Brasília
Avança-DF vai criar linhas especiais de crédito no BRB
Governador Ibaneis lança programa para beneficiar famílias e empresários endividados com liberação de R$ 5 milhões para empréstimos
O reequilíbrio financeiro de pessoas físicas e jurídicas impactadas pela pandemia é o objetivo do novo programa do Banco de Brasília (BRB), o Avança DF. Lançada nesta segunda-feira (14) no Palácio do Buriti, a iniciativa traz condições especiais de crédito e prazo, com a expectativa de movimentar R$ 5 bilhões. Nos próximos dias, será lançado um novo programa que tem como foco os servidores superendividados – público atualmente estimado em 21 mil pessoas.
Em linhas gerais, o Avança DF reduz a taxa do crédito consignado e amplia o prazo de pagamento para pessoas físicas. Para as pessoas jurídicas, também há diminuição de taxas, incluindo de capital de giro, e a reformulação de cronogramas financeiros, entre outros benefícios.
“Sai hoje um pacote voltado às pessoas físicas e jurídicas e, na quarta (16), lançaremos um pacote para os servidores, principalmente os superendividados. Temos que ter um olhar muito especial para essa turma toda para girar a economia do DF” – Governador Ibaneis Rocha
Para o governador Ibaneis Rocha, que sugeriu a criação do programa, a iniciativa se faz necessária após dois anos de dificuldades econômicas para a população em decorrência da pandemia. “Tivemos dois anos de muitas dificuldades, mas sempre estivemos ao lado dos empresários e dos servidores. Então, pedi ao BRB que criasse um novo programa, com melhores condições para a gente tirar esse atraso que a pandemia nos causou. Brasília tem um elo muito grande entre servidores e empresários. Sai hoje um pacote voltado às pessoas físicas e jurídicas e, na quarta (16), lançaremos um pacote para os servidores, principalmente os superendividados. Temos que ter um olhar muito especial para essa turma toda para girar a economia do DF”, afirma.
No auge da pandemia, o BRB lançou outros dois programas: Supera-DF, em 2020, e Acredita-DF, no ano passado. Juntos, eles movimentaram R$ 8,2 bilhões e beneficiaram mais de 156 mil clientes pessoas físicas e jurídicas. Agora, o banco volta com ações para aquecer a economia. “As pessoas precisam de recursos para organizar as finanças, afetadas pela pandemia. O Avança DF traz a redução de taxas de juros e mudança no prazo das operações financeiras para as pessoas organizarem suas vidas”, explica o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa.
As contratações disponíveis no Avança DF podem ser feitas pelos canais digitais ou nas agências do BRB. As informações sobre o programa estão disponíveis neste link.
Condições para pessoas físicas
Para as pessoas físicas, o BRB reduziu a taxa do crédito consignado de 1,35% ao mês para a partir de 1,15% a.m. O prazo de pagamento também mudou. A contratação na modalidade poderá ser feita em até 144 meses, em vez dos 120 meses anteriores. A primeira parcela pode ser paga em até 90 dias. Segundo o banco, as condições são as melhores do mercado.
Outra linha é a do crédito pessoal, que também teve suas taxas reduzidas para a partir de 3,15% a.m., podendo ser financiado em até 120 parcelas. O pagamento da primeira parcela também pode ocorrer em até 90 dias.
Condições para pessoas jurídicas
Entre as condições desenhadas exclusivamente para clientes PJ, há o plano empresário, com taxas a partir de 8% a.a.+TR, reformulação do cronograma financeiro, laudo de avaliação com vigência de até dois anos, possibilidade de suplementação de valores, e de até três liberações mensais e consecutivas mediante medição de obra, entre outras condições.
As taxas para capital de giro e investimento também foram reduzidas com o programa e serão ofertadas a partir de 0,51% a.m.
O Avança DF traz ainda condições especiais para clientes BRB PAY, as maquinetas do BRB. As taxas de juros e prazos de pagamento variam de acordo com o faturamento das empresas. São oferecidas opções de taxas a partir de 1,29% no débito e a partir de 2,19% no crédito, índices abaixo da média do mercado. Por fim, há o serviço de cobrança bancária, com registro online e tarifa única na liquidação, a partir de R$ 1,40, com possibilidade de antecipação.
Financiamento imobiliário
Líder no segmento por dois anos consecutivos, o BRB também tem as melhores taxas e condições do mercado no financiamento imobiliário: a partir de 7,75% a.a +TR e contratação ágil e digital.
Também estão disponíveis as contratações pela poupança e IPCA, com taxas respectivamente a partir de 2,98% a.a + poupança e a partir de 3,85% a.a.+ IPCA. Há carência de seis meses, financiamento de até 90% do imóvel, possibilidade de pular parcela uma vez ao ano e de troca do indexador em até 36 meses após a contratação. As condições são válidas apenas para novos contratos.
* Com informações do Banco de Brasília
Motoristas que passaram pelo local estranharam a fumaça preta que sai das torres, que se trata, na verdade, de uma simulação de incêndio
Uma fumaça no Congresso Nacional assustou os brasilienses nesta sexta-feira (21/6). Quem passou pelo local, observou uma fumaça preta saindo pelas torres do órgão e se preocupou. Vídeos gravados pelos moradores da capital mostram o momento, confira:
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A fumaça se trata, na verdade, de um procedimento para exercício de enfrentamento de emergência, realizado pela Seção de Prevenção e Combate contra Incêndios do Departamento de Polícia Legislativa (Seprin/Depol) no Anexo I.
O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF) confirmou que a fumaça se trata da simulação.
A data da simulação não foi incialmente anunciada e terá duração de aproximadamente duas horas. A energia do edifício foi desligada e não é autorizada movimentação de veículos no estacionamento até o término da ação.
Brasília
Governo federal libera mais R$ 1,8 bilhão para ações de apoio ao RS
Crédito extraordinário foi autorizado por meio de medida provisória
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional para não perder a validade.
A maior parte do montante irá para ações da Defesa Civil e o Auxílio Reconstrução, somando mais de R$ 1,4 bilhão. Os recursos autorizados hoje poderão também ser usados para volta das atividades de universidades e institutos federais, assistência jurídica gratuita, serviços de conectividade, fiscalização ambiental, aquisição de equipamentos para conselhos tutelares e atuação das polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública.
No último dia 11, o governo federal já havia destinado R$ 12,1 bilhões, também por MP, ao estado, para abrigos, reposição de medicamentos, recuperação de rodovias e outros.
>> Veja como será distribuição do crédito extraordinário de R$ 1,8 bilhão:
– Retomada de atividades das universidades e institutos federais (R$ 22.626.909)
– Fortalecimento da assistência jurídica integral e gratuita (R$ 13.831.693)
– Suporte aos serviços de emergência e conectividade (R$ 27.861.384)
– Ações de fiscalização e emergência ambiental (R$ 26.000.000)
– Aquisição de equipamentos para Conselhos Tutelares (R$ 1.000.000)
– Ações da Defesa Civil (R$ 269.710.000)
– Auxílio Reconstrução (R$ 1.226.115.000)
– Ações integradas das Polícias Federal, Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública (R$ 51.260.970).
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o crédito visa atender “a diversas despesas relativas ao combate às consequências derivadas da tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul, tanto no aspecto de defesa civil e logística, como também o enfrentamento das consequências sociais e econômicas que prejudicam toda a população e os entes governamentais”.
No total, já foram destinados R$ 62,5 bilhões ao estado, arrasado pelas chuvas, conforme a Presidência da República.
Por Agência Brasil
Brasília
Senador abastece carros da família com verba pública; gasto por mês daria para cruzar 4 vezes o país
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) manteve perfil discreto desde que assumiu o cargo por ser suplente de Major Olímpio (do antigo PSL), que morreu em 2021 durante a pandemia vítima de Covid-19. Ele tem chamado atenção no meio político, porém, pela prestação de contas com combustíveis e seu périplo por restaurantes caros de São Paulo.
Levantamento da Folha de S.Paulo mostra que gastos de mais de R$ 336 mil abasteceram carros de Giordano, de seu filho e também de uma empresa da família. Com o combustível em preços atuais, o total seria o suficiente para dar 17 voltas na Terra. A média mensal de gastos com o item, de cerca de R$ 9.000, possibilitaria cruzar o país, em uma linha reta do Oiapoque ao Chuí, quatro vezes por mês.
O senador diz não haver irregularidade nos gastos e que não utiliza toda a verba disponibilizada. Ele ainda justifica o uso de veículos particulares para economia e afirma que o STF (Supremo Tribunal Federal) já arquivou questionamento sobre gasto de combustível. A apuração, porém, não esmiuçava todos os detalhes dos gastos do senador ao longo de três anos.
Os dados no site do Senado apresentam limitações por misturar despesas com locomoção, hospedagem, combustível e alimentação uma minoria de senadores traz um detalhamento ampliado, o que não ocorre nos dados relativos a Giordano. Nessa categoria mais ampla, Giordano tem o sexto maior gasto desde que assumiu, com um total de R$ 515 mil. A reportagem localizou R$ 336 mil em despesas exclusivamente com postos de gasolina por meio da análise do nome dos estabelecimentos, que é de longe o maior entre senadores por São Paulo.
Pelo mesmo recorte, o senador Astronauta Marcos Pontes (PL), por exemplo, gastou por volta de R$ 10 mil em postos de gasolina e centros automotivos nos últimos três anos. Já Mara Gabrilli (PSD) gastou R$ 26 mil. No caso de Giordano, a maioria das notas está concentrada no Auto Posto Mirante (R$ 183 mil), zona norte da capital paulista, região do escritório político e empresas da família do senador. Outro posto, o Irmãos Miguel consta de reembolsos que somam por volta de R$ 122 mil. O estabelecimento fica na cidade de Morungaba, de menos de 14 mil habitantes, no interior de São Paulo.
O lugar abriga o Hotel Fazenda São Silvano, do qual Giordano é dono. O senador não detalhou por qual motivo concentra tamanho gasto em combustível na cidade. A Folha de S.Paulo também encontrou gastos em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Todas registradas em finais de semana, quatro notas, totalizam gastos de R$ 1.200 no Auto Posto Ipiranguinha, que fica na rodovia Oswaldo Cruz a reportagem localizou ação judicial do ano passado que cita um imóvel do filho de Giordano, Lucca, em condomínio a cerca de 2 km do local.
Em um dos domingos em Ubatuba, em janeiro de 2023, também foi registrado um gasto R$ 255 com um pedido de um abadejo para dois. Na época desse gasto, o Senado estava em recesso. A reportagem encontrou diversos gastos com refeições aos finais de semana, mesmo durante a pausa do Legislativo. As despesas do senador com alimentação chamam a atenção pela predileção por restaurantes caros, conforme foi revelado pelo Metrópoles.
Em março, há uma nota fiscal de R$ 681 da churrascaria Varanda Grill, na região da Faria Lima, que incluiu dois carrés de cordeiro por R$ 194 cada. Em 2022, o ressarcimento foi de R$ 810 na churrascaria Rodeio, em Cerqueira Cesar, com direito a uma picanha para dois no valor de R$ 385. A lista traz locais como Fogo de Chão, Outback, Jardim Di Napoli e Almanara.
A exigência não vai apenas para os pratos. Uma nota fiscal do restaurante Cervantes traz R$ 144 apenas em seis unidades de água, das marcas premium San Pellegrino e Panna. Em 2018, Giordano declarou R$ 1,5 milhão em bens à Justiça Eleitoral. Desafeto de Ricardo Nunes (MDB), Giordano levou para Guilherme Boulos (PSOL) seu apoio, mas também um histórico de polêmicas na política.
O caso mais ruidoso veio à tona em 2019, quando Giordano foi personagem de uma crise política no Paraguai envolvendo a usina hidrelétrica binacional de Itaipu. Segundo as investigações, o então suplente usou o nome da família Bolsonaro para se credenciar na negociação da compra de energia. Ele nega ter falado em nome do governo ou do clã Bolsonaro.
SENADOR DIZ QUE USA CARROS PARTICULARES PARA ECONOMIZAR
O senador Giordano afirma que os os gastos já foram analisados pelo Senado, pela Procuradoria Geral da República e pelo STF, sendo que os dois últimos arquivaram procedimento preliminar “por entenderem que não há qualquer ilegalidade nos apontamentos realizados”.
O MPF havia pedido à corte que intimasse o senador após apurar gasto de R$ 3,9 mil em gasolina e diesel em um só dia. O arquivamento aconteceu após explicação de que esse tipo de gasto se referia a 15 dias ou mais, e não a uma única visita.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o argumento e ressaltou que os gastos não ultrapassam o limite mensal de R$ 15.000 para este tipo de item. Giordano diz que cota parlamentar contempla também de sua assessoria quando em atividade e afirma que “utiliza e disponibiliza para seus assessores, quando em apoio à atividade parlamentar, os veículos que possui”. Ele afirmou ainda que assessores utilizam, se necessário, os próprios veículos para deslocamentos no âmbito da atividade também.
A resposta aconteceu após a reportagem enviar quatro placas de veículos à assessoria de Giordano, no nome dele, do filho e de empresa da família, que constavam das notas. Ele justifica o uso dos automóveis para “evitar a ampliação do uso da verba de gabinete com aluguéis de veículos” e que os gastos nos postos citados ocorrem por questões logísticas. “Vale ressaltar que este parlamentar não utiliza toda a verba disponibilizada, tendo mensalmente sobras acumuladas”, afirma, em nota.
O senador ainda afirmou que atividade parlamentar não se restringe a dias úteis, “estando o parlamentar em contato constante com sua base para atender às demandas postas”. Giordano também afirmou que os gastos com alimentação ocorrem no exercício de atividades parlamentares e que as refeições mencionadas estão ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com a lei.
A reportagem localizou recibos com placas de veículos em nome do filho do senador, Lucca Giordano, de empresa da família e do próprio parlamentar as notas citam o senador como cliente. A maioria dos comprovantes, porém, não especifica o carro abastecido.
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