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Como pedir isenção no ENEM 2023? Veja onde solicitar e cronograma de provas

Prazo para pedir isenção no Enem 2023 começou e vai até 28 de abril. Confira o passo a passo para fazer a prova gratuitamente

(Marcello Casal Jr/Agência Brasil) (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Alunos de escolas públicas e de baixa renda, entre outros, têm direito a fazer sem pagamento de taxas a prova do Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela prova, abriu nesta segunda-feira, 17, o prazo para solicitar a isenção no Enem 2023.

O prazo para pleitear a isenção vai até 28 de abril. E atenção: o estudante deve fazer essa solicitação antes mesmo da inscrição oficial no Enem, que ainda não foi aberta.

Veja passo a passo as informações necessárias para pedir a isenção no Enem.

Como pedir isenção no Enem – passo a passo

O pedido de isenção deve ser feito pela Página do Participante no Enem 2023 (clique aqui para acessar).

Na página, o participante deve clicar em Justificativa/Isenção para iniciar o processo de pedido da isenção no Enem 2023.

 (Inep/Reprodução)

Depois disso, a página solicitará dados do participante, como CPF e data de nascimento. 

Também serão solicitados os documentos que comprovem o perfil socioeconômico do candidato, para provar que há direito a esta isenção. O participante terá, então, de anexar na página os documentos que virão a ser solicitados.

Por exemplo, se o candidato quer solicitar isenção porque está cursando o terceiro ano do ensino médio em escola pública, precisará enviar uma declaração de matrícula na escola que comprove sua situação.

Os documentos solicitados para cada tipo de perfil estão descritos em detalhes no edital do processo de isenção para o Enem 2023 (veja aqui).

Quem recebeu isenção em 2022 mas faltou à prova, também terá de justificar sua ausência nesse mesmo processo antes de pedir uma nova isenção para 2023 (veja detalhes abaixo).

Quem tem direito a isenção da taxa de isenção do Enem 2023?

Para obter isenção no Enem 2023, o participante deve cumprir algum dos seguintes critérios, a serem comprovados na hora da solicitação:

1) Ser aluno do terceiro (último) ano do ensino médio na rede pública:

  • É preciso estar cursando o terceiro ano do ensino médio no ano de 2023, seja regular, EJA ou outras modalidades;
  • E que o terceiro ano esteja sendo cursado em uma escola da rede pública;

2) Ter feito o ensino médio completo na rede pública ou em escola particular com bolsa integral, desde que com renda per capita abaixo de 1,5 salário mínimo:

  • É preciso que o participante tenha cursado todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral na rede privada;
  • E que tenha renda per capita que seja igual ou inferior a um salário mínimo e meio, isto é, a no máximo R$ 1.980 por pessoa (a renda per capita é a renda total da família dividida pelo número de membros; uma família de 4 pessoas pode, assim, ter renda total de R$ 7.920 para ter isenção).

Alunos que tenham cursado ensino médio na rede pública/com bolsa total na rede privada, mas que não estejam na faixa de renda acima, não terão sua isenção no Enem aprovada. Neste caso, será preciso enviar ao Inep documentos que comprovem a renda declarada.

3) Estar em família em situação de vulnerabilidade social, oficializada no CadÚnico:

  • É preciso que o aluno pertença a uma família oficializada como em situação de vulnerabilidade social, inscrita no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico). É o que ocorre, por exemplo, com famílias que são beneficiárias do Bolsa Família;
  • Nesse caso, o aluno precisará ter em mãos o Número de Identificação Social (NIS) para provar essa condição.

Quem faltou no Enem 2022 pode pedir isenção em 2023? Como justificar a falta?

Uma nova isenção para os faltantes só será concedida mediante justificativa. Assim, alunos que obtiveram isenção para realizar o Enem 2022 mas não compareceram à prova devem justificar sua ausência, e a justificativa será avaliada pelo Inep.

O processo de justificativa de ausência deve ser feito no mesmo site e no mesmo prazo (entre 17 e 28 de abril) da isenção.

No site do participante, será preciso anexar comprovantes que justifiquem a ausência em 2022, como um boletim de ocorrência ou atestado médico.

A justificativa só precisa ser feita por quem teve gratuidade em 2022, mas não fez a prova. Alunos que, por algum motivo, pagaram para fazer a prova em 2022, mas pretendem pedir gratuidade em 2023, não precisam justificar a ausência. O sistema da página do participante informará os critérios em cada caso.

Até quando é possível pedir isenção no Enem 2023?

O pedido de isenção ocorre antes da inscrição no Enem em si e deve ser pleiteado pelos estudantes já a partir desta segunda-feira, 17 de abril, e vai até 28 de abril.

Quem perder esse prazo, mesmo que se encaixe no perfil que teria direito a isenção, terá de invariavelmente pagar para fazer o Enem.

  • Prazo para pedir isenção online: de 17 a 28 de abril;
  • Resultado: o resultado da isenção sai em 8 de maio;
  • Recurso: há depois um prazo para recurso de quem teve a inseção negada (veja os detalhes abaixo);
  • Inscrição oficial no Enem: a inscrição de fato no Enem só ocorre depois, de 5 a 16 de junho. Nessa etapa, alunos que tiveram a isenção aprovada não precisam pagar taxa de inscrição.

Portanto, atenção: o pedido de isenção é um processo anterior à inscrição no Enem e separado da mesma. Ter a isenção aprovada não isenta o participante de ter, depois disso, de realizar a inscrição junto aos demais alunos em junho.

Quando sai o resultado da isenção?

O cronograma das solicitações de isenção e prazo para recursos é o seguinte:

Justificativa de ausência no Enem 2022 e solicitação de isenção de pagamento da taxa de inscrição para o Enem 2023 17/4/2023 a 28/4/2023
Resultado da justificativa e da solicitação de isenção 8/5/2023
Prazo para recurso 8/5/2023 a 12/5/2023
Resultado do recurso 19/5/2023

Para quem não obtiver isenção, qual é a taxa para fazer o Enem?

Para os demais alunos que não têm direito à isenção, o Inep, responsável pelo Enem, cobra anualmente uma taxa dos interessados em realizar a prova. O valor cobre parte dos custos operacionais como a impressão, logística e organização do exame. Em 2022, a taxa do Enem foi de R$ 85.

A taxa do Enem para 2023 ainda não foi divulgada. A taxa só terá de ser paga depois de feita a inscrição oficial, em junho, em cronograma ainda a ser divulgado.

Cronograma do Enem 2023

As inscrições para o Enem 2023 começam em junho, e as provas serão aplicadas em novembro. Os resultados oficiais, como em outros anos, só serão divulgados em 2024. Veja a seguir:

  • Inscrições do Enem 2023: 5 a 16 de junho
  • Provas: 5 e 12 de novembro
  • Gabarito oficial: 24 de novembro
  • Notas individuais liberadas aos participantes: 16 de janeiro de 2024

O Enem é considerado o principal vestibular do país, com cerca de 5 milhões de estudantes fazendo a prova anualmente.

O exame consiste em uma prova nacional, dividida em dois dias. A prova é organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC).

O Enem nasceu em 1998 para avaliar os conhecimentos do ensino médio, mas foi ampliado nos anos 2000 para se tornar uma porta de ingresso ao Ensino Superior. Atualmente, os resultados da prova permitem aos alunos opções como pleitear bolsa em universidades, como instituições privadas pelo Prouni, financiamento pelo Fies e vaga em universidades federais pelo Sisu, dentre outras possibilidades.

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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