Cidades
Com codinome ‘águia’, Bolsonaro causa apreensão em seguranças
Agentes veem “excesso de informalidade” de presidente, que já foi aconselhado a reavaliar sua postura
Uma ave desperta preocupação na capital federal. “Águia se aproxima”, diz um segurança do Planalto para os colegas pelo sistema de rádio. “Águia vai sair agora”, informa outro. O grupo de agentes que faz a escolta do presidente Jair Bolsonaro (PSL) só relaxa quando ele entra no Alvorada, residência oficial, para descansar: “Águia no ninho. Missão cumprida. Ok?”
Codinome de Bolsonaro usado pelos seguranças, a águia já foi símbolo da Presidência quando os chefes do Executivo despachavam no Palácio do Catete, no Rio, uma construção com estátuas da ave no telhado. Uma foto de Juscelino Kubitschek (1956-1961) no heliponto do prédio e na frente das asas de uma das aves do telhado do palácio marcou o governo do presidente “voador”.
Com a transferência da capital para Brasília, as emas do Alvorada desbancaram a temida ave de rapina. Depois de generais “sisudos” e civis “espontâneos” ocuparem o poder, a águia está de volta à simbologia da Presidência da República.
Não há uma regra para a escolha do apelido pelos seguranças do palácio. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o “Eclipse” – “o tempo fechava sempre”, relataram antigos agentes que atuam no Planalto. Já a presidente cassada Dilma Rousseff era chamada de “Cristal” – “se cair, quebra”, lembraram.
No Planalto, o comportamento da “Águia” tem sido motivo de apreensão. A preocupação, segundo auxiliares, é com o que consideram “excesso de informalidade” do presidente e com questões de segurança.
Embora seja oriundo do Exército e tenha redobrado o cuidado com sua proteção pessoal após o atentado a faca que sofreu durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em setembro passado, Bolsonaro não suportou muitos dias o ostensivo sistema de segurança ao chegar a Brasília.
Ainda no governo de transição, ele mandou dispensar os batedores da Polícia Militar que abriam o trânsito para sua comitiva e diminuir o número de agentes da Polícia Federal na sua escolta. Assim que assumiu o poder, a guarda dele, por norma antiga, passou para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sendo feita por militares do Exército.
Um amigo do presidente disse que a equipe de segurança não esconde a preocupação quando Bolsonaro para na portaria do Alvorada para cumprimentar simpatizantes ou, nos aeroportos, ao entrar ou sair do carro, dar a mão para os batedores ou para o “cara do tratorzinho do avião”. “Ele está tentando manter a autenticidade dele”, avaliou. “Vai acabar entendendo que terá de chegar a um meio-termo, mas não vai ser amarrado.”
As quebras de protocolo na Presidência, comuns nos governos de Itamar Franco (1992-1994) e, principalmente, de Lula, foram interpretadas neste início de governo — até por aliados próximos de Bolsonaro — como quebra da “liturgia do cargo”, termo usado por José Sarney (1985-1990) para se referir às regras do cerimonial e do comportamento de um titular da Presidência da República.
Chinelo e camiseta
Na semana passada, auxiliares pediram à exaustão que Bolsonaro “reavaliasse” sua postura. Ele foi aconselhado a evitar o uso de chinelo e camisa de futebol em cerimônia oficial – o presidente vestiu uma camisa do Palmeiras no evento de apresentação da reforma da Previdência -, a abandonar de vez o Twitter e a separar questões familiares de assuntos de governo.
Para esses auxiliares, Bolsonaro “é um presidente que insiste em não se adaptar à estrutura do palácio” – batizada por políticos e jornalistas, ainda nos anos 1970, como a “máquina de fazer presidentes”. Ao ocupar nos primeiros dias de janeiro o gabinete do terceiro andar do Planalto, Bolsonaro não aceitou, por exemplo, o telefone criptografado entregue pelo GSI. Quando tentou usá-lo, percebeu que o modelo só permitia ligações para quem tinha um outro igual.
Até agora, ele também reluta em deixar as redes sociais. Há poucas semanas, assinou decreto que passa a movimentação de suas contas no Twitter e no Facebook para uma Assessoria Especial do palácio. O grupo, como mostrou o Estado, era formado por indicados de seu filho Carlos Bolsonaro, que, na campanha, foi responsável pela área digital e, agora, exerce influência na Secretaria de Comunicação (Secom), dirigida pelo publicitário Floriano Barbosa de Amorim, homem de confiança da família.
Telefone
Interceptações e divulgação de conversas telefônicas causam temor no governo. As primeiras crises do mandato de Bolsonaro ocorreram após telefonemas particulares virem a público. A equipe do general Augusto Heleno, chefe do GSI, pouco poderia fazer, observaram assessores do Planalto, já que, em um dos episódios, foi Carlos quem divulgou áudio da conversa do pai com o então ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno. Depois da exoneração de Bebianno, outros áudios vazaram.
Nos últimos dias, Bolsonaro indicou que vai usar apenas o telefone criptografado cedido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para conversar com alguns ministros e o entorno palaciano. Mas continuará, vez ou outra, recorrendo ao telefone aberto.
O esforço de tentar “moldar” o presidente opõe assessores que conhecem a estrutura do Planalto e a família Bolsonaro. O que é considerado defeito para os conhecedores da vida palaciana é “compromisso de campanha” para o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). “Os áudios vazados só comprovaram que @jairbolsonaro é o mesmo em público e na vida particular”, escreveu no Twitter na sexta-feira passada.
Fonte Veja
Cidades
OAB-PE inaugura Sala da Advocacia na Justiça do Trabalho de Pesqueira
O presidente e a vice da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Fernando Ribeiro e Ingrid Zanella, inauguraram a Sala da Advocacia Geraldo Rolim Mota Filho, na Justiça do Trabalho de Pesqueira, nesta terça-feira (4). Além de toda estrutura de apoio ao exercício diário da advocacia, a sala também conta com o ‘Cantinho da Amamentação’, espaço exclusivo para atender a advogada em período de lactação de seu bebê.
Na solenidade, o presidente destacou a relevância do espaço. “Começando o dia realizando uma importante entrega para a advocacia de Pesqueira, que é a reinstalação da Sala da OAB, na Justiça do Trabalho no município. O local conta com computadores e uma excelente estrutura para os colegas. Além disso, a reinstalação traz uma grande inovação através da nossa presidente Márcia Almeida, que é o espaço para amamentação dedicado às colegas advogadas, mães lactantes”, comemorou o presidente da OAB-PE.
Estiveram presentes na inauguração, integrantes da diretoria da OAB Pesqueira; o presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-PE, Yuri Herculano; o presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 6ª Região (Amatra 6/PE), Rafael Val Nogueira; e o juiz titular da Vara, José Augusto Segundo. Após o evento, Fernando e Ingrid reuniram-se com advogados locais para ouvir as demandas da classe.
Cidades
Taquaritinga do Norte realiza nova edição do Fórum Comunitário Selo Unicef
A Prefeitura de Taquaritinga do Norte realizou a segunda edição do Fórum Comunitário Selo Unicef nesta segunda-feira (3). O evento, que teve parceria com a Câmara Municipal dos Vereadores, reuniu estudantes da rede municipal, profissionais da educação, saúde e assistência social e demais servidores da administração pública local.
O fórum é realizado pela Secretaria de Ação Social do município juntamente com a comissão intersetorial do Selo Unicef. O objetivo da entidade é estimular a participação da sociedade civil nos processos políticos dos municípios, apresentando e discutindo as atividades realizadas e seus resultados ao longo desta edição.
Cidades
PRF intensifica operações nas principais estradas de Pernambuco
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) inicia, nesta quarta-feira (29), a Operação Corpus Christi 2024. A ação coincide com o fim do Maio Amarelo e visa chamar atenção para a violência no trânsito em todo o País. Ela ocorrerá até o próximo domingo nas principais estradas que cortam Pernambuco, entre elas as BRs 232, 104, 407 e 428, que levam ao Agreste e ao Sertão do estado, e a BR-101, que dá acesso às praias.
O período tende a ser de fluxo mais intenso de veículos em direção ao interior pernambucano e também ao litoral. A PRF pretende reforçar a fiscalização em trechos críticos dessas rodovias, a partir de levantamentos sobre os locais onde são mais registradas as colisões com feridos ou mortes.
Para prevenir mortes por excesso de velocidade, os policiais irão atuar com radares portáteis que captam a velocidade do veículo a cerca de um quilômetro de distância. Com o objetivo de retirar condutores alcoolizados das rodovias, as equipes irão realizar abordagens com o uso de etilômetros, mais conhecidos como bafômetros. As ultrapassagens em local proibido também estarão no foco da fiscalização e as motocicletas terão uma atenção especial da PRF, devido ao aumento na quantidade de sinistros envolvendo esses veículos.
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