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Brasília

Fertilidade e bem-estar: rins merecem atenção nos exames anuais

Exames simples de urina e de sangue são suficientes para controlar a saúde renal; doença renal crônica é a oitava causa de morte feminina no mundo

(Natali_Mis/Thinkstock)

No meio disso, os rins também merecem sua atenção. Por meio dos exames de sangue e de urina de rotina, que a própria ginecologista costuma pedir, o desempenho deles pode ser verificado, diagnosticando muito cedo problemas como a doença renal crônica – que, não tratada, leva à insuficiência renal e é a oitava causa de morte feminina no mundo. Sua principal característica é a perda lenta e irreversível do funcionamento dos rins, e isso não é nada bom, já que eles têm a função vital de remover as substâncias tóxicas e o excesso de água do organismo.

“A creatinina dosada no sangue e o EAS [o exame de urina simples], são suficientes para detectar se os rins estão trabalhando bem ou se há alguma alteração que precise ser investigada”, afirma a nefrologista Ana Beatriz Barra, gerente médica da Fresenius Medical Care. São as substâncias em falta ou em excesso que dão o alerta para a ginecologista, que encaminha a paciente para uma especialista.

O assunto vem à tona especialmente hoje porque o Dia Mundial do Rim, celebrado sempre na segunda quinta-feira de março, neste ano coincidiu com o Dia Internacional da Mulher. Vamos entender a relação entre os rins e a saúde feminina, então.

Como a doença renal crônica afeta a fertilidade das mulheres

(pixologicstudio/Thinkstock)

Há um equilíbrio na quantidade de homens e mulheres com doença renal crônica; o que chama a atenção é justamente o fato de as mulheres terem “alcançado” os homens na curva de diagnóstico. “O crescimento no número de mulheres com hipertensão e diabetes é contínuo, devido ao ritmo de vida estressante, e estes são os principais fatores que levam à insuficiência dos rins. Daí a equiparação nos casos da doença”, diz Alex Meller, urologista do Hospital Santa Paula.

No organismo feminino, as consequências mais preocupantes da doença renal crônica são no aparelho reprodutivo, que impactam diretamente na fertilidade. Alex explica: “A doença leva à anemia e à concentração de substâncias tóxicas para os óvulos, como a ureia, gerando um ambiente ácido e hostil para a ovulação e a fecundação”.

Segundo Ana Beatriz, é muito difícil uma mulher com essa condição engravidar ou manter uma gravidez sem intercorrências. “Não é impossível, existem casos de superação, mas no geral são quadros muito complicados.”

A nefrologista destaca outros três problemas de saúde mais frequentes em mulheres associados à doença renal crônica: lúpus, pré-eclâmpsia e infecção urinária de repetição. Se a função dos rins não for bem acompanhada nesses casos, eles seriam espécies de “portas de entrada” para o mau funcionamento dos órgãos.

Doença sem sintomas

Infelizmente, a doença renal crônica é dessas silenciosas, que chegam sem fazer alarde. Ela tem cinco estágios iniciais, e até o quarto estágio ela não é percebida se não forem feitos os exames de sangue e de urina mencionados ali em cima. O corpo não dá nenhum sinal de mal-estar, sangramento, alterações na pele, nada. Ela vai atuando quietinha lá dentro, comprometendo cada vez mais os rins.

No quinto e último estágio surgem falta de apetite, náuseas, anemia e perda de massa muscular como sintomas mais importantes. O ideal, porém, é não deixar chegar a esse ponto.

Tratamento da doença renal crônica: remédios ou diálise

O caso é que depois do quinto estágio vem a insuficiência renal, em que a diálise é obrigatória. Se diagnosticada no começo, ela pode ser tratada. Não tem cura, mas é possível fazê-la estacionar onde for pega e manter o bem-estar no dia a dia.

“Com medicamentos, dá para diminuir as lesões renais. Paralelamente, são tratadas as causas que levaram ao quadro da doença”, afirma Paulo Olzon Monteiro da Silva, clínico geral especialista em nefrologia da Unifesp – Universidade Federal de São Paulo. “Então, se foi o diabetes que causou a doença renal, o controle dele e da glicose no sangue deverá ser mais efetivo. O mesmo para a hipertensão e todas as doenças relacionadas. Temos que tratar as causas para minimizar os impactos delas no funcionamento dos rins.”

Uma ressalva do urologista Alex é em relação ao uso descontrolado de anti-inflamatórios, pois eles sobrecarregam os rins e podem desencadear a doença renal crônica mesmo não havendo diabetes, hipertensão, lúpus, pré-eclâmpsia ou infecção urinária de repetição. Não é demais lembrar: a automedicação NUNCA é recomendada.

Porém, se a doença avança além do quinto estágio e chega à insuficiência renal, a diálise será necessária. Não é motivo para desespero, e ainda bem que temos essa tecnologia à nossa disposição. “Mas a insuficiência é mais desabilitante, exige um comprometimento semanal e às vezes até duas ou três vezes por semana para a diálise. A qualidade de vida cai, o bem-estar fica comprometido”, observa Ana Beatriz.

A diálise é o procedimento necessário quando a doença renal crônica evolui para a insuficiência renal (Wavebreakmedia Ltd./Thinkstock)

A boa notícia é que dá para prevenir a doença renal crônica

Ok, quando a doença renal crônica é diagnosticada já não tem volta, mas ela pode ser prevenida. E de formas muito simples.

Em primeiro lugar, quem tem as doenças associadas – mais uma vez, porque com saúde não existe excesso de cuidado: hipertensão, diabetes, lúpus, infecção urinária de repetição e a ocorrência de pré-eclâmpsia – deve mantê-las sob controle para que os rins não sejam sobrecarregados. Isso é indispensável.

Quem não tem nenhuma dessas condições pode prestar atenção aos hábitos cotidianos para evitá-las e também para manter a boa saúde como um todo, beneficiando o trabalho dos rins. Os especialistas sugerem o seguinte:

– Praticar atividades físicas com frequência e regularidade;

– Manter uma alimentação equilibrada e saudável, com legumes, verduras e frutas e evitando o excesso de gordura e frituras;

– Não fumar;

– Não colocar muito sal nos alimentos;

– Beber em média dois litros de água por dia, para os rins filtrarem bem o sangue, eliminarem as impurezas e evitarem a formação de pedras;

– Ir ao banheiro para fazer xixi sempre que sentir necessidade e não ficar segurando o xixi;

– Não tomar anti-inflamatórios sem necessidade e orientação médica; e

– Não exagerar na ingestão de bebidas alcoólicas.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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