Brasil
Confira como continuar pagando R$ 5 nos trens no Rio; tarifa de R$ 7,40 entra em vigor no dia 2
Para ter direito ao benefício, é preciso possuir o Bilhete Único Intermunicipal. Ativação para quem tem o cartão expresso e o vale-transporte pode ser feita pessoalmente ou pela internet
O reajuste da passagens dos trens no Rio de Janeiro entra em vigor em 2 de fevereiro. O valor aprovado pela Agetransp para a tarifa foi de R$ 7,40. Mas os usuários que ativarem o Bilhete Único Intermunicipal (BUI) continuarão pagando R$ 5. A medida, que representa uma economia de R$ 2,40 em cada viagem e pode chegar a R$ 105,6 no mês, será possível com a implementação da tarifa social ferroviária, em que o governo do estado vai arcar com essa diferença.
Quem já possui o Bilhete Único Intermunicipal não precisa fazer nada. Já os que têm o cartão Vale-Transporte devem procurar o setor de recursos humanos da empresa em que trabalham para pedir o benefício. Já quem possui o Riocard Mais Expresso, aquele que é comprado pelo próprio usuário, terá de transformá-lo em BUI indo pessoalmente a uma das 20 lojas da Riocard, no posto extra que foi aberto na segunda-feira na Central ou pela internet. O passageiro que optar pelo cartão unitário da SupeVia não tem direito ao desconto e pagará R$ 7,40.
A recomendação é para que as pessoas não deixem o cadastro para depois do dia 2, porque o passageiro não irá se beneficiar da tarifa social desde a sua entrada em vigor.
A seguir, um guia com as principais dúvidas preparado para orientar os usuários de trem do Rio:
O que é a tarifa social ferroviária?
É um benefício concedido pelo estado que garante a manutenção do valor da passagem dos trens em R$ 5, a partir do dia 2 de fevereiro, quando entra em vigor o reajuste contratual de R$ 7,40.
Quem pode ser beneficiado?
Todas as pessoas com idades entre cinco e 64 anos, que declararem ganho mensal de até R$ 7.507,49 e possuírem um cartão Riocard Mais habilitado no Bilhete Único Intermunicipal (BUI) e vinculado ao próprio CPF.
Qual documento é preciso apresentar na hora do cadastro do Bilhete Único Intermunicipal?
Qualquer documento oficial com foto. A comprovação de renda é autodeclaratória.
Qual é o prazo para fazer o cadastro do Bilhete Único Intermunicipal para se beneficiar da tarifa social ferroviária?
Não há um prazo limite. Mas, a recomendação é fazer antes do dia 2 de fevereiro, quando entra em vigor o reajuste contratual da tarifa.
Quem já tem o Bilhete Único Intermunicipal habilitado precisa fazer o que?
Nada. Se você já está com BUI devidamente habilitado no seu CPF, automaticamente você já tem direito à tarifa social.
Como saber se já sou habilitado no Bilhete Único Intermunicipal?
Para verificar se o seu cartão possui o BUI acesse: https://www.cartaoriocard.com.br/rcc/paraVoce/consultarCpf. Outro caminho é entrar em contato com o assistente virtual da Riocard Mais pelo WhatsApp (21 2127-4000).
Meu cartão é um vale-transporte feito pelo meu empregador. Como faço para habilitar o BUI?
Procure o RH da empresa e solicite o benefício.
Tenho o cartão expresso (aquele que o próprio usuário compra) e não está cadastrado no sistema Riocard Mais e nem no BUI. Como faço?
Pode fazer o cadastramento numa loja Riocard Mais ou os postos de atendimento especial. Outra maneira de se cadastrar é pela internet, entrando com login e senha no site (https://www.cartaoriocard.com.br/rcc/paraVoce/login).
Não tenho Riocard Mais. Como faço?
O caminho mais indicado é procurar uma das lojas Riocard Mais ou os postos de atendimento especial que serão instados em estações da SuperVia. O primeiro já está em funcionamento na Gare Pedro II, na Central do Brasil.
Tenho cadastro do cartão expresso, mas não me lembro do login nem da senha. Como recuperar?
Basta ir numa loja Riocard Mais e pedir para recuperar login e senha que serão exigidos para fazer o cadastramento pela internet
Quem já foi habilitado no BUI em algum momento e deixou de usar o cartão deve fazer o que?
Depois de 120 dias sem uso, o cartão é bloqueado por questões de segurança. Basta se dirigir a um terminal de consulta ou de recarga do Riocard. Ao encostar o cartão no visor ele é desbloqueado. O desbloqueio também pode ser feito pelo celular desde que tenha o aplicativo da Riocard com NFC
Quem fizer o cadastro pela internet faz como para pegar o cartão?
Quem pedir o cartão pelo site tem duas opções: pegar na loja, gratuitamente, ou pagar aos Correios para fazer a entrega no seu endereço.
Moro na Zona Sul do Rio e minha empregada reside em Campo Grande, na Zona Oeste. Mesmo assim ela tem direto ao Bilhete Único Intermunicipal?
Tem direito sim, porque o benefício foi atrelado à tarifa do trem.
Tenho o BUI, mas o cartão está apresentando erro de leitura. O que fazer?
É preciso procurar uma loja da Riocard Mais. Se for constatado que o cartão está com defeito, você receberá outro, sem custo. Isso não vale para cartão quebrado ou com defeito provocado por mau uso. Nesse caso é cobrado pela segunda via uma taxa correspondente a sete vezes o valor da tarifa do Rio.
Público potencial de 200 mil pessoas
A Riocard estima haver um público potencial de 200 mil pessoas que têm direito ao benefício. O número leva em conta levantamento feito nos últimos três meses com passageiros que utilizaram os trens e não fizeram o pagamento com Bilhete Único, segundo a gerente de Marketing da Riocard Mais. Diariamente passam pelas catracas da Supervia, uma média de 350 mil pessoas, segundo dados da própria concessionária.
Nova forma de pagamento: Usuário já pode pagar a passagem do transporte público com celular no Rio
É gente como a camelô Lúcia Helena dos Santos da Silva, de 46 anos. Moradora em Gramacho, na Baixada Fluminense, ela utiliza três conduções por dia para se deslocar até a Zona Sul do Rio, onde monta sua banca nos bairros da Lagoa e Botafogo. A despesa atual com passagens é de R$ 38,60, por dia, podendo atingir R$ 43,40, com aplicação da nova tarifa cheia dos trens.
— Não sabia se podia comprar o cartão e me beneficiar do desconto na tarifa. Mas, já me informei e disseram que posso sim, desque que o habilite como Bilhete único Intermunicipal. Até fiquei mais tranquila, porque já tenho uma despesa muito grande com passagens e ia aumentar ainda mais — disse a passageira.
Brasil
Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos
Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva
Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.
A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.
O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.
“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.
Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.
Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.
Agência o Globo
Brasil
Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta
Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida
Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.
Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.
Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.
“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.
Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.
Entenda o contexto
O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.
O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.
O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.
O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.
O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.
Agência o Globo
Brasil
Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias
Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.
“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.
O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.
Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.
Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.
“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.
A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.
Agência Brasil
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