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Dieta pegan: saiba como funciona a mistura de paleo com vegana

Ela pode ser sua porta de entrada para um estilo de vida mais saudável.

(Mike Kemp/Getty Images)

Seja para reeducação alimentar ou para emagrecimento, muitas das dietas lançadas de tempos em tempos não são fáceis de acompanhar. Algumas sugerem restrições que poucas pessoas estão dispostas a encarar; outras até são mais generosas, mas fogem demais do padrão alimentar do dia a dia. Atento a essas dificuldades, o médico especializado em nutrição Mark Hyman decidiu unir o que considera o melhor de dois mundos das dietas – a paleo e a vegana – e criar a dieta pegan.

No livro “Comida – Afinal de contas, o que devemos comer?” (Editora Best Seller), o norte-americano apresenta os princípios da dieta, que se baseia no consumo de carnes, oleaginosas, sementes e óleos (como na paleo) combinado com vegetais variados (como na vegana). O objetivo é ter um aporte seguro de proteínas, carboidratos e gorduras boas e evitar consequências negativas da alimentação desequilibrada, como inflamações e desenvolvimento de doenças crônicas. Algo muito parecido com o que sugere o Ministério da Saúde no “Guia Alimentar para a População Brasileira”.

Trazemos aqui as recomendações gerais de alimentos e os pilares da dieta pegan, conforme apresentados pelo médico no livro, e as opiniões de duas nutricionistas brasileiras – Cristina Trencher, do Espaço Médico Brasil, e Lana Abreu – que falaram ao MdeMulher sobre os prós e os contras desse estilo de alimentação.

Os alimentos na dieta pegan

Para aderir à dieta pegan você deverá ter na despensa e na geladeira:

 Peixes: salmão, sardinha, cavala e anchova frescos

– Oleaginosas: castanhas, amêndoas, nozes, pistache e o que mais você quiser

– Azeite de oliva, óleo de coco e óleo de abacate

– Sementes de abóbora, linhaça e chia

– Vinagre

– Melaço de cana ou mel puro

– Grãos integrais: quinoa, painço, amaranto, arroz negro, arroz integral

– Leguminosas: feijões de todos os tipos, grão de bico, lentilha

– Chás: verde e de hibisco

– Vegetais e frutas orgânicos e da estação, sempre frescos

E deverá evitar em suas refeições:

– Vegetais e frutas cultivados com pesticidas

– Alimentos transgênicos

– Açúcar e farinha refinados

– Alimentos processados: peito de peru, peito de frango, presunto

– Refrigerantes

– Salgadinhos de saquinho

– Temperos e sucos em pó

Os pilares da dieta pegan

1. Consumir o mínimo possível de açúcar – Ele deve ser encarado como um “agrado ocasional”, algo que comemos de vez em quando, em uma porção bem pequena, para matar a vontade.

2. Ter os vegetais como base da alimentação – Mais da metade do prato deve ser composta por vegetais, e quanto maior a variedade, melhor.

3. Entender a carne como complemento das refeições – O prato repleto de vegetais é apenas complementado pelos peixes indicados.

4. Selecionar bem as frutas – O ideal é dar preferência às frutas de baixo índice glicêmico, que saciam melhor a fome e não pressionam o organismo a produzir açúcares; o médico sugere frutas vermelhas, melancia e kiwi.

5. Não comer alimentos cultivados com pesticidas ou antibióticos – Verduras e frutas, só orgânicos.

6. Usar óleos de gorduras saudáveis para cozinhar – Entram o azeite de oliva e os óleos de coco e de abacate…

7. Descartar todos os óleos refinados – … saem todos os outros óleos, como o de soja, de canola, de girassol, de arroz etc.

8. Limitar o consumo de laticínios – Como eles tendem a ser inflamatórios, é bom moderar a ingestão de derivados do leite. Iogurtes, manteigas e queijos entram neste item.

9. Dar preferência a peixes frescos – E com baixo teor de mercúrio, daí a indicação de salmão, sardinha, cavala e anchova.

10. Evitar glúten – Também tende a ser inflamatório, então é melhor evitar. Aqui estamos falando de farinha de trigo e alimentos feitos com ela.

11. Consumir grãos integrais com moderação – As porções devem ser de meia xícara de chá por refeição, no máximo.

12. Comer leguminosas a cada dois dias – São ótimas fontes de fibra, proteína e minerais, mas podem prejudicar a absorção de minerais para algumas pessoas.

13. Fazer exames com nutricionista depois de começar a dieta – É importante checar como o organismo está se adaptando à dieta pegan, então recomenda-se uma bateria de exames sob recomendação médica depois de um mês do início dela. Se for necessário, o/a especialista fará as devidas adaptações.

Prós e contras da dieta pegan

De forma geral, as nutricionistas que falaram para esta matéria veem a dieta pegan com bons olhos. “Do ponto de vista nutricional, é interessante por ter todos os nutrientes e ser anti-inflamatória”, diz Cristina, que avalia que não se trata de um “regime” de curto prazo, mas de uma mudança de estilo de vida.

Lara concorda, mas enxerga alguns exageros na abordagem da escolha dos alimentos. “Não acho saudável dizer que ou legumes e frutas orgânicos ou nada. Nem todas as pessoas têm acesso a alimentos orgânicos, ou porque não os encontram ou porque eles são muito caros para alguns orçamentos. É melhor comer uma fruta ou uma verdura que tenha sido exposta a um pesticida do que não comer frutas e verduras”, opina.

Ela aproveita para dar uma dica de como tornar esses alimentos menos perigosos para a saúde: “Deixe-os de molho em água com bicarbonato de sódio por cerca de 15 minutos e boa parte dos pesticidas será liberada.”

Para finalizar, Cristina observa que a exclusão total de um grupo de alimentos não é saudável do ponto de vista social. “Se excluir da dieta todos os óleos comuns, como o de soja e o de girassol, como a pessoa vai fazer quando for a um restaurante ou comer na casa de alguém? Levar uma dieta ao pé da letra pode levar a um isolamento social desnecessário. É legal seguir as instruções gerais, mas sem exageros e em equilíbrio com o mundo lá fora”, finaliza.

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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