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Chuva forte no RJ causa alagamentos e transtornos; sirenes são acionadas e ruas da capital são interditadas

Só no Rio, choveu mais nas últimas 24 horas do que o previsto para setembro. Cidade está em estágio de atenção desde as 8h15 desta terça (22). Várias ruas estão alagadas e houve interrupção nos transportes. Tetos de unidades de saúde caíram.

Árvore cai na Rua Jardim Botânico — Foto: Reprodução

A chuva no Rio causa transtornos para moradores da Região Metropolitana.

Chove forte desde a madrugada desta terça-feira (22) em vários pontos da capital, Niterói, São Gonçalo e Baixada Fluminense. Desde 8h15, o município do Rio está em estágio de atenção devido ao temporal.

No início da tarde, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que só na capital, já choveu mais nas últimas 24 horas do que o esperado para todo o mês.

Alto da Boa Vista foi fechado por volta das 14h após atingir 265,0mm, o equivalente a 178% a mais de chuva em relação à média histórica para setembro (148,3 mm), de acordo com o Centro de Operações.

Na Zona Oeste, na Grota Funda, a média histórica é de 107,3mm e, nas últimas 24 horas, já choveu 188,4mm.

Um dos núcleos de chuva está estacionado na altura do Maciço da Tijuca,, região do Alto e da Zona Sul.

No final da tarde, por volta das 17h30, o sistema Alerta Rio da prefeitura informou que a chuva perdia força na região e a previsão era de chuva fraca a moderada nas próximas horas..

Seis ruas e avenidas tinham bloqueio total ao trânsito. Por volta das 16h, a queda de uma árvore interditou nos dois sentidos a Rua Jardim Botânico, uma das principais ruas da Zona Sul da cidade. Bombeiros trabalhavam no local para fazer a liberação do trânsito.

Confira quais são as outras interdições mais abaixo na reportagem.

As sirenes de alerta de 17 comunidades foram acionadas. O teto de três unidades de saúde caíram com a intensidade da chuva.

Desde as 10h30, os aeroportos Santos Dumont, no Centro, e o Internacional do Galeão, na Zona Norte, operam com a ajuda de instrumentos.

Por volta do mesmo horário, um trecho do corredor Transoeste do BRT foi fechado.

Também chove forte em outras regiões do estado do Rio. Na Região dos Lagos, foram registrados alagamentos e famílias estão desalojadas. Veja mais informações abaixo na reportagem.

Sirenes acionadas

A Defesa Civil municipal informou que, até as 15h50, foram acionadas as sirenes nas seguintes comunidades:

  • – Rocinha (7 sirenes) – 08:10;
  • – Formiga (3 sirenes) – 10:40;
  • – Sitio Pai João (1 sirene) – 10:53;
  • – Guararapes (1 sirene) – 11:48;
  • – Salgueiro (2 sirenes) – 12:49;
  • – Sumaré (2 sirenes) – 12:49;
  • – Borel (4 sirenes) – 13:56;
  • – Santa Marta (2 sirenes) – 13:57;
  • – Ladeira dos Tabajaras (1 sirene) – 14:10;
  • – Cabritos (2 sirenes) – 14:10;
  • – Escondidinho (1 sirene) – 14:10;
  • – Prazeres (1 sirene) – 14:10;
  • – Vila Elza (1 sirene) – 14:10;
  • – Babilônia (1 sirene) – 14:51.
  • – Chapéu Mangueira (2 sirenes) – 22/09/2020 – 14:51;
  • – Cantagalo (2 sirenes) – 22/09/2020 – 14:51;
  • – Pavão-Pavãozinho (3 sirenes) – 22/09/2020 – 14:51;

O Sistema de Alerta e Alarme Comunitário para Chuvas Fortes da Prefeitura do Rio monitora, ao todo, 103 comunidades de alto risco geológico, acionando as sirenes em caso de atingimento dos índices pluviométricos necessários para a desocupação preventiva.

Às 14h40, várias vias tinham grande acúmulo de água. Pelo menos 6 estavam interditadas.

  • Alto da Boa Vista (alagamento);
  • Rua Jardim Botânico (alagamento);
  • Rua do Catete (alagamento);
  • Av. Borges de Medeiros (alagamento);
  • Av. Mem de Sá; (queda de árvore);
  • Estrada da Gávea Pequena (deslizamento de terra).

Na Avenida Armando Lombardi, na Zona Oeste, a pista sentido Zona Sul ficou alagada. Motoristas encontravam dificuldade para passar pela Rua Paulo Mazzucchelli. A calçada foi completamente oculta pela água. Confira abaixo outras interdições.

Alagamentos e interdições

No Rio, várias alagamentos foram registrados e em alguns bairros, as ruas foram interditadas e isso torna o trânsito difícil. Às 13h, várias vias tinham grande acúmulo de água. Pelo menos 4 estavam interditadas. Confira abaixo os principais pontos:

Zona Oeste

  • Av. Ministro Ivan Lins, altura do Hotel IBIS, na Barra da Tijuca, sentido São Conrado
  • Av. Ministro Ivan Lins, altura da Praça Euvaldo Lodi, na Barra da Tijuca, sentido São Conrado
  • Av. Armando Lombardi, altura do Barra Point, na Barra da Tijuca, sentido Recreio
  • Av. Armando Lombardi, altura da R. Aldo Bonadei, na Barra da Tijuca, sentido São Conrado
  • Av. das Américas, altura do Downtown, na Barra da Tijuca, sentido S. Conrado (pista central)
  • Av. das Américas, altura do Barra Garden, na Barra da Tijuca, Sent. S. Conrado (pista lateral)
  • Estrada da Barra da Tijuca, nº1.020, no Itanhangá, sentido Alto
  • Estrada da Pedra, em Guaratiba, próximo do número 5.000
  • Estrada dos Bandeirantes, em Varges Grande
  • Estrada do Catonho, nº 17, sentido Sulacap
  • Av. Lúcio Costa, altura da Ponte Lúcio Costa

Zona Sul

  • Av. Epitácio Pessoa, sentido Rebouças, altura da R Fonte da Saudade
  • Av. Borges de Medeiros, altura da Praça Marcos Tamoyo
  • R. Humaitá – Alt. R. da Saudade – Humaitá – sentido Lagoa
  • Rua do Catete, altura da R Silveira Martins, no Catete – INTERDITADA
  • Rua do Catete, altura da R Pedro Américo, no Catete – INTERDITADA
  • Rua Prof. Saldanha, altura da R. Jardim Botânico – INTERDITADA
  • Rua Jardim Botânico, altura da R. Pacheco Leão, no Jardim Botânico – INTERDITADA
  • Lagoa-Barra, entrada do túnel Zuzu Angel, em São Conrado, sentido Lagoa
Localização dos principais pontos de alagamento no Rio do começo da tarde desta terça-feira (22) — Foto: Reprodução/ TV Globo

Localização dos principais pontos de alagamento no Rio do começo da tarde desta terça-feira (22) — Foto: Reprodução/ TV Globo..

Ruas do Catete viram um rio

No Catete, na Zona Sul, um rio se formou na esquina das ruas do Catete com Silveira Martins.

O ponto, próximo ao Museu da República, é conhecido pelos alagamentos. O trânsito não foi interrompido, mas poucos motoristas se arriscam a passar no meio da água. Alguns carros foram abandonados.

Poucos motoristas se arriscavam a passar pela esquina das ruas do Catete com Silveira Martins, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Poucos motoristas se arriscavam a passar pela esquina das ruas do Catete com Silveira Martins, na Zona Sul do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

 

Rio das Pedras

Em Rio das Pedras, na Zona Oeste, um colchão foi arrastado para o meio da rua. Chove forte desde a noite de segunda (21) e os moradores fizeram um esforço para tentar desentupir os bueiros.

Comerciantes colocaram tapumes na tentativa de evitar que a água dos alagamentos entrasse nas lojas.

Poucos motoristas se arriscam a passar por alagamento no Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Poucos motoristas se arriscam a passar por alagamento no Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio — Foto: Reprodução/ TV Globo

Centros de saúde

A chuva também causou estragos nos centros de saúde da cidade. No Centro Municipal de Saúde Dr. Alvimar Carvalho, em Pedra de Guaratiba, a água escorreu do teto no local onde os pacientes aguardam por atendimento.

Na Clínica da Família Manuel Fernandes de Araújo, na Pavuna, as calhas entupiram e parte do teto cedeu.

Na Clínica Vila do João, na Maré, parte do teto de gesso já tinha caído por causa de outra chuva, mas não houve reparo e o problema piorou. A Rio Saúde informou que acionou a empresa de manutenção para fazer o conserto.

Na Clínica da Família Manuel Fernandes de Araújo, na Pavuna, as calhas entupiram e parte do teto cedeu — Foto: Reprodução/ TV Globo

Na Clínica da Família Manuel Fernandes de Araújo, na Pavuna, as calhas entupiram e parte do teto cedeu — Foto: Reprodução/ TV Globo.

No Centro Municipal de Saúde Dr. Alvimar Carvalho, em Pedra de Guaratiba, a água escorreu do teto no local onde os pacientes aguardam por atendimento. — Foto: Reprodução/ TV Globo

No Centro Municipal de Saúde Dr. Alvimar Carvalho, em Pedra de Guaratiba, a água escorreu do teto no local onde os pacientes aguardam por atendimento. — Foto: Reprodução/ TV Globo

Chuva na manhã

Pela manhã, as vias com maior acúmulo de água eram as avenidas Ministro Ivan Lins e Armando Lombardi, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Porém, ao longo da manhã foram registrados bolsões d’água nas avenidas Niemeyer, das Américas e Ayrton Senna.

Equipes da prefeitura trabalhavam também para limpar a Rua Humaitá e as avenidas Borges de Medeiros e Francisco Bicalho, onde bolsões d’água se formaram.

Quedas de árvores, galhos e poste

Entre a noite de segunda e a madrugada desta terça-feira (21 e 22/09), foram registradas nove quedas de árvores no município do Rio, sendo cinco em andamento e quatro já finalizadas.

Em andamento:

  • Curva Anísio, sentido Av. Ayrton Senna/Linha Amarela
  • R. Capitão Salomão, no Humaitá
  • Lagoa-Barra, no acesso para o Túnel Zuzu Angel, sentido Lagoa
  • Rua José Higino, altura da Av. Maracanã (próximo ao Extra), na Tijuca
  • Av. Mem de Sá, altura da R. do Rezende

Há também uma queda de poste na Estrada Roberto Burle Marx, altura do nº 4181, em Barra de Guaratiba. A via está parcialmente ocupada.

Rio tem bolsões d'água e pontos com acúmulo de água no começo da manhã desta terça-feira (22) — Foto: Reprodução/ TV Globo

Rio tem bolsões d’água e pontos com acúmulo de água no começo da manhã desta terça-feira (22) — Foto: Reprodução/ TV Globo

Niterói e São Gonçalo

Devido a núcleos de chuva, de intensidade moderada a forte, que avançam no Rio de Janeiro para a cidade de Niterói, o município está em estágio de atenção desde as 10h25.

Brasil

Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Brasil

Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

Por

Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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