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Inpe indica alta de 40% em desmatamento, mas governo contesta

Dados de satélites da Amazônia observaram uma perda até esta quarta-feira de 5.879 km2 da floresta

Desmatamento: monitoramento é feito com satélites que funcionam em tempo real (Michal Fludra/NurPhoto/Getty Images)

São Paulo —Depois de passar quase duas semanas dizendo que os dados de desmatamento da Amazônia são mentirosos, o governo Jair Bolsonaro reconheceu nesta quarta-feira (31), que a taxa está em alta, mas afirmou que os números que vieram à tona foram uma interpretação equivocada, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente anunciou no sábado que haveria uma “surpresa” nos números e nesta quarta disse que apresentaria o “dado real”. Mas o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, encerrou o dia dizendo que os “porcentuais interpretativos cairão.”

O período em que a taxa anual do desmatamento é medida se encerrou nesta quarta (de 1.º de agosto de um ano a 31 de julho do ano seguinte), e dados de alertas disponíveis no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)indicam que a perda da vegetação este ano pode ter sido bem maior que no ano anterior.

O agregado de alertas feitos pelo Deter — o sistema de detecção em tempo real — aponta alta de 40% ante o mesmo período do ano anterior. Os satélites observaram uma perda até esta quarta-feira de 5.879 km2 da floresta, ante 4.197 km2 entre 2017 e 2018.

Os valores começaram a subir mais do que nos últimos anos a partir de maio. Julho, segundo o Deter, trouxe a maior perda em um mês desde 2015. Até esta quarta, o desmatamento observado foi de 1.864,2. km2 – um valor 212% mais alto que julho de 2017. É mais do que a área da cidade de São Paulo, que tem cerca de 1.500 km2.

Os números acendem um sinal vermelho. O Deter fornece dados diariamente ao Ibama e às Secretarias Estaduais de Meio Ambiente para ajudá-las na fiscalização.

Ele observa desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação, limpeza para mineração degradação. Considerando os três primeiros pontos, que realmente indicam a perda da floresta, o chamado corte raso, chega-se aos números citados.

Mais rápido, porém com resolução menor, o Deter funciona como indicador do que outro sistema, o Prodes, mostrará até o fim do ano. Este sim é o monitoramento que dá a taxa anual oficial da Amazônia.

Nas últimas semanas, a gestão Bolsonaro, repercutindo análises de junho, criticou o instituto e disse que os dados são mentirosos, que o diretor do Inpe, Ricardo Galvão, estaria “a serviço de alguma ONG” e a divulgação prejudica o País.

“Dado real”

Na quarta o presidente falou duas vezes sobre o assunto. No fim da manhã, disse que à tarde seria divulgado o “dado real” do desmate. “Foi uma variação muito abrupta. Alguma coisa aconteceu. E a desconfiança nossa é por aí, que existem dados lá que são alertas de desmatamento. Alerta não é desmatamento”, disse.

Algumas horas depois, afirmou que não seria divulgado nada e afirmou que, após o Inpe dizer que há “suspeita” de desmatamento alguém do Ibama deveria “ir lá e comprovar”. O presidente ainda disse que os números não podem ser jogados. “Vão ser compilados agora. Será discutido com todo mundo para passar dados exatos para todo mundo.”

Depois, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se manifestou. Ele havia acabado de sair de reunião com o ministro da Ciência, Marcos Pontes, técnicos do Inpe e um diretor do Ibama, onde ouviu explicações de como o Inpe funciona.

“O desmatamento vem aumentando desde 2012. Tem aumento de desmatamento, precisamos ver agora como coibir”, admitiu Salles. Mas disse que a elevação de 88% observada em junho tinha sido interpretação de “jornalistas, técnicos e ditos especialistas” para produzir “impacto midiático”.

Também alegou que há, entre os dados, alertas duplicados ou desmates de mais de um ano que só foram vistos agora. E a elevação de 88% foi “reconhecida por todos (na reunião) que não reflete a realidade”.

Defesa técnica

Ao Estado, Galvão, diretor do Inpe, disse que todos os dados apresentados por Salles foram contra-argumentados pelos técnicos.

Ele reconhece que às vezes o alerta pode não se confirmar depois como real desmate, mas que, em geral, os sinais demonstrados pelo Deter são confirmados depois pelo Prodes. Se um aponta alta, o outro provavelmente confirmará a mesma alta depois.

“Não significa que os 40% de alta vistos pelos alertas serão depois alta de 40% no Prodes. Os sistemas são diferentes. É como se um olhasse com câmera mais aberta e o outro focasse mais. Mas há correlação em torno de 82%. Vai ter alta este ano com o Prodes, não tenho a menor dúvida”, diz ele, que está no Inpe desde 1970 e cujo mandato à frente do órgão vai até 2020.

Outros sistemas

A alta de desmate indicada pelos alertas do Inpe tem sido observada por outros sistemas de monitoramento da Amazônia desde 2018. É o caso do Global Land Analysis do sistema da ONG Imazon; e do MapBiomas, iniciativa de universidades e ONGs que trabalha com os três dados anteriores e também com os de um monitoramento feito pelo Ministério da Defesa.

De acordo com o engenheiro florestal Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas, a taxa de desmatamento não só está crescendo, como esse aumento está acelerando a partir de maio. E os cortes estão ocorrendo de modo mais ousado.

Como os dados do Deter são abertos para consulta por outras fontes, o MapBiomas faz um trabalho de validá-los. Ou seja, faz uma checagem das informações com imagens de satélite de mais alta resolução.

Ele fez isso, por exemplo, com a área que o Deter apontou como o maior desmatamento dos últimos meses. Um polígono de 32 km² em Altamira. “Analisamos as imagens, cruzamos com dados do Cadastro Ambiental Rural e vimos que se trata de corte ilegal, ocorrido ao longo de 70 dias. Não havia autorização para ele ser feito. Uma área quase do tamanho da Floresta da Tijuca (no Rio)”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira

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O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.

Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.

Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.

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Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef

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A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.

O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.

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PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.

O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.

Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.

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