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Brasília

Filmes com temática sobre Direitos Humanos são exibidos em mostra no DF

A iniciativa, criada em 2006 e realizada pelo Instituto Cultura em Movimento (Icem), será, pela primeira vez, descentralizada e contará com exibições em São Sebastião, Recanto das Emas, Planaltina, Espaço Renato Russo e no Liberty Mall

A Mostra Cinema e Direitos Humanos chega à 12ª edição. Para quem gosta de filmes e programas culturais, esta edição exibe ao todo 40 películas, divididas em quatro eixos: temática; panorama; mostrinha, dedicada ao público infantojuvenil; e homenagem, que celebra a carreira do ator e diretor Milton Gonçalves.
A iniciativa, criada em 2006 e realizada pelo Instituto Cultura em Movimento (Icem) e do Ministério dos Direitos Humanos, será, pela primeira vez, descentralizada e contará com exibições em São Sebastião, Recanto das Emas, Planaltina, Espaço Renato Russo e Liberty Mall.
A mostra, gratuita e aberta para todos os públicos, começou ontem, em São Sebastião, e vai até segunda-feira, dia 26. A abertura oficial ocorre hoje, a partir das 19h, no Espaço Cultural Renato Russo, localizado na 508 Sul. As sessões serão exibidas hoje e amanhã na Asa Sul; quinta-feira, no Instituto Federal de Brasília (IFB), no Recanto das Emas; sexta-feira, sábado e domingo, no Cine Cultura Liberty Mall; e segunda, em Planaltina.
Os filmes abordam uma grande variedade de temáticas dos direitos humanos, como questão de gênero, população negra, indígena, LGBT, imigrantes, direitos da criança, idosos, mulheres, pessoas com deficiência, direito à saúde, educação, diversidade religiosa e meio ambiente.
Os temas são explorados de forma educativa, trabalhados para que atinjam a consciência de todos os públicos. Tatiana Maciel, 40 anos, curadora e produtora nacional do evento, conta que não há público-alvo. “A mostra é de interesse de todos, debater assuntos como a interação dos LGBTs, em um país que é o que mais mata essas pessoas, é de extrema importância”.
A aceitação do público tem sido notada, ano a ano. Na 10ª edição, ocorrida em 2015, o evento atraiu 25 mil espectadores. Na última, no ano passado, 45 mil pessoas foram recebidas nas salas de exibição, como conta a curadora. Os bons números são resultado de pesquisa de público, realizado pela Icem. “Nós fizemos um questionário simples, perguntando quais temas a sociedade gostaria que fossem abordados. Nós percebemos que, em 2015, as pessoas não conheciam noções de direitos humanos, então, em 2017, produzimos uma cartilha sobre a Declaração dos Direitos Humanos. As pessoas estão mais antenadas a cada edição”, salienta.
A escolha das películas participantes foi uma árdua tarefa. Mais de 350 produções se inscreveram, por meio de chamada pública. Delas, 35 fazem parte do circuito. “Não foi fácil decidir quais produções integrariam a mostra, recebemos trabalhos incríveis, de todos os cantos do país”, diz Tatiana.
Para garantir que todos os públicos aproveitem a mostra, as sessões contam com o closed caption, legenda que possibilita que deficientes auditivos acompanhem o conteúdo, e sessões selecionadas contarão com audiodescrição e Libras. Os espaços selecionados para as exibições possuem estrutura acessível para diferentes públicos, além da programação em Braile para consulta.

A arte ensina

Levar às escolas o aprendizado por meio de atividades recreativas é uma meta do Centro Educacional (CEd) São Francisco, que sedia as exibições dos filmes, em São Sebastião. O colégio é conhecido por incentivar a participação dos alunos em produções cinematográficas. Matheus Costa, 23 anos, supervisor do CEd, diz que os alunos produziram mais de 40 filmes e 180 curtas, alguns deles premiados. “Nos últimos dois anos, ganhamos os títulos de melhor diretor, melhor ator e atriz, no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro”. Segundo ele, o cinema é uma ferramenta valiosa de aprendizagem. “A arte é o principal meio de inserção dos alunos, para que eles aprendam por meio da pesquisa, da observação e da interação”, conta.
A escola São Francisco tem em seu programa pedagógico a produção anual de peças audiovisuais, que integram as demais disciplinas em único projeto avaliativo. A professora de história do CEd, Germana Costa, 25, acredita que usar a arte para transmitir conteúdo, além de gerar engajamento em temas pouco abordados, é uma iniciativa que completa o processo de aprendizado. “Podemos oferecer aos alunos um ambiente aberto ao diálogo e tratar assuntos polêmicos de forma pedagógica. Este é o caso dos direitos humanos, que são pouco creditados, sobretudo nas periferias”, observa a professora.

Discussão

Os bons exemplos gerados pela inserção das artes em ambiente escolar ampliam a discussão sobre a necessidade da adoção do exemplo em outras escolas. A São Francisco foi escolhida pela produção do evento, por ser uma das grandes incentivadoras da sétima arte, conforme explica Melina Bomfim, 35 anos, produtora local da mostra. “Atingimos um público jovem e bem preparado para o tema, porque está habituado a tratar o assunto em conjunto com o cinema”, ressalta.
A onda de engajamento atinge a fundo os alunos que participam das atividades e expandem os horizontes dos jovens, que construirão o amanhã. Ana Luíza da Silva, 16 anos, uma das alunas que atuam ativamente na programação de cinema, sonha em trabalhar com produção audiovisual. A menina acredita que a escola deve incentivar o debate sobre os temas polêmicos e auxiliar os alunos a enfrentarem os preconceitos.
 
12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos
 
A abertura oficial ocorre hoje, às 19h, no Espaço Cultural Renato Russo, localizado na 508 Sul. O evento vai até o dia 26.
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Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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