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Brasília

Conheça os voluntários da campanha de vacinação contra a covid-19 no DF

Servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal começaram a atuar, nessa quarta-feira (3/2), como voluntários na campanha de imunização contra o novo coronavírus. Eles contam ao Correio detalhes sobre a nova experiência

(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Arthur Oliveira, 26 anos, preparava-se para curtir as férias em Natal (RN) quando o celular dele vibrou, indicando a chegada de uma mensagem no WhatsApp. Era a coordenadora de residência em enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), Jaqueline Gomes. Em um grupo, ela sugeria aos participantes que se voluntariassem na campanha de vacinação contra a covid-19 do Distrito Federal. Àquela época, as aplicações das doses começariam em duas semanas.

Arthur não teve dúvidas: antecipou o fim do descanso e resolveu colocar o nome na lista de interessados. “Eu me senti na obrigação de participar. Fico feliz em poder ajudar e garantir a imunização da população”, conta o enfermeiro. O trabalho dos voluntários do DF começou nessa quarta-feira (3/2). A rotina dele é como a dos demais profissionais: chegam às 7h no posto de saúde para receber as primeiras orientações, são distribuídos pelos setores de atendimento e começam a organizar as filas dos que serão vacinados.

Arthur trabalhava em salas de cirurgia do Hospital Regional do Paranoá, onde atendia casos graves. Agora, vai se dedicar à atenção primária, na Unidade Básica de Saúde (UBS) nº 3 do Gama. “Aqui, o paciente está lúcido e consciente. No centro cirúrgico, ele chega morrendo de dor e entra para fazer o procedimento. A experiência que tive com atenção básica foi a da graduação em enfermagem”, acrescenta o jovem.

O grupo de voluntários não tem previsão de encerrar os trabalhos, pois a campanha de imunização não tem data para acabar. Por ora, o atendimento é só para os idosos com 80 anos ou mais. A abordagem, segundo Arthur, ocorre de maneira diferenciada. “Tenho de falar um pouco mais alto, porque muitos deles (idosos) têm problemas de audição. É preciso olhar no olho, perguntar se entendeu e ter um processo de comunicação mais efetivo”, detalha o enfermeiro.

Distribuição

Mesmo com touca, óculos de proteção, máscaras e capote verde-claro, é possível identificar os rostos dos jovens voluntários que trabalham nas UBSs para reforçar a vacinação. Lizandra de Sousa Costa, 26, atua na mesma unidade de saúde que o colega Arthur. Ela também estava habituada a outro ritmo, pois trabalhava no centro cirúrgico do Hospital de Base. Desde quarta-feira (3/2), trocou os plantões no Plano Piloto para cumprir uma jornada de 60 horas semanais no Gama. “Fazemos de tudo: recebemos o paciente, preenchemos fichas, fazemos entrevistas por causa do controle de prioridades, preenchemos o cartão de vacinação e aplicamos as doses. Hoje (quarta-feira), foi bem corrido, mas estamos em seis voluntários. Está dando para ajudar”, avalia Lizandra.

Antes de serem distribuídos entre os pontos de atendimento, os voluntários passam por capacitação na Rede de Frio da Secretaria de Saúde, onde ficam armazenadas as vacinas. Durante a manhã de ontem, o grupo se reuniu com gestores de saúde, para receber informações sobre a vacinação. “Falaram do processo desde o início: como começou a vacinação (no DF), onde começou, quem é a prioridade, quais as datas, as vacinas usadas, qual é o tempo até a segunda dose, quais as fichas que devem ser preenchidas”, detalha Lizandra.

O auge do encontro ficou para o fim. Depois de ouvirem toda a explicação, os voluntários receberam a primeira dose do imunizante contra a covid-19. “Eu queria muito (ser vacinada). Nunca tive medo da vacina. E quem aplicou foi uma amiga minha. Fiquei supertranquila. Ela recebeu o treinamento e me vacinou”, comemorou Lizandra.

Marlos Pires, 26, também é enfermeiro, residente, voluntário e, assim como Lizandra, recebeu a vacina. “Não doeu nada. Não tive qualquer reação. Fiquei muito emocionado por chegar minha vez”, disse o jovem. Até segunda-feira, ele trabalhava no Hospital Regional de Santa Maria. Agora, ele atua na UBS nº 5 do Gama. Para completar, desde que se ofereceu para ajudar na vacinação, o local de trabalho ficou mais perto de casa. “Moro na mesma região administrativa e venho a pé, porque é muito próximo”, completa Marlos.

Reconhecimento

Ana Cristina de Carvalho, 47, é dentista e servidora pública. Ela atua como técnica em saúde e faz parte da equipe designada para ajudar no enfrentamento da pandemia. A função é motivo de orgulho. Ana Cristina fica na UBS nº 1 da Asa Norte, sendo responsável pelo acolhimento inicial de pacientes com suspeita da covid-19. Ela costumava fazer a coleta de material biológico para submissão aos testes.

Agora, com a campanha de vacinação, a servidora faz a triagem e preenche a ficha cadastral de idosos. “Somos movidos pela coragem. Temos de ter a consciência de que estamos ali para prestar um serviço à comunidade. Fico feliz quando a ouvidoria recebe um agradecimento pelo nosso trabalho. Isso gera motivação e significa que temos sido úteis neste momento tão difícil. Os pacientes que nos procuram querem ser recebidos com um sorriso, com carinho e educação. Essa é nossa intenção”, destaca Ana Cristina.

A cirurgiã-dentista Tatiana Oliveira, 44, também integra o grupo designado para reforçar a equipe de combate à covid-19. Para ela, o trabalho voluntário é uma forma de servir à população. “Estamos atuando desde o começo da pandemia. Somos treinados para tomar os cuidados necessários e fazer os procedimentos com segurança”, conta Tatiana.

Como os responsáveis pela aplicação das doses são enfermeiros e técnicos de enfermagem, Tatiana fica responsável pelo preenchimento das fichas de pacientes. No entanto, a depender da demanda, ela também tem autorização para imunizar. “Na primeira semana, vacinamos os servidores da Secretaria de Saúde e, agora, são os idosos acima de 80 anos. Graças a Deus, tem havido muita procura, e estou feliz em participar desse momento histórico. Estamos com expectativa de que, à medida que a vacinação caminhar, a doença diminuirá mais e mais na comunidade”, acrescenta a dentista.

Para saber mais

Seleção

Na semana passada, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) abriu processo para recrutar voluntários e reforçar as equipes de vacinação. Na segunda-feira (1º/2), a pasta deu início à imunização de idosos com 80 anos ou mais em 40 salas de vacina e postos drive-thru. Com a alta demanda, alguns pontos registraram longas filas e demora nas aplicações. Profissionais da área administrativa da pasta começaram a ser deslocados para reforçar os atendimentos.

Até quarta-feira (3/2), cerca de 550 servidores se inscreveram para trabalhar como voluntários na campanha. Ao término das atividades, eles receberão um certificado de participação. Cada ponto drive-thru conta, em média, com 15 profissionais da SES-DF, além de três voluntários e três administrativos. As unidades básicas de saúde dispõem das equipes existentes nas respectivas salas de vacina.

 

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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