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Brasília

DF terá 2 mil novas vagas para acolher população em situação de rua

Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

GDF anunciou a ampliação de vagas de acolhimento em abrigos para pessoas em vulnerabilidade social. Especialista aponta necessidade de ações mais abrangentes. Moradores do Plano Piloto criam grupo de trabalho para cobrar ações do governo

O anúncio feito pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) de que haverá duas mil novas vagas em abrigos de acolhimento para pessoas em situação de rua no Distrito Federal tem levantado novos questionamentos, tanto por parte de instituições que representam essa população, quanto por parte de especialistas, que cobram ações mais específicas. Moradores de regiões como Asa Sul, Asa Norte e Noroeste estão reunidos em um grupo de trabalho denominado Brasília capital segura, para cobrar das autoridades soluções para questões relacionadas ao crescimento da população em situação de rua.

A Sedes lançou, recentemente, edital de chamamento público que prevê novas vagas de acolhimento para pessoas em situação de rua em abrigos no DF, incluindo a modalidade pernoite, voltada ao acolhimento temporário das 19h às 7h, todos os dias, incluindo fins de semana e feriados. O objetivo do edital é firmar Termo de Colaboração com Organizações da Sociedade Civil (OSC) para prover essas vagas. As entidades têm até dia 27 para entregar propostas. Uma audiência pública será realizada, nesta terça-feira (7/5), com as OSCs com o objetivo de esclarecer detalhes e dúvidas sobre o edital.

O presidente do Instituto Barba na Rua, Rogério Barba, ressaltou que é importante um olhar mais sensível do GDF à população que vive nas ruas. Para ele, não é suficiente colocar as pessoas em abrigos. “É preciso dar oportunidades. Hoje, dividimos as pessoas em situação de rua em três categorias: as que precisam de emprego, as que precisam tratar problemas de saúde mental e as que têm vício em drogas e álcool. Precisamos de políticas diferenciadas”, destacou. “Claro que as pessoas também necessitam de abrigo, mas duas mil vagas não são suficientes, uma vez que, segundo o CadÚnico, temos sete mil pessoas em situação de rua no DF (o GDF prevê em torno de 2,9 mil)”, acrescentou.

Rogério Barba acredita que é preciso colocar, nos abrigos, profissionais preparados para lidar com pessoas com problemas de saúde mental e que lidam com vícios em substâncias químicas. “Vai ter psiquiatra? Vai ter atendimento diferenciado? Onde será esse pernoite? Será distante do centro da cidade? O governo vai oferecer transporte”, questionou. “O maior problema da população em situação de rua é a falta de oportunidade”, completou.

A especialista em política social e professora do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), Erci Ribeiro, reiterou que, estar em situação de rua não é apenas pela ausência de moradia, pois há uma série de questões a serem consideradas. “Essas pessoas têm demandas diversificadas. Faz-se necessário colocar uma equipe especializada para fazer um monitoramento delas. As pessoas em situação de rua, quando abordadas para que sejam encaminhadas às unidades de acolhimento, muitas vezes se recusam pela dificuldade de construir novos vínculos e pelos desafios de se conviver com diferentes complexidades e vulnerabilidades em um só espaço”, analisou.

Grupo de trabalho

Moradores e comerciantes da Asa Norte, Asa Sul, Noroeste e Sudoeste estão organizados em um grupo de trabalho (GT) denominado Brasília capital segura com o objetivo de cobrar das autoridades soluções para problemas relacionados ao crescimento da população em situação de rua. A ideia do grupo é que “o governo providencie estrutura adequada destinadas às pastas que cuidam da questão, para que essas tenham condições de prover dignidade, tratamento e acompanhamento da população que efetivamente se encontre em situação de vulnerabilidade social e, ao mesmo tempo, devolva segurança aos cidadãos que pagam os impostos”.

A moradora do Noroeste e integrante do grupo de trabalho Taís Bueno observa que, mesmo após as primeiras ações de mobilização do GDF, tem percebido um crescimento no número de barracas de lona montadas por pessoas em situação de rua no Plano Piloto. “Temos percebido que são pessoas vindas de outros estados para o DF. O GDF precisa de um planejamento para cadastrar essas pessoas e oferecer oportunidades para elas saírem das ruas. O plano precisa avançar. Se continuar como está, a situação vai ficar descontrolada”, declarou. “Estamos aguardando respostas da Casa Civil referente à homologação do plano de trabalho do GDF, e vamos seguir cobrando”, completou.

Mutirão

O Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, em 14 de março, o Plano Distrital de Acolhimento das Pessoas em Situação de Rua, que tem como objetivo mobilizar secretarias e órgãos do GDF para atuação em eixos como assistência social, saúde, ações de zeladoria (para desobstrução de áreas públicas), cidadania, educação e cultura, habitação, trabalho e renda, produção e gestão de dados.

O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação e a Procuradoria Distrital de Direitos do Cidadão do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) produziu nota técnica em que tecem uma avaliação do plano. As considerações do MPDFT foram acolhidas pelo GDF, que informou que será assinado um acordo de colaboração com a própria entidade e com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para que o plano possa ser implementado.

O MPDFT informou, em nota, que as ponderações foram dadas “com base na experiência angariada por meio do diálogo constante com a sociedade civil, movimentos sociais, academia e gestores públicos, bem como em razão de sua atuação cotidiana como agente de fomento e fiscalização dessa política pública, voltada à efetivação de direitos fundamentais de pessoas vulneráveis que vivem nas ruas do Distrito Federal”.

Posteriormente à análise, o Ministério Público destacou que foram verificados alguns avanços na política, como o acesso irrestrito da população em situação de rua aos restaurantes comunitários, chamamento público para garantir vagas de acolhimento no DF, ampliação de vagas no Renova/DF e a implementação de uma residência terapêutica. “Mas é preciso avançar muito mais”, ressaltou a nota do MPDFT.

Em março, o GDF realizou uma ação de acolhimento de um grupo de pessoas em situação de rua que estavam instaladas em barracas nos arredores do Centro Pop da 903 Sul. Na ocasião, foram ofertados atendimentos sociais e serviços de zeladoria urbana, além de assistência veterinária aos animais de estimação dos ocupantes.

Desde então, a Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal), tem realizado monitoramento da região para evitar que as ocupações se instalem novamente. De acordo com a secretaria, há equipes fixas no local e, durante a noite, são feitas rondas.

Realidade de muitos

Marcelo das Graças Silva, 39 anos, nasceu no Gama, mas mora nas ruas do Setor Comercial Sul há 12 anos, porque se afastou da família, ficou desempregado e caiu no mundo das drogas. “Infelizmente é uma doença que eu tenho, as pessoas julgam, tem preconceito, mas essa é a verdade”, admite. “Para sair das ruas hoje, eu acho que precisaria de um emprego, mas perdi todos os meus documentos, o que dificulta correr atrás dos meus objetivos e hoje me viro por meio da reciclagem”, disse. “Nesses 12 anos que estou vivendo na rua, a única coisa que posso afirmar é que nada me aconteceu de bom, a autoestima fica lá em baixo”, disse.

José Garcia (nome fictício, pois não quis ser identificado), 60, nasceu no Ceará, mas veio para Brasília em 1966 com 2 anos para a então recém-capital do país. A família se estabeleceu na Ceilândia, mas há 20 anos, ele se afastou de todos e decidiu morar nas ruas. O motivo, ele aponta que foi por conta de uma vida “desregrada”. “Mas me orgulho de ter feito parte da história dessa cidade, ajudei a construir o Pátio Brasil, meu sangue e meu suor estão aqui”, afirma. José tem todos documentos que ficam guardados no Centro Pop e como forma de ter um sustento, lava carros no Setor Comercial Sul. “Eu não me sinto auxiliado pelo governo, a minha vida é essa aqui, sobrevivo lavando carros, mas não gostaria de estar nesta condição ainda mais na minha idade”, relata. “O que mais me machuca hoje é o descaso, e os lugares que não cumprem o seu papel, como o Centro Pop, que não tem organização alguma, acaba tendo muita briga por lá”, detalha.

Valdenilson Pires, 52, mora nas ruas há 22 anos e aguarda vaga em um abrigo. “Tinham que oferecer um tratamento psicológico e um bom serviço na área da saúde, para ajudar a gente, oferecer uma moradia se a pessoa tem condições de conviver sozinha e longe das drogas. Estou esperando uma vaga no abrigo Centro Pop há três meses. Lá é a maior baderna, muita gente, briga na fila, precisa passar por uma vistoria. Eles não revistam direito as pessoas que estão com bolsa, já vi pessoas com faquinha lá dentro do Centro POP. Aguardo minha vaga no abrigo”, conta.

A especialista em Política Social, Erci Ribeiro, salientou que as pessoas que vivem em situação de rua fazem parte de um problema estrutural. “Essas pessoas têm um conjunto de direitos básicos violados, como direito à habitação, alimentação, emprego, transporte. São necessárias políticas públicas mais assertivas para que tais direitos sejam atendidos”, reforçou.

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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