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Economia

Eletrobras (ELET6): começa a oferta de ações da privatização. Como participar

Pedidos de reserva do valor do FGTS para aplicação em fundos de ações da privatização começa nesta sexta-feira, 3

Tem dinheiro parado no FGTS rendendo pouco? A partir desta sexta-feira, 3, até o dia 8, às 12h, você poderá aplicar parte desse valor em ações de privatização da Eletrobras via fundos.

Os investidores poderão aplicar até 50% do saldo disponível na conta do FGTS em Fundos Mútuos de Privatização (FMP) da companhia. A aplicação mínima é R$ 200

Nos FMPs da Eletrobras, o investidor precisa ficar, no mínimo, um ano no fundo, sem a possibilidade de resgatar as cotas. Contudo, caso seja demitido, compre um imóvel ou se enquadre em qualquer das exigências de saque do FGTS, poderá sacar a aplicação antes desse prazo.

Segundo levantamento feito pela consultoria Quantum, já existem 24 FMPs, pertencentes a diversas corretoras, que estão habilitados a investir na oferta de ações da privatização da Eletrobras. O BTG Pactual Reference FMP FGTS Eletrobras é um desses fundos e cobra taxa de administração de 0,20% ao ano, uma das mais acessíveis do mercado. Veja abaixo a relação completa dos fundos:

Nome Taxa de Administração Data de Registro
DAYCOVAL ELETROBRAS FMP FGTS 0,00% 20/04/2022
BTG PACTUAL REFERENCE ELETROBRAS FMP FGTS 0,20% 07/04/2022
CAIXA ELETROBRAS FMP FGTS 0,20% 12/04/2022
CAIXA MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,20% 12/04/2022
GENIAL ELETROBRAS FMP FGTS 0,20% 19/04/2022
GENIAL MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,20% 19/04/2022
ITAÚ ELETROBRAS FMP FGTS 0,20% 08/04/2022
ITAÚ MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,20% 08/04/2022
BRADESCO ELETROBRAS FMP FGTS 0,40% 13/04/2022
BRADESCO MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,40% 13/04/2022
GUIDE ELETROBRAS FMP FGTS 0,40% 20/04/2022
ALFA I ELETROBRAS FMP FGTS 0,45% 03/09/2021
ALFA II MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,45% 03/09/2021
BNB ELETROBRAS FMP FGTS 0,45% 27/05/2022
BB ELETROBRAS FMP FGTS 0,50% 13/04/2022
BB MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,50% 13/04/2022
SAFRA ELETROBRAS FMP FGTS 0,50% 14/04/2022
SAFRA MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,50% 14/04/2022
SANTANDER ELETROBRAS FMP FGTS 0,50% 26/04/2022
SANTANDER MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,50% 26/04/2022
WARREN ELETROBRAS FMP FGTS 0,50% 30/05/2022
XP ELETROBRAS FMP FGTS 0,55% 07/04/2022
XP MIGRAÇÃO ELETROBRAS FMP FGTS 0,55% 20/04/2022
MAM ELETROBRAS FMP FGTS 0,80% 30/05/2022

A operação que tornará a Eletrobras uma companhia sem controle definido envolve uma oferta primária e secundária de ações que vai diluir a participação da União na companhia até 45% ou menos do capital social (hoje, o governo detém participação de mais de 50% da empresa).

A oferta secundária será feita caso a primária não dilua a participação do governo a esse percentual. Do total da oferta primária, até R$ 6 bilhões poderão ser movimentados pelos FMPs, conforme informações da Caixa e do prospecto preliminar da oferta.

Como investir no FMP Eletrobras?

Antes de realizar o pedido de reserva dos valores do FGTS no banco ou corretora é necessário autorizar a instituição financeira a aplicar o saldo no FMP no app do FGTS.

Na tela principal do app, basta clicar em “Autorizar bancos a consultarem seu FGTS”. Na mesma tela é possível consultar os valores que poderão ser aplicados no fundo.

Depois de clicar em “Autorização de consulta às informações do FGTS”, vá até a opção “Aplicação nos fundos mútuos de privatização FGTS”, selecione o fundo “FMP ELETROBRAS” e clique em “Continuar”.

Para seguir, você deve ler e aceitar o Termo de Autorização para Habilitação FMP. Para finalizar, escolha o banco na lista de Administradoras FMP.

Depois de informar à Caixa a escolha pelo fundo, basta entrar na conta do banco ou corretora, solicitar a reserva para o assessor e informar o valor do FGTS que deseja aplicar no fundo. Os clientes receberão do assessor de investimentos uma notificação no celular contendo o Termo de Adesão do Fundo e o valor solicitado para confirmar o pedido.

Algumas corretoras também disponibilizarão o fundo em suas plataformas, já com o cálculo do valor limite do FGTS que poderá ser aplicado pelo investidor.

Potencial de retorno

É a terceira vez na história do país em que é possível investir na privatização de uma estatal. As duas primeiras, da Petrobras e Vale, aconteceram em 2000 e 2002, respectivamente.

Em simulação feita pelo BTG Pactual com base nas informações da Quantum Axis, a rentabilidade do FGTS de março de 2002 até maio deste ano foi de 133%.

Se um investidor tivesse optado por deixar 50% do valor do seu FGTS no maior FMP Petrobras, a rentabilidade total dele considerando os recursos na aplicação tradicional seria de 416,7% de 2002 até hoje.

No caso da Vale, o resultado é ainda mais expressivo: se 50% dos recursos tivessem sido destinados ao FMP, a valorização total, também já considerando o montante no FGTS tradicional, seria de 1.442,8%

Qual é o risco do FMP Eletrobras?

O fundo investirá no mínimo 90% de seu patrimônio em ações ordinárias da Eletrobras e no máximo 10% de sua carteira em títulos públicos federais de renda fixa. Ou seja, investir em um fundo mono ativo de renda variável representa concentração de risco.

Por outro lado, o setor de atuação da companhia, o de energia elétrica, é regulado e as empresas costumam ter fluxo de caixa mais previsíveis do que em outros setores. Além disso, tradicionalmente o processo de privatização costuma trazer maior eficiência para a gestão do negócio.

Contudo, como em qualquer investimento de renda variável, não é possível garantir retorno aos investidores. A ação é suscetível ao cenário macroeconômico e também a questões microeconômicas que afetam a companhia.

No caso da Petrobras e da Vale, períodos críticos na história das duas companhias provocaram janelas de perdas relevantes, em que as ações chegaram a devolver parte não desprezível dos ganho, aponta relatório do BTG.

Por isso é recomendável que o investimento seja de longo prazo e complemente uma carteira diversificada de ativos.

Como o FMP Eletrobras é tributado?

A tributação do fundo é a mesma dos fundos de ações.

O tributo é calculado no momento do resgate da cota. Os ganhos até o limite do rendimento da conta do FGTS são isentos de Imposto de Renda. A alíquota de 15% recai apenas sobre os ganhos que excederem este limite.

Histórico da Eletrobras

A Eletrobras é uma empresa líder em geração e transmissão de energia elétrica na América Latina cuja maior parte do faturamento bruto (60%) vem do segmento de geração, enquanto uma outra parte (35%) vem do segmento de transmissão.

A empresa detém o controle de subsidiárias relevantes nos dois segmentos, como Furnas, Chesf, Eletronorte, Amazonas GT, Eletronuclear e Itaipu Binacional.

Nos últimos anos, a companhia passou por mudanças corporativas, como a redução do seu custo de capital, mais eficiência, participação em leilões de energia, venda de ativos e programas de demissão voluntária com adesão de mais de 10 mil funcionários.

Economia

Carteira de dividendos: veja os papéis mais recomendados para julho

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A Petrobras foi a empresa mais indicada pelas instituições financeiras consultadas pela CNN para compor a carteira de melhores pagadoras de dividendos em julho.

 

Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O levantamento considerou as avaliações de Santander, Empiricus, XP, Guide, Ativa e BTG Pactual.

Os papéis mais recomendados foram:

  •  5 recomendações: Petrobras;
  • 4 recomendações: Banco do Brasil, CPFL e Vale;
  • 3 recomendações: BB Seguridade, Eletrobras e Itaú.

Após um impasse sobre o pagamento ou não de dividendos extraordinários, o conselho de administração da Petrobras aprovou em abril o repasse de 50% do valor total, referente ao exercício de 2023.

Com a distribuição, a equipe de analistas do Santander avalia manter o peso dos papéis da estatal em sua carteira. Já o BTG, optou por ampliar sua exposição à estatal.

“Embora a companhia esteja sinalizando maiores investimentos, a verdadeira questão para nós é se esse aumento em potencial poderia sacrificar a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais, e acreditamos que não”, aponta a equipe do BTG em relatório.

Momento de incertezas

O Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (28), o último de junho, em queda de 0,32% no dia. Apesar de ter acumulado alta de 1,47% no mês, o índice caiu 7,66% no primeiro semestre deste ano.

O que se avalia é que as incertezas se mantém e o mercado seguirá se pautando por elas.

“O cenário local segue girando em torno da dificuldade do governo em convencer o mercado quanto ao seu comprometimento fiscal”, aponta a Ativa Investimentos em relatório.

O governo trabalha com a meta de zerar o déficit neste ano e no próximo — após alterar a meta de 2025, o que não foi favorável para a imagem de responsabilidade fiscal.

Apesar de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assegurar que o arcabouço será cumprido, o mercado vê o déficit primário em 0,7% do Produto Interno Bruto neste ano.

Lula se reuniu nesta quarta-feira (3) com ministros da área econômica do governo. Após o encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o presidente mantém seu compromisso com as contas públicas.

“A primeira coisa que o presidente determinou é ‘cumpra-se o arcabouço fiscal’. Não há discussão sobre esse respeito. Em 2024, 2025, 2026, o compromisso nosso é de cumprimento das leis complementares de finanças públicas”, comentou Haddad.

Segundo o chefe da equipe econômica, o governo realiza desde março um estudo entre os ministérios buscando despesas que podem ser cortadas. De acordo com Haddad, foram identificados R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias, cujo corte, segundo o ministro, já foi autorizado pelo presidente.

O economista-chefe da XP Inc., Caio Megale, apontou em entrevista ao WW de terça-feira (2) que além da questão fiscal, outro imbróglio do cenário doméstico também segue na mira do mercado: a questão monetária.

“Essa transição para o próximo presidente [do BC] é uma espada, de fato, na cabeça. A gente não sabe exatamente quem vai ser a próxima ou o próximo presidente, qual vai ser a visão de política monetária que essa pessoa vai ter na hora de conduzir a taxa de juros, de tomar as decisões”, pontuou Megale.

“Acho que dar uma clareza e maior transparência de como vai ser a gestão da política monetária depois da transição do Roberto Campos e medidas efetivas no sentido de controlar as despesas do lado fiscal, eu acho que é o que vai trazer uma tranquilidade [para o mercado].”

CNN

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Economia

Venda de veículos eletrificados cresce 146% no primeiro semestre de 2024

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Entre janeiro e junho, comercialização de automóveis registrou cerca de 79 mil vendas, de acordo com relatório da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE)

 

Benefícios para importação de carros elétricos deixaram de vigorar para favorecer indústria local – (crédito: Fotos: Divulgação )

 

O comércio de automóveis movidos a eletricidade segue em crescimento no Brasil. No primeiro semestre de 2024, a venda de veículos leves eletrificados alcançou um total de 79.304 unidades em todo o país. Somente no último mês de junho, foram registrados 14.396 novos emplacamentos, o que representa a terceira melhor marca para um mês de toda a série histórica.

O número maior de vendas na metade inicial do ano indica um crescimento de 146% em relação ao primeiro semestre de 2023, e de 288% na comparação com o mesmo período de 2022. Além dos automóveis totalmente elétricos, também são incluídos na estatística os veículos parcialmente eletrificados – ou híbridos. Os dados foram levantados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e divulgados nesta quarta-feira (3/7).

Com o avanço do número de vendas, a ABVE estima que o Brasil já atingiu a marca de 300 mil veículos comercializados desde o início da série histórica do levantamento, em 2012. Além disso, a previsão da associação para 2023 é que mais de 150 mil automóveis desta categoria sejam vendidos até o fim do ano em todo o território nacional, o que indica um crescimento de cerca de 60%.

No Brasil, ainda predominam os veículos elétricos plug-in, que se consolidaram no mercado nacional e representaram 69% de todas as vendas no primeiro semestre. Dentro desta categoria, estão incluídos os tipos BEV (totalmente elétricos) e PHEV (elétricos híbridos). Na sequência, os HEV convencionais (elétricos não plug-in a gasolina ou diesel) ficaram com 9,3% da parcela total de eletrificados vendidos.

Preocupação para o setor

Mesmo diante de um aumento das vendas, o setor de veículos elétricos está preocupado com o reajuste da tributação dos produtos. Desde a última segunda-feira (1º/7), passou a vigorar uma resolução que aumenta a alíquota para a importação de elétricos importados, de 10% para 18%. Em julho de 2025, sobe para 25%, até atingir 35% no ano seguinte.

“Temos ouvido notícias preocupantes sobre a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação de veículos elétricos, que estava prevista pelo Governo Federal somente para julho de 2026. Entendemos que, a se confirmar, essa antecipação configuraria uma lamentável quebra das regras estabelecidas há apenas seis meses pelo próprio governo”, avalia o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.

Além disso, a associação teme a inclusão dos veículos elétricos no Imposto Seletivo, que é chamado popularmente de “imposto do pecado”. A lei foi estabelecida pela emenda constitucional da reforma tributária, aprovada no ano passado, com o objetivo de sobretaxar bens considerados danosos à saúde e ao meio ambiente.

Na avaliação da ABVE, a inclusão dos veículos eletrificados no IS “não faria sentido”, visto que esse tipo de automóvel emite menos gases de efeito estufa e reduz o nível de ruído nas cidades do país. “Eles são fatores decisivos para melhorar a qualidade de vida e diminuir as mortes associadas à poluição nas grandes cidades”. “Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”, conclui o presidente da associação.

 

 Correio Braziliense
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Economia

Produção industrial cai 0,9% em maio, diz IBGE

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No acumulado do ano, houve avanço de 2,5%

 

Indústria — Foto: Divulgação/Fiep

 

A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio em relação a abril. É o segundo recuo consecutivo, apontando retração de 1,7% no período. Com o resultado, o setor perdeu o ganho acumulado entre fevereiro e março deste ano (1,1%).

No acumulado nos últimos 12 meses, houve crescimento de 1,3%, o que acabou por reduzir a intensidade no ritmo de evolução se comparado ao resultado do mês anterior. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo órgão, que mostrou ainda avanço de 2,5% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Influências

Nessa comparação, entre as atividades, as principais influências positivas na totalidade da indústria foram anotadas por produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,1%), indústrias extrativas (2,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%).

O gerente da pesquisa, André Macedo, disse que, em maio de 2024, a indústria apresentou “predominância de resultados negativos de forma geral”, com recuo na margem e na comparação com maio de 2023.

Houve, ainda, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores.

Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e entre os fatores que explicam esse resultado, estão as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país, informou o texto publicado pelo IBGE.

Conforme a pesquisa, 16 das 25 atividades investigadas tiveram recuo em maio de 2024. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) foram as duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria em maio.

O gerente afirmou, também, que esses dois setores foram prejudicados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. No setor de veículos automotores, a paralisação das plantas industriais locais provocou impactos diretos e indiretos. Por causa do mau tempo, tanto as montadoras de veículos, quanto as fábricas de autopeças pararam com as produções e isso afetou também o abastecimento para a produção de bens finais no restante do país.

“Houve, por exemplo, a concessão de férias coletivas em uma planta industrial em São Paulo como forma de mitigar os efeitos das paralisações ocorridas em unidades produtoras de peças no Rio Grande do Sul”, completou.

Greve

Macedo acrescentou que a paralisação decorrente de greve em outra montadora e a base de comparação elevada também contribuíram para a queda de dois dígitos na atividade. Em abril, o setor de veículos registrou crescimento de 13,8%.

A atividade de produtos alimentícios, que responde por cerca de 15% da produção industrial do país, teve em maio o segundo mês seguido de queda. A perda acumulada no período é de 4,7%.

“A retração no processamento da cana-de-açúcar, por conta da condição climática menos favorável na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção do açúcar. Já entre os impactos negativos que podem ter a ver com as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja, que são produtos que têm grande peso no setor”, explicou.

Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).

Os principais impactos positivos no resultado geral da indústria foram as indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). De acordo com Macedo, esses segmentos têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado da indústria.

“O crescimento do setor extrativo veio após uma queda no mês anterior, ou seja, tem o efeito de uma base de comparação mais negativa. Também houve aumento na extração dos dois principais produtos, o petróleo e o minério de ferro”, afirmou.

As atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e de material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%) também tiveram desempenho favorável.

“Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%)”, pontuou o IBGE.

O recuo de 1,0% na comparação de maio de 2024 com maio do ano anterior teve influência dos resultados negativos de duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados, finalizou o IBGE.

 

Agência Brasil

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