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Brasília

Mil agentes de Vigilância Ambiental trabalham no combate à dengue

Entre novembro de 2020 e novembro deste ano houve redução significativa no número de casos – de 58.254 para 19.561; um recuo de quase 70%

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal está identificando por meio do Levantamento do Índice Rápido de Amostragem (Liraa) os principais focos de dengue na cidade. Desde o dia 16 de novembro, 500 novos agentes de Vigilância Ambiental, contratados em processo seletivo temporário, estão percorrendo as ruas das diversas regiões administrativas para fazer o trabalho de monitoramento e prevenção dos casos de dengue. Eles se juntaram a outros 500 já contratados.

Novos agentes de Vigilância Ambiental estão percorrendo as ruas do DF para o trabalho de monitoramento e prevenção dos casos de dengue. A maior incidência da doença é de setembro a abril, período de chuvas | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

O ovo do mosquito pode viver 450 dias, mais de um ano. Basta ter contato com a água para que ele ecloda, forme larvas e, depois, o mosquitoJadir Costa Filho, diretor de Vigilância Epidemiológica

Os mil agentes vão reforçar – agora pelo Liraa – o combate ao mosquito, trabalho que é feito durante o ano todo pelos órgãos do Distrito Federal envolvidos no combate a arboviroses. O resultado é uma queda de 70% nos casos de dengue, registrada entre novembro de 2020 e novembro deste ano: 58.254 para 19.561.

“Para realizar o Liraa, o agente precisa entrar no imóvel e coletar possíveis amostras de focos do mosquito Aedes aegypti para descobrir o índice de manifestação. Na semana seguinte, os agentes voltam aos locais e fazem o tratamento de 100% das casas, ou seja, o tratamento é realizado em um raio de 300 metros do local identificado com foco”, explica a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental de Ceilândia, Ana Bispo de Castro.

“O trabalho de combate aos focos da dengue é feito durante todo ano, com visitas às residências, conscientização da população e recolhimento de entulho. O ovo do mosquito pode viver 450 dias, mais de um ano. Basta ter contato com a água para que ele ecloda, forme larvas e, depois, o mosquito”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica, Jadir Costa Filho.

A maior incidência da doença é de setembro a abril, período de chuvas. “As ações nas regiões são desenvolvidas de acordo com a necessidade de cada região”, diz o diretor. Combate à dengue no DF é realizado de acordo com o Plano Para Enfrentamento da Dengue e Outras Arboviroses (2020-2023), que traz todas as informações das ações desenvolvidas no DF. Este documento pode ser acessado por aqui.

Ceilândia, Paranoá e Planaltina

Para a região de Ceilândia foram enviados 60 agentes, que ficarão responsáveis pelo Liraa na localidade. De acordo com o método, 20% dos imóveis da região foram selecionados para serem submetidos à vistoria completa. Desta forma é possível identificar os locais onde existem mais focos do mosquito, como caixas-d’água, vasilhas, plantas e baldes.

De acordo com o último boletim epidemiológico, publicado em novembro, em Ceilândia foram notificados 1.183 casos. O número representa uma queda de 78,4% em relação ao mesmo período de 2020, quando ocorreram 5.151 casos. No Paranoá, a Vigilância à Saúde registrou, em 2021, 570 casos e uma queda de 6,7% em relação às 617 notificações de novembro do ano passado.

Embora o Liraa esteja sendo realizado em todo o DF, o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, aponta Ceilândia, Paranoá e Planaltina como as cidades mais suscetíveis a casos de dengue. “Planaltina tem muitos focos. É uma cidade antiga, com baixa corrente de vento”, explicou.

Para a região de Ceilândia foram enviados 60 agentes, que ficarão responsáveis pelo Liraa na localidade. De acordo com o método, 20% dos imóveis da região foram selecionados para serem submetidos à vistoria completa | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

Em Planaltina houve um aumento de 28,3% em relação ao mesmo período de 2020. Os números passaram de 2.449, em 2020, para 3.173 neste ano. Para reduzir a quantidade de casos da doença, a administração da RA trabalha no recolhimento de entulhos nas ruas e orientação às pessoas com relação ao descarte correto do lixo.

A estudante de Filosofia, Marília das Neves, de 21 anos, moradora de Planaltina, contraiu duas doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Aos 15 anos, em 2016, ela foi diagnosticada com Chikungunya e, quatro anos depois, contraiu dengue hemorrágica. “Da segunda vez que contraí a doença eu morava perto de uma feira de hortifrúti, um local em que existem focos do mosquito”. “Foi bem ruim, fiquei muito doente, perdi vários dias de aula na UnB”, disse Marília.

A diretora regional de Atenção Primária Saúde, Charmene Menezes, disse que a contratação dos 500 agentes de Vigilância Ambiental possibilitará às equipes da saúde da família contar com profissionais desse setor, o que intensificará o trabalho de conscientização da população acerca do combate à dengue.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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