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Covid-19: Rio de Janeiro revoga medidas restritivas

Máscaras e passaporte vacinal continuam obrigatórios

© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A prefeitura do Rio de Janeiro revogou os decretos que determinam medidas restritivas contra a pandemia de covid-19. O Decreto nº 49.766, publicado na edição de hoje (12) do Diário Oficial do município, libera a ocupação completa de espaços como boates e danceterias, o uso de ar-condicionado em táxis, ônibus e transporte por aplicativo e a obrigatoriedade de testagem contra a doença em festas e eventos esportivos.

Ficam mantidas a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção em ambientes fechados e no transporte coletivo e a exigência do passaporte vacinal. Segundo o prefeito Eduardo Paes, apesar de a cidade estar prestes a completar 75% da população com o esquema vacinal completo, a decisão de manter o uso das máscaras foi tomada contra a orientação do Comitê Científico, que liberava o uso obrigatório em locais fechados a partir desse momento.

“Eu neguei a ciência ao não abrir, vamos continuar com a antropologia. Dificilmente nós vamos ter um cenário mais baixo do que esse. A medida de liberação de máscara vai partir mais de um consenso, de compreensão do que diz o governo do estado, o governo federal, esse entendimento de que a coisa estabilizou mesmo. O critério científico estava dado, mas eu resolvi ser mais restritivo”, explicou.

Melhora considerável

Os dados do Boletim Epidemiológico divulgado hoje (12) pela prefeitura indicam uma melhora considerável no quadro da pandemia na cidade. O mapa de risco de transmissão está baixo (em verde) em todo o município pela terceira semana seguida. A redução de internações na comparação com o último pico, há dois meses, é de 93% e hoje há cerca de 50 pacientes internados pela doença, sendo que 90% deles não tinham o esquema vacinal completo.

Quanto aos óbitos por covid-19, a redução foi de 95,9%. Há dois meses a cidade registrava 416 óbitos em uma semana e, na semana passada, 17 pessoas morreram vítimas da doença. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atualmente apenas 3% dos testes feitos na cidade dão positivo para covid-19 e a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que a doença está sob controle quando menos de 5% dos testes dão resultado positivo.

Eduardo Paes ressaltou que a pandemia não acabou, apesar dos dados favoráveis. “Dado o fato de que essa doença deve permanecer entre nós sem ser erradicada, nós dificilmente vamos viver um momento mais baixo do que isso. Taxa de transmissão, número de casos, número de óbitos. Mas eu acho que tem uma questão importante, que é o sinal que a gente comunica para a população, se disser que não precisa mais usar máscaras dentro, parece que acabou por completo. E não é assim. O vírus está por aí, provavelmente vai continuar um tempo e é importante que as pessoas tenham consciência disso. Então, essa medida é muito mais pedagógica do que científica”, disse.

Vacinação

Na próxima semana, a Secretaria Municipal de Saúde finaliza a aplicação da dose de reforço nas pessoas com 60 anos ou mais, concluindo a etapa com duas semanas de antecipação. Até o momento, 67,2% dos idosos receberam a dose de reforço, com a aplicação de 933 mil doses, incluindo os profissionais de saúde.

Considerando a população acima de 18 anos, 99,9% dos adultos estão vacinados com a primeira dose e 92,7% já têm o esquema completo. Entre o público-alvo, a partir de 12 anos, 99,7% receberam a primeira dose e 85,1% têm o esquema completo. Na população total do município, são 87,5% com a primeira dose e 72,9% com esquema completo.

A secretaria anunciou, também, a antecipação da segunda dose da Pfizer para quem tem 15 anos ou mais. O prazo foi reduzido de 12 semanas para 21 dias.

O prefeito informou, ainda, que gostaria de aplicar a dose de reforço nas pessoas a partir de 30 anos, mas que depende da orientação do Ministério da Saúde. “É um pleito que a cidade do Rio de Janeiro faz. Nós respeitamos o calendário nacional de imunização, mas entendemos que seria necessário aplicar a terceira dose nas pessoas a partir dos 30 anos”, acrescentou.

Na segunda-feira, feriado de 15 de novembro, a prefeitura promove o primeiro ato público “pós período crítico da pandemia”, anunciou o prefeito. É para celebrar a melhora do quadro epidemiológico. Será um evento no Parque Madureira, na zona norte da cidade, em parceria com a igreja Assembleia de Deus de Madureira, de 14h às 17h. Haverá vacinação contra a covid-19 no local.

A prefeitura anunciou, também, que a Secretaria Municipal de Saúde vai deixar de promover entrevistas coletivas ordinárias sobre o boletim epidemiológico da covid-19, que eram semanais e desde outubro passaram a ser quinzenais. Os dados consolidados continuarão a ser divulgados às sextas-feiras. Agência Brasil

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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