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EUA boicotaram processo de paz entre Rússia e Ucrânia em 2022 por preferirem caos na Europa

© AP Photo / Eduardo Munoz

Artigo recém-publicado pela revista norte-americana Foreign Affairs revela que o conflito ucraniano poderia ter sido solucionado ainda em maio de 2022, quando Rússia e Ucrânia publicaram um acordo para colocar fim às hostilidades.
Os autores do artigo confirmam: Moscou e Kiev publicaram um acordo chamado Comunicado de Istambul e estavam a um passo da paz, quando países ocidentais interferiram para impedir a assinatura do armistício.
“Ao invés de abraçar o Comunicado de Istambul e subsequente processo diplomático, o Ocidente aumentou a ajuda militar para Kiev e a pressão sobre a Rússia, inclusive com a imposição de regime de sanções cada vez mais fortes”, escrevem os autores na Foreign Affairs.
Novos documentos analisados pela revista reafirmam que, durante visitas de alto escalão a Kiev, representantes de EUA e Reino Unido se opuseram ao processo de paz. Para os aliados da OTAN, o conflito representava uma oportunidade de enfraquecer a Rússia às custas dos ucranianos.
Delegações da Rússia e da Ucrânia durante negociações na região belarussa de Brest, 7 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2024
Delegações da Rússia e da Ucrânia durante negociações na região belarussa de Brest, 7 de março de 2022
O Comunicado de Istambul, finalizado em abril de 2022, providenciava garantias de segurança multilaterais para Kiev, reconhecia o status neutro do Estado ucraniano e previa a sua entrada na União Europeia.
A Ucrânia renunciava às intenções de aderir à OTAN ou de permitir a instalação de forças militares internacionais em seu território. Em troca, garantias de segurança robustas eram oferecidas a Kiev por países como EUA, Reino Unido, França, Canadá, Alemanha, Israel, Itália, Polônia e Turquia.
As garantias de segurança previstas no documento eram amplas e bastante detalhadas. Em caso de invasão estrangeira, as partes eram obrigadas a providenciar assistência militar, impor uma zona de restrição de voo, fornecer armamentos e intervir diretamente em caso de necessidade.
O objetivo russo de desnazificação da Ucrânia também estava contemplado no Comunicado de Istambul. Além da proibição de ideologias extremistas como o “fascismo, nazismo, neonazismo e nacionalismo agressivo”, a Ucrânia deveria banir a glorificação de colaboradores nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Com tochas, nacionalistas ucranianos de extrema-direita marcham em celebração do 113º aniversário de Stepan Bandera, colaborador de Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial, em Kiev, em 1º de janeiro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2024
O último elemento a ser resolvido era o território ao qual as garantias de segurança seriam estendidas. Esse importante fator seria acordado em uma reunião entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Vladimir Zelensky, prevista para ocorrer em Jerusalém ainda no primeiro semestre de 2022.
No entanto, a intervenção do Ocidente impediu que as negociações fossem concluídas. Nas fases finais das negociações, o então primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, se opuseram ao acordo e garantiram a Zelensky o apoio militar incondicional.

A estratégia de Washington para lidar com o conflito ucraniano não incluía negociações de paz, mas sim “suporte massivo para a Ucrânia, pressão massiva sobre a Rússia” e a mobilização de “mais de 30 países para esses esforços”, disse o secretário de Estado Antony Blinken durante sua visita a Kiev em abril de 2022.

O artigo da Foreign Affairs conclui, sem tirar nem pôr, que a intervenção dos EUA e Reino Unido impediu a formalização de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia em maio de 2022, com o objetivo deliberado de manter a guerra em curso.

Reação distorcida no Ocidente

O artigo da Foreign Affairs foi recebido no Ocidente com ceticismo. Comentaristas ocidentais argumentaram que os EUA não poderiam fornecer garantias de segurança à Ucrânia sem arriscar um confronto nuclear com a Rússia, e por isso acordaram em rejeitar o Comunicado de Istambul.
De fato, os autores do artigo da Foreign Affairs apontam que os países do Ocidente não estavam dispostos a fornecer garantias de segurança à Ucrânia.

“Naquele momento, e nos dois anos seguintes, a disponibilidade de […] realmente se comprometer com a defesa da Ucrânia no futuro esteve notavelmente ausente em Washington e nas capitais europeias”, escreveu a Foreign Affairs.

Muito admira que Washington não tivesse a intenção de interferir diretamente no conflito ucraniano. Afinal, os EUA não escondem que mantêm pessoal militar e de inteligência na Ucrânia atualmente e, portanto, participam do esforço de guerra.
Militares ucranianos se preparam para atirar contra posições russas com um obuseiro M777 fornecido pelos EUA na região de Carcóvia, Ucrânia, 14 de julho de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2024
De acordo com o jornal The New York Times, serviços de inteligência dos EUA operam bases na Ucrânia que providenciam informações sobre “alvos para ataques de mísseis, rastreio de movimentos de tropas russas e apoio a redes de espionagem”.
Além disso, a presença de tropas da OTAN na Ucrânia foi recentemente confirmada pelo ministro das Relações Exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski. O chanceler alemão Olaf Scholz foi além disso e atestou a presença de tropas nacionais de França e Reino Unido na zona de conflito.

Conflito nuclear?

A alegação norte-americana de que aderir ao Comunicado de Istambul colocaria os EUA em risco de um conflito nuclear com a Rússia também gera questionamentos. É a manutenção do conflito, e não a paz, que coloca as partes em risco de embate nuclear. De acordo com o próprio presidente dos EUA, Joe Biden, atualmente o risco de “Armagedom nuclear” é o maior em 60 anos.
Os norte-americanos tampouco parecem ter receio de confronto nuclear quando fornecem mísseis de longo alcance para a Ucrânia atingir alvos dentro do território russo. Nesta quarta-feira (24), a mídia norte-americana relatou que os EUA forneceram mísseis ATACMS de forma secreta para a Ucrânia, apesar do risco que os ataques contra o território russo com armas norte-americanas representam para uma escalada nuclear.
Portanto, a intenção de Washington, ao rejeitar o Comunicado de Istambul, não era evitar um conflito com a Rússia ou uma escalada nuclear. Mas sim engajar-se em um conflito com Moscou em solo ucraniano, expondo o mundo ao risco de um confronto atômico.

Neutralidade em xeque

Analistas ocidentais também questionam se o Comunicado de Istambul era favorável à Ucrânia, já que previa o status neutro e não nuclear ao país.
De acordo com o então líder da delegação ucraniana, David Arakhamia, a Rússia “estava preparada para terminar a guerra se nós, como a Finlândia, adotássemos a neutralidade e nos comprometêssemos a não aderir à OTAN”.
Negociações entre Rússia e Ucrânia - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2024
Para os críticos no Ocidente, a imposição a Kiev de um status neutro, sob o modelo da neutralidade da Finlândia durante a Guerra Fria, seria um insulto.
Para aqueles que estavam interessados na paz, não fica claro por que a neutralidade seria um status degradante. A Suíça foi um Estado neutro por excelência durante séculos, o que lhe garantiu uma posição ímpar no sistema internacional. A neutralidade da Finlândia durante boa parte do século XX também parece não ter ido contra os interesses de sua população, que atingiu um dos melhores níveis de Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo.

EUA não sabiam os detalhes do acordo?

Outro argumento levantado por analistas ocidentais para justificar o boicote ao Comunicado de Istambul foi que a Ucrânia não teria consultado Washington sobre os desenvolvimentos das negociações. De acordo com um diplomata norte-americano entrevistado pela Foreign Affairs, os EUA não estavam a par das provisões do acordo até a publicação do Comunicado de Istambul.
A afirmação é duvidosa: o então primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, líder com inegáveis laços com o Ocidente, declarou em entrevista ao jornalista Hanoch Daum ter tido acesso a 17 ou 18 rascunhos do acordo. Segundo a Foreign Affairs, o presidente belarusso Aleksandr Lukashenko também teve acesso aos documentos.
Presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko classificou os políticos poloneses como malucos - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2024
No mais, os EUA repetem ad nauseam que um eventual acordo de paz deverá ser negociado pela Ucrânia sem a interferência de atores externos. Washington manifesta frequentemente essa posição para evitar negociações diretas com a Rússia sobre o conflito ucraniano. A realidade, entretanto, desmente esse argumento, pois quando a Ucrânia se engajou em negociações de maneira autônoma, em 2022, o Ocidente se recusou a reconhecer os seus resultados.

Responsabilidade moral?

O contexto no qual a revista Foreign Affairs optou por assumir a responsabilidade ocidental pelo insucesso das negociações de paz era de acirradas negociações no Congresso norte-americano para a aprovação de novo pacote de ajuda financeira para a Ucrânia.
A exposição do papel determinante dos EUA para boicotar o processo de paz foi interpretada como prova da responsabilidade moral de manter o financiamento da guerra. Afinal, houve comprometimento com a liderança ucraniana de que o Ocidente estaria ao lado de Kiev nesse embate de grandes proporções.
Soldados ucranianos cobrem os ouvidos para se proteger do bombardeio de tanques russos na região de Zaporozhie. Ucrânia, 2 de julho de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 27.04.2024
Ainda que concedamos que houve erro da parte ocidental em evitar um acordo de paz em maio de 2022, insistir no erro hoje é uma escolha política. Os termos acordados no Comunicado de Istambul são um indicador claro de que a paz não só é possível, mas bastante factível.
A boa notícia é que o Comunicado de Istambul poderá ser utilizado como um rascunho já bastante avançado para futuras negociações que coloquem fim às hostilidades na Europa. Isso, claro, se Washington abandonar os erros do passado e se engajar no processo de paz.

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Corte japonesa ordena que governo pague indenização por esterilizações forçadas

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Cerca de 25 mil japoneses foram vítimas de lei que tinha objetivo de “prevenir aumento dos descendentes inferiores”

 

Vista aérea de Tóquio
Getty Images

 

Numa decisão histórica, o Supremo Tribunal do Japão ordenou ao governo que pagasse indenizações às pessoas que foram esterilizadas à força ao abrigo de uma lei de eugenia agora extinta, decidindo que a prática era inconstitucional e violava os seus direitos.

A Lei de Proteção Eugênica, em vigor entre 1948 e 1996, permitiu às autoridades esterilizar à força pessoas com deficiência, incluindo aquelas com perturbações mentais, doenças hereditárias ou deformidades físicas e lepra. Também permitia abortos forçados se um dos pais tivesse essas condições.

A lei tinha como objetivo “prevenir o aumento dos descendentes inferiores do ponto de vista eugênico e também proteger a vida e a saúde da mãe”, segundo uma cópia da lei – que listava “notável desejo sexual anormal” e “notável inclinação clínica” entre as condições visadas.

Cerca de 25 mil pessoas foram esterilizadas sem consentimento durante esse período, de acordo com a decisão do tribunal, citando dados do ministério.

Embora o governo tenha oferecido compensar cada vítima em 3,2 milhões de ienes (cerca de US$ 19,8 mil) em 2019, ao abrigo de uma lei de assistência, as vítimas e os seus apoiadores argumentaram que isso estava longe de ser suficiente.

A decisão de quarta-feira (3) abordou cinco ações desse tipo, movidas por demandantes de todo o país em tribunais inferiores, que depois avançaram para a Suprema Corte.

Em quatro desses casos, os tribunais inferiores decidiram a favor dos demandantes – o que o Supremo Tribunal confirmou na quarta-feira, ordenando ao governo que pagasse 16,5 milhões de ienes (cerca de US$ 102 mil) aos atingidos e 2,2 milhões de ienes (US$13 mil) aos seus cônjuges.

No quinto caso, o tribunal de primeira instância decidiu contra os demandantes e rejeitou o caso, citando o prazo de prescrição de 20 anos. O Supremo Tribunal anulou esta decisão na quarta-feira, qualificando o estatuto de “inaceitável” e “extremamente contrário aos princípios de justiça e equidade”.

O caso agora é enviado de volta ao tribunal de primeira instância para determinar quanto o governo deve pagar.

“A intenção legislativa da antiga Lei de Proteção Eugênica não pode ser justificada à luz das condições sociais da época”, disse o juiz Saburo Tokura ao proferir a sentença, segundo a emissora pública NHK.

“A lei impõe um grave sacrifício sob a forma de perda da capacidade reprodutiva, o que é extremamente contrário ao espírito de respeito pela dignidade e personalidade individuais, e viola o artigo 13º da Constituição”, acrescentou – referindo-se ao direito de cada pessoa à vida, liberdade e a busca pela felicidade.

Após a decisão de quarta-feira, os manifestantes do fora do tribunal – homens e mulheres idosos, muitos em cadeiras de rodas – celebraram com os seus advogados e apoiadores, erguendo faixas onde se lia “vitória”.

Eles estão entre o total de 39 demandantes que entraram com ações judiciais nos últimos anos – seis deles morreram desde então, de acordo com a NHK, destacando a urgência desses casos à medida que as vítimas chegam aos seus anos finais.

Numa conferência de imprensa após a decisão do tribunal, o secretário-chefe do gabinete, Yoshimasa Hayashi, expressou o remorso e o pedido de desculpas do governo às vítimas, informou a NHK. O governo pagará prontamente a compensação e considerará outras medidas, como uma reunião entre os demandantes e o primeiro-ministro Fumio Kishida, disse ele.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Polícia desmobiliza protesto pró-Palestina no parlamento australiano

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Manifestantes carregavam faixa em que denunciavam Israel por crimes de guerra

 

Polícia desmantela protesto pró-Palestina no Parlamento Australiano
Reuters

 

Quatro manifestantes pró-Palestina foram levados sob custódia policial nesta quinta-feira (4) depois de escalarem o telhado do parlamento australiano em Canberra.

Os manifestantes, vestidos com roupas escuras, permaneceram no telhado do prédio por cerca de uma hora. Eles estenderam faixas pretas, incluindo uma que dizia “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, um refrão comum dos manifestantes pró-Palestina, e entoaram slogans.

Os manifestantes empacotaram suas faixas antes de serem levados pela polícia que os aguardava por volta das 11h30, horário local.

CNN

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Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

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País se prepara para entrar em uma nova era política com provável derrota do grupo há 14 anos no comando

 

Reino Unido vai às urnas hoje em eleição que deve tirar Conservadores do poder

 

Os britânicos vão às urnas nesta quinta-feira (4) em uma votação histórica para eleger um novo parlamento e governo nas eleições gerais. Pesquisas atuais indicam que o atual primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, vai perder, encerrando uma era de 14 anos do grupo no poder.

A eleição é um referendo sobre o tumultuado governo dos Conservadores, que estão no comando do Reino Unido desde 2010 e passaram por uma crise financeira global, o Brexit e a pandemia.

Se os Trabalhistas obtiverem 419 assentos ou mais, será o maior número de assentos já conquistados por um único partido, superando a vitória esmagadora de Tony Blair em 1997.

Como funcionam as eleições?

O parlamento britânico tem 650 assentos. Para ter maioria, é preciso conseguir 326 assentos.

Após uma campanha de semanas, as urnas serão abertas às 7h, no horário local, desta quinta-feira (3h, horário de Brasília), e permanecerão abertas até às 22h.

Os britânicos podem votar em cada um dos 650 distritos eleitorais do país, selecionando o candidato que representará a área.

O líder do partido que ganhar a maioria desses distritos eleitorais se torna primeiro-ministro e pode formar um governo.

Se não houver maioria, eles precisam procurar ajuda em outro lugar, governando como um governo minoritário — como Theresa May fez após um resultado acirrado em 2017 — ou formando uma coalizão, como David Cameron fez depois de 2010.

O monarca tem um papel importante, embora simbólico. O rei Charles III deve aprovar a formação de um governo, a decisão de realizar uma eleição e a dissolução do Parlamento. O rei nunca contradiz seu primeiro-ministro ou anula os resultados de uma eleição.

A votação antecipada desta quarta-feira (4) foi convocada por Sunak. O atual primeiro-ministro era obrigado a divulgar uma eleição até janeiro de 2025, mas a decisão de quando fazê-lo cabia somente a ele.

O evento, contudo, provavelmente inaugurará um governo de centro-esquerda liderado pelo ex-advogado, Keir Starmer.

Rei Charles recebe Rishi Sunak no Palácio de Buckingham / Reprodução/ Palácio Buckingham

Quem é Keir Starmer?

O rival de Rishi Sunak é o líder trabalhista Keir Starmer, que é amplamente favorito para se tornar o novo primeiro-ministro britânico.

Ex-advogado de direitos humanos muito respeitado que então atuou como o promotor mais sênior do Reino Unido, Starmer entrou na política tarde na vida.

Líder trabalhista Keir Starmer em Blackpool / 3/5/2024 REUTERS/Phil Noble

Starmer se tornou um parlamentar trabalhista em 2015 e menos de cinco anos depois era o líder do partido, após uma passagem como secretário do Brexit no Gabinete Paralelo durante a saída prolongada do Reino Unido da União Europeia.

O britânico herdou um partido que se recuperava de sua pior derrota eleitoral em gerações, mas priorizou uma reformulação da cultura, se desculpando publicamente por um escândalo de antissemitismo de longa data que manchou a posição do grupo com o público.

Starmer tentou reivindicar o centro político do Reino Unido e é descrito por seus apoiadores como um líder sério e de princípios. Mas seus oponentes, tanto na esquerda de seu próprio partido quanto na direita do espectro político, dizem que ele não tem carisma e ideias, e o acusam de não ter conseguido estabelecer uma visão ambiciosa e ampla para a nação.

Quando saíram os resultados?

Após a abertura das urnas nesta quinta-feira (3), a mídia britânica estará proibida de discutir qualquer coisa que possa afetar a votação.

Mas no momento que a votação acabar, uma pesquisa de boca de urna será divulgada e definirá o curso da noite. A pesquisa, feita pela Ipsos para a BBC, ITV e Sky, projeta a distribuição de assentos do novo parlamento, e historicamente tem sido muito precisa.

Os resultados reais são contados ao longo da noite; o escopo do resultado da noite geralmente fica claro por volta das 3 da manhã, horário local (23h, horário de Brasília), e o novo primeiro-ministro geralmente assume o cargo ao meio-dia.

Mas as coisas podem demorar mais se o resultado for apertado ou se as vagas principais forem decididas na reta final.

De qualquer forma, a transferência de poder acontecerá no fim de semana, dando ao novo governo algumas semanas para trabalhar em legislações importantes antes do recesso parlamentar de verão.

CNN

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