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Covid-19: Rio pode suspender aplicação da 1ª dose por falta de vacinas

Secretário de Saúde afirmou que estoque termina hoje

© Tânia Rêgo/Agência Brasil

O secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, disse hoje (10) que o Rio de Janeiro pode suspender a aplicação da primeira dose das vacinas contra covid-19 a partir de amanhã (11) se uma nova remessa de doses não chegar à cidade.

“A gente tem estoque de primeira dose para até o final do dia de hoje, para pessoas de 25 anos. E a gente precisa de uma remessa com mais doses para poder continuar o calendário de primeira dose da semana. Para a segunda dose, o calendário está garantido”, disse Soranz, que afirmou ter a expectativa de que o Ministério da Saúde distribua 11 milhões de doses aos estados ainda hoje.

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) respondeu que depende da chegada das doses do ministério para fazer novos repasses aos municípios. Segundo a assessoria de imprensa da SES, essa distribuição pode ser feita rapidamente, assim que as doses chegarem.

Já o Ministério da Saúde afirmou que vai distribuir mais doses ao Rio de Janeiro nos próximos dias. Segundo a pasta, foi definida no último sábado (7) a liberação de mais 4,5 milhões de doses aos estados e Distrito Federal, sendo que 416 mil doses serão destinadas ao estado do Rio.

“O Ministério da Saúde informa que haverá uma compensação gradual dos quantitativos de vacinas enviados de modo complementar, de maneira que todos os estados deverão finalizar o processo de imunização sem que haja benefícios ou prejuízos a suas respectivas populações”, disse o ministério, que lembrou que 994,4 mil doses foram entregues ao estado na semana passada.

No fim de julho, o município chegou a suspender a aplicação da primeira dose, também por falta de vacina. A suspensão durou cinco dias.

Momento preocupante

O secretário de Saúde da capital fluminense avaliou que a pandemia está em um momento preocupante na cidade, com o inverno e a disseminação da variante Delta impulsionando o número de casos.

A média móvel de novos casos de covid-19 na cidade do Rio de Janeiro saltou de 1.115 novos diagnósticos por dia, em 25 de julho, para 1.592, em 8 de agosto, segundo o painel de dados Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Já a média móvel de novos óbitos está em queda desde o início de agosto e chegou anteontem (8) a 46 vítimas por dia na média dos últimos sete dias.

Em reunião realizada na manhã de ontem, o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura do Rio de Janeiro, composto por pesquisadores, recomendou que a reabertura anunciada para setembro pelo prefeito, Eduardo Paes, tenha como requisito um percentual maior de vacinados.

Reabertura

Paes havia anunciado que poderia iniciar a reabertura no início de setembro com 45% da população imunizada com duas doses ou dose única, mas os pesquisadores propuseram aumentar o percentual para 50%.

O grupo recomendou que a primeira etapa da reabertura permita apenas eventos em locais abertos com até 500 pessoas e limitação de 50% de público nos estádios, com exigência de que os torcedores estejam com a vacinação completa.

O comitê sugeriu adiar da primeira para a segunda etapa da reabertura o funcionamento de boates, casas de show e danceterias, também com 50% de público e exigência de vacinação completa. Na segunda etapa da reabertura, 65% da população carioca precisa ter concluído a imunização.

Para os pesquisadores, a reabertura deve ter como premissas um cenário epidemiológico favorável, o aporte adequado de vacinas pelo Programa Nacional de Imunizações, alta performance de vacinação da população do município do Rio e alta cobertura vacinal completa acima de 60 anos e comorbidades.

Soranz classificou as recomendações como ajustes ao plano anunciado anteriormente e disse que a secretaria está com suas energias concentradas em aplicar o máximo de doses que for possível em quem buscar os postos de vacinação. Por isso, a busca ativa de pessoas que precisam completar o esquema vacinal e não compareceram na data marcada para a segunda dose foi suspensa e deve ser retomada a partir do dia 20. Agência Brasil

 

 

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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