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Brasília

Pessoas com obesidade têm atendimento especializado

Tratamento com equipe multidisciplinar dura pelo menos dois anos; estar acima do peso é doença e deve ser tratada

Inaugurado em dezembro de 2017, o Cedoh já atendeu nestes quatro anos um total de 521 pacientes, alguns receberam alta, outros estão em tratamento e há ainda os que desistiram | Fotos: Sandro Araújo / Agência Saúde

A obesidade é uma doença crônica que afeta milhares de brasileiros. Além de gerar danos físicos, várias doenças correlacionadas podem surgir – como diabetes e hipertensão – e, ainda, danos emocionais e psicológicos – problemas de autoestima e ansiedade.

A Secretaria de Saúde disponibiliza tratamento em toda a rede pública para quem quer emagrecer. A porta de entrada para o serviço é a Atenção Primária à Saúde.

“A pessoa com obesidade identificada pelas unidades básicas de saúde com IMC superior a 35 e comorbidades como diabetes e hipertensão, por exemplo, ou IMC maior que 40 são reguladas para consultas com o endocrinologista”, explica a Referência Técnica Distrital (RTD) de Endocrinologia e Diabetes, Eliziane Leite.

Na atenção especializada, os endocrinologistas adultos e pediátricos dos ambulatórios dos hospitais regionais de Taguatinga (HRT), Sobradinho (HRS), Gama (HRG), Ceilândia (HRC), Hospital da Região Leste (HRL) e Hospital da Criança de Brasília (HCB) tratam aproximadamente 800 pacientes com obesidade

 

Izaurene estava pesando 98 kg e, atualmente, está com 83 kg, saindo da obesidade II para o sobrepeso

Além disso, a Secretaria de Saúde também disponibiliza o Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), localizado na Asa Norte.

A RTD de Endocrinologia e Diabetes esclarece que os pacientes em geral devem ser mantidos por dois anos em tratamento com equipe multiprofissional de nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, endocrinologistas e enfermeiros. “Após esse período, poderão ser encaminhados de volta para a UBS ou para a cirurgia bariátrica nos casos de insucesso, quando perderam menos de 15% do excesso de peso em dois anos.”

Satisfação com tratamento

A autônoma Izaurene Prado, de 49 anos, iniciou o tratamento no Cedoh em 2019. Por motivos pessoais, acabou saindo do acompanhamento. Em 2020, ganhou muito peso por conta da pandemia e adquiriu uma gonartrose no joelho. Neste ano, ela procurou atendimento na UBS próxima de casa e, em junho, voltou a ser encaminhada para o Cedoh.

“Estou muito feliz com meu tratamento, pois aqui recebo toda a assistência que preciso. O programa alimentar é bem realista e associado ao uso dos medicamentos indicados para tratar a ansiedade e a obesidade, consegui emagrecer 15 quilos de junho até dezembro”, comemora.

Izaurene estava pesando 98 kg e atualmente está com 83 kg, saindo da obesidade II para o sobrepeso. Além da melhora na saúde física e mental, a perda de peso ajuda muito a reduzir as dores causadas pelo problema no joelho.

“O tratamento aqui é bem realista, temos que nos reeducar, aprender a comer, pois o sucesso depende de mim. A equipe multidisciplinar é fantástica, se integra e trata o paciente de maneira humanizada. É uma verdadeira benção na vida de quem é obeso”, avalia.

De acordo com Alexandra Rubim, endocrinologista e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), os pacientes obesos enfrentam muitos preconceitos

Acolhimento e humanização

De acordo com Alexandra Rubim, endocrinologista e gerente do Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh), os pacientes obesos enfrentam muitos preconceitos, até mesmo de profissionais da saúde, que julgam que ele chegou ao excesso de peso por motivos de preguiça e falta de força de vontade.

“O paciente obeso é alguém que já foi muito julgado, até dentro de casa, pela família. A obesidade é uma doença que pode ocorrer por inúmeros fatores, tanto metabólicos como psicológicos, além de hábitos de vida. Por isso, é importante ter uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar, com atendimento integrado e humanizado. A obesidade é uma doença que precisa ser tratada”, afirma.

Inaugurado em dezembro de 2017, o Cedoh já atendeu nestes quatro anos um total de 521 pacientes, alguns receberam alta, outros estão em tratamento e há ainda os que desistiram. Em 2018, foram 74 pacientes atendidos na unidade, em 2019 o número subiu para 188. Em 2020, por conta da pandemia, somente 54 pacientes fizeram o tratamento. Em 2021, a demanda subiu e 205 pacientes estão em tratamento.

Vale lembrar que é esperado a taxa de abandono de até 50% nesse tipo de tratamento, mas no Cedoh o índice fica em 41%. Durante os dois anos de tratamento, os pacientes passam pela consulta com endocrinologista, acolhimento por aplicativo, cinco oficinas educativas on-line semanais, atendimento individual e oficinas de manutenção. Por fim, ele recebe alta ou é encaminhado para a cirurgia bariátrica.

“Hoje, recebemos pacientes de todo o Distrito Federal, mediante encaminhamento da regulação. Apenas as gestantes moradoras da região de Saúde Central são atendidas no sistema de portas abertas”, explica Alexandra. A equipe do Cedoh é composta por médicos endocrinologistas adulto e infantil, fisioterapeutas, psicólogas, enfermeiros, nutricionistas, assistente social e nefrologista.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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