Brasil
O presidente da Petrobras no governo Bolsonaro e tudo para ler hoje
Economista foi ex-diretor do BC e da Vale e trabalhou na equipe de campanha do presidente eleito
São Paulo – Leia as principais notícias desta segunda-feira, 19, para começar o dia bem informado:
As quentes do dia
Castello Branco é convidado para presidir a Petrobras. Como noticiou o Estado de S. Paulo, o economista, que foi ex-diretor do BC e da Vale, é visto como homem de confiança de Guedes e trabalhou na equipe de campanha de Bolsonaro.
Japão tem déficit comercial bem maior do que o esperado em outubro. As exportações do Japão subiram 8,2% em outubro em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Sem reforma da Previdência, governo perde R$ 1,9 bi por mês. Como noticiou O Globo, com desistência do presidente eleito de tentar aprovar proposta este ano, União deixará de economizar R$ 41 bi em três anos.
Sem manutenção, cresce número de barragens sob risco de ruptura no país. Segundo relatório publicado pela Folha de S. Paulo, há vulnerabilidade em 45 estruturas, contra 25 no ano anterior.
Deputados novatos dobram número de votos e gastam menos. Segundo levantamento feito pelo Estadão, dos 513 parlamentares eleitos, 161 estreiam na política e obtiveram 30% dos votos nominais; por outro lado, iniciantes gastaram só 18% do total de recursos declarados.
Incerteza persiste e firmas mantêm proteção cambial. De acordo com analistas consultados pelo jornal Valor Econômico, ainda há dúvidas sobre o futuro da economia no governo Jair Bolsonaro.
Campanha de Haddad deixa dívida de R$ 2,2 milhões. Como noticiou o jornal Estado de S. Paulo, o saldo negativo é apenas R$ 200 mil a menos do que o total de despesas declarado pelo candidato vencedor, Jair Bolsonaro.
Política e mundo
Prefeituras demitiram outros médicos para contratar cubanos, diz Bolsonaro. “A prefeitura mandou embora seu médico para pegar um cubano. Quer ficar livre da responsabilidade”, afirmou o presidente eleito.
Bolsonaro defende futura ministra citada pela JBS: ela tem nossa confiança. A deputada federal é citada por delatores da JBS em acordo firmado no ano passado sobre incentivos fiscais do governo do Mato Grosso do Sul
Obras em viaduto que cedeu em São Paulo estão avançando, diz Prefeitura. Viaduto cedeu e interditou o trânsito na Marginal Pinheiros, em São Paulo no último dia 15
Incêndio na Califórnia separa famílias de seus animais de estimação. Violento incêndio na Califórnia deixou até o momento deixou quase 80 mortos e mais de mil desaparecidos.
Bolsonaro não é “sujeito com visão”, diz Carmen Reinhart, de Harvard. “Mais cedo ou mais tarde, acho que a inflação volta no Brasil”, diz a economista, que prevê dificuldades para os emergentes em 2019
Brexit não afetaria acordos com Brasil, diz Itamaraty. Em meio às tensões com o Reino Unido, o Itamaraty informou que monitora a saída britânica da União Europeia
Livro mostra a ascensão e queda de Sérgio Cabral, “a cara da corrupção”.Condenado a mais de 180 anos de prisão, o ex-governador tinha um estilo de vida extravagante bancado com propinas; livro reconstrói sua trajetória
Viviane Senna nega que haja convite para MEC e vê disposição para diálogo. Em entrevista, ela diz que projeto Escola sem Partido não é necessário e propõe que a principal bandeira desse governo seja a alfabetização
Ministro da Saúde propõe que médicos vindos do Fies substituam cubanos. O ministro disse que até a próxima terça-feira será lançado o edital para a contratação de médicos nas vagas que surgirem com o desligamento dos cubanos
Enquanto você desligou
Guardia: Não adianta jogar dinheiro nos estados sem contrapartida. “O Guedes está falando em descentralizar. Vamos descentralizar, mas sem piorar a situação fiscal da União”, diz ministro da Fazenda
Como resolver nosso problema tributário, de acordo com Bernard Appy. Diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCF) é o primeiro entrevistado em nova série da plataforma UM BRASIL antecipada com exclusividade para EXAME
Com guerra comercial, exportação brasileira é a maior em cinco anos. A guerra comercial travada entre Estados Unidos e China, cujo desfecho ainda é imprevisível, tem turbinado as exportações brasileiras.
Empresas como a Amazon dividem menos lucros com seus funcionários. A participação nos lucros e as aposentadorias são uma raridade entre os funcionários médios, enquanto os altos executivos levam para casa uma parcela cada vez maior dos lucros.
A partir de maio de 2019, o quilo não será mais o mesmo. Entenda. Até agora, 1kg era definido como o equivalente à massa do “grande K”, um cilindro de platina e irídio conservado desde 1889. Mas isso mudará daqui em diante /
Controladora da Sapore quer comprar dona das redes Frango Assado e Viena. A operadora de restaurantes IMC recebeu carta da Abanzai, com intenção de realizar oferta parcial de aquisição de ações ao preço de 8,63 reais por papel.
Como Mark Zuckerberg se tornou grande demais para falhar. Mesmo que Zuckerberg tenha assumido grande parte da responsabilidade pela história recente e desastrosa da empresa, só ele parece ser capaz de consertá-la.
Agenda
O Banco Central divulga nesta segunda-feira o Boletim Focus, com as perspectivas do mercado em relação a economia brasileira
Fonte: Portal Exame
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
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