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Missão Perseverance em Marte: o que diz a mensagem escondida no paraquedas do robô

Esse é o robô mais sofisticado já enviado ao espaço e terá como objetivo buscar pistas sobre grandes dúvidas da ciência, como se há sinais concretos de vida microbiana passada em Marte

A Nasa, agência espacial americana, conseguiu realizar um importante avanço na exploração espacial na semana passada, quando seu robô Perseverance chegou a Marte, após uma jornada de quase 480 milhões de quilômetros iniciada em julho de 2020.

Esse é o robô mais sofisticado já enviado ao espaço e terá como objetivo buscar pistas sobre grandes dúvidas da ciência, como se há sinais concretos de vida microbiana passada em Marte.

Centenas de milhares de pessoas acompanharam ao vivo o pouso do Perseverance e celebraram as primeiras imagens que chegaram da superfície do planeta vermelho. Mas poucos sabiam que o robô carrega uma mensagem secreta e criptografada em sua jornada.

Ilustracao do Perseverance em Marte

NASA O Perseverance explorará o solo e a atmosfera do Planeta Vermelho por pelo menos um ano marciano, o que equivale a cerca de 687 dias terrestres.

O que diz a mensagem?

O robô Perseverance carrega uma mensagem escondida no paraquedas que costumava descer na superfície de Marte.

O paraquedas carregava padrões especiais em vermelho e branco que formam a frase secreta codificada: “Dare mighty things” (Ouse coisas poderosas, em inglês).

“Usando códigos binários, duas mensagens foram codificadas em branco neutro e laranja” no paraquedas, diz a página do Jet Propulsion Laboratory (JPL) da Nasa, na Califórnia, nos Estados Unidos, que controla a missão Perseverance.

“Dare mighty things” é, por sinal, o lema do JPL e parte de um discurso do ex-presidente americano Theodore Roosevelt em 1899: “Muito melhor é ousar coisas poderosas, vencer gloriosos triunfos, mesmo que sob o risco do fracasso, do que enfileirar-se com os pobres de espírito que nem desfrutam nem sofrem muito, porque vivem em um crepúsculo cinza que não conhece nem a vitória nem a derrota” (em tradução livre).

Vários usuários da internet que são cientistas amadores afirmaram ter “decifrado o código” escondido e também ficaram estudando os padrões matemáticos no círculo colorido do paraquedas.

“Cada número binário (aqueles com apenas 0 e 1) corresponde a uma posição da letra do alfabeto, começando com 1.” Então, seguindo esse código, a frase é formada. Em seguida, aparece uma coordenada que é o endereço do laboratório na Califórnia.

 

Mas esse código secreto não é a única mensagem oculta que parece ter sido colocada no robô enviado a Marte.

Existem mais cinco surpresas que foram incluídas a bordo.

1. Quase 11 milhões de nomes

Três microchips no Perseverance possuem 10.932.295 nomes.

Placa no Perseverance

NASA/JPL-Caltech Três microchips no Perseverance possuem 10.932.295 nomes.

Eles fazem parte da campanha “Envie seu nome a Marte” da Nasa.

Isso já é uma tradição da agência espacial em robôs para Marte. Anteriormente, o robô Curiosity carregou um microchip com 1,2 milhão de nomes.

Os microchips também contêm 155 ensaios de alunos que chegaram à final do concurso de nomes de espaçonaves, que foi vencido por Alex Mather, 13, da Virgínia.

2. Homenagem a profissionais de saúde

O Perseverance também presta homenagem aos profissionais de saúde que têm lutado contra a pandemia de covid-19.

O robô foi lançado ao espaço em julho de 2020, poucos meses depois que o vírus começou a afetar o mundo inteiro.

O robô também presta homenagem aos profissionais de saúde que lutam contra a pandemia do coronavírus.

NASA/JPL-Caltech O robô também presta homenagem aos profissionais de saúde que lutam contra a pandemia do coronavírus

A equipe da Nasa quis reconhecer as pessoas da linha de frente da pandemia que ajudam a cuidar da população.

Para isso, uma placa de alumínio foi colocada no lado esquerdo do robô que mostra o caduceu, uma cobra enrolada em um bastão que é usado como símbolo da medicina nos Estados Unidos.

3. Mastcam-Z para enxergar melhor

Ao contrário dos itens homenageando profissionais de saúde, e que são decorativos, alguns dos objetos ocultos em Perseverança têm funções especiais.

O Mastcam-Z é usado para tirar fotos coloridas de Marte em alta definição.

NASA/JPL-Caltech/ASU/MSSS/U of Copenhagen O Mastcam-Z é usado para tirar fotos coloridas de Marte em alta definição

Uma delas é a do Mastcam-Z, que são câmeras do robô para tirar fotos coloridas de Marte em alta definição.

Mas a Nasa também acrescentou uma mensagem importante ao Mastcam-Z: “Estamos sozinhos? Viemos aqui em busca de sinais de vida e coletar amostras de Marte para estudar na Terra. Para aqueles que nos seguem, desejamos a vocês uma boa viagem e alegria na descoberta”.

A Mastcam-Z também carrega imagens das primeiras formas de vida na Terra, como cianobactérias, uma samambaia e um dinossauro e desenhos de um homem e uma mulher.

4. SHERLOC

A NASA também aderiu ao “geocaching”, um jogo de caça ao tesouro com GPS para smartphone, e escondeu uma moeda especial a bordo do Perseverance.

SHERLOC

NASA/JPL-Caltech O SHERLOC estuda a paisagem e a atmosfera de Marte.

A moeda faz parte do instrumento SHERLOC (Scanning Habitable Environments with Raman & Luminescence for Organics & Chemicals), que estuda a paisagem e a atmosfera de Marte e está marcada com o endereço do famoso detetive fictício, 221B Baker Street, em Londres.

O SHERLOC também está carregando uma parte de um meteorito marciano e quatro outras amostras de materiais de traje espacial. A Nasa observará para ver como cada material reage na superfície marciana.

5. SuperCam com um meteorito

Os cientistas que construíram o Perseverance SuperCam também adicionaram sua própria porção de um meteorito marciano.

SuperCam

NASA/JPL-Caltech SuperCam é um instrumento a laser que atinge rochas na superfície marciana.

O SuperCam é um instrumento a laser que atinge rochas e “solo” na superfície marciana para descobrir do que esse materiais são feitos.

Este pedaço de rocha em particular usado para calibração do SuperCam fez uma viagem de ida e volta para a Estação Espacial Internacional antes de os cientistas o acrescentarem ao Perseverance.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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