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Cidades

Museus reabrem com segurança e tranquilidade

Turistas e brasilienses visitam exposições cercados de cuidados contra a Covid-19

Museu Nacional, em Brasília — Foto: Joelson Maia/TV Globo

Recém-casada há seis meses, a carioca aposentada Mônica Jacinto Dumonte, 52 anos, nem pensou duas vezes quanto ao destino da sua lua de mel: Brasília. Embora, atualmente, morando em Praia Grande (SP), ela sempre teve uma relação afetiva com a capital do país, até porque morou aqui dos 6 anos de vida até março deste ano. Na última sexta-feira (18), ao desembarcar na cidade, junto com o marido, qual a surpresa do casal ao saber que alguns dos museus mais importantes do DF estavam abertos para visitação. Eles foram os primeiros visitantes a botar os pés no Museu Nacional da República, na estreia da reabertura dos espaços após o fechamento, em março.

Oswaldo e Monica, recém casados, vieram de SP | Foto: Acácio Pinheiro

“Queria que o meu marido conhecesse a cidade onde vivi grande parte da minha vida. Ficamos surpresos e felizes de os museus estarem abertos. Gosto de contemplar obras de arte, é cultura, história, estava com saudade”, diz, animada. “Não conhecia Brasília e é a primeira vez num museu, é um lugar bonito, diferente, tivemos sorte”, contempla Osvaldo Muniz, o marido.

Turistas aproveitaram a reabertura

Pelo menos um grupo de 10 pessoas já aguardava com ansiedade, pouco antes das 10h, a abertura do museu localizado na área central do Plano Piloto. A maioria, turistas de passagem pela região, em busca das novidades e maravilhas locais. Alguns comemoraram a boa notícia; outros, como o fisioterapeuta de Rondônia, Gleisson Pereira, 30 anos, já tinham antecipado o passeio. “Estava de bobeira no hotel, quando soube, pela tevê, da abertura dos museus”, conta. “Não tinha como perder a oportunidade. A arquitetura local já é um atrativo. Poder conhecer esses espaços por dentro, poder visitar, melhor ainda”, vibra.

Com limite de 30 pessoas por vez, a ampla galeria localizada no Conjunto Cultural da República traz como atrativo a exposição “Construção Obsessiva”, uma imersão curiosa nos misteriosos e coloridos trabalhos do pintor baiano, Aurelino dos Santos. São mais de 100 obras do artista-louco andarilho das ruas de Salvador que, a partir de um ambiente de extrema pobreza e no limiar entre insanidade e lucidez, deu sentimento e sensibilidade à sua arte.

“Acreditamos que o contato direto com a arte não pode ser substituído por nenhum dispositivo virtual“, defende Sara Seilert, gerente interina do Museu Nacional. “A gente não quer negar esse prazer e oportunidade para as pessoas, se elas se sentirem à vontade para sair de casa, venham ao museu, mas obedecendo a esses cuidados necessários”, convida.

Desde junho deste ano, por determinação do Governo do Distrito Federal, os museus do DF, mediante o uso dos protocolos de segurança, estão autorizados a abrir para o público, gradualmente. Assim, de lá para cá, gestores e servidores da Secretaria de Cultura e Economia do DF arregaçaram as mangas para se ajustar às regras, garantindo o acesso correto e seguro das pessoas a esses ambientes. Tanto no Museu Nacional da República, quanto no Museu Vivo da Memória Candanga e os três espaços do Centro Cultural dos Três Poderes – Panteão da Pátria, Museu da Cidade e Espaço Lúcio Costa -, o manual de conduta contra a Covid-19 foi colocado em prática.

Além dos itens de higiene e segurança básicos, como o álcool gel, termômetro para medição, e marcações no chão, visando ao distanciamento social, alguns lugares oferecem sapatilhas descartáveis. É o que acontece no Museu Nacional da República, Panteão da Pátria e Museu Vivo da Memória Candanga. O uso de máscaras, vale dizer, é terminantemente obrigatório. No próximo fim de semana, a partir do dia 25/09, serão reabertos para sociedade, também com limite de frequentadores, o Memorial dos Povos Indígenas e o Espaço Oscar Niemeyer. Ambos com capacidade para 20 frequentadores por vez.

Há dezesseis anos morando em Palmas, Tocantins, depois de passar em concurso público do estado, o servidor Roniel Alves Marinho, 40 anos, está em Brasília para passeio desde a semana passada. “Vinha muito aqui na Praça dos Três Poderes quando morava na cidade, é um lugar agradável, amplo e bonito, sem falar que é carregado de simbologia cívica”, lembrou-se em visita ao Espaço Lúcio Costa, conhecido, entre outras coisas, pela enorme maquete do Plano Piloto. O museu reabriu com limite de 10 pessoas por vez durante a visita.

Inaugurado em 7 de setembro de 1986, em homenagem ao presidente Tancredo Neves e aos heróis nacionais que defenderam a liberdade e democracia no Brasil – como o inconfidente Tiradentes, a revolucionária Anita Garibaldi e o escravo Zumbi dos Palmares – , o Panteão da Pátria é outro espaço do Centro Cultural Três Poderes, que teve de se adaptar para receber tanto os turistas, quanto os visitantes locais. O lugar, que pode receber somente 20 pessoas por vez, é conhecido, entre outras, pela beleza translúcida dos vitrais da artista plástica franco-brasileira Marianne Peretti

“É uma tentativa de voltarmos à normalidade”, constata o gerente do Centro Cultural Três Poderes, Rafael Sofreddi. “Mas é importante que todos nós tenhamos noção de que a pandemia ainda existe e que as medidas de segurança são essenciais para manter o mínimo de tranquilidade para os visitantes, servidores e funcionários do espaço”, reforça o gestor.

Roniel Marinho, de Palmas (TO)| Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

Concorda o gaúcho de Porto Alegre Cristiano Goldschmidt, em seu primeiro tour pela capital brasileira. “Parece brincadeira, mas só agora, aos 44 anos, é que tive curiosidade de conhecer a capital do meu país. Estudei lá fora, visitei outros países e cidades do mundo, e só agora vim a Brasília”, lamenta o jornalista, que se especializou na profissão na Cracóvia, Polônia, onde nasceu o inesquecível Papa, João Paulo II. “Não acreditei que alguns museus daqui estivessem abertos, já que, em Porto Alegre, não estão. Foi bom porque deu para aproveitar bastante e o pessoal é bem criterioso quanto aos protocolos de segurança”, elogia.

Na Praça dos Três Poderes, ainda é possível visitar o Museu da Cidade, aquele pequeno edifício retangular suspenso inaugurado junto com a nova capital, em 21 de abril de 1960. O tamanho não ofusca sua importância. Carimbado com o rosto do presidente Juscelino Kubistchek numa de suas fachadas, tem a responsabilidade de guardar a memória da interiorização do país. Ali, o limite de pessoas por visitação é de cinco por vez.

“O Museu da Cidade marca a transição do poder do litoral, que era o Rio de Janeiro, para o interior, o Brasil central, enfim, Brasília. Ele é a memória dessa mudança”, contextualiza Rafael Soffredi, diretor do CC3P. “Ele é um cantinho encantador e preserva momento significativo da história de Brasília”, observa a professora de história do Rio de Janeiro, Roselane Kelly Cândido, 44 anos, em excursão pela cidade com outros cincos amigos da Cidade Maravilhosa.

Museu Vivo da Memória Candanga | Foto: Acácio Pinheiro/ Agência Brasília

Casas coloridas

Conhecidas pelo colorido vibrante e charme bucólico, as casinhas de madeira localizadas no final da Epia Sul, entre a Candangolândia e o Núcleo Bandeirante, um dia serviram de cenário para a primeira área médica do DF, no final dos anos 50. Desde os anos 1990, as 18 construções antigas formam o Museu Vivo da Memória Candanga, também reaberto na última sexta-feira (18/09), pela Secec.

O público para visitação, assim como nos demais estabelecimentos de lazer coletivo da cidade ligados à pasta, será restrito e os protocolos de segurança contra o vírus, colocados em prática, sistematicamente. Permissão de circulação, apenas na alameda que cruza os espaços de exposição e visitação de duas exposições permanentes: “Poeira, Lona e Concreto”, que reverencia a “evolução história da cidade, desde o marco-zero, chegando a monumentos fundamentais (…) que formaram a cidade”, e o “O Cerrado de Pau de Pedro”, sobre trabalhos do artista popular maranhense, Pedro de Oliveira Barros. Nada de atividades nas áreas verdes do lugar que compreende as mesas de “camping”, o parque infantil e o convidativo bosque.

“Tivemos uma palestra com todos os nossos 20 servidores e funcionários da limpeza sobre o protocolo de segurança”, frisa a gestora do lugar, Eliane Falcão. “A comunidade está muito isolada, precisando de algo para fazer e por que não visitar um lugar como esse que traz a história de Brasília, que este ano fez 60 anos”, destaca.

Museu Vivo da Memória Candanga | Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília

A designer e produtora cultural Maria Stella Lopes, 62 anos, encantou-se pelo lugar. “Esse museu é uma fofura e as pessoas precisam conhecer, porque ele traz a história de Brasília de uma maneira muito singela e verdadeira”. “É muito importante essa abertura dos museus, porque a cultura não pode faltar num momento como esse. A arte muda a vida e, se a gente tiver cuidado, não tem problema. Porque se a gente entra no supermercado para comprar comida, por que não também alimentar nossa alma”, resume, citando uma canção clássica da banda paulista, Titãs.

Serviço

Museu Nacional da República

Regras:

Visitação: sexta a domingo, das 10h às 16h.

Lotação do salão: 30 pessoas. Completada a capacidade, será formada fila de espera.

Observação: obrigatórios o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool em gel.

Telefone para dúvidas: (61) 33255220.

Centro Cultural Três Poderes

Formado por três espaços: Panteão da Pátria, Lucio Costa e Museu da Cidade

Regras:

Visitação: sexta a domingo, das 9h às 15h.

Lotação do salão: Panteão da Pátria, 20 pessoas; Espaço Lucio Costa, 10; e Museu da Cidade, 5. Completada a capacidade, será formada fila de espera.

Observação: obrigatórios o uso de máscara e propé no carpete. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool em gel.

Telefone para dúvidas: 61 98355-9870 (WhatsApp)

Museu Vivo da Memória Candanga

Regras:

Visitação: sexta a domingo, das 10h às 16h, somente para dois salões expositivos. O parque permanece fechado.

Lotação do salão: 10 pessoas por salão. Completada a capacidade, será formada fila de espera.

Observação: obrigatório o uso de máscara. Será feita medição de temperatura e disponibilizado álcool em gel.

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira

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O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.

Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.

Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.

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Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef

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A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.

O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.

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PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.

O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.

Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.

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