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Brasília Capital Moto Week celebra o Dia do Protagonismo Feminino

Mulheres podem chegar à metade do público de pilotos do Brasília Capital Moto Week, mas ainda lutam para serem respeitadas nas ruas e na própria comunidade. Hoje, o evento promove o Dia do Protagonismo Feminino

Bruna (E) seguiu os passos da mãe, Inês, que preside o Let%u2019s Go Riders Motoclube. (foto: Arthur Menescal/Esp. CB/D.A Press)

O universo do motociclismo está mudando. O número de mulheres que pilotam cresce a cada ano, e isso fica claro no Brasília Capital Moto Week. Os motoclubes tradicionais, que só aceitam homens, permanecem, mas dividem espaço com outros, só delas, e com grupos mistos. A presença feminina influenciou diretamente a programação do evento, que abre, hoje, o Dia do Protagonismo Feminino.

A história da motociclista Bruna Mendes Lopes, 20 anos, ilustra essa transformação. Ela anda sobre duas rodas desde os 18, integra o Let’s Go Riders Motoclube, composto por seis homens e seis mulheres, e conduz uma Intruder que pesa cerca de 200kg. Aprendeu tudo sobre a cultura com a mãe, Inês Mendes, 43, que preside a pequena irmandade.

Bruna frequenta o evento com a mãe desde os 8 anos e transita com naturalidade em um universo que, até pouco tempo, era predominantemente masculino. No colete, ostenta o nome e o emblema de uma das bandas prediletas: o Led Zeppelin.

Ela se irrita quando perguntam se quer vender a moto. “É um universo que também é meu. Cresci nele. Andava de bicicleta no meio dos clubes quando era pequena. Àquela época, o Medusas era o motoclube de mulheres que mais se destacava. Acho que não tem mais espaço para ter preconceito com as motociclistas. O mundo está mudando”, afirma.

A jovem diz ter sofrido mais preconceito no dia a dia que entre motociclistas. Inês também coleciona algumas histórias de desrespeito, mas é da opinião de que a mudança não tem mais volta. Elas conquistaram um espaço próprio. Era casada com um motociclista, mas só andava na garupa, prática comum entre os grupos mais tradicionais. Mas tudo mudou com o divórcio. “O casamento acabou, mas o amor pelo motociclismo permaneceu. Foi uma libertação. A moto foi uma forma de enfrentar aquela situação”, recorda.

Barreiras

Ela explica que situações de preconceito com a mulher motociclista são mais comuns no dia a dia, mas as sofridas entre os pares são as mais marcantes. “Quando acontece no nosso meio, é pior. Na mais marcante, estava com dificuldade de empurrar minha moto e um amigo veio ajudar. Como eu já ajudei outras pessoas. Homens e mulheres. Mas uma terceira pessoa olhou feio. Disse que se eu tinha inventado de andar de moto, tinha que me virar. Retruquei e, hoje, quando essa pessoa me vê, atravessa a rua”, sorri. “Há 30 anos, era preciso ser combativa para conquistar espaço. Hoje, é mais simples”, pondera.

O número de motociclistas do sexo feminino no Brasília Capital Moto Week aumentou expressivamente com o passar dos anos. Para se ter uma ideia, até 2016, a proporção era de 70% de homens e 30% de mulheres. No ano passado, os pilotos do sexo masculino ainda eram maioria, mas com 56%, contra 44%. A expectativa é de que, na 15ª edição, as mulheres sobre duas rodas se equiparem aos homens, comprovando o valor do maior símbolo desse estilo de vida, a caveira, cujo significado é igualdade.
Uma das organizadoras do evento, Juliana Jacinto celebra a conquista. “Montamos um grupo grande de mulheres para debater as necessidades. Daí nasceu, por exemplo, o espaço Lady Bikers. Um local de troca de histórias e experiências, mas que também tem lojas e um salão. Porque também não temos problema de falar de vaidade. Somos vaidosas. Só que não somos frágeis. Para comemorar os 15 anos de Brasília Moto Week, decidimos falar de pessoas, fortalecer a ideia de igualdade. Isso é promover a liberdade, o respeito”, destaca.

O motoclube Mulher e Moto congrega 230 motociclistas do sexo feminino do Distrito federal e Entorno. Algumas integrantes do grupo participavam, vestidas de super-heroínas, de um dia de atividades com crianças carentes que visitaram o Brasília Capital Moto Week. A presidente e fundadora da organização, Tabata Lobo, 30, explica que é um grupo diverso, com membros de idades entre 18 e 60 anos. “Eu quis criar um grupo de motociclistas para quebrar esse tabu, que mulher tem que andar na garupa ou que não pode ter moto. Eu me via em um universo que eu gostava, me identificava, mas não tinha espaço”, explica.

Ela e outras integrantes já sofreram discriminação de motociclistas, mas não se deixam abalar. As amigas Rosilene Barbosa, 35, e Pâmela Vasconcelos, 29, têm respostas para os inconformados na ponta da língua. A primeira, mãe de quatro filhos, conta que, há três dias, um homem se aproximou das motos do grupo e insinuou que seriam de plástico, por não serem personalizadas. A segunda, com 1,56m, vez por outra ouve uma piada com o seu tamanho em comparação ao da moto, uma Kawazaki Ninja 300. “Me perguntam se eu aguento carregar. Respondo que não carrego, piloto.”

Destaque na América Latina

O Brasília Capital Moto Week ocorre na Granja do Torto e está na 15ª edição. O evento é considerado o maior encontro de motociclistas da América Latina, e ocupa uma área de 250 mil metros quadrados. A expectativa é de que 680 mil pessoas compareçam aos 10 dias de festa, entre 19 e 28 de julho.

Anote

Confira a programação do Dia do Protagonismo Feminino no Brasília Capital Moto Week:

Palco principal

Batalá e Beatriz Sousa — 19h20Kid Cegonha 20hWomen in rock — 21h45Diamond Rock — 23h45
Rock Saloon
Audio Hitz — 23hSol Leles — 1h30Barbearia — das 16h à 1hSinuca — das 16h às 3hBar — das 16h às 3h

Outras atrações

Vila do Agricultor Familiar e Artesãos — das 9h às 16hMoto Bar — das 10h às 4hBSB Mix — das 16h às 22hPrimeiro Bar — das 16h às 3h
Globo da Morte — às 21h30
Fonte: Correio Braziliense

Brasil

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Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio

 

Fumaça no Congresso assusta brasilienses – (crédito: Redes sociais)

 

Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:

A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.

A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.

Correio Brasiliense

 

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Brasília

Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS

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Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória

 

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O governo federal liberou mais R$ 1,8 bilhão para ações de reconstrução no Rio Grande do Sul. A autorização do crédito extraordinário foi feita por meio da edição da Medida Provisória 1.223/2024, publicada na noite desta quinta-feira (23).

A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.

A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.

No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.

>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:

– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)

– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)

– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)

– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)

– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)

– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)

– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)

– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).

De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.

No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.

Por Agência Brasil

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Brasília

Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.

O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.

Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação –uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.

Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.

O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz –a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.

Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.

Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.

A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.

O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.

 

SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR

O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.

O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.

A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.

O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.

A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.

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