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Ingressos gratuitos são liberados para 1º dia de festival de jazz

Evento será realizado de 12 a 15 deste mês em Rio das Ostras

© Prefeitura de Rio das Ostras/Dir

Começa hoje (4), a partir do meio-dia, a retirada dos ingressos para o 17º Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, maior evento gratuito de jazz e blues da América Latina, que acontecerá de 12 a 15 deste mês, no município de Rio das Ostras, na região fluminense das Baixadas Litorâneas. Hoje, serão liberados ingressos gratuitos para o primeiro dia do festival, que funcionará como um evento-teste no estado, no período de flexibilização das medidas para conter a pandemia de covid-19. 

Para os outros dias do festival, os ingressos serão liberados a partir desta sexta-feira (5) até domingo (7), cada dia dedicado a uma data da programação. Será permitida a retirada de um ingresso por CPF, por show; deverão ser retirados ingressos diferentes para cada dia de evento; é obrigatória a apresentação do ingresso impresso na entrada do evento, junto com a carteira de imunização com as duas doses da vacina contra a covid-19 e documento com foto. Para garantir o ingresso gratuito, os interessados devem acessar o site do festival.

O sócio-diretor da Azul Produções Artísticas, a produtora do evento, Stênio Mattos, disse à Agência Brasil que serão seguidas todas as normas sanitárias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nossos protocolos foram aprovados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Estado de Saúde. Apesar da flexibilização, vamos manter protocolos rígidos. Ou seja, vamos exigir o cartão de vacinação com duas doses da vacina contra a covid-19, que a pessoa use máscara, e vamos reduzir o público, que normalmente é de 20 mil pessoas. Vamos colocar 6 mil pessoas sentadas em cadeiras, com um metro de distância entre cada uma”, disse Mattos. As áreas de shows serão cercadas com barreiras. O público deverá fazer credenciamento antecipado.

As medidas de segurança incluem ainda uso de medidor instantâneo de temperatura em todos os acessos; estrutura médica; pontos de álcool gel nas áreas comuns; disponibilização de lixeira com dispositivo que permita a abertura e o fechamento sem o uso das mãos; e divulgação de regras de higiene de acordo com as normas da OMS, nos intervalos dos shows.

Atrações

Mais de 30 atrações nacionais e internacionais marcarão a retomada das atividades do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, que contabiliza cerca de 1 milhão de espectadores em seus 16 anos de atividade. Os artistas se apresentarão em palcos localizados na Lagoa de Iriry e Costazul.

Eric Gales, um dos maiores guitarristas do mundo, é a atração principal do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival e fará dois shows. Ele se mostrou animado para o retorno dos espetáculos presenciais no Brasil. “Mal posso esperar para voltar ao Brasil. Uma artista que sempre foi uma inspiração para mim é Cássia Eller, cuja obra pude conhecer durante a minha primeira turnê no país. Neste momento de retomada, só posso dizer: Rio das Ostras, estamos chegando com tudo”, afirmou o músico. Eric Gales se apresentará nos dias 13 de novembro, fechando a noite no palco Costazul, e 15 de novembro, no palco Iriry, às 14h.

Do lado nacional, o destaque é para a banda Azymuth, em parceria inédita com o DJ Nuts. Com mais de 30 álbuns em sua discografia e apresentações pelo mundo, o trio Azymuth traz um combinado de soulfunkjazz e samba, ou “samba doido” como gostam de chamar, para o festival. Em parceria com o DJ Nuts, uma das referências do segmento no Brasil e no exterior, os músicos prometem trazer muitos clássicos no dia 12 de novembro, no Palco Costazul. “Tocar nesse evento é gratificante para nós. Será uma volta maravilhosa depois de tanto tempo, que só é possível graças à vacina”, disse Ivan Conti, baterista do Azymuth.

Outros nomes confirmados para esta edição do evento são Jon Cleary, Roosevelt Collier, Delvon Lamarr, Keith Dunn, Chris Potter, Hamilton de Holanda, Nico Rezende e Lancaster. A programação completa pode ser conferida no @rostrasjazzblues.

Turismo

A cidade de Rio das Ostras já está lotada de visitantes, informou Stênio Mattos. Segundo ele, a ideia do festival sempre foi ativar a economia local, alavancar o turismo e a imagem do município, sem esquecer os projetos sociais. Este ano, devido à pandemia de covid-19, não haverá palestras e oficinas com músicos e profissionais da área cultural. Quatro novas bandas musicais de Rio das Ostras tocarão nos palcos, abrindo os shows todas as noites.

Para incrementar o evento, foi acrescido um dia de apresentações musicais, totalizando quatro dias de festival. Durante o período, Rio das Ostras atinge 100% de taxa de ocupação hoteleira, o mesmo ocorrendo com as cidades vizinhas de São João da Barra e Casimiro de Abreu. O festival é certificado com o Selo Turismo Responsável e conta com o apoio do Ministério do Turismo, do governo fluminense, por meio da Lei de Incentivo à Cultura e de suas secretarias de Cultura e Turismo, bem como da prefeitura e da Secretaria de Turismo de Rio das Ostras.

Uma das características do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival é oferecer gratuitamente música de qualidade, democratizando o acesso a um bem cultural e tendo como meta gerar o menor impacto ambiental possível, além de estimular a inclusão social e a geração de emprego e renda.

O festival oferece ainda acessibilidade em todos os palcos para portadores de deficiência e dispõe de coleta seletiva do lixo. Nas edições anteriores, o evento foi neutro em carbono, pois todas as emissões de gases de efeito estufa geradas no período foram quantificadas e compensadas com o plantio de mais de 3 mil mudas de árvores nativas nas áreas de preservação ambiental do município.

Dada à sua importância cultural, turística, social e econômica para a cidade de Rio das Ostras e toda a região da Costa do Sol, o festival faz parte do calendário oficial de eventos do estado do Rio desde setembro de 2011.

Transmissão

O festival será transmitido ao vivo pela Rádio MEC, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Este será o quinto ano que o evento tem transmissão pela Rádio MEC do Rio, informou o gerente da emissora, Thiago Regotto. AgênciaBrasil

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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