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Empresa de parcelamento de débitos veiculares cresce 333% em 2022

A Zapay viu o número de pessoas que procuram pelos seus serviços aumentar 772% de janeiro a junho deste ano e aposta na gestão de recursos

Empresa também aposta em parcerias com grandes players do mercado (Marcelo Camargo/ABr/Agência Brasil)

O momento conturbado enfrentado pelas startups em 2022 pegou muitos gestores de surpresa. Surfando em uma onda de muitos investimentos, foi difícil acreditar que o segmento seria afetado de maneira tão intensa pela baixa do cenário econômico. De acordo com os dados do estudo Inside Venture Capital, da plataforma de inovação Distrito em parceria com o Bexs Banco, entre janeiro e julho, os investimentos nesse tipo de negócio somaram US$ 3,3 bilhões, valor 42% menor que os US$ 5,7 bilhões alcançados nos primeiros sete meses do ano passado.

Nesse contexto de incertezas, destacaram-se as empresas que conseguiram se manter estáveis, reter seus talentos e continuar crescendo, como é o caso da Zapay, startup especializada no parcelamento de débitos e na desburocratização dos processos de pagamentos junto aos órgãos de trânsito. A empresa fechou o balanço do primeiro semestre de 2022 com números positivos e mantendo seu ritmo de crescimento acelerado.

Presente em 25 estados do Brasil, a startup comandada pelo jovem Callebe Mendes, teve crescimento de 333% em seu faturamento no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2021. Em relação ao primeiro semestre de 2020, o aumento no faturamento da empresa foi ainda maior, chegando a 534%. Além disso, o número de pessoas que passaram a buscar os serviços de parcelamento de débitos oferecidos pela empresa, aumentou em 772% em relação ao primeiro semestre de 2021 e em mais de 2700% em comparação ao mesmo período de 2020.

“A evolução do Zapay dentro do mercado faz parte do nosso propósito de promover economia de tempo e dinheiro aos proprietários de veículos. Acreditamos que esse objetivo vem sendo cumprido, até pelos números positivos que temos mantido nos últimos anos”, afirma Callebe Mendes, CEO da Zapay.

Fora do eixo Rio-SP, a gestão faz a diferença no desenvolvimento da empresa

Segundo o levantamento da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs) divulgado recentemente, o número de empresas inovadoras no setor de finanças que têm sede fora de São Paulo vem caindo nos últimos anos. Em 2019, elas eram 86 no universo de 264 empresas associadas, e neste ano são apenas 22 entre 535. No entanto, esse cenário não desmotiva esses empresários que encontraram espaço fora do eixo Rio-São Paulo.

Com sede em Brasília, a Zapay se consolidou no segmento de parcelamento de débitos de trânsito. Por meio de parcerias com grandes companhias dos setores automotivo e financeiro, como Sem Parar, ConectCar, Credicard, Iti e Veloe, a fintech se consolidou como o maior player de consultas e pagamentos de débitos veiculares do país, responsável pelo atendimento de 94% de toda a frota nacional. Com os serviços oferecidos pela empresa, mais de 5 milhões de brasileiros já conseguiram regularizar seus débitos junto ao DETRAN.

“As parcerias são fundamentais para que possamos nos fazer presentes no mercado, não apenas como uma empresa que parcela débitos, mas também como uma marca que está junto com os maiores players do mercado, buscando soluções para que todos tenham acesso à possibilidade de quitar seus débitos de maneira segura e ágil”, diz Callebe.

A gestão dos recursos internos e do capital também são pontos destacados pelo CEO, que afirma que a empresa conseguiu seguir seu plano de expansão e ampliação dos serviços prestados, sem precisar mexer no valor de R$7,5 milhões, que recebeu no ano passado em rodada seed liderada pela DOMO Invest.

Para o empresário, empreender é um desafio desde quando se pensa na possibilidade e ressalta a importância do foco e da perseverança, para se manter ativo no mercado.

“Empreender já é um desafio. Fora do eixo Rio-SP as dificuldades ficam ainda maiores, isso porque no Sudeste, principalmente em São Paulo, é onde encontramos grande parte dos recursos necessários para o desenvolvimento de um negócio. Acredito que ter perseverança, ser teimoso e contar com um time de bons profissionais são pontos fundamentais no processo de empreender, além do modelo de negócio, que conta muito”, afirma.

O empresário comenta que a ideia de criar uma empresa que oferece para o consumidor final a possibilidade de parcelamento de débitos de trânsito de maneira simplificada e sem burocracia, atendendo uma demanda que sempre existiu em todo território nacional, também colaborou para que o serviço da empresa tivesse uma boa aceitação no mercado.

“Ajudamos a solucionar uma dor que está presente em todo o país e isso, no meu ponto de vista, foi um diferencial importante e que impulsionou o negócio. Outro ponto que merece destaque e que deu certo no caso da Zapay, é que antes de empreender conhecemos e buscamos informações sobre o mercado que iríamos atuar, deste modo, ter começado em Brasília foi importante para afirmarmos o nosso serviço”, declara.

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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