto sobre a slopficação da internet, talvez agora você fique um pouco mais assustado. Senta que lá vem a história…

A internet está cada vez mais maluca. Na verdade, não a internet, porque ela sempre foi. Mas, a cada dia que passa, eu me surpreendo com o que as pessoas andam fazendo online, principalmente os jovens.

Se você é millennial, como eu, e tinha uma certa esperança que a próxima geração seria melhor e daria conta de um monte de coisas que não conseguimos, bem… nascer e crescer imerso em redes sociais parece que não está fazendo muito bem, pelo menos na construção de gosto e o que se escolhe consumir online.

Entender minimamente a GenZ (Geração Z) e a Geração Alpha tem consumido boa parte do tempo das minhas pesquisas online. Sacar os movimentos e tentar entrar na cabeça dos jovens é interessante e surpreendente, já que os valores e gostos são completamente diferentes. E olha que pra muita coisa eu sou mais Z que Y.

Mas vamos para o que interessa. Você já ouviu ou viu, em algum lugar, termos como:

  • Skibidi Toilet
  • Level Five Gyat
  • Rizz
  • Fanum Tax
  • Only in Ohio
  • Sigma Looksmaxxing
  • Grimace Shake

Parece erro, palavras sem sentido, mas eles têm aparecido com frequência em uma série de conteúdos virais, mais especificamente memes, e que têm sido atribuídos ao tal do “brainrot”. Se você perguntar para o Google Tradutor, não vai conseguir nada. Já para o ChatGPT, ele traz uma luz. Olha só:

ChatGPT oferece definição de termos que têm sido atribuídos ao "brainrot"

ChatGPT oferece definição de termos que têm sido atribuídos ao “brainrot” / Reprodução/ChatGPT

 

Acho que, com isso, você já consegue ir sacando o que é “brainrot”. Apesar desse termo ser antigo (usado desde 2004), é agora que ele está bombando em redes sociais muito usadas por jovens da GenZ, como o TikTok.

E não é pouco dizer que esses jovens internautas estão obcecados com a tal “brain rot” ou “brainrot”. Tanto que a própria viralização do termo explica muito o que estamos vivendo nos tempos atuais: “doomscrolling“, essa rolagem infinita nos nossos feeds, e também nosso estado online crônico.

Traduzido por “podridão cerebral”, “apodrecimento do cérebro” ou até “cérebro apodrecido”, o termo, ou condição, descreve a “deterioração mental” causada por consumir grandes quantidades de conteúdo de baixo valor, como memes e vídeos sem sentido, que podem afetar negativamente as habilidades cognitivas e a capacidade de pensar criticamente.

Longe de ser um termo médico ou científico, é simplesmente um efeito colateral do nosso comportamento online, principalmente em redes sociais, frequentemente motivado por um desejo compulsivo de se manter atualizado, principalmente com eventos negativos, mesmo quando isso pode ser emocionalmente desgastante ou prejudicial para a saúde mental.

Basicamente, estamos gastando mais tempo e literalmente nos entregando e absorvendo grandes quantidades de informações irrelevantes e de baixa qualidade.

Sem entrar nas questões neurodegenerativas, não precisamos de muito para entendermos que, ao consumirmos conteúdos piores, ficaremos piores. Ou seja, nossos cérebros vão trabalhar com o que recebem. Se consumimos porcarias, vamos pensar em porcarias. Simples assim.

E tem muita gente online falando que já está com “brainrot” só de ter recebido ou passado por certos conteúdos, justamente porque estão muitos expostos a eles. E assim como os “slops” causam uma certa confusão mental, os conteúdos associados ao brainrot também, desassociando imagens ou conceitos de seus contextos reais.

Um exemplo é a imagem de um soldado da Segunda Guerra Mundial com um olhar atordoado, que faz parte da pintura de Tom Lea “That 2,000 Yard Stare“, que é usado em muitos conteúdos meméticos, e que TikTokers dizem ser brainrot.

Popularização e perigos

Fazendo uma pesquisa rápida no Google Trends, percebemos que tivemos uma procura maior do termo em 2005 e 2010, mas, a partir da segunda metade de 2023 até agora, o termo explodiu. E é interessante notar que esses picos estão muito associados à cultura gamer e a jogos que contribuíram com seu uso ao longo da década de 2010.

Inclusive, “brainrot” é uma doença que os jogadores podem contrair no jogo de “2011 The Elder Scrolls V: Skyrim“. Em 2007, ano que muita gente considera o surgimento do termo, ele aparece em posts no X, nos quais os usuários descreviam reality shows de namoro, videogames e certos comportamentos, como brainrot.

Um artigo recente do NYT, Jessica Roy relata como alguns usuários do TikTok até começaram a criar paródias de pessoas que parecem “ter” essa condição, ajudando, assim, na popularização, ridicularização e adoção do termo. E, apesar de não ser um elogio falar que alguém tem brainrot, algumas pessoas demonstram um leve orgulho ao admitir a condição.

Em um quiz recente do BuzzFeed, dava até pra saber se “o seu cérebro está 1000% cozido”. Outra leva de vídeos fala que quanto mais gírias da internet uma pessoa usa, mais brainrot ela tem.

E apesar do humor que tudo isso traz, existe um lado bem ruim. Sabe quando a gente fica obcecado por algo e vê aquilo em todo lugar, ou quando gostamos tanto de um personagem ou uma celebridade e começamos a ficar parecidos com elas? Bem, consumir conteúdos de baixa qualidade pode nos deixar menos preparados a certaz situações e “menos inteligentes”, como colocam os jovens com brainrot. Muitos compartilham nas redes seu medo de ficaram “burros”.

Há muitos pesquisadores que estão se debruçando nesse tema, como o neurocientista Michel Desmurget, que tem um livro bastante controverso, assim como outros que se adentram nesse tema, “A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para nossas crianças”.

Esse medo de ficarmos piores cognitivamente é real, porque somos o que comemos e consumimos. A “Geração Touch” e as “crianças de iPad” certamente carregam consequências disso, tanto pela tela e o aumento de miopia, muita quantidade de luz azul, que traz alterações no sono, e por aí vai, até o que é visto, assistido e lido.

Em toda a história da humanidade, acompanhamos as consequências boas e ruins das mais diversas tecnologias que foram sendo introduzidas nas nossas vidas, e se tratando de internet, hoje e sempre, independente da tecnologia em si, sabemos que “gostamos” de certos conteúdos justamente pelo modo como nosso próprio cérebro funciona.

Nem vou entrar nessa discussão, porque isso daria um outro texto, mas, no caso dos memes, eles são divertidos, rola uma conexão emocional positiva com eles, e isso dá uma ajudinha na disponibilidade de dopamina no nosso cérebro. É entretenimento puro e viciante.

Por isso mesmo, existem muitos pesquisadores interessados no assunto, tanto que, nos Estados Unidos, diversas instituições de saúde já estão estudando isso como um distúrbio. No artigo no NYT, é citada a pesquisa do Hospital Infantil de Boston, que chama essa condição de “Uso Problemático de Mídia Interativa”. E ela mostra que, conforme passamos muito tempo online, mudamos nossa percepção do espaço físico para o online, e isso tem consequências.

E a GenAI nessa história?

Brainrot está na moda hoje em dia, assim como a GenAI (inteligência artificial generativa). Mas será que a IA está ajudando a nos levar a um estado de brainrot generalizado?

Se o uso preguiçoso da GenAI pode nos fazer desenvolver menos algumas habilidades ao longo do tempo, não há dúvida. É como foi com a nossa memória, tanto que hoje não guardamos o número do celular de quase ninguém. Claro que nesse cas,o é reversível, podemos treinar e melhorar, graças a neuroplasticidade cerebral.

Mas, assim como a internet está se “slopificando”, ou seja, sendo tomada por conteúdos sem valor sendo gerados sinteticamente, nós também poderemos acabar nos deparando cada vez mais com esse conteúdo, e (por que não?) aumentando o brainrot, assim como nos enganando cada vez mais por conteúdos falsos. As consequências de longo prazo não sabemos, e muito estudo ainda será feito, mas, com certeza, uma coisa pode alimentar a outra.

Deveríamos nos preocupar com o “brainrot”?

Em certo sentido, sim, embora devamos ser cautelosos ao soar o alarme sobre o que impulsiona ou leva ao “brainrot”. É muito fácil referir-se a praticamente qualquer coisa como causadora de “brainrot”, se formos pensar.

A cultura da internet sempre traz questões e termos interessantíssimos que podem nos fazer pensar e desenvolver muitas teorias e conceitos. Brainrot ainda é uma expressão que carece de rigor científico, principalmente para descrever ou quantificar a saúde mental real. Mesmo assim, não significa que devemos ignorar ou minimizar as preocupações que estão no cerne desse termo.

Conheça tendências que sinalizam rumos para o futuro da IA

CNN

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Tik Tok planeja lançar o Whee, plataforma de fotos ‘cópia’ do Instagram

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Na plataforma, será possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos

 

UE abre investigação contra TikTok por possível violação das normas – (crédito: Reprodução/Freepik)

 

O TikTok está trabalhando em seu próprio Instagram, afirmou o site Android Police na terça-feira, 18. O aplicativo, chamado Whee, tem como objetivo o compartilhamento de fotos com melhores amigos – uma mistura da rede de Mark Zuckerberg com o BeReal, de fotos instantâneas e não editadas. O app, que já pode ser utilizado em alguns países, ainda não chegou ao Brasil.

De acordo com as imagens vistas pelo Android Police, o Whee é um app separado do TikTok, mas também mantido pela ByteDance. Na plataforma, é possível manter um feed de imagens, utilizar filtros nas fotos tiradas pelo próprio aplicativo, além de manter um fluxo de conexão de amigos.

Configurações básicas como curtidas e comentários também estão presentes, em um layout bastante parecido com o do Instagram.

“Capture e compartilhe fotos da vida real que somente seus amigos podem ver, permitindo que você seja mais autêntico”, afirma a descrição do Whee no Google Play, loja de apps do Android. “Whee é o melhor lugar para amigos próximos compartilharem momentos da vida”, completam.

O TikTok e a ByteDance ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o aplicativo, mas já é possível encontrar a nova rede social em alguns países em celulares com sistema operacional Android.

Agência Estado

 

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Tecnologia

YouTube testa recurso que introduz “notas” de contexto em vídeos

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Testes começarão nos Estados Unidos e serão feitos, inicialmente, com usuários e criadores selecionados

YouTube anunciou, nesta segunda-feira (17), que permitirá em breve que os usuários adicionem “notas” que fornecerão contexto sobre alguns de seus vídeos. Os testes fazem parte de um novo recurso que inicialmente será lançado nos Estados Unidos.

A plataforma convidará alguns usuários e criadores de conteúdo, como parte da fase inicial de teste, para escrever notas destinadas a fornecer “contexto relevante, oportuno e fácil de entender” sobre os vídeos.

As notas, por exemplo, poderão esclarecer quando uma música é uma paródia, apontar quando uma nova versão de um produto que está sendo analisado estiver disponível ou informar aos espectadores quando imagens antigas são erroneamente apresentadas como eventos atuais.

A rede social X, antigo Twitter, possui um recurso semelhante chamado Notas da Comunidade, que permite que colaboradores selecionados adicionem contexto às publicações, incluindo tags como “enganoso” e “fora de contexto”.

O recurso de notas no YouTube será, inicialmente, disponibilizado em dispositivos móveis para usuários nos Estados Unidos e em inglês. Nessa fase, avaliadores externos classificarão a utilidade das notas, o que ajudará a treinar os sistemas, antes de um possível lançamento mais amplo, disse o YouTube.

Fátima Bernardes lança canal no YouTube após deixar Globo

*Com reportagem de Yuvraj Malik, em Bengaluru

 

CNN Brasil

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