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Novo Enem terá questões discursivas e 2ª etapa focada na área de conhecimento escolhida pelo aluno

Documento foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) nesta segunda. Texto sugere a criação de uma etapa exclusiva com questões da área de conhecimento escolhida pelo estudante.

Gráfico da prova convencional do Enem aplicada à Letícia em Ribeirão Preto, SP — Foto: Ronaldo Gomes/EPTV

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta segunda-feira (14) um parecer que define mudanças no modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2024. As alterações sugeridas visam adequar o exame ao Novo Ensino Médio que vai estar totalmente implantado em três anos.

Em dezembro passado, o CNE aprovou em comissão um parecer inicial sobre a nova versão da prova.

O novo documento detalha que a avaliação vai passar a ter questões discursivas e de múltipla escolha, distribuídas da seguinte forma:

  • 1ª etapa: redação + perguntas de formação geral (sem divisão por disciplina, cobrando habilidades mais interpretativas do que conteudistas);
  • 2ª etapa: perguntas focadas na área de conhecimento escolhida pelo estudante (ciências humanas, ciências da natureza, linguagens ou matemática), também sem enfoque conteudista, segundo habilidades e competências desenvolvidas.

“É uma grande mudança, principalmente a segunda etapa, porque cada aluno vai poder escolher uma área que corresponda ou esteja mais próxima ao curso que ele quer ingressar” explicou ao g1 a presidente do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro.

Segundo ela, quem vai ficar responsável por indicar quais cursos são abrangidos por cada área será a instituição de ensino superior.

A mudança acontece porque, com a reforma do ensino médio que já está em vigor, até 2024 escolas públicas e particulares terão de reservar parte da carga horária (em média, 40% dela) para aulas de aprofundamento em áreas de conhecimento escolhidas pelos alunos.

Um estudante pode optar, por exemplo, por focar seus estudos em matemática e suas tecnologias.

O objetivo é que o novo Enem esteja adaptado a esse modelo de ensino mais “livre”, guiado pelos projetos de vida de cada jovem.

Ainda não há a definição de quantos itens vão compor cada etapa. Caberá ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) construir as matrizes de referência da prova, que vai permitir a elaboração das questões.

Abaixo, entenda quais mudanças estão em discussão:

1- Para começar, o que muda com a reforma do ensino médio?

  • Sabe aquele modelo tradicional de aprender só sobre matemática na aula de matemática, só sobre português na aula de português? Não será mais assim: as disciplinas precisarão “se conversar”, em vez de ficarem separadas em “gavetinhas” distintas.
  • O tempo de permanência na escola aumentará de 4 para 5 horas diárias. O objetivo é que a carga horária cresça progressivamente para haver mais colégios em tempo integral (com 7 horas diárias).
  • Cada estudante poderá montar seu próprio ensino médio, escolhendo as áreas nas quais se aprofundará. A intenção é que sejam três anos de estudo com: conhecimentos básicos de cada disciplina + conteúdos focados nos objetivos pessoais e profissionais dos alunos.
  • Foi criado o chamado “projeto de vida”: um componente transversal que será oferecido nas escolas para ajudar os jovens a entender suas aspirações.
  • Atenção: nenhuma disciplina vai sumir do currículo. Pelo contrário: todas elas deverão ser oferecidas seguindo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – um documento que estabelece as habilidades e matérias que precisam ser ensinadas a todos.

As mudanças acima são regulamentadas por uma lei aprovada em 2017 – ou seja, as redes de ensino tiveram 4 anos para se preparar até a estreia, marcada para o início do ano que vem.

Em 2022, apenas a primeira série do ensino médio sofre obrigatoriamente essas alterações. Em 2023, será a vez da segunda série, e em 2024, da terceira.

2- Qual é a estrutura atual do Enem? O que pode mudar?

Atualmente, o Enem avalia o conhecimento dos egressos no ensino médio. A nota é usada no principal processo seletivo para universidades públicas do país (o Sistema de Seleção Unificada – Sisu) e em iniciativas no governo como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A prova é dividida da seguinte forma:

  • 1º domingo: redação + 45 testes de linguagens + 45 testes de ciências humanas
  • 2º domingo: 45 testes de ciências da natureza + 45 testes de matemática

A nova versão do Enem continuará servindo como um instrumento para universidades selecionarem seus futuros alunos. Mas haverá mudanças que acompanharão as transformações trazidas pela reforma do ensino médio.

“Hoje, temos, além da redação, quatro provas obrigatórias e longas. Os alunos reclamam de cansaço. Se o ensino médio terá uma parte comum e uma parte diversificada/flexível, a orientação do conselho é que o Enem siga a mesma direção: tenha uma primeira etapa comum a todos os candidatos, e uma segunda mais diversificada”, afirma Maria Helena Guimarães de Castro, relatora do parecer do CNE.

Detalhando o que foi explicado no início desta reportagem, a prova ficaria da seguinte forma (no momento atual da discussão):

  • 1ª etapa: seria mais parecida com o formato antigo do Enem, de antes de 2009, quando as questões tinham “menos cara de vestibular” e eram mais interpretativas e interdisciplinares. Todos os candidatos fazem a mesma prova, que também traz uma proposta de redação.

“O foco será nas habilidades que o aluno deve ter desenvolvido ao longo do ensino médio”, afirma Vitor de Angelo, presidente do Consed.

“Não é necessário saber se o aluno decorou que a Revolução Francesa começou em 1789. O mais importante é fazer uma pergunta com a intenção de avaliar se o jovem sabe, por exemplo, distinguir um fato de uma opinião sobre a revolução.”

  • 2ª etapa: essa parte seria mais “personalizada”. Os alunos não precisariam mais responder a questões específicas de todas as áreas de conhecimento. Seriam perguntas relacionadas à área de conhecimento que ele escolher (ciências humanas, ciências da natureza, matemática ou linguagens), levando em conta habilidades gerais desenvolvidas ao longo do ensino médio.

O principal ponto de discussão do novo Enem está exatamente nessa segunda etapa. Entenda abaixo por quê.

3- Quais os pontos mais polêmicos?

A) CONTEÚDO DA SEGUNDA ETAPA

Especialistas ouvidos pelo CNE para a formulação do documento sugeriram uma segunda etapa mais conteudista, com áreas ligadas ao curso que o estudante pretenderia fazer na universidade:

  • ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), que classificaria alunos para cursos das engenharias, química, matemática, física e computação, entre outros;
  • ciências sociais aplicadas, para economia, administração, contabilidade, ciências sociais, direito etc.;
  • humanidades, linguagens e artes, para cursos de filosofia, história, geografia, artes, letras e pedagogia;
  • ciências biológicas e saúde, para medicina, enfermagem, fisioterapia, biologia, meio ambiente etc.

O Consed discordou da formatação acima, descrita no documento aprovado em dezembro, alegando que ela ampliaria as desigualdades entre os candidatos.

Para entender o motivo, é preciso saber que aquela parte específica do currículo do novo ensino médio, que pode ser escolhida pelo jovem, é chamada de itinerário formativo.

Cada rede de ensino deve definir um leque de opções dentro de cinco “guarda-chuvas” principais: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.

As opções são diversas: em Goiás, são 17 itinerários (Agropecuária: história, processos e tecnologia”, por exemplo, fica dentro de “ciências da natureza”). Mas nem todas as escolas são obrigadas a oferecer as 17 alternativas do “cardápio” – uma cidade menor, por exemplo, pode ter apenas duas modalidades sendo ofertadas.

Cada rede tem uma limitação de espaço, recursos e professores. Um aluno que quisesse prestar biologia na faculdade, por exemplo, mas que só pôde escolher o itinerário de matemática na escola, ficaria como? Teria de responder a perguntas detalhadas de biologia na prova, mesmo sem ter focado nisso no colégio?”, questiona Vitor de Angelo.

“E outra: os itinerários são muito diferentes pelo país. Não dá para equalizar todo mundo.”

A queixa foi levada em conta na reunião entre CNE e Consed. Chegou-se a um consenso, segundo Angelo: o melhor seria que a segunda etapa fosse menos conteudista e mais focada nas habilidades desenvolvidas pelo aluno ao longo do ensino médio, dentro das quatro grandes áreas de conhecimento.

Dessa forma, mesmo que o aluno tenha cursado o itinerário de linguagens na escola, terá condições de responder às perguntas de ciências da natureza para entrar em uma faculdade de medicina, por exemplo.

B) PROVA DE INGLÊS

A proposta inicial do CNE trazia uma prova de inglês na primeira etapa, junto com a redação e as questões de conhecimentos gerais.

De fato, a oferta da disciplina de língua inglesa é prevista pela BNCC no ensino médio. No entanto, segundo o Consed, não é possível comparar, ainda mais depois da pandemia, o nível de oportunidade de aprendizagem de um idioma estrangeiro entre alunos de escola particular e da rede pública.

“Nós, do Consed, queremos que o inglês seja integrado de maneira interdisciplinar no primeiro dia, e não como uma prova separada, focada só nisso”, afirma Angelo.

4- Como as faculdades vão usar as notas?

Já é consensual que o modo de correção continue sendo pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), que avalia se o candidato teve desempenho coerente ao longo do exame.

O modo como as notas do Enem vão ser usadas é outra discussão — não cabe ao CNE e ao Consed, e sim ao Ministério da Educação (MEC), que organiza o Sisu, e às instituições de ensino.

A ideia inicial é que cada universidade divulgue antes o que levará em conta no processo seletivo. Veja algumas opções:

  • usar apenas a nota da primeira etapa e desconsiderar a da segunda;
  • usar a nota da primeira etapa e de uma prova específica da segunda (por exemplo: exigir que candidatos de medicina escolham a parte de ciências da natureza, e que os de engenharia façam a de matemática);
  • atribuir pesos diferentes a cada nota (uma porcentagem maior de pontos para primeira ou para a segunda etapa).

Ainda não está decidido se cada candidato terá a opção de fazer mais de uma prova na segunda etapa do novo Enem ou se terá de escolher apenas uma.

5- Quais serão as dificuldades logísticas de implementar as mudanças?

O novo Enem será em dois domingos? Todas as quatro provas da segunda etapa ocorrerão ao mesmo tempo? Quantas aplicações serão possíveis ao longo do ano? Essas dúvidas devem ser esclarecidas pelo Inep após a conclusão da proposta (prevista para o início de 2022).

Há pontos de preocupação:

  • Perguntas discursivas: questões manuscritas são mais difíceis de corrigir. Exigem tecnologias avançadas de algoritmos ou um número altíssimo de corretores (como ocorre na redação). O problema pode ser atenuado quando o Enem for 100% digital.
  • Banco Nacional de Itens (BNI): o acervo de perguntas de onde são tiradas as questões do Enem está defasado já para o formato atual. Mudar o exame completamente e ainda passar a ter 4 provas diferentes na segunda etapa exigirá uma total reformulação do BNI, com elaboração e pré-testagem de uma grande leva de questões

“Vão ser mudanças graduais. Podemos não conseguir ter perguntas discursivas logo em 2024, e sim algum tempo depois”, diz o presidente do Consed.

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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