Brasil
Fuvest: inscrições para vestibular da USP estão abertas até 23 de setembro
1ª fase será realizada no dia 4 de dezembro deste ano, enquanto as provas da 2ª fase estão agendadas para os dias 8 e 9 de janeiro
A Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest) abriu nesta segunda-feira, 15, as inscrições para o vestibular 2023, que destina vagas para estudar na Universidade de São Paulo (USP). Os interessados devem realizar a matrícula no site da fundação até as 12h de 23 de setembro e pagar a taxa de inscrição de R$ 191,00 até o dia 27 do mês que vem.
Datas das provas da Fuvest
A Fuvest também divulgou as datas das provas: a 1ª fase será realizada no dia 4 de dezembro deste ano, enquanto as provas da 2ª fase estão agendadas para os dias 8 (Português e Redação) e 9 de janeiro (prova de disciplinas específicas de acordo com a carreira escolhida). Os exames de habilidades específicas (exigidas para os cursos de artes cênicas, artes visuais e música) serão aplicadas entre os dias 11 e 14. A previsão é que os resultados em primeira chamada sejam divulgados em 30 de janeiro.
Documentos para inscrição
Para realizar a inscrição para a prova, o candidato deverá utilizar, de forma obrigatória, o seu próprio número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o número do seu documento de identidade (RG). Instruções para obtenção do CPF podem ser encontradas no site da Receita Federal. Caso o candidato seja estrangeiro e não possua CPF, deverá entrar em contato com o sistema de atendimento “Fale conosco”, da Fuvest.
Para o cadastro inicial, a pessoa precisa anexar uma foto que destaque o rosto do candidato (evitar acessórios e fundos com muitos detalhes). O retrato anexado no ato da inscrição será usado para o reconhecimento facial nos dias dos exames. A Fuvest informa também que o candidato poderá optar pela utilização do nome social, que é a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida, nos termos do Decreto nº 8.727/2016.
Em todas as etapas que envolvem o Concurso Vestibular, os inscritos devem usar os documentos de identidade. São aceitos os documentos expedidos pelas Secretarias de Segurança Pública, pelas Forças Armadas, pela Polícia Militar, Carteira Nacional de Habilitação (com foto), Carteira de Trabalho e Previdência Social, e também documentos expedidos por Ordens ou Conselhos Profissionais que valem como documento de identidade em todo o País.
Estrangeiros e Indígenas
Para o candidato de nacionalidade estrangeira são válidos a Carteira de Registro Nacional Migratório (CRNM), Carteira de Identidade de Estrangeiro (CIE) e Passaporte. Para o candidato solicitando refúgio no Brasil, será aceito Documento Provisório de Registro Nacional Migratório emitido pela Polícia Federal do Brasil.
Já para os autodeclarados indígenas que não são registrados civilmente como indígenas, é necessário a apresentar a Certidão do Registro Administrativo expedida pela FUNAI (RANI).
Pessoas com deficiência
Pessoas com deficiência também precisam comprovar, por meio de laudo médico, a respectiva situação clínica. A documentação comprobatória deve ter sido emitida em 2021 ou 2022; informar a condição de saúde do candidato; indicar o Código Internacional de Doenças (CID); informar os recursos específicos necessários para a prova; ser escrita em letra legível; conter a assinatura e o carimbo do médico, com o CRM ou assinatura digital com código de autenticação oficial, entre outras obrigações.
Documentos não aceitos
A Fuvest não aceita como documento de identidade: certidão de nascimento, título de eleitor, carteira ou caderneta escolar, carteirinha de estudante; documentos de identidade onde conste a expressão “não alfabetizado” ou “infantil”. Documentos em versões digitais também não serão aceitos porque o candidato estará proibido de acessar dispositivos eletrônicos durante a prova.
Cursos da Fuvest
No ato da inscrição, os candidatos devem indicar apenas uma carreira e escolher, em ordem decrescente, até quatro cursos desejados desta carreira.
Os dez cursos mais concorridos no vestibular de 2022 foram: medicina, em São Paulo, com uma relação de 124,8 candidatos por vaga; medicina, em Ribeirão Preto (100,8); medicina, em Bauru (96,1); psicologia, em São Paulo (62,2); relações internacionais em São Paulo (47,2); ciências biomédicas, em São Paulo (45); curso superior do audiovisual, em São Paulo (43,3); psicologia, em Ribeirão Preto: (39,2); design, em São Paulo (34,7) e medicina veterinária, em São Paulo (33,9).
Vagas ofertadas pela Fuvest
Para o vestibular 2023, a USP vai oferecer 11.147 vagas. Das 8.230 vagas oferecidas pela Fuvest, 4.961 serão reservadas para ampla concorrência (AC), 2.173 vagas para candidatos que completaram o Ensino Médio em Escola Pública (EP) e 1.096 para alunos que se autodeclaram pardos, pretos e indígenas (PPI) e que também cursaram todo o Ensino Médio em escolas públicas. As outras 2.917 vagas serão oferecidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Para mais informações sobre o vestibular, os estudantes podem consultar o site da Fuvest e também acessar o Manual do Candidato. O documento apresenta as datas, horários de provas e fechamentos dos portões, detalhamentos sobre os cursos e mais dados sobre o fluxograma da prova.
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
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