Brasília
Mais de 4,8 mil órteses e próteses foram entregues pelo DF em 2021
Aparelhos são comprados ou fabricados pela Oficina Ortopédica e distribuídos pelo Núcleo de Atendimento Ambulatorial
O Distrito Federal entregou 4.835 órteses e próteses no ano passado, 44% a mais do que em 2020, quando foram distribuídos 3.239 aparelhos. Neste ano, já foram distribuídos 930 equipamentos, pelo Núcleo de Produção de Órteses e Próteses (Nupop) do Distrito Federal, também conhecido como Oficina Ortopédica, e pelo Núcleo de Atendimento Ambulatorial de Órteses e Próteses e Materiais Especiais (NAOPME). As duas unidades são vinculadas à Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (Sais) e responsáveis pela avaliação, acompanhamento e encaminhamento de pacientes para confecção de órteses e próteses ambulatoriais.
Em todo o ano passado, foram entregues 209 órteses para membros inferiores e superiores e 479 próteses mamárias, para membros inferiores e superiores. Além disso, foram distribuídas 1.223 cadeiras de banho, disponíveis em quatro modelos; 1.078 cadeiras de roda, em 8 modelos conforme as características do usuário; 1.001 palmilhas ortopédicas; e 422 calçados especiais. A lista é composta ainda por almofadas terapêuticas, andadores, bengalas, coletes ortopédicos e muletas.
A chefe do Núcleo de Órteses e Próteses, Maria Fernanda Baciuk, explica que o objetivo de cada um dos aparelhos é atender às necessidades dos pacientes. “A Oficina Ortopédica devolve aos pacientes, principalmente aqueles com deficiência, as funcionalidades do corpo, a independência. Muitos conseguem voltar ao mercado de trabalho, por meio de uma protetização, conseguem viver mais”, alega.
Os aparelhos ortopédicos são adquiridos por meio de licitação com base na tabela de preços do Ministério da Saúde. “Nós pedimos os aparelhos conforme a demanda. A empresa envia os equipamentos que não precisam de molde, como as cadeiras, e logo os entregamos. Para os que precisam dos moldes, nós convocamos os pacientes para tirar as medidas com a empresa e ela tem até 60 dias para entregar as órteses e 90 para as próteses”, informa Maria Fernanda.
No caso da órtese para membro superior, o processo é diferente. Quem tira as medidas dos pacientes é a própria Oficina Ortopédica. O terapeuta ocupacional Ricardo Alcântara explica: “Nós importamos por licitação uma placa termomoldável, que permite que a gente faça a órtese e entregue para o paciente, no mesmo dia, em até uma hora. Serve para corrigir lesões na mão, braço e punho, com a imobilização da área”, explica. Em 2021, foram produzidas 200 unidades do aparelho.
A Oficina também ajusta equipamentos entregues pela unidade em um maquinário próprio. Para isso, o produto deve estar fora do prazo de garantia. “Às vezes, é uma rodinha da cadeira que emperrou, alguma coisa que se descolou. O paciente vem com o aparelho, a gente conserta e ele volta pra casa com tudo certo”, explica Maria Fernanda. Em 2021, 232 próteses e órteses passaram por reforma.
Próxima entrega
A partir da próxima semana, serão entregues 365 órteses para membros inferiores – em média 40 pacientes por dia, de segunda a sexta-feira, até que todos os aparelhos sejam distribuídos. “Estávamos há sete anos sem entregar essas próteses e, até o final da ata, vamos distribuir mais de 1.300”, explica a chefe da Oficina Ortopédica. “Hoje estamos na melhor situação da oficina nos últimos quatro anos, em que os pacientes são atendidos com zelo, e não há entraves aos processos”, completa a profissional.
Nesta quarta-feira (27), uma família indígena, da etnia Kamayurá, recebeu uma cadeira para banho e uma de rodas para um homem tetraplégico. A tia do paciente, que atua como cuidadora dele e que preferiu não se identificar, por segurança, diz que os aparelhos representam melhorias na vida de toda a família. “As minhas costas doíam muito ao dar banho nele, porque a outra cadeira que temos é muito baixa. Outra tia, que me ajuda a cuidar dele, também reclamava disso. Agora vai ser tudo mais fácil. Também vamos poder levar ele pra passear, dar uma voltinha na rua”, afirma.
Atendimento
Para receber alguma órtese, prótese ou demais itens ortopédicos, o paciente ou o responsável precisa ser atendido pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), para que haja a emissão de um pedido do aparelho. Com o pedido em mãos, a pessoa deve agendar uma avaliação com fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional pelo site agenda.df.gov.df ou pelo telefone 2017-1145, ramal 1164. O encontro será no NAOPME, que fica na Estação do Metrô da 114 Sul.
Após a avaliação, o paciente deve aguardar a convocação para o recebimento do aparelho. O contato ocorre por telefone, por isso é importante manter o cadastro atualizado. O fornecimento é realizado por ordem de inscrição e está condicionado à disponibilidade do material em estoque.
Maiores informações podem ser obtidas pelo site da Secretaria de Saúde (https://www.saude.df.gov.br/ortese-e-protese) ou pelos telefones:
– Núcleo de Produção de Órteses e Próteses (NUPOP) – Oficina Ortopédica
Endereço: SGAP, Bloco G, Lote 06, SIA, Parque de Apoio da Secretaria de Saúde do Distrito Federal
Telefone: (61) 2017-1145 ramal: 1129
– Núcleo de Atendimento Ambulatorial de Órteses e Próteses e Materiais Especiais (NAOPME)
Endereço: Estação do Metrô da 114 Sul, Praça do Cidadão
Telefone: (61) 2017-1145 ramal: 1164
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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