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Israel não aceitará proposta dos EUA para futuro da Faixa de Gaza, diz analista

© AP Photo / Miriam Alster

Nesta quarta-feira (8), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, defendeu a criação de um governo palestino unificado na Faixa de Gaza, após a conclusão da operação terrestre israelense.
O futuro da Faixa de Gaza “deve incluir uma governança liderada por palestinos, unificada ao território da Cisjordânia, sob a égide da Autoridade Palestina”, disse Blinken durante encontro do G7 no Japão.
Os manifestantes interromperam o discurso do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pedindo o fim do conflito entre Israel e o Hamas - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
Os manifestantes interromperam o discurso do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pedindo o fim do conflito entre Israel e o Hamas
Nesta segunda-feira (6), o chefe da diplomacia dos EUA declarou ao Congresso norte-americano que uma Autoridade Palestina “revitalizada” deveria assumir a liderança na Faixa de Gaza, hoje dominada pelo grupo Hamas.

“Em algum momento, o que faria mais sentido seria que uma Autoridade Palestina eficaz e revitalizada tivesse a governança e, em última análise, a responsabilidade pela segurança de Gaza”, disse Blinken a senadores.

Para o pesquisador do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais e professor de Relações Internacionais da PUC-SP Bruno Huberman, a proposta de Blinken busca repetir o modelo de governança da Autoridade Palestina na Cisjordânia.

“Os americanos não têm alternativa a essa proposta. O argumento deles é que reestabelecer a Autoridade Palestina, sob a liderança do [partido] Fatah na Faixa de Gaza abriria caminho para retomar as negociações de paz”, disse Huberman à Sputnik Brasil.

A Autoridade Palestina foi criada durante os Acordos de Oslo de 1993 para atender às necessidades civis e de segurança da população palestina em determinadas áreas da Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Atualmente, a Autoridade Palestina é controlada pelo partido Fatah, criado em 1959 pelo líder Yasser Arafat.
“A verdade é que a Autoridade Palestina tem se engajado em cooperação política e de segurança com os EUA e com Israel. O Fatah se comprometeu a deixar a luta armada e se engajar em negociações políticas, que não trouxeram nenhum resultado para os palestinos nos últimos 30 anos”, explicou Huberman. “Por isso, a legitimidade da Autoridade Palestina entre os palestinos enfraquece, enquanto o Hamas se fortalece.”
O então presidente dos EUA, Bill Clinton, presidindo as cerimônias que marcam a assinatura do acordo de paz de 1993 entre Israel e os palestinos no gramado da Casa Branca com o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin (E) e o presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat (D) - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
O então presidente dos EUA, Bill Clinton, presidindo as cerimônias que marcam a assinatura do acordo de paz de 1993 entre Israel e os palestinos no gramado da Casa Branca com o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin (E) e o presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat (D)
A proposta dos EUA de impor um governo do Fatah na Faixa de Gaza poderia minar ainda mais a sua relação com a sociedade civil. Antes mesmo da operação israelense em julho deste ano, grupos armados palestinos na cidade de Jenin, na Cisjordânia, já pediam a deposição do Fatah, reportou o portal Middle East Monitor.
A Autoridade Palestina também reprime protestos na Cisjordânia contra a operação israelense, prejudicando sua imagem perante a população local.

“A Autoridade Palestina exerce um poder coercitivo bastante duro e perseguições políticas, nada muito diferente do que o Hamas faz”, disse Huberman. “A imagem que temos de uma Fatah mais liberal, progressista e democrática nem sempre condiz com a realidade.”

Para ele, “reinstalar a Autoridade Palestina em Gaza pode ser uma proposta palatável para os EUA e demais atores regionais, mas a verdade é que pioraria a legitimidade da Fatah ainda mais”, disse o professor da PUC-SP. “No pior cenário, teríamos uma guerra civil entre os palestinos.”

O obstáculo Hamas

A implementação da proposta norte-americana tem como principal obstáculo a presença do braço militar do Hamas na Faixa de Gaza.

“No contexto atual, o Hamas não abrirá mão do poder, terá que ser obrigado a fazer isso militarmente”, considerou Huberman. “Israel teria que tomar medidas coercitivas e impor o governo da Fatah através da força.”

No entanto, a derrota do Hamas não seria a única forma de lograr um governo de unidade nacional palestina.
Famílias palestinas fogem da cidade de Gaza e de outras partes do norte da Faixa em direção às áreas do sul, em meio às contínuas batalhas entre Israel e o grupo palestino Hamas, em 9 de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
Famílias palestinas fogem da cidade de Gaza e de outras partes do norte da Faixa em direção às áreas do sul, em meio às contínuas batalhas entre Israel e o grupo palestino Hamas, em 9 de novembro de 2023
“Claro que existiam maneiras de retirar o Hamas do poder de forma diplomático-política: reconhecendo-o como um partido, tal qual o Fatah, e inserindo-o no jogo político como uma contraparte legítima”, acredita Huberman.
O reconhecimento do Hamas como organização terrorista por países como Israel e EUA impõe um sério obstáculo à reconciliação entre Autoridade Palestina e Hamas, aponta a doutora em Relações Internacionais pelo Santiago Dantas (PUC-SP/UNICAMP/UNESP) Isabela Agostinelli.
“A Autoridade Palestina depende de doações financeiras estrangeiras, que vêm com condicionalidades. Uma delas é que a Autoridade Palestina não se engaje com grupos considerados terroristas por Israel ou pelos EUA – como o Hamas”, disse Agostinelli à Sputnik Brasil.
Segundo ela, a “Autoridade Palestina não pode nem manter contatos com organizações da sociedade civil palestina, como ONGs, que Israel classifica como apoiadores de terroristas, o que impõe sérias limitações às suas relações com a própria sociedade local.”

O obstáculo Netanyahu

A proposta do Departamento de Estado dos EUA tampouco parece agradar ao governo israelense. Nesta terça-feira (7), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que Israel terá papel central no controle de Gaza após a conclusão de sua operação terrestre.
“Acho que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança [na Faixa de Gaza], porque vimos o que acontece quando não a temos”, disse Netanyahu à rede norte-americana ABC News. “Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é a erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar.”
Para Agostinelli, a fala de Netanyahu “é uma obviedade”, afinal “Israel está a cargo da segurança da Faixa de Gaza há muito tempo”.
“Quando Israel retirou assentamentos da Faixa de Gaza em 2005, seu Ministério da Defesa publicou um plano de desengajamento que previa o continuado controle de fronteiras e fluxo de pessoas em Gaza”, disse Agostinelli. ‘Isso sem falar no controle da circulação de produtos e do fornecimento de água e eletricidade.”
Palestinos com dupla nacionalidade cruzando para o Egito, ao lado da Faixa de Gaza, na passagem de fronteira em Rafah na quinta-feira, 2 de novembro de 2023. (AP Photo/Hatem Ali) - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
Palestinos com dupla nacionalidade cruzando para o Egito, ao lado da Faixa de Gaza, na passagem de fronteira em Rafah na quinta-feira, 2 de novembro de 2023. (AP Photo/Hatem Ali)
Segundo ela, “mesmo após a retirada israelense, o Ministério da Defesa continuou sendo o ator mais importante na região, controlando todos os aspectos da vida cotidiana da Faixa de Gaza”.
Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, um refugiado palestino relatou como o controle das fronteiras marítima, terrestre e do espaço aéreo de Gaza por autoridades israelenses se dá na prática.
“Se você chega perto da fronteira, acho que 500 metros, você vai ser morto. Em um ano, durante a minha vida lá, mataram milhares”, disse o refugiado. No caso da fronteira marítima, pescadores que atinjam o limite de seis quilômetros da linha da praia “são mortos ou presos”.
Homem senta-se sobre os escombros enquanto outros passeiam entre os destroços de edifícios alvos de ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, 1º de novembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2023
Homem senta-se sobre os escombros enquanto outros passeiam entre os destroços de edifícios alvos de ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, 1º de novembro de 2023
Em relação ao fornecimento de eletricidade em Gaza antes da operação israelense, o refugiado relata que “costuma durar oito horas por dia, mas geralmente é de quatro a seis horas. A água vem por duas horas e ficamos sem ela por doze, e assim por diante”.
“Não vejo num futuro próximo nem distante que Israel abra mão do controle da segurança na Faixa de Gaza. Pelo contrário, há um recrudescimento do controle das fronteiras”, considerou Agostinelli. “Israel não terá interesse em repassar essa função para a Autoridade Palestina, que não conta sequer com um braço armado.”
Em 27 de outubro, as Forças de Defesa de Israel iniciaram uma operação terrestre de larga escala na Faixa de Gaza, com o objetivo declarado de destruir as forças do Hamas na região. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, as forças de Israel fizeram 10.812 vítimas civis na Faixa de Gaza, incluindo 4.412 crianças, e deixaram 26.905 civis feridos. Nesta quarta-feira (8), as Forças Armadas de Israel afirmaram que seu rival perdeu o controle da região norte da Faixa de Gaza.

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Corte japonesa ordena que governo pague indenização por esterilizações forçadas

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Cerca de 25 mil japoneses foram vítimas de lei que tinha objetivo de “prevenir aumento dos descendentes inferiores”

 

Vista aérea de Tóquio
Getty Images

 

Numa decisão histórica, o Supremo Tribunal do Japão ordenou ao governo que pagasse indenizações às pessoas que foram esterilizadas à força ao abrigo de uma lei de eugenia agora extinta, decidindo que a prática era inconstitucional e violava os seus direitos.

A Lei de Proteção Eugênica, em vigor entre 1948 e 1996, permitiu às autoridades esterilizar à força pessoas com deficiência, incluindo aquelas com perturbações mentais, doenças hereditárias ou deformidades físicas e lepra. Também permitia abortos forçados se um dos pais tivesse essas condições.

A lei tinha como objetivo “prevenir o aumento dos descendentes inferiores do ponto de vista eugênico e também proteger a vida e a saúde da mãe”, segundo uma cópia da lei – que listava “notável desejo sexual anormal” e “notável inclinação clínica” entre as condições visadas.

Cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas sem consentimento durante esse período, de acordo com a decisão do tribunal, citando dados do ministério.

Embora o governo tenha oferecido compensar cada vítima em 3,2 milhões de ienes (cerca de US$ 19,8 mil) em 2019, ao abrigo de uma lei de assistência, as vítimas e os seus apoiadores argumentaram que isso estava longe de ser suficiente.

A decisão de quarta-feira (3) abordou cinco ações desse tipo, movidas por demandantes de todo o país em tribunais inferiores, que depois avançaram para a Suprema Corte.

Em quatro desses casos, os tribunais inferiores decidiram a favor dos demandantes – o que o Supremo Tribunal confirmou na quarta-feira, ordenando ao governo que pagasse 16,5 milhões de ienes (cerca de US$ 102 mil) aos atingidos e 2,2 milhões de ienes (US$13 mil) aos seus cônjuges.

No quinto caso, o tribunal de primeira instância decidiu contra os demandantes e rejeitou o caso, citando o prazo de prescrição de 20 anos. O Supremo Tribunal anulou esta decisão na quarta-feira, qualificando o estatuto de “inaceitável” e “extremamente contrário aos princípios de justiça e equidade”.

O caso agora é enviado de volta ao tribunal de primeira instância para determinar quanto o governo deve pagar.

“A intenção legislativa da antiga Lei de Proteção Eugênica não pode ser justificada à luz das condições sociais da época”, disse o juiz Saburo Tokura ao proferir a sentença, segundo a emissora pública NHK.

“A lei impõe um grave sacrifício sob a forma de perda da capacidade reprodutiva, o que é extremamente contrário ao espírito de respeito pela dignidade e personalidade individuais, e viola o artigo 13º da Constituição”, acrescentou – referindo-se ao direito de cada pessoa à vida, liberdade e a busca pela felicidade.

Após a decisão de quarta-feira, os manifestantes do fora do tribunal – homens e mulheres idosos, muitos em cadeiras de rodas – celebraram com os seus advogados e apoiadores, erguendo faixas onde se lia “vitória”.

Eles estão entre o total de 39 demandantes que entraram com ações judiciais nos últimos anos – seis deles morreram desde então, de acordo com a NHK, destacando a urgência desses casos à medida que as vítimas chegam aos seus anos finais.

Numa conferência de imprensa após a decisão do tribunal, o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressou o remorso e o pedido de desculpas do governo às vítimas, informou a NHK. O governo pagará prontamente a compensação e considerará outras medidas, como uma reunião entre os demandantes e o primeiro-ministro Fumio Kishida, disse ele.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Polícia desmobiliza protesto pró-Palestina no parlamento australiano

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Manifestantes carregavam faixa em que denunciavam Israel por crimes de guerra

 

Polícia desmantela protesto pró-Palestina no Parlamento Australiano
Reuters

 

Quatro manifestantes pró-Palestina foram levados sob custódia policial nesta quinta-feira (4) depois de escalarem o telhado do parlamento australiano em Canberra.

Os manifestantes, vestidos com roupas escuras, permaneceram no telhado do prédio por cerca de uma hora. Eles estenderam faixas pretas, incluindo uma que dizia “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, um refrão comum dos manifestantes pró-Palestina, e entoaram slogans.

Os manifestantes empacotaram suas faixas antes de serem levados pela polícia que os aguardava por volta das 11h30, horário local.

CNN

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Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

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País se prepara para entrar em uma nova era política com provável derrota do grupo há 14 anos no comando

 

Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

 

Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em uma votação histórica para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais indicam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, vai perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.

A eleição é um referendo sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia.

Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.

Como funcionam as eleições?

O parlamento britânico tem 650 assentos. Para ter maioria, é preciso conseguir 326 assentos.

Após uma campanha de semanas, as urnas serão abertas às 7h, no horário local, desta quinta-feira (3h, horário de Brasília), e permanecerão abertas até às 22h.

Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área.

O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.

Se não houver maioria, eles precisam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.

O monarca tem um papel importante, embora simbólico. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.

A votação antecipada desta quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, mas a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.

O evento, contudo, provavelmente inaugurará um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.

Rei Charles recebe Rishi Sunak no Palácio de Buckingham / Reprodução/ Palácio Buckingham

Quem é Keir Starmer?

O rival de Rishi Sunak é o líder trabalhista Keir Starmer, que é amplamente favorito para se tornar o novo primeiro-ministro britânico.

Ex-advogado de direitos humanos muito respeitado que então atuou como o promotor mais sênior do Reino Unido, Starmer entrou na política tarde na vida.

Líder trabalhista Keir Starmer em Blackpool / 3/5/2024 REUTERS/Phil Noble

Starmer se tornou um parlamentar trabalhista em 2015 e menos de cinco anos depois era o líder do partido, após uma passagem como secretário do Brexit no Gabinete Paralelo durante a saída prolongada do Reino Unido da União Europeia.

O britânico herdou um partido que se recuperava de sua pior derrota eleitoral em gerações, mas priorizou uma reformulação da cultura, se desculpando publicamente por um escândalo de antissemitismo de longa data que manchou a posição do grupo com o público.

Starmer tentou reivindicar o centro político do Reino Unido e é descrito por seus apoiadores como um líder sério e de princípios. Mas seus oponentes, tanto na esquerda de seu próprio partido quanto na direita do espectro político, dizem que ele não tem carisma e ideias, e o acusam de não ter conseguido estabelecer uma visão ambiciosa e ampla para a nação.

Quando saíram os resultados?

Após a abertura das urnas nesta quinta-feira (3), a mídia britânica estará proibida de discutir qualquer coisa que possa afetar a votação.

Mas no momento que a votação acabar, uma pesquisa de boca de urna será divulgada e definirá o curso da noite. A pesquisa, feita pela Ipsos para a BBC, ITV e Sky, projeta a distribuição de assentos do novo parlamento, e historicamente tem sido muito precisa.

Os resultados reais são contados ao longo da noite; o escopo do resultado da noite geralmente fica claro por volta das 3 da manhã, horário local (23h, horário de Brasília), e o novo primeiro-ministro geralmente assume o cargo ao meio-dia.

Mas as coisas podem demorar mais se o resultado for apertado ou se as vagas principais forem decididas na reta final.

De qualquer forma, a transferência de poder acontecerá no fim de semana, dando ao novo governo algumas semanas para trabalhar em legislações importantes antes do recesso parlamentar de verão.

CNN

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