Cidades
Como anda a vacinação no mundo? Sobram doses e falta logística
Desigualdades na distribuição de imunizantes contra a Covid-19 ameaça controle da pandemia em nível global
SÃO PAULO — Quinze meses após os primeiros britânicos serem imunizados com as doses iniciais da campanha global contra a Covid-19, 35,3% das pessoas do mundo ainda não receberam sequer uma aplicação de vacina contra o coronavírus, de acordo com levantamento da plataforma Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford. Em países pobres, são 14,8% sem ao menos uma agulhada, segundo dados do mesmo painel.
Diante dessa iniquidade na cobertura, especialistas afirmam que a preocupação em avançar com a imunização globalmente é um problema de todas as nações — para além de questões humanitárias. Isso porque locais menos vacinados propiciam maior circulação do vírus, o que facilita o surgimento de novas variantes, como explica o geneticista Salmo Raskin, do laboratório Genetika, em Curitiba.
A circulação de variantes, completa Wanderson de Oliveira, secretário de Serviços Integrados de Saúde no Supremo Tribunal Federal (STF), seja onde for, torna o Brasil mais vulnerável a novos surtos, diante da ampla conexão entre os países.
— Não precisamos ir muito longe, até o continente africano, para ver a discrepância na vacinação. Basta olhar para o nosso lado, na América Latina — afirma.
Para Oliveira, a tese de que novas infecções farão o vírus sofrer mutações para ficar mais leve não é necessariamente verdadeira:
— Ele pode evoluir para quadros mais leves, sim, mas também para mutações mais virulentas, com mais gravidade. Esse processo (de variação) se torna mais facilitado quanto há menos vacinados.
Problema logístico
Se no começo da imunização, o cenário global foi marcado por falta de doses — as farmacêuticas, sem insumos suficientes, não davam conta de produzir na escala da demanda —, agora sobram vacinas no mundo.
A pedido do GLOBO, a consultoria britânica Airfinity realizou um levantamento com todas as vacinas produzidas desde o início da pandemia. Foram 13,3 bilhões, número superior aos 7,7 bilhões de habitantes do globo, sendo que nem todos são elegíveis à imunização, sobretudo por pouca idade.
O problema, portanto, está nas esferas da conscientização e da logística para entregar as vacinas aos países mais pobres. A mesma Airfinity já demonstrou que 240 milhões de vacinas disponíveis no mundo tinham prazo de validade para o mês de março passado. Ou seja, com grande risco de desperdício.
Uma das demonstrações desse excesso de doses é a interrupção da produção de CoronaVac pelo Instituto Butantan. Tão logo firmou-se o acordo com a farmacêutica chinesa responsável pela vacina, a Sinovac, foi ventilado, pelo governo paulista, que a nova fábrica do polo — com capacidade para 100 milhões de doses anuais — seria um ponto estratégico de distribuição para a América Latina. Não foi o que se viu no segundo semestre de 2021, quando a fabricação cessou.
O presidente do Butantan, Dimas Covas, disse que alguns países, além da doação de doses da CoronaVac, pediam que a logística de transporte também fosse doada, alegando falta de recursos.
Covax em baixa
Uma das responsáveis pelo programa Covax, ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), a Aliança Gavi diz que tem concentrado esforços para “ajudar os países a fortalecer seus sistemas de saúde e, quando possível, acelerar e expandir as metas de cobertura”. Ou seja, há doses, mas falta coordenação.
Especialistas classificam que o mecanismo Covax, de distribuição de vacinas, fracassou. O programa planejava imunizar 2 bilhões de pessoas em 2021, mas enviou somente 500 milhões de doses para 105 países.
Sue Ann Costa Clemens autora do livro “História de uma vacina” (Editora Intrínseca) e professora de Oxford ressalta que uma parcela da população não deve chegar a se vacinar caso não exista coordenação mundial.
— Na África, por exemplo, existe um foco maior na a vacina da malária do que na Covid-19. Temos que pensar em diferentes instituições em nível internacional, inclusive a OMS, fortalecendo a divulgação da vacinação — diz.
Cidades
OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira
O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.
Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.
Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.
Cidades
Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef
A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.
O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.
Cidades
PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.
O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.
Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.
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