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Brasília

O romântico Richard Clayderman faz show no Centro de Convenções

Pianista já foi considerado o príncipe do romance e tem milhões de discos vendidos

Richard Clayderman vendeu mais de 60 milhões de discos ao longo da carreira. (foto: JamesMcMillan/Divulgação)

 

Foi a então primeira-dama dos Estados Unidos, Nancy Reagan, quem o chamou de “príncipe do romance”. Com cabelos loiros muito lisos, olhos azul-piscina e um piano milimetricamente preparado para conquistar os corações das moças e senhoras com acompanhamentos de arranjos de cordas e sopros que arrancam suspiros, Richard Clayderman se tornou um fenômeno na América Latina e na Ásia. Hoje, aos 64 anos, quando ele pensa no título cunhado pela mulher de Ronald Reagan, acha um pouco datado. “É verdade que, há 25 anos, era muito mais romântico, com arranjos, cordas e minha maneira de interpretar as melodias. Hoje é um pouco datado falar isso. Mas é verdade que é uma música muito pop, marcada pelas melodias que reinterpreto constantemente e à minha maneira”, avisa Clayderman, que faz show hoje no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Nascido Philippe Robert Louis Pagès, formado em piano clássico pelo Conservatório de Música de Paris e filho de um pianista, ele adotou o pseudônimo no final dos anos 1970, quando sua vida deu uma virada que viria a transformá-lo numa celebridade com mais de 60 milhões de discos vendidos. Ele já havia se decidido a abandonar o piano clássico e patinava em estúdios como contratado para acompanhar outros artistas. O amigo e produtor Olivier Toussaint ofereceu a Clayderman a partitura deBallade pour Adeline, que acabou gravada e se tornou um hit. Até hoje, o pianista toca a balada em todos os shows. “Não me canso de interpretar porque é uma peça que tocou muitas pessoas e que o público espera nas minhas apresentações. O que faço é que, às vezes, toco com um arranjo de orquestra, às vezes somente ao piano, ou com uma seção de cordas. Tento renovar sempre”, avisa.
Para a apresentação de hoje, Clayderman promete um repertório com os standarts mais conhecidos e gravados em 82 discos lançados nas últimas três décadas. Só de música brasileira, ele gravou quatro discos. Além de tango, música cigana, hits chineses e músicas de filme. “Os discos de música brasileira, eu fiz para me introduzir no mercado brasileiro, que é muito grande e importante. Há cerca de 20 anos, graças a esse disco, comecei a fazer shows no Brasil e agora vou tocar as peças originais, com as quais consegui conquistar o coração das pessoas”, garante.
Mais popular na América Latina que na França, celebrado na China e no Japão como o símbolo do romantismo francês, um rótulo que há séculos vende bem, Clayderman sempre privilegiou a carreira fora do país natal e, nos últimos anos, deu especial preferência à Ásia. “Minha carreira foi muito efêmera na França, e comecei a ficar muito popular em alguns países, então fui obrigado a deixar a França um pouco de lado. Foi uma escolha e não me arrependo, porque se tivesse feito concertos apenas no meu país, eu ficaria restrito a ele, e hoje toco no mundo inteiro. E é muito bom poder viajar, sobretudo para um instrumentista”, avalia.
Richard Clayderman & Enssemble de cordas – 40 The anniversary tour
Hoje, às 21h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. INGRESSOS:
SETOR PREMIUM – R$ 250,00 *(meia) SETOR GOLD – R$ 200,00 *(meia) SETOR VIP – R$ 150,00 *(meia) SETOR VIP A – R$ 120,00 *(meia) SETOR SUPERIOR – R$ 100,00 *(meia) LOUNGES – R$ 2.000,00 *(meia sofá de 4 lugares com mesa de centro incluso: Acesso vip, banheiro privativo, whisky 12 anos, água de coco e água mineral
*Valores referente à meia entrada e primeiro lote sujeito a alteração sem aviso prévio.
TRÊS PERGUNTAS PARA RICHARD CLAYDERMAN
Você é formado em piano clássico, entrou para o conservatório muito jovem, aos 12 anos, e logo ganhou prêmios. Poderia ter feito uma carreira na música erudita. Por que escolheu um piano mais popular?
Comecei com estudos clássicos e, muito jovem, com 17 anos, comecei a ganhar a vida com música, tocando com orquestras, acompanhando músicos e, naturalmente, me orientei mais para a música de variedades por causa do meu trabalho. E fazer uma carreira de pianista clássico? Acho que eu não me sentia capaz desde o início, não estava no meu coração reinterpretar todos esses temas clássicos que já foram lindamente interpretados por centenas de pianistas no mundo inteiro. O que eu queria fazer era trazer algo de novo, com peças originais.
 
O que gosta de tocar quando estuda piano?
Trabalho cotidianamente meu piano e faço muitos exercícios porque preciso relaxar os dedos e depois trabalho todo o repertório que vou fazer no palco. Agora, por exemplo, tenho trabalhado o repertório que vou fazer para o Brasil. E depois penso no meu repertório para o Japão, tenho temas específicos para tocar lá. Confesso que fico muito concentrado no que estou fazendo e não tenho tempo suficiente para mergulhar novamente no clássico. Prefiro me concentrar no meu repertório.
 
 
Ainda há muitas músicas de amor para gravar e tocar depois de 82 discos consagrados às love songs?
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Sim claro, tem muita coisa a ser gravada ainda. Eu sigo muito o que acontece, mesmo atualmente, e quando tenho um concerto sempre tento ver se posso readaptar algum dos meus temas. Há sempre belíssimas melodias a se descobrir e a se reinterpretar.
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    Brasil

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    Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

     

    Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

     

    Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

    A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

    O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

    A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

    Correio Brasiliense

     

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    Brasília

    Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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    Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

     

    Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

    O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

    A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

    A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

    No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

    >> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

    – Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

    – Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

    – Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

    – Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

    – Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

    – Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

    – Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

    – Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

    De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

    No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

    Por Agência Brasil

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    Brasília

    Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

    Por

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

    Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

    O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

    Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

    Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

    O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

    Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

    Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

    A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

    O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

     

    SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

    O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

    O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

    O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

    A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

    O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

    A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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