Brasil
Museus de São Paulo ficam abertos durante o carnaval
Capital oferece agenda cultural com exposições e atividades diversas
Após dois anos de pandemia, o carnaval está de volta às ruas, ao Sambódromo e aos clubes de São Paulo. A prefeitura espera atrair 15 milhões de foliões para mais de 500 blocos. Entretanto, para os que preferem ficar longe da longe da folia, a capital oferece agenda cultural cheia. Museus e outras instituições culturais paulistas vão permanecer abertas, oferecendo atividades diversas como oficinas, contação de histórias e exposições.
O Instituto Moreira Salles (IMS), na Avenida Paulista, abre normalmente no sábado (18) e no domingo (19), das 10h às 20h, fechando na segunda (20) e na terça-feira (21) e reabrindo na Quarta-feira de Cinzas (22), a partir das 12h. A programação inclui a exposição Moderna pelo Avesso: fotografia e cidade, Brasil, 1890-1930, que apresenta fotos e filmes produzidos no Brasil, do período da Primeira República. A visita é gratuita.
O Itaú Cultural, também na Paulista, abre de 18 a 22, das 11h às 19h, com a exposição Um Século de Agora. Também serão apresentadas as peças de teatro A Divina Farsa, do grupo La Mìnima; e Jogo de Imaginar, da Cia Barracão Cultural. A plataforma de streaming Itaú Cultural Play vai exibir filmes ligados ao carnaval e películas premiadas no festival de documentários É Tudo Verdade.
O Museu da Língua Portuguesa também fica aberto, com exceção de segunda-feira, quando normalmente fica fechado. O funcionamento no sábado, no domingo e na terça-feira será de 9h às 16h30; e na quarta-feira (22), a partir das 12h. Além da exposição Nhe’ẽ Porã: Memória e Transformação, o público infantil poderá participar do bloquinho Sainha de Chita, no sábado (18).
O Museu do Ipiranga funciona nos dias 18 e 19, em horário normal, das 11h às 17h. Na segunda e na terça-feira, permanece fechado, reabrindo na quarta-feira, a partir das 12h. O visitante poderá conferir a exposição temporária Memórias da Independência.
No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), centro de São Paulo, tem a exposição recém-inaugurada Marc Chagall, Sonho de Amor, sábado, domingo e segunda-feira, das 9h as 20h. Na terça-feira, o museu fica fechado, voltando a reabrir na quarta-feira, a partir das 12h. O CCBB alerta que a programação ainda pode sofrer alterações. A entrada é gratuita.
Os pais podem levar os filhos até o domingo (19) para curtir a exposição Cria-experiências de invenção, em cartaz no Centro Cultural Fiesp, na Avenida Paulista. A exposição fica aberta no sábado e no domingo. A entrada é gratuita e o centro funciona das 10h as 20h.
O Museu da Imigração também funciona no sábado, domingo, terça-feira e quarta-feira, e permanece fechado apenas na segunda-feira. No domingo, o museu promove uma atividade de caça ao livro e leitura infantil. Já na terça-feira ele promoverá uma oficina de mini estandartes de carnaval.
O Museu do Futebol abre sábado, domingo e quarta-feira de cinzas, de 9h e 17h. Na quarta-feira, abre a partir das 12h.
O Museu Afro Brasil Emanoel Araújo, localizado no Parque Ibirapuera, está promovendo a exposição Mestre Didi – Deoscoredes Maximiliano dos Santos, que apresenta 42 esculturas do artista plástico, escritor e sacerdote baiano e afro-brasileiro. O museu fica aberto sábado, domingo e na quarta-feira, e fica fechado na segunda e na terça-feira.
O Museu das Culturas Indígenas abre entre os dias 18 e 22 de fevereiro, das 9h as 18h, com as exposições Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena; Ygapó: Terra Firme e Invasão Colonial ‘Yvi Opata’ A Terra Vai Acabar.
O Catavento abre nos dias 18, 19 e 21 de fevereiro, das 9 as 17h. Na quarta-feira (22), funciona a partir das 13h. Na segunda-feira (20), o museu fica fechado. Entre as atrações, que atraem crianças, está o borboletário, a sala de realidade virtual Dinos do Brasil e uma parede de escalada.
A Pinacoteca de São Paulo fecha apenas na terça-feira (21). No sábado, domingo e segunda-feira, efunciona das 10h as 18h. Na quarta-feira de cinzas, abre a partir das 12h. Além do acervo, a Pinacoteca expõe atualmente as obras da artista Lenora de Barros.
Durante o carnaval, a Biblioteca de São Paulo fica aberta no sábado, domingo e quarta-feira. A biblioteca tem programação especial, que é uma vivência em libras, além de contação de histórias de literatura infantojuvenil e oficina de xadrez.
A plataforma de streaming gratuita #CulturaEmCasa vai transmitir o bloco afro Ilú Obá De Min no domingo (19). E, na segunda-feira (20), transmite o show Unidos do Swing e a Máquina do Tempo.
As Fábricas de Cultura e as Oficinas Culturais, instituições públicas, também oferecem programação especial. Informações sobre o funcionamento podem ser acessadas pelo site da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
Agência Brasil
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
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