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Economia

Dívida pública elevada afasta Brasil de juros baixos e aproxima a crise de grandes proporções, diz ex-ministro da Fazenda

Maílson da Nóbrega vê Copom pausando cortes na Selic, que deve encerrar ano em dois dígitos

 

Governo luta por déficit zero em 2024, mas avaliação é de que resultado não será alcançado
José Cruz/Agência Brasil

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decide na próxima quarta-feira (19) o patamar da taxa básica de juros, a Selic. E após uma primeira pisada no freio na última reunião, o comitê pode parar de vez – pelo menos por hora – o ciclo de afrouxamento monetário.

“O cenário atual pode levar a uma pausa, ou seja, invés de cair, o Copom decidiria manter o nível atual [dos juros]”, comenta à CNN o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.

A Tendências Consultoria – escritório onde da Nóbrega é sócio atualmente – aposta neste movimento e que a Selic não deve encerrar o ano em um dígito.

A “causa mais relevante” para a parada, de acordo com o ministro de Sarney, é a saúde das contas públicas.

“As contas públicas têm influência muito forte nas expectativas dos agentes econômicos. A atual situação da dívida pública e a excessiva rigidez do orçamento [fazem com que] dificilmente [o governo] cumpra suas metas do primário”, avalia da Nóbrega.

O governo persegue a meta de zerar o déficit primário em 2024. Porém, a avaliação geral entre especialistas e no mercado é que o déficit zero não está garantido. Em outubro, o próprio presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicou que dificilmente se chegará à meta este ano.

“A arrecadação do governo tem crescido de forma bastante satisfatória em relação ao ano passado. Ocorre que o déficit era muito alto no ano passado, então para atingir o equilíbrio orçamentário, o desempenho da arrecadação não tem sido suficiente”, afirma Manoel Pires, coordenador do Centro de Política Fiscal e Orçamento do FGV/Ibre, que também reforça que “esse ano não devemos ter déficit zero”.

A arrecadação federal vem atingindo resultados recorde de janeiro até abril deste ano, chegando a R$ 886,6 bilhões no acumulado de 2024.

Em abril, o setor público consolidado registrou um superávit de R$ 6,7 bilhões. O resultado foi o pior para o mês em quatro anos e representou alta na margem de 12 meses ante março, a R$ 266,5 bilhões (o equivalente a 2,4% PIB).

O resultado do déficit elevado é um efeito cascata até a manutenção dos juros altos, que no longo prazo faz “o Brasil ter um ‘encontro marcado’ com a crise fiscal. Uma crise financeira de grandes proporções”, segundo Maílson da Nóbrega.

Impacto nos juros

O mercado vê neste ano um último corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, que deve encerrar o ano em 10,25%, de acordo com o Boletim Focus.

Na última reunião do Copom, a diretoria do BC optou por reduzir a magnitude dos cortes nos juros, para 0,25 p.p., ante 0,5 ponto anteriorimente, cravando a Selic em 10,50%.

Entre motivos como um cenário externo desfavorável e o mercado de trabalho aquecido – o que movimenta a economia e tende a manter a inflação persistente -, a ata do comitê destacou que as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm um impacto na maneira como se comporta.

“O comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, afirmou a ata.

Com as incertezas sobre as contas do governo, cresce a desconfiança e o risco, o que por sua vez influencia a desancoragem das expectativas de inflação.

“Se a dívida cresce de forma acelerada, os investidores tendem a ver maior risco e reduzir investimento, e isso impacta nos juros. Além disso, o resultado fiscal impacta a demanda agregada. Se a política fiscal for muito expansionista, podemos ter aumento da inflação à médio prazo, o que também eleva os juros”, explica o coordenador do Centro de Política Fiscal e Orçamento do FGV/Ibre.

“No final das contas, o que existe é receio de que o governo não consiga fazer um freio de arrumação macroeconômica se for necessário. O mercado está com dificuldade de enxergar qual o equilíbrio macroeconômico que a atual política econômica pode gerar. Isso cabe ao governo mostrar e disputar de alguma forma”, conclui Pires.

Ancoragem das expectativas

“A reancoragem das expectativas de inflação é vista como elemento essencial para assegurar a convergência da inflação para a meta”, defende o comitê.

Desse modo, o grupo argumenta que se vê num papel de manter a política monetária mais restritiva para não só conter a inflação, como as expectativas.

Com esse cenário de desconfiança, o BC reforça que “as incertezas sobre a estabilização da dívida pública têm o potencial de elevar a taxa de juros neutra da economia”. O patamar neutro é aquela que nem é tão alto para travar a economia e a inflação, e nem tão baixo para movimentá-la.

Atualmente, a autarquia estima que a taxa de juro real neutra da economia brasileira é de 4,5%.

O alerta não vem de hoje. Em novembro, a ata do Copom apontava para o aumento das incertezas sobre o cumprimento do déficit zero defendia a “importância da firme persecução dessas metas [fiscais]” para a condução da política monetária.

Sem saída no curto prazo

A medida que o déficit aumenta, o governo pode buscar empréstimos e captar recursos de títulos públicos para manter os pagamentos em dia. Contudo, na esteira, a dívida pública aumenta. E com a tendência de alta na inflação por conta das incertezas, a crise se retroalimenta, como explica o próprio BC em seu site.

“[Uma] inflação mais alta também aumenta o custo da dívida pública, pois as taxas de juros da dívida pública têm de compensar não só o efeito da inflação mas também têm de incluir um prêmio de risco para compensar as incertezas associadas com a inflação mais alta.”

E a perspectiva é que o problema das contas públicas acompanhe o Brasil por um longo período. “A dívida pública em proporção do PIB vai continuar crescendo, dificilmente vamos ter uma saída de curto prazo”, avalia o ex-ministro Maílson da Nóbrega.

De acordo com Pires, projeções apontam que a dívida pública só deve ser estabilizada por volta de 2030.

A tendência é que o problema escale à medida que a situação de déficit se mantenha. Com a proporção dívida/PIB elevada, o governo pode deixar de honrar pagamentos, o que por sua vez quebra a confiança no país como bom pagador, assim levando a evasão de investimentos realizados no Brasil.

“A situação vai escalar até o ponto que o mercado tomar conta que o governo vai parar de pagar acionistas, e aí fogem os investidores”, explica da Nóbrega.

Desse modo, os juros se manteriam altos por mais tempo, o que segundo da Nóbrega, não seria suficiente para normalizar a inflação.

“Mesmo com juros mais altos a inflação seguiria alta por conta da falta de confiança. Mesmo um Banco Central autônomo fica de mãos atadas, perdendo sua capacidade de agir no controle da inflação”, afirma o ex-ministro.

“A politica monetária passa a ser influenciada somente por ela [a dívida], no sentido negativo, e no fim ela perde sua relevância”, conclui.

CNN Brasil

Economia

Carteira de dividendos: veja os papéis mais recomendados para julho

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A Petrobras foi a empresa mais indicada pelas instituições financeiras consultadas pela CNN para compor a carteira de melhores pagadoras de dividendos em julho.

 

Fernando Frazão/Agência Brasil

 

O levantamento considerou as avaliações de Santander, Empiricus, XP, Guide, Ativa e BTG Pactual.

Os papéis mais recomendados foram:

  •  5 recomendações: Petrobras;
  • 4 recomendações: Banco do Brasil, CPFL e Vale;
  • 3 recomendações: BB Seguridade, Eletrobras e Itaú.

Após um impasse sobre o pagamento ou não de dividendos extraordinários, o conselho de administração da Petrobras aprovou em abril o repasse de 50% do valor total, referente ao exercício de 2023.

Com a distribuição, a equipe de analistas do Santander avalia manter o peso dos papéis da estatal em sua carteira. Já o BTG, optou por ampliar sua exposição à estatal.

“Embora a companhia esteja sinalizando maiores investimentos, a verdadeira questão para nós é se esse aumento em potencial poderia sacrificar a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais, e acreditamos que não”, aponta a equipe do BTG em relatório.

Momento de incertezas

O Ibovespa encerrou o pregão de sexta-feira (28), o último de junho, em queda de 0,32% no dia. Apesar de ter acumulado alta de 1,47% no mês, o índice caiu 7,66% no primeiro semestre deste ano.

O que se avalia é que as incertezas se mantém e o mercado seguirá se pautando por elas.

“O cenário local segue girando em torno da dificuldade do governo em convencer o mercado quanto ao seu comprometimento fiscal”, aponta a Ativa Investimentos em relatório.

O governo trabalha com a meta de zerar o déficit neste ano e no próximo — após alterar a meta de 2025, o que não foi favorável para a imagem de responsabilidade fiscal.

Apesar de o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assegurar que o arcabouço será cumprido, o mercado vê o déficit primário em 0,7% do Produto Interno Bruto neste ano.

Lula se reuniu nesta quarta-feira (3) com ministros da área econômica do governo. Após o encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o presidente mantém seu compromisso com as contas públicas.

“A primeira coisa que o presidente determinou é ‘cumpra-se o arcabouço fiscal’. Não há discussão sobre esse respeito. Em 2024, 2025, 2026, o compromisso nosso é de cumprimento das leis complementares de finanças públicas”, comentou Haddad.

Segundo o chefe da equipe econômica, o governo realiza desde março um estudo entre os ministérios buscando despesas que podem ser cortadas. De acordo com Haddad, foram identificados R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias, cujo corte, segundo o ministro, já foi autorizado pelo presidente.

O economista-chefe da XP Inc., Caio Megale, apontou em entrevista ao WW de terça-feira (2) que além da questão fiscal, outro imbróglio do cenário doméstico também segue na mira do mercado: a questão monetária.

“Essa transição para o próximo presidente [do BC] é uma espada, de fato, na cabeça. A gente não sabe exatamente quem vai ser a próxima ou o próximo presidente, qual vai ser a visão de política monetária que essa pessoa vai ter na hora de conduzir a taxa de juros, de tomar as decisões”, pontuou Megale.

“Acho que dar uma clareza e maior transparência de como vai ser a gestão da política monetária depois da transição do Roberto Campos e medidas efetivas no sentido de controlar as despesas do lado fiscal, eu acho que é o que vai trazer uma tranquilidade [para o mercado].”

CNN

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Economia

Venda de veículos eletrificados cresce 146% no primeiro semestre de 2024

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Entre janeiro e junho, comercialização de automóveis registrou cerca de 79 mil vendas, de acordo com relatório da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE)

 

Benefícios para importação de carros elétricos deixaram de vigorar para favorecer indústria local – (crédito: Fotos: Divulgação )

 

O comércio de automóveis movidos a eletricidade segue em crescimento no Brasil. No primeiro semestre de 2024, a venda de veículos leves eletrificados alcançou um total de 79.304 unidades em todo o país. Somente no último mês de junho, foram registrados 14.396 novos emplacamentos, o que representa a terceira melhor marca para um mês de toda a série histórica.

O número maior de vendas na metade inicial do ano indica um crescimento de 146% em relação ao primeiro semestre de 2023, e de 288% na comparação com o mesmo período de 2022. Além dos automóveis totalmente elétricos, também são incluídos na estatística os veículos parcialmente eletrificados – ou híbridos. Os dados foram levantados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e divulgados nesta quarta-feira (3/7).

Com o avanço do número de vendas, a ABVE estima que o Brasil já atingiu a marca de 300 mil veículos comercializados desde o início da série histórica do levantamento, em 2012. Além disso, a previsão da associação para 2023 é que mais de 150 mil automóveis desta categoria sejam vendidos até o fim do ano em todo o território nacional, o que indica um crescimento de cerca de 60%.

No Brasil, ainda predominam os veículos elétricos plug-in, que se consolidaram no mercado nacional e representaram 69% de todas as vendas no primeiro semestre. Dentro desta categoria, estão incluídos os tipos BEV (totalmente elétricos) e PHEV (elétricos híbridos). Na sequência, os HEV convencionais (elétricos não plug-in a gasolina ou diesel) ficaram com 9,3% da parcela total de eletrificados vendidos.

Preocupação para o setor

Mesmo diante de um aumento das vendas, o setor de veículos elétricos está preocupado com o reajuste da tributação dos produtos. Desde a última segunda-feira (1º/7), passou a vigorar uma resolução que aumenta a alíquota para a importação de elétricos importados, de 10% para 18%. Em julho de 2025, sobe para 25%, até atingir 35% no ano seguinte.

“Temos ouvido notícias preocupantes sobre a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação de veículos elétricos, que estava prevista pelo Governo Federal somente para julho de 2026. Entendemos que, a se confirmar, essa antecipação configuraria uma lamentável quebra das regras estabelecidas há apenas seis meses pelo próprio governo”, avalia o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.

Além disso, a associação teme a inclusão dos veículos elétricos no Imposto Seletivo, que é chamado popularmente de “imposto do pecado”. A lei foi estabelecida pela emenda constitucional da reforma tributária, aprovada no ano passado, com o objetivo de sobretaxar bens considerados danosos à saúde e ao meio ambiente.

Na avaliação da ABVE, a inclusão dos veículos eletrificados no IS “não faria sentido”, visto que esse tipo de automóvel emite menos gases de efeito estufa e reduz o nível de ruído nas cidades do país. “Eles são fatores decisivos para melhorar a qualidade de vida e diminuir as mortes associadas à poluição nas grandes cidades”. “Não nos parece cabível que esses veículos venham a ser taxados como se fossem produtos que fazem mal à saúde ou ao meio ambiente, o que absolutamente não é o caso”, conclui o presidente da associação.

 

 Correio Braziliense
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Economia

Produção industrial cai 0,9% em maio, diz IBGE

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No acumulado do ano, houve avanço de 2,5%

 

Indústria — Foto: Divulgação/Fiep

 

A produção industrial brasileira caiu 0,9% em maio em relação a abril. É o segundo recuo consecutivo, apontando retração de 1,7% no período. Com o resultado, o setor perdeu o ganho acumulado entre fevereiro e março deste ano (1,1%).

No acumulado nos últimos 12 meses, houve crescimento de 1,3%, o que acabou por reduzir a intensidade no ritmo de evolução se comparado ao resultado do mês anterior. Os dados foram anunciados nesta quarta-feira (3), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

Os números fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (3) pelo órgão, que mostrou ainda avanço de 2,5% no acumulado dos cinco primeiros meses de 2024, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Influências

Nessa comparação, entre as atividades, as principais influências positivas na totalidade da indústria foram anotadas por produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,1%), indústrias extrativas (2,3%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,8%).

O gerente da pesquisa, André Macedo, disse que, em maio de 2024, a indústria apresentou “predominância de resultados negativos de forma geral”, com recuo na margem e na comparação com maio de 2023.

Houve, ainda, interrupção da trajetória ascendente no índice de média móvel trimestral e perda de intensidade no ritmo de expansão no acumulado do ano e dos 12 meses anteriores.

Nesse mês, a indústria intensificou a queda que já tinha sido registrada no mês anterior, e entre os fatores que explicam esse resultado, estão as chuvas no Rio Grande do Sul, que tiveram um impacto local maior, mas também influenciaram o resultado negativo na indústria do país, informou o texto publicado pelo IBGE.

Conforme a pesquisa, 16 das 25 atividades investigadas tiveram recuo em maio de 2024. Veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%) foram as duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria em maio.

O gerente afirmou, também, que esses dois setores foram prejudicados pelas enchentes do Rio Grande do Sul. No setor de veículos automotores, a paralisação das plantas industriais locais provocou impactos diretos e indiretos. Por causa do mau tempo, tanto as montadoras de veículos, quanto as fábricas de autopeças pararam com as produções e isso afetou também o abastecimento para a produção de bens finais no restante do país.

“Houve, por exemplo, a concessão de férias coletivas em uma planta industrial em São Paulo como forma de mitigar os efeitos das paralisações ocorridas em unidades produtoras de peças no Rio Grande do Sul”, completou.

Greve

Macedo acrescentou que a paralisação decorrente de greve em outra montadora e a base de comparação elevada também contribuíram para a queda de dois dígitos na atividade. Em abril, o setor de veículos registrou crescimento de 13,8%.

A atividade de produtos alimentícios, que responde por cerca de 15% da produção industrial do país, teve em maio o segundo mês seguido de queda. A perda acumulada no período é de 4,7%.

“A retração no processamento da cana-de-açúcar, por conta da condição climática menos favorável na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção do açúcar. Já entre os impactos negativos que podem ter a ver com as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja, que são produtos que têm grande peso no setor”, explicou.

Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).

Os principais impactos positivos no resultado geral da indústria foram as indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). De acordo com Macedo, esses segmentos têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado da indústria.

“O crescimento do setor extrativo veio após uma queda no mês anterior, ou seja, tem o efeito de uma base de comparação mais negativa. Também houve aumento na extração dos dois principais produtos, o petróleo e o minério de ferro”, afirmou.

As atividades de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (3,7%), produtos têxteis (2,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,5%), produtos de borracha e de material plástico (0,5%), outros equipamentos de transporte (0,2%), móveis (0,2%) e celulose, papel e produtos de papel (0,1%) também tiveram desempenho favorável.

“Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%)”, pontuou o IBGE.

O recuo de 1,0% na comparação de maio de 2024 com maio do ano anterior teve influência dos resultados negativos de duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 50,4% dos 789 produtos pesquisados, finalizou o IBGE.

 

Agência Brasil

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