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Brasil

Caixa inicia pagamento dos R$ 600 para quem não tem conta em banco

Banco termina de pagar nesta segunda-feira (20) primeiro lote dos trabalhadores que estão fora do CadÚnico

App do auxílio emergencial: dinheiro será depositado em contas poupança sociais da Caixa (Caixa/Reprodução)

A Caixa termina de pagar nesta segunda-feira (20) o primeiro lote do auxílio de R$ 600 para trabalhadores autônomos, MEIs, informais e desempregados que não recebem benefícios federais (não estão inscritos no CadÚnico), como o programa Bolsa Família.

O banco recebeu, na tarde de quarta-feira (15), o primeiro lote com as informações dos beneficiários inscritos por meio do site ou do aplicativo e que cumprem os critérios de elegibilidade.

Desde quinta-feira alguns trabalhadores podem ver se tiveram o benefício aprovado com base nessas informações. Quem recebeu a mensagem de que o beneficio foi aprovado pelo app terá o dinheiro creditado na conta até hoje.

Na sexta-feira, receberam o dinheiro os trabalhadores que têm conta poupança na Caixa. No sábado, foi a vez dos trabalhadores que indicaram contas de outros bancos receberem o auxílio. Hoje, serão pagos os que não têm conta em nenhuma instituição financeira.

Para esses trabalhadores o dinheiro será depositado em contas poupanças sociais criadas pela Caixa. Essas contas serão abertas de forma automática e não terá tarifa de manutenção, mas isentará de tarifa apenas três transferências por mês, via DOC ou TED, e apenas por 90 dias, ou seja, até pouco depois do término do pagamento.

A conta não emitirá cartão físico e poderá ser acessada por meio do app Caixa Tem, um aplicativo que consome pouca memória do celular (3mb). Pelo app será possível consultar saldo da conta e extrato, pagar boletos de serviços básicos (água, luz, gás) e consultar benefícios, como Bolsa-Família, FGTS, abono salarial e seguro-desemprego.

O cadastro é simplificado e cada operação será realizada como se fosse uma conversa. Por conta de um acordo com as operadoras de telefonia o app não consumirá dados do plano de internet do celular por 60 dias.

O primeiro lote do Auxílio Emergencial para o público que não está no CadÚnico soma 9,1 milhões de cidadãos, e vai injetar cerca de R$ 5,5 bilhões na economia.

Veja o calendário de pagamentos:

Sexta-feira (17), a partir das 15h:
– Crédito para 3.438.238 pessoas com conta poupança na Caixa

Sábado (18):
– Crédito para 1.420.466 pessoas com contas em outros bancos

Segunda-feira (20):
– Crédito para 4.230.900 pessoas na Poupança Social Digital CAIXA

Cadastro Único

Para trabalhadores inscritos no CadÚnico e que não fazem parte do programa Bolsa Família a Caixa creditou na sexta-feira (17) R$ 1,5 bilhão para 2,1 milhões de pessoas.

Ao todo já foram disponibilizados R$ 6,3 bilhões para 9,3 milhões de brasileiros. Foram abertas mais de 6,4 milhões de contas do tipo Poupança Social Digital para este público.

Bolsa Família

Nos dois primeiros dias do calendário de pagamento do Auxílio Emergencial para os elegíveis do público de beneficiários do programa Bolsa Família, a Caixa já creditou R$ 4,5 bilhões para 5,8 milhões de pessoas das 2,7 milhões de famílias beneficiadas.

Segue o calendário de pagamentos:

Sexta-feira (17):

– 1.926.557 pessoas das 1.359.786 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 2

Segunda-feira (20):

– 1.923.492 pessoas das 1.357.623 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 3

Quarta-feira (22):

– 1.924.261 pessoas das 1.358.166 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 4

Quinta-feira (23):

– 1.922.522 pessoas das 1.356.938 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 5

Sexta-feira (24):

– 1.919.453 pessoas das 1.354.772 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 6

Segunda-feira (27):

-1.921.061 pessoas das 1.355.907 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 7

Terça-feira (28):

-1.917.991 pessoas das 1.353.741 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 8

Quarta-feira (29):

– 1.920.953 pessoas das 1.355.831 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 9

Quinta-feira (30):

– 1.918.047 pessoas das 1.353.780 de famílias beneficiárias do Bolsa Família cujo último digito do NIS é igual a 0

Saque em espécie:

Com o objetivo de evitar aglomerações nas agências e unidades lotéricas expondo empregados, parceiros e clientes ao risco de contágio, a Caixa escalonou o calendário de saque.

Os recursos creditados na poupança digital podem ser utilizados por meio do app Caixa Tem para pagamentos e transferências, entre outros serviços.

Quem indicou conta bancária anterior ou vai receber os R$ 600 em substituição ao Bolsa Família não tem restrição para saque.

Segue o calendário de saque em espécie da poupança digital sem cartão nos canais de autoatendimento e lotéricas:

o 27 de abril – nascidos em janeiro e fevereiro
o 28 de abril – nascidos em março e abril
o 29 de abril – nascidos em maio e junho
o 30 de abril – nascidos julho e agosto
o 04 de maio – nascidos em setembro e outubro
o 05 de maio – nascidos em novembro e dezembro

Desde o dia 9 de abril, quando teve início o pagamento do Auxílio Emergencial do Governo Federal, a Caixa já creditou mais de R$ 16,3 bilhões para 24,2 milhões de brasileiros. O banco, agente pagador do auxílio, está realizando a maior operação de bancarização da história do país, abrindo nesta semana mais de 10 milhões de contas Poupança Social Digital, de forma gratuita.

Até agora, 40,9 milhões de cidadãos já se cadastraram para recebimento do benefício. O site do auxílio superou a marca de 275 milhões de visitas e a central exclusiva 111 registra mais de 46,6 milhões de ligações. O aplicativo Auxílio Emergencial Caixa já soma 50,3 milhões de downloads e o aplicativo Caixa Tem, para movimentação da poupança digital, supera 21,8 milhões de downloads.

Mais informações
Site Auxílio Caixa
Central de Atendimento – 111
Central de Atendimento do Ministério da Cidadania – 121

Brasil

Taxa de desmatamento no Cerrado cai pela primeira vez em 4 anos

Por

Dados são do sistema Deter, do Inpe, e foram anunciados pela ministra Marina Silva

Joédson Alves/Agência Brasil

Os alertas de desmatamento no Cerrado caíram pela primeira vez desde 2020 no primeiro semestre deste ano. As informações são do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foram divulgadas nesta quarta-feira pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A área total desmatada de janeiro a junho de 2024 foi de 3.724 quilômetros quadrados. Esse índice vinha numa tendência de alta desde 2020, atingindo o ápice no primeiro semestre de 2023 – 4.395 – já durante a gestão do governo Lula. De 2023 a 2024, a a redução computada foi de 15%.

A ministra Marina Silva afirmou que os dados são um resultado do plano de combate ao desmatamento lançado em novembro do ano passado e da articulação do governo feita junto aos governadores da região. Em março, ela participou junto com outros ministros de uma reunião com os chefes dos Estados para tratar sobre estratégias de prevenir a devastação no Palácio do Planalto.

O corte da flora no Cerrado ocorre sobretudo nos Estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba – e em mais de 40% dos casos tinha autorização dos governos estaduais.

“Esse é o primeiro número de redução consistente no cerrado, enquanto se consolida a tendência de queda no desmatamento da Amazônia”, disse o secretário-executivo da pasta, João Paulo Capobianco.

Considerados os maiores biomas do país, o Cerrado e a Amazônia somam mais de 85% da área desmatada no último ano, segundo estudo do MapBiomas. Em 2023, Cerrado superou pela primeira vez a Amazônia no tamanho de área desmatada – 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa perdidos, o que equivalia a 68% de alta em comparação com 2022.

Os alertas de desmatamento na Amazônia tiveram uma queda de 38% no primeiro semestre em comparação com 2023. Foram 1.639 quilômetros quadrados de área derrubada – o menor índice em sete anos.

Agência o Globo

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Deputados apresentam texto de regulamentação da reforma tributária nesta quinta

Por

Carnes na cesta básica, armas e carros elétricos no imposto seletivo ainda são dúvida

 

Plenário da Câmara dos Deputados durante a promulgação da reforma tributária ( Roque de Sá/Agência Senado)

 

Os deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária apresentam nesta quinta-feira, a partir das 10h, o parecer do primeiro projeto de lei que regulamentará a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira que a votação do texto em plenário deve ocorrer na próxima semana.

Entre os pontos polêmicos com expectativa de acréscimo ao relatório estão: a inclusão das carnes na cesta básica, além da inclusão no imposto seletivo de itens como armas, carros elétricos e jogos de azar.

Lira indicou dificuldades para a inclusão da carne in natura na cesta básica de alimentos, com alíquota zero, como defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defendido pelos deputados do GT. O presidente da Casa argumentou que a inclusão pode gerar impacto na alíquota padrão de referência. O Ministério da Fazenda previa que a taxa poderia subir de 26,5% para 27% com a adição.

“Nunca houve proteína na cesta básica. Mas, temos que ver quanto essa inclusão vai impactar na alíquota que todo mundo vai pagar”, afirmou Lira.

Para os parlamentares, porém, o aumento de itens no imposto seletivo poderá compensar a perda de carga tributária e garantir uma alíquota mais baixa. Os deputados chegam a prever um imposto de até 25%, a partir de 2033, quando todos os cinco impostos sobre consumo serão extintos.

Entenda o contexto

O primeiro texto da regulamentação da Reforma Tributária detalha a implementação do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que juntos formaram o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). O tributo vai substituir cinco impostos que recaem sobre consumo hoje: PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS.

O atual texto de regulamentação da reforma tributária prevê que diferentes itens tenham a mesma alíquota padrão de imposto, como armas, munições, fraldas infantis, perfumes e roupas. Nenhum dos ítens estão na alíquota reduzida ou em regimes especiais. A proposta de regulamentação, porém, ainda será modificada por deputados do grupo de trabalho da Reforma Tributária.

O segundo texto, que deve ser apresentado nesta quinta-feira ao presidente Lira, trará os detalhes do funcionamento do Comitê Gestor, órgão que irá recolher e redistribuir o IBS a estados e municípios.

O IVA vai incidir no momento de cada compra, a chamada cobrança no destino. Hoje, os impostos recaem sobre os produtos na origem, ou seja, desde a fabricação até a venda final. Essa modalidade leva a um acúmulo das taxas ao longo da cadeia produtiva, deixando o produto mais caro.

O valor padrão do IVA ainda será definido e deve ser descoberto apenas um ano antes de cada etapa de transição. A transição entre sistemas começa em 2026, com a cobrança de apenas 1% de IVA. O valor vai aumentando ao longo dos anos seguintes, até chegar em 2033, quando todos os impostos sobre consumo serão extintos, e sobrará apenas o IVA. O valor cheio será definido em resolução do Senado Federal, que também determinará qual parcela cada ao CBS e qual será de IBS.

Agência o Globo

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Haddad anuncia cortes de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias

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Ministro diz que determinação de Lula é cumprir arcabouço fiscal

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista após reunião na residência oficial da presidência do Senado em Brasília, em 25/05/2023 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (3), após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, para o projeto de lei orçamentária de 2025, que será apresentado em agosto ao Congresso Nacional. O corte ainda poderá ser parcialmente antecipado em contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente, [o valor de] R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025. Isso foi feito com as equipes dos ministérios, isso não é um número arbitrário. É um número que foi levantado, linha a linha do orçamento, daquilo que não se coaduna com os programas sociais que foram criados, para o ano que vem”, disse o ministro em declaração a jornalistas após a reunião.

O levantamento dos programas e benefícios que serão cortados foi realizado desde março entre as equipes dos ministérios da área fim e as pastas do Planejamento e da Fazenda. Além disso, bloqueios e contingenciamentos do orçamento atual serão anunciados ainda este mês, “que serão suficientes para o cumprimento do arcabouço fiscal”, reforçou o ministro.

Essas informações serão detalhadas na apresentação do próximo Relatório de Despesas e Receitas, no dia 22 de julho. “Isso [bloqueio] está definido, vamos ter a ordem de grandeza nos próximos dias, assim que a Receita Federal terminar seu trabalho”.

Haddad reforçou que o governo está empenhado, “a todo custo”, em cumprir os limites da lei que criou o arcabouço fiscal.

“A primeira coisa que o presidente determinou é que cumpra-se o arcabouço fiscal. Essa lei complementar foi aprovada no ano passado, a iniciativa foi do governo, com a participação de todos os ministros. Portanto, não se discute isso. Inclusive, ela se integra à Lei de Responsabilidade Fiscal. São leis que regulam as finanças públicas do Brasil e elas serão cumpridas”, destacou o ministro da Fazenda.

A declarações de Fernando Haddad ocorrem um dia depois de o dólar disparar frente ao real, na maior alta em cerca de um ano e meio, no contexto de alta das taxas de juros nos Estados Unidos e também das críticas recentes do presidente brasileiro ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ao longo desta quarta, com novas manifestações de Haddad e do próprio presidente Lula, houve uma redução do nervosismo no mercado financeiro e o dólar baixou para R$ 5,56, revertendo uma cotação que chegou a encostar em R$ 5,70 no pregão anterior.

Agência Brasil

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