Conecte Conosco

Brasília

DF tem 806 mil famílias endividadas, mostra pesquisa da Fecomércio

Pesquisa divulgada pela Fecomércio mostra que número de brasilienses com débitos em aberto aumentou em relação ao mês passado e a janeiro de 2019. Gastos com cartão de crédito foram os principais responsáveis pelo resultado

A estudante Laynna Siqueira pretende renegociar dívidas com o banco
(foto: ED ALVES/CB/D.A Press)

Os brasilienses começaram o ano endividados. E, na comparação com janeiro de 2019, com mais contas em atraso. Um levantamento divulgado na segunda-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF) apontou que 81,1% das famílias do DF iniciaram 2020 com alguma dívida. A taxa é a segunda mais alta dos últimos 12 meses.
Publicada mensalmente, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostrou que mais de 806 mil famílias estão nessas condições. Quando levado em conta esse total, o resultado foi o maior registrado de janeiro de 2019 até agora, devido ao aumento da população do DF no período. Cartão de crédito, cheque especial e financiamento de carro e casa destacaram-se como as maiores fontes das dívidas.
Para o presidente da Fecomércio-DF, Francisco Maia, os dados refletem o período de festas de fim de ano e têm relação com a liberação de valores para os consumidores, como o 13º salário e os saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “O mês de janeiro tem a questão do pagamento das dívidas de dezembro. Em época de Natal, as pessoas se endividam mais e, depois, somam-se as despesas com viagens, compras de material escolar, matrículas. Tudo isso aumenta muito mais o endividamento das famílias”, avalia.
O presidente da entidade também associa o crescimento do total de endividados a um otimismo com a economia. Para ele, a falta de uma cultura de incentivo à educação financeira faz com que muitas famílias acabem gastando mais do que podem no período. “Houve aumento dos endividados porque houve mais dinheiro para ser gasto. Quem podia gastar R$ 500, por exemplo, resolveu gastar R$ 1 mil. Por isso, também houve aumento nas vendas de dezembro”, pontua Francisco.

Negociação

As dívidas acumuladas ao longo do ano passado comprometeram o orçamento da universitária Laynna Siqueira, 23 anos. Com três cartões de crédito de limites variados, a jovem perdeu o controle financeiro. No início deste mês, um dos bancos que detêm a dívida entrou em contato para renegociar o valor. “Foi um erro mesmo. Gastei mais do que recebia, e as faturas foram se juntando”, reconhece.
Com a possibilidade de quitar as contas em atraso, ela resolveu adotar uma saída definitiva para se livrar de todas: os três cartões vão virar um só, com limite menor. “Hoje (nesta terça-feira — 28/1), peguei meu novo (cartão), que é só de débito. E, no carnaval, vou ficar em casa para não gastar. Espero estar com tudo pago até o fim de fevereiro”, diz a estudante. Para quem está no mesmo barco, Laynna recomenda controle financeiro e registro de todos os gastos. “Além disso, é bom guardar um dinheiro extra. Assim, as despesas não viram uma bola de neve.”

Dicas

Planejador financeiro, Afrânio Alves observa que o aumento da quantidade de pessoas endividadas nesta época do ano tem a ver com a preferência pelo crédito na hora de comprar. “Há Natal, janeiro, gastos escolares e impostos todos os anos. Mas as pessoas lançam mão dessa função e não se preparam para uma despesa recorrente, anual. É preciso fazer uma reserva para elas. Às vezes, até bloqueando uma parte do salário para gastar com aquilo”, sugere.
A quem quiser evitar essa situação nos anos seguintes, Afrânio dá duas dicas: interação familiar e planejamento das finanças. “Essa relação entre os parentes é necessária, e algumas pessoas podem participar complementando a renda. É preciso ter uma conversa franca. O segundo passo é se organizar para reservar o dinheiro das despesas futuras. Assim, a pessoa não fica em uma situação de risco, podendo se tornar inadimplente”, completa.

Tipos de dívida

  Total (%)
Cartão de crédito 94,2
Financiamento de carro 30,9
Financiamento de casa 19,4
Cheque especial 10,1
Crédito consignado 9,0
Carnês 8,0
Cheque pré-datado 5,4
Crédito pessoal 2,8
Outras dívidas 0,9

Comprometimento da renda com débitos

Total (%)
Até 10% 2,6
De 11% a 50% 69,2
Mais de 50% 27,3
Não sabe/Não respondeu 0,9
Fonte: Fecomércio-DF

Inadimplentes

Período Janeiro/2019 Dezembro/2019 Janeiro/2020
Famílias endividadas 772.443 (79,2%)      790.972 (79,7%)     806.375 (81,1%)

Brasil

Por

Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

Continuar Lendo

Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

Por

Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

Continuar Lendo

Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

Por

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

Continuar Lendo

Trending

Avenida Agamenon Magalhães, 444
Empresarial Difusora – sala 710
Caruaru – PE

Redação: (81) 2103-4296
WhatsApp: (81) 99885-4524
jornalismo@agrestehoje.com.br

comercial@agrestehoje.com.br

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados