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Inmet emite alerta de ‘Perigo’ para o RS; PR e SC podem ter ventos de até 100 km/h

Previsão do tempo para a maior parte do país é de calor acima da média para esta época do ano, dizem Inmet e MetSul

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de “perigo” por conta do declínio da temperatura em uma faixa do Rio Grande do Sul que engloba a região metropolitana da capital Porto Alegre nesta segunda-feira. De acordo com o órgão, no período que se estende desde o fim da tarde de domingo até as 8h de terça-feira, grande parte do território gaúcho pode enfrentar quedas de temperatura superiores a 5°C.

Numa faixa territorial mais extensa, que inclui também parte considerável do Paraná — incluindo a região metropolitana de Curitiba —, o oeste catarinense e o Vale do Itajaí (SC), o declínio das temperaturas deve ser menos intenso, entre 3°C e 5°C, mas que também merece atenção. No Sul do país, essa frente fria deve provocar mínimas entre 10°C e 14°C nas capitais dos três estados da região.

Além do frio, os moradores de Santa Catarina e do Paraná também podem enfrentar entre a madrugada e o meio-dia desta segunda-feira chuvas intensas, que podem acumular 100/mm no dia, com ventos intensos de 60 km/h a 11 km/h. Segundo o Inmet, há risco de queda de granizo e o conjunto de eventos climáticos pode provocar cortes de energia, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos.

Já no Norte do país, a região mais ao Norte do Amazonas tem alerta de “perigo potencial” por conta de chuvas intensas que podem acumular até 50 mm no dia.

De acordo com a MetSul, os maiores acumulados de precipitação na semana devem seguir em Roraima e no Amapá. Chove na maioria das áreas do estado do Amazonas, mas sem acumulados expressivos.

Para o restante do país, a grande massa de ar seco e quente que atua no território nacional resultará neste início de semana em dias de sol e temperaturas acima da média histórica para esta época do ano.

No Sudeste, de acordo com a MetSul, quase toda a região terá tempo seco e sem chuva, com exceções para áreas de São Paulo mais perto da costa e próximos do Paraná. Já no Rio de Janeiro, os termômetros podem bater 35°C nesta segunda-feira.

Do Centro-Oeste vem uma boa notícia: a chuva deve retornar para algumas áreas do Mato Grosso do Sul nesta semana. O estado tem enfrentado incêndios florestais no Pantanal com números de focos de foco muito superiores à média histórica.

Já na região Nordeste, a semana que se inicia terá chuva concentrada somente junto à faixa costeira, mas sem acumulados altos na maioria das cidades. No interior do Nordeste, na região do semi-árido, o tempo seco predomina com muitos dias de sol e calor.

Veja a previsão em todas as capitais brasileiras nesta segunda-feira:

Aracaju — mínima de 24°C e máxima de 29°C

Belém — mínima de 23°C e máxima de 30°C

Belo Horizonte — mínima de 16°C e máxima de 28°C

Boa Vista — mínima de 23°C e máxima de 30°C

Brasília — mínima de 12°C e máxima de 26°C

Campo Grande — mínima de 20°C e máxima de 34°C

Cuiabá — mínima de 20°C e máxima de 36°C

Curitiba — mínima de 11°C e máxima de 27°C

Florianópolis — mínima de 14°C e máxima de 21°C

Fortaleza — mínima de 23°C e máxima de 32°C

Goiânia — mínima de 16°C e máxima de 30°C

João Pessoa — mínima de 24°C e máxima de 29°C

Macapá — mínima de 23°C e máxima de 31°C

Maceió — mínima de 22°C e máxima de 27°C

Manaus — mínima de 24°C e máxima de 35°C

Natal — mínima de 23°C e máxima de 28°C

Palmas — mínima de 20°C e máxima de 35°C

Porto Alegre — mínima de 10°C e máxima de 16°C

Porto Velho — mínima de 24°C e máxima de 37°C

Recife — mínima de 23°C e máxima de 28°C

Rio Branco — mínima de 23°C e máxima de 35°C

Rio de Janeiro — mínima de 20°C e máxima de 35°C

Salvador — mínima de 23°C e máxima de 28°C

São Luís — mínima de 26°C e máxima de 32°C

São Paulo — mínima de 15°C e máxima de 31°C

Teresina — mínima de 25°C e máxima de 32°C

Vitória — mínima de 21°C e máxima de 30°C

 

Agência o Globo

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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