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Glaucoma: novo colírio 3 em 1 facilita o tratamento da doença

O Triplenex, lançado no país nesta segunda-feira, reduz a quantidade de colírios utilizados para tratar a doença

O tratamento com Triplenex é feito através da aplicação de uma gota do colírio, duas vezes ao dia, nos olhos afetados. (Andrey Popov/Getty Images/iStockphoto/Thinkstock/Thinkstock)

O glaucoma é considerado a principal causa de cegueira irreversível e afeta mais de 2 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Por ser uma doença incurável, a forma mais efetiva de cuidar da doença é através do tratamento, que proporciona melhor qualidade de vida ao paciente e diminui o risco de cegueira. Mas, na maior parte dos casos, o cuidado se baseia em utilizar vários colírios ao longo do dia e muitos pacientes realizam o tratamento de forma inadequada, o que prejudica o controle da doença.

Para solucionar o problema, a Allergan desenvolveu um colírio 3 em 1 para reduzir a quantidade de colírios utilizados diariamente e aumentar a adesão adequada ao tratamento. Com o nome comercial de Triplenex, o medicamento é recomendado para glaucoma de ângulo aberto e hipertensão ocular que demandem o uso de terapia combinada para o controle da pressão intraocular (PIO), a principal causa da doença.

Apesar de já existirem outras terapias combinadas, essa é a primeira a misturar três substâncias (bimatoprosta, tartarato de brimonidina e maleato de timolol) dentro de uma mesma embalagem. Ele age reduzindo a pressão ocular pela redução de  produção do humor aquoso (líquido responsável por regular a pressão interna do olho).

O tratamento é feito através da aplicação de uma gota do colírio, duas vezes ao dia. “Mais de 70% dos pacientes com glaucoma utilizam mais de uma medicação [que geralmente vêm em frascos separados]. O novo colírio traz a junção de três substâncias em um mesmo frasco. Essa facilidade deve melhorar a aderência ao tratamento”, explica Wilma Lelis Barboza, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG).

Outra vantagem é a redução nos gastos com medicação. O Triplenex deve ser vendido por 179,73 reais (preço máximo). De acordo com a Allergan, esse valor é 17% menor do que o custo dos colírios vendidos separadamente.

Apesar de trazer facilidade à vida do paciente, o colírio pode apresentar efeitos colaterais, como vermelhidão e coceira nos olhos, irritação e dor ocular, olho seco, conjuntivite e conjuntivite alérgica, aumento do lacrimejamento, dor de cabeça, sonolência, tontura, entre outros. Além disso, o medicamento pode não ser recomendado para todos os casos de glaucoma, portanto, consulte seu oftalmologista sobre a possibilidade de acrescentá-lo ao tratamento e não esqueça de ler a bula.

O Triplenex, que já está sendo vendido no México e no Chile, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em outubro do ano passado e o lançamento oficial aconteceu nesta segunda-feira (18).

Glaucoma

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 60 milhões de pessoas no mundo têm a doença. No entanto, estimativas da entidade indicam que esse número pode subir para 80 milhões em 2020 e chegar a 111,5 milhões até 2040. Como não é possível prevenir o glaucoma, a melhor maneira de evitar o avanço da doença é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

O glaucoma é uma doença que atrofia o nervo óptico – estrutura que transmite informações do olho ao cérebro –, o que pode levar a perda gradual e permanente da visão. Esse quadro se dá quando o canal de Schlemm, responsável pelo escoamento do humor aquoso, fica entupido. Se isso acontece, o líquido se acumula no olho, provocando aumento da pressão interna, o que leva a compressão dos vasos sanguíneos. Essa compressão gera danos no nervo óptico e nas células da retina.

Existem diversos tipos de glaucoma: o congênito, que afeta o indivíduo desde o nascimento; o secundário, geralmente causado pelo uso de medicações, como corticoides; e o crônico, que tende a ser hereditário, mas com outras possíveis causas. O principal grupo de risco para a doença é a população idosa, que está mais suscetível a dois tipos de glaucoma: o de ângulo aberto e o de ângulo fechado.

O glaucoma primário de ângulo aberto – responsável por cerca de 80% dos casos em indivíduos acima dos 60 anos – ocorre quando o aumento da pressão intraocular causa atrofia no nervo óptico. Isso acontece porque o funcionamento da drenagem do humor aquoso funciona de forma deficiente. Já o glaucoma de ângulo fechado apresenta atrofia semelhante, no entanto, a região de drenagem do humor aquoso já está bloqueada.

O principal fator de risco para a doença é o aumento da pressão intraocular (PIO). Indivíduos cuja PIO está acima da média (16mmHg) podem estar propensos a desenvolver o problema. Entretanto, esses valores são relativos: há pacientes com pressão intraocular de 21 mmHg sem dano no nervo óptico; outros são diagnosticados com glaucoma quando o valor está abaixo disso, por isso é necessário fazer acompanhamento regular. Outro fator é o histórico familiar: se houver algum parente, especialmente de primeiro grau, diagnosticado com glaucoma, o risco é 6 a 10 vezes maior em relação a outras pessoas.

Apesar de ser mais comum em idosos, indivíduos jovens também podem apresentar a doença. O principal motivo é a automedicação com corticoides (substâncias presentes em anti-inflamatórios). “Tratamentos prolongados com esse medicamento precisam de acompanhamento da pressão intraocular. Usá-lo sem controle médico pode causar glaucoma cortisônico, um quadro frequentemente encontrado em pacientes alérgicos que, sem receita médica, fazem uso regular”, alerta Wilma, que também é vice-presidente da Sociedade Latino-americana de Glaucoma (SLAG).

Glaucoma e diabetes

Estudo publicado no mês passado no JAMA Network Open mostrou que o diagnóstico de glaucoma pode ser dificultado em indivíduos diabéticos ou hiperglicêmicos. Nesses pacientes – especialmente quando há descontrole das taxas de glicose no sangue – a córnea pode ser mais espessa na região central, mascarando, muitas vezes, a pressão intraocular, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. Essa dificuldade também pode ser encontrada em indivíduos cuja córnea é mais fina do que o normal. “Apesar disso, existem equipamentos capazes de contornar esse problema”, revela Wilma.

Vale lembrar que o diabetes já é uma doença associada a problemas de visão como a retinopatia diabética, que provoca danos aos vasos sanguíneos da retina. O principal fator de risco para o problema é a glicemia mal controlada, portanto, é necessário fazer o tratamento do diabetes de forma adequada. Em caso de diagnóstico, o paciente deve procurar o oftalmologista periodicamente, pois a doença pode provocar glaucoma neovascular, modalidade de difícil tratamento.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do glaucoma é feito em consultório através de um exame que afere a pressão intraocular. Ainda que seja um procedimento simples, muitas pessoas demoram a procurar o oftalmologista porque a doença é assintomática, ou seja, os sintomas demoram a aparecer. Por causa disso, a maioria dos pacientes só vai ao médico quando já há alguma perda de visão. Para evitar esse quadro, a recomendação é que os grupos de riscos realizem o exame anualmente a partir dos 40 anos para garantir o diagnóstico precoce, facilitar o tratamento e reduzir a probabilidade de cegueira.

O tratamento, na maioria das vezes, é iniciado com medicação, utilizada separadamente ou combinada, dependendo da necessidade do paciente. Segundo Wilma, outro passo importante no controle do glaucoma é o acompanhamento regular, pois permite avaliar a estabilidade da doença. Se o tratamento não estiver gerando os resultados esperados, o profissional de saúde pode adicionar mais medicação, complementar o tratamento com aplicações de laser ou recorrer a cirurgia, que varia conforme caso e gravidade do glaucoma.

“É importante enfatizar que existe tratamento para o glaucoma. Mesmo quando a cirurgia é recomendada, ela pode ser realizada no próprio consultório sem qualquer necessidade de internação”,  ressalta a especialista. Vale destacar que o tratamento consegue estagnar a doença, mas caso ela seja diagnosticada quando já houve perda de visão, não será possível recuperá-la. Portanto, o diagnóstico precoce é a melhor maneira de garantir o máximo de visão ao paciente.

Combinação de colírios

Uma das principais queixas dos pacientes, que pode até mesmo dificultar a adesão ao tratamento, é a necessidade de usar dois ou mais colírios com diversas aplicações durante o dia. Isso acontece porque cada medicação tem uma função e um poder de ação máximo: algumas substâncias tem efeito prolongado, o que diminui a quantidade de aplicações diárias. Já outras, com potencial menor, precisam ser reaplicadas com maior frequência. Com base nessa informação, o oftalmologista decide quais medicações recomendar e a periodicidade do uso ao longo do dia.

“Apesar de ser uma conduta simples, o uso do colírio é bastante negligenciado pela população, não apenas em relação à necessidade de uso regular, mas da quantidade de doses diárias e maneira de instilar o medicamento sem que seja desperdiçado. O problema tende a aumentar em pacientes idosos, com mais dificuldades de memorização sobre horários em virtude de já usarem outros medicamentos, e pelas dificuldades motoras, temores, entre outros”, relata Wilma.

Para contornar esse problema, o especialista pode prescrever terapias combinadas que reúnem duas substâncias diferentes em um mesmo colírio. Entretanto, esse tratamento combinado não está disponível para distribuição gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) e só pode ser adquirido comercialmente em farmácias e drogarias.

Fonte Veja

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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