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Carnaval, gripe e covid-19: Fiocruz faz alerta e recomendações para a folia

Relatório elaborado do InfoGripe da Fiocruz avalia que há uma tendência de crescimento de novos casos de covid-19 nas próximas seis semanas

(Rovena Rosa/Agência Brasil)

O ano de 2023 será o primeiro carnaval sem restrições sanitárias desde o início da pandemia de covid-19. Apesar das altas taxas de vacinação (80% com duas doses), o coronavírus ainda circula e as aglomerações das festas aumentam as chances de contato com o vírus. Em um boletim divulgado na quinta-feira, 16, a Fiocruz alerta para o risco de contágio e a importância da vacinação. As recomendações valem também para se proteger da gripe comum.

“A principal recomendação nesse carnaval é em relação a quem está com sintomas respiratório próximo às festas, aos blocos e aos desfiles. Se a pessoa está carregando o vírus da covid-19 ou influenza, que também continua em baixa, fica o alerta de evitar passar em grandes eventos porque pode facilitar o processo de aumento de casos na sua localidade”, diz Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe Fiocruz.

Casos de gripe e de covid-19 em 2023

De acordo com os dados compilados pela Fiocruz, dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados em 2023, 1,2% são Influenza A, 1,0% Influenza B, 23,9% vírus sincicial respiratório (VSR), e 63,6% de SARS-CoV-2 (covid-19). Somente nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 1,8% Influenza A, 1,6% Influenza B, 26,5% vírus sincicial respiratório, e de 57% positivo para covid-19.

No boletim do Ministério da Saúde em que são compilados todos os dados da covid-19, o país tem quase 37 milhões de casos confirmados da doença, e aproximadamente 700 mil vítimas. Na última semana, 643 mil pessoas foram diagnosticadas com o coronavírus.

O relatório do InfoGripe avalia que os números analisados nesta semana indicam uma tendência de crescimento de novos casos para as próximas seis semanas. “Reforçamos que tais indicadores se referem à semana atual, não se tratando de projeções para as próximas 3 ou 6 semanas. Por se tratar de uma avaliação estatística, a tendência é apresentada em termos de probabilidade de estar ocorrendo queda ou crescimento.”, diz o documento.

Preciso usar máscara no carnaval?

Em alguma cidades, com São Paulo, o uso de máscara é obrigatório no transporte público. O recomendado pelos especialistas em saúde pública é usar o item de segurança quando tem algum sintoma gripal como febre, coriza e dor de garganta.

Estudos mostram que menos de 1% das transmissões ocorrem ao ar livre. Apesar de ser baixa, ela não é zero. Por conta disso, os especialistas recomendam usar máscara quando há muita aglomeração. Com o grande número de pessoas próximas, a probabilidade de ter contato com o coronavírus aumenta. Com todas as doses de vacina em dia, o risco de ter a covid-19 é reduzido drasticamente e o uso da máscara se torna menos necessários.

Quando usar máscara?

  • Quando tiver sintomas gripais
  • No transporte público e em locais fechados com grande aglomeração

Vacina disponível contra a covid-19

Em um vídeo postado nas redes sociais, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou que ainda estamos em situação de pandemia de covid-19 e que “a vacinação é a nossa grande aliada”.

Apesar alta aplicação de vacina de primeira e segunda doses, há um esforço do governo federal em incentivar a população a completar o esquema vacinal com mais duas doses de reforço. A cobertura fica em 67% se levar em conta todas as doses. A meta do Ministério da Saúde é elevar para 80%.

A segunda dose se reforço já pode ser recebida por pessoas com 18 anos, e adolescentes com imunossupressão na idade de 12 a 17 anos. A terceira dose de reforço já é aplicada desde o ano passado para idosos, e pessoas com mais de 18 anos imunocomprometidas. A partir do dia 27 de fevereiro, o Ministério da Saúde começa uma nova campanha para uma sexta dose, essa voltada para idosos e quem tem algum comprometimento no sistema imunológico.

Calendário de vacinação para doses de reforço

  • Terceira dose de reforço:

– Pessoas com alto grau de imunossupressão com 18 anos ou mais, com pelo menos 4 meses (122 dias) da segunda dose de reforço – já estão elegíveis

  • Segunda dose de reforço:

– Pessoas com 18 anos ou mais de idade que tomaram a primeira dose de reforço há pelo menos 4 meses – já estão elegíveis

– Adolescentes com imunossupressão com 12 a 17 anos de idade (inclusive gestantes e puérperas) que tomaram a primeira dose de reforço há pelo menos 4 meses (122 dias) – já estão elegíveis.

  • Primeira dose de reforço:

– Crianças entre 5 e 11 anos de idade, desde que já estejam imunizadas com as duas primeiras doses (D1 e D2) – a partir de 02/02/2023.

– Adolescentes de 12 a 17 anos de idade após 4 meses da última dose do esquema vacinal com pelo menos 4 meses (122 dias) após a última dose do esquema vacinal (segunda dose da Pfizer) – já estão elegíveis

– Pessoas com 18 anos ou mais que tomaram a última dose do esquema vacinal há pelo menos 4 meses (122 dias) – já estão elegíveis

– Pessoas com alto grau de imunossupressão com 18 anos o com pelo menos 28 dias após a última dose do esquema vacinal (segunda dose) – já estão elegíveis

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Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

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Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

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Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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