Brasília
Joaquim Roriz: veja a repercussão da morte do ex-governador do Distrito Federal
Político morreu no Hospital Brasília, nesta manhã, aos 82 anos. Roriz governou Brasília por 4 mandatos.
Familiares, amigos, personalidades e lideranças políticas e da sociedade civil lamentaram, nesta quinta-feira (27), a morte do ex-governador do Distrito Federal e ex-senador Joaquim Roriz.
Roriz morreu aos 82 anos, em Brasília, após um choque séptico decorrente de complicações de infecção pulmonar.
Veja, abaixo, a repercussão da morte de Joaquim Roriz:
– Presidente da República, Michel Temer (MDB), nas redes sociais:
“Lamento a morte do ex-governador Joaquim Roriz, que dirigiu o governo do Distrito Federal por quatro vezes e que marcou a vida política da Capital com muitas obras e realizações. Meus sentimentos à sua família.”
– Governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB):
“Roriz foi o governador mais importante de Brasília desde Juscelino Kubitscheck, teve uma sensibilidade muito grande com os mais pobres, especialmente em relação à habitação, e também em obras estratégicas para Brasília, como o metrô e a barragem de Corumbá 4, que foram realizadas por Roriz, mostrando uma visão de futuro. Todos nós, neste momento, temos que nos solidarizar à sua família, aos seus amigos, aos milhões de brasilienses que apreciam, apreciavam e têm muito respeito por Roriz. Nós vamos decretar luto oficial e ao mesmo tempo vamos nos colocar à disposição da família. Roriz merece todas as homenagens da população brasiliense.”
Rollemberg decretou luto oficial de três dias.
– Joaquim Roriz Neto, neto de Joaquim Roriz, nas redes sociais:
“Brasília está órfã, meu avô partiu. Deus ordenou que tudo na vida tivesse um inicio e um fim. E tudo que nos acontece, é através da vontade de Deus. Estou profundamente desolado. Já percebo o vazio de sua ausência. Mas tudo que ele fez, pelo distrito federal, e por Brasília, continuará sempre presente. Eu sabia que esse dia iria chegar. Mas não pensei que seria de forma tão rápida. É como se tivessem puxado o tapete debaixo dos meus pés. Joaquim Roriz é a grande referencia que eu tenho, porque sua disposição para fazer o bem era imbatível. Ele fez uma vida toda pautada pela política. E eu nunca sabia onde terminava o político, e onde começava o meu avô.”
– Cristovam Buarque (PPS), senador e ex-governador do DF, por assessoria de imprensa:
“O senador Cristovam Buarque acaba de suspender temporariamente sua agenda de campanha, em respeito a Joaquim Roriz, que faleceu nesta manhã. Cristovam Buarque afirmou que o ex-governador ‘foi o político mais emblemático de Brasília e que, para ele, será sempre uma honra ter tido um opositor da estatura de Joaquim Roriz’.”
– Rogério Rosso (PSD), ex-governador do DF e atual candidato ao governo:
“Nossos corações choram neste dia. O governador Roriz recebeu a missão de governar para os humildes e, ao mesmo tempo, projetar a capital do país ao mundo e para o futuro. Fez isso de coração e com sabedoria, e o resultado é a alegria que vemos nas pessoas quando caminhamos nas cidades e falamos dos bons tempos e da época de Roriz. Hoje não iremos às ruas pedir votos. Vamos chorar junto de sua família e da população do Distrito Federal. Que a memória desse grande homem permaneça viva em nossos corações e eternizado na história de Brasília.”
– Alberto Fraga (DEM), candidato ao governo do DF:
“A gente perde um grande líder no mundo da política e não tem nada nessa cidade que a gente não lembre do Roriz. As grandes obras sempre foram do governo dele, nossas cidades que hoje se transformaram numa realidade foram obra dele. É um nome inesquecível que todos nós vamos sentir muito a ausência dele e digo mais: hoje, a gente vive no momento conturbado, de divisão política. Se tivesse a presença ativa do Roriz, isso não teria acontecido, porque ele nunca deixou o grupo se dividir. Infelizmente, ele nos deixa numa época de eleição, onde todos nós lamentamos muito a perda dele. A gente tem que fazer o máximo de homenagens a essa pessoa pública que foi tão importante na vida de cada brasiliense.”
– Eliana Pedrosa (Pros), candidata ao governo do DF:
“O Distrito Federal perdeu sua maior figura pública. Um visionário que pisou esse chão de terra batida, antes mesmo de Juscelino Kubitscheck transformá-lo na capital de todos os brasileiros. Joaquim Domingos Roriz reedita o que foi dito no passado e deixa a vida para entrar na história, como um verdadeiro estadista que cuidou do povo com o coração no presente e os olhos no futuro. O Distrito Federal está órfão. E toda a classe política também. Pois foi Roriz que ensinou a todos nós a sermos vermelhos, azuis, verdes e de todas as cores possíveis, em uma democracia saudável e verdadeiramente republicana. Suspendo minhas atividades, pois hoje é tempo de parar e refletir. Eu, que agora me sinto tão pequena diante da grandeza da biografia e da sabedoria de Joaquim Roriz, percebo que agora é hora de silêncio. O calar solene da saudade que jamais calará nos corações de todo o Distrito Federal.”
– Fátima Sousa (Psol), candidata ao governo do DF:
“Quero me solidarizar com a família e os amigos do ex-governador Joaquim Roriz e reconhecer que muitos atos dos seus governos foram importantes para a população do DF. A hora é de olharmos para o legado positivo do ex-governador.”
– Ibaneis Rocha (MDB), candidato ao governo do DF:
“O governador Joaquim Roriz deixou-nos um legado que haverá de nos inspirar a reafirmar, a cada dia, o compromisso com o espírito público que nos anima. Nada do que fez em vida terá sido em vão, e seu nome será sempre recordado, com saudade, por uma população que o consagrou e amou. Aos familiares, deixo os mais sinceros pêsames, na certeza de que encontrarão conforto nas memórias de um homem que viveu plenamente o seu tempo”.
– Júlio Miragaya (PT), candidato ao governo do DF:
“Manifesto meu pesar pelo falecimento do ex-governador Joaquim Roriz. Apresento minhas condolências aos seus familiares e comunico que, assim como já divulgado pelo Diretório Regional do PT-DF, estou suspendendo as atividades públicas de campanha nesta quinta-feira em respeito ao ex-governador.”
Fonte: G1DF
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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